FM - Faculdade Mental

NOSSOS COLUNISTAS - 25/10/2012

CRIATIVIDADE NO MARKETING

PROPAGANDAS INTELIGENTES (EMPREENDEDORISMO INTELIGENTE â€“ SOLE REBELS)
English:
http://www.nytimes.com/2012/10/11/world/africa/women-entrepreneurs-drive-growth-in-africa.html?_r=0
Forbes: hBethlehem
Sole Rebels:
http://www.solerebelsfootwear.co/
http://www.facebook.com/soleRebels
Uma nova marca na Ãfrica. Empreendedoras comandam a expansÃ£o econÃ´mica.
Muitas vezes, a Ãfrica Ã© vista apenas como um continente que precisa de auxÃlios com os quais seus habitantes mal conseguem sobreviver e que maltrata e marginaliza as mulheres.
Foi nesse mundo -e contra ele- que surgiu a fÃ¡brica de calÃ§ados SoleRebels, afirma sua proprietÃ¡ria, Bethlehem Tilahun. "Eu sempre escutei a expressÃ£o 'alÃvio da pobreza'", diz a empreendedora, cuja fÃ¡brica faturou US$ 2 milhÃµes em 2011. "A imprensa, preocupada com uma Ãºnica narrativa a respeito da 'Ãfrica', deixava de lado a histÃ³ria no continente, que possui um espectro maior de entidades que podem representar a imagem da Ãfrica, nossa marca."
Com a SoleRebels, diz ela orgulhosa, "invertemos o paradigma inteiro". Tilahun, 33, Ã© parte de uma onda de empreendedores africanos que participam da melhor fase econÃ´mica do continente em vÃ¡rias geraÃ§Ãµes. Num mundo em recessÃ£o, o Fundo MonetÃ¡rio Internacional prevÃª que a Ãfrica terÃ¡ nos prÃ³ximos cinco anos o maior crescimento de todos os continentes.
Muitos desses novos empreendedores sÃ£o mulheres. A SoleRebels -um trocadilho com "rebeldes da sola" e "rebeldes solitÃ¡rias"- surgiu em 2004, quando Tilahun, recÃ©m-saÃda da faculdade na EtiÃ³pia, montou em um terreno da sua avÃ³ uma oficina onde artesÃ£s do bairro produziam sandÃ¡lias. Hoje, trata-se de uma companhia multimilionÃ¡ria, que fabrica calÃ§ados ambientalmente corretos -feitos manualmente-, vendidos no exterior a US$ 60 o par.
A empresa tem cerca de cem funcionÃ¡rios e recentemente abriu uma loja prÃ³pria no centro de Adis Abeba, expondo sua fusÃ£o entre os gostos abissÃnios e ocidentais. Tilahun disse que, a cada par, busca mudar a mentalidade das pessoas sobre a Ãfrica.
Segundo um relatÃ³rio do Banco Mundial, mais de 20 paÃses subsaarianos, com mais de 400 milhÃµes de habitantes, jÃ¡ ascenderam ao status de "renda mÃ©dia". O nÃºmero de pessoas vivendo na pobreza caiu cerca de dez pontos percentuais na Ãºltima dÃ©cada.
O Ãndice de empreendedorismo feminino Ã© maior na Ãfrica do que em qualquer outra regiÃ£o do mundo, segundo o Banco Mundial. AtÃ© paÃses africanos criticados por abusos aos direitos humanos e restriÃ§Ãµes Ã s liberdades sÃ£o progressistas na questÃ£o de gÃªnero.
"As mulheres no setor privado representam uma poderosa fonte de crescimento econÃ´mico e oportunidades", diz Marcelo Giugale, diretor do Banco Mundial para a reduÃ§Ã£o da pobreza e a gestÃ£o econÃ´mica na Ãfrica.
"Na Ãfrica, vocÃª vÃª as mulheres trabalhando muito", observa Markus Goldstein, economista do Departamento de GÃªnero do Banco Mundial, em Washington.
Segundo dados do Banco Mundial, quase dois terÃ§os das mulheres africanas participam da forÃ§a de trabalho.
Na Ãfrica do Sul, Sibongile Sambo foi uma pioneira da aviaÃ§Ã£o feminina e hoje dirige uma empresa de voos fretados. No QuÃªnia, Ory Okolloh, 23, participou da criaÃ§Ã£o do Ushahidi, um software colaborativo para monitorar situaÃ§Ãµes de emergÃªncia em tempo real, que Ã© utilizado pelo Google.
Na NigÃ©ria, Adenike Ogunlesi construiu do nada um impÃ©rio regional da moda infantil -ela comeÃ§ou vendendo pijamas no porta-malas do seu carro.
Em Uganda, paÃs banhado por um grande lago, Lovin Kobusingya lanÃ§ou uma salsicha de peixe. "Eu sempre soube que era uma empresÃ¡ria", diz Kobusingya, 29, mÃ£e de dois filhos. "Quando eu estava no colÃ©gio, jÃ¡ vendia doces. Eu ganhava dinheiro com isso."
Sua empresa, a Kati Fish Farms, vende 500 kg de salsichas por dia e usa oito toneladas de peixe por semana. Ela se diz "muito feliz e orgulhosa" por ser uma empreendedora. "Quando eu era jovem, diziam: 'Mulher Ã© mulher -um homem deve cuidar de vocÃª'. Mas as mulheres na verdade estÃ£o contribuindo bem mais do que os homens. Sempre acabamos fazendo mÃºltiplas tarefas", disse ela, que se divide entre o trabalho e a famÃlia. "Se isso pudesse ser equacionado em termos de moeda, seria 80% da economia."
Pode nÃ£o ser coincidÃªncia que vÃ¡rias economias africanas que se destacam apesar da escassez de recursos -como EtiÃ³pia ou Ruanda- tenham governos austeros, ordeiros, patriÃ³ticos e eficientes no uso da ajuda externa, que desprezam a caridade e priorizam os investimentos e a iniciativa privada.
Em Ruanda, uma mudanÃ§a nas leis permitiu que marido e mulher constem conjuntamente nas escrituras fundiÃ¡rias, o que levou a um aumento de quase 20% no nÃºmero de proprietÃ¡rias rurais.
"Quando entrei na faculdade", observou Tilahun, "jÃ¡ estava claro para mim que 'alÃvio da pobreza' Ã© um mito. As pessoas nÃ£o querem nÃ£o ser pobres, elas querem alguma forma de prosperidade. Isso nÃ£o significa ser milionÃ¡rio ou bilionÃ¡rio, mas prÃ³spero. Para criar prosperidade, vocÃª precisa criar algo de alto nÃvel". Ela diz que houve na EtiÃ³pia quem tentasse limitÃ¡-la devido ao seu gÃªnero. "Mas nunca me limitei."
Os produtos da SoleRebels agora sÃ£o anunciados em revistas de Toronto e Berlim, e Tilahun foi citada pela revista "Forbes" como uma das cem mulheres a serem observadas em 2012.
HÃ¡ uma "necessidade urgente", segundo ela, de criaÃ§Ã£o de mais marcas africanas que ofereÃ§am produtos de alto nÃvel no mercado mundial. Para Tilahun, isso sufocaria as organizaÃ§Ãµes humanitÃ¡rias que estÃ£o "vendendo mensagens e imagens da Ãfrica".
"Vamos encarar: Ã© difÃcil convencer as pessoas a comprar o que vocÃª estÃ¡ vendendo quando essas organizaÃ§Ãµes convencem os consumidores que os africanos estÃ£o apenas ocupados em espantar moscas do rosto."
Josh Kron â€“ Fonte: Folha de S.Paulo â€“ 22/10/12.
Reportagem original do â€œThe New York Timesâ€:
http://www.nytimes.com/2012/10/11/world/africa/women-entrepreneurs-drive-growth-in-africa.html?_r=0
Forbes: hBethlehem
Sole Rebels:
http://www.solerebelsfootwear.co/
http://www.facebook.com/soleRebels

PROFESSORA PASQUALINA

FÃ“RUM DE MUSEUS
EstÃ£o abertas as inscriÃ§Ãµes para o 5Âº FÃ³rum Nacional de Museus (FNM), que serÃ¡ realizado entre os dias 19 e 23 de novembro no Sesc Quitandinha, em PetrÃ³polis (RJ). Interessados em participar podem se inscrever, atÃ© 9 de novembro, na pÃ¡gina do FNM (http://fnm.museus.gov.br/). EstÃ£o previstos oito minicursos, oito painÃ©is e trÃªs conferÃªncias, alem de apresentaÃ§Ã£o dos trabalhos inscritos para as comunicaÃ§Ãµes coordenadas (espaÃ§o de intercÃ¢mbio de pesquisadores com apresentaÃ§Ã£o de trabalhos inscritos), do encontro dos Pontos de MemÃ³ria e de programaÃ§Ã£o cultural com exposiÃ§Ã£o e apresentaÃ§Ãµes musicais. A inscriÃ§Ã£o Ã© gratuita, sendo apenas necessÃ¡rio entregar, no credenciamento, 1kg de alimento nÃ£o perecÃvel.
Lupa â€“ Fonte: O Tempo â€“ 21/10/12.
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