O FANTÃSTICO MUNDO DO CONHECIMENTO...
O METRÔ DE MOSCOU
Na foto: Estação Baumanskaya.
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O metrô de Moscou merece uma visita particular. Certamente, você irá apreciar a sua arquitetura bem tÃpica. A construção do metrô de Moscou começou em 1930. Com uma extensão de 256 km, ele possui hoje 138 estações... as mais bonitas sendo no centro da capital... colunas e esculturas que lembram os grandes eventos da história da Rússia antiga e moderna... na estação Praça da Revolução, as estátuas de bronze representam os guardas vermelhos de Outubro 1917... A construção bem profunda do metrô de Moscou, o transformou num abrigo seguro durante os bombardeios aéreos na segunda guerra mundial. A profundidade impressionante na qual se encontram as suas galerias explica a ausência quase total de escadas e o grande número de escadas rolantes. O metrô de Moscou possui 9 linhas indicadas por cores diferentes. É então muito fácil o turista orientar-se. Funciona de 5:30 h à 1:30 da madrugada. Os intervalos entre cada trem são geralmente de 1 minuto nos horários de pico. O visitante esrangeiro tem a impressão de passear nas amplas salas de um Palácio... flores no metrô... Nas paredes, colÃrio para os olhos! na estação Komsomolskaïa pode se ver Koutouzov, o vencedor de Napoleão... O visitante estrangeiro tem a impressão de estar nas amplas salas de um Museu... fica-se admirado pela riqueza dos mármores e dos lustres... pela fabulosa decoração, pelos medalhões e pelos mosaicos... na estação Kievskaïa, « Pierre le Grand » na batalha de Poltava... na estação Teatralnaïa, figurinhas de dançarinos de todas as repúblicas nacionais alternando com coroas de flores... vitraux... Ãcones... luzes e corredores! tetos bordados... limpeza a toda prova... decoração, mámore, riqueza... é passeio para mais de um dia... e, seguro, não se irá conhecer nem a metade! passeio para os próprios moscovitas... Não existe quem não fique maravilhado! brazões e painéis... A História preservada! Agora você entende porque tem gente que vai a Moscou só pelo que esta cidade guarda no seu sub-solo! Que tal programar para a próxima Viagem?!!! ...
(Colaboração: Silvério)
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PROFESSOR X
Resposta do desafio da edição passada: R$ 17,50. Ele chegou com R$ 17,50: No primeiro santo, quando seu dinheiro foi dobrado, ele ficou com 35 reais. Deu 20 e ficou com 15. No segundo santo, com o dinheiro dobrado, ele ficou com 30 reais. Deu 20 e ficou com 10. E finalmente no terceiro santo, com o dinheiro dobrado ele ficou com 20 reais. Deu os 20 e ficou com nada.
Foi fácil! Todo mundo acertou.
SIMPLES E COMPLEXOS
Destrinchando a história dos números primos, Marcus de Sautoy mostra como um problema simples de formular atormenta matemáticos há milênios.
O alemão Carl Friedrich Gauss (1777-1855), uma das mentes matemáticas mais agudas já nascidas, costumava observar que "a matemática é a rainha das ciências, e a teoria dos números, a rainha da matemática". Afirmação momentosa, que suscita imediatamente a pergunta: o que conferiria posição tão especial à teoria dos números? Trata-se da disciplina que busca desvendar a estrutura mais fundamental da matemática: os números naturais. Isso só já bastaria para colocá-la em lugar de destaque entre as grandes realizações intelectuais humanas.
Acontece, além disso, que os números naturais revelam-se surpreendentemente evasivos. Por um lado, sua progressão tão simples e ordenada (1, 2, 3...) parece fornecer, talvez, o único modelo do infinito ao alcance dos seres finitos que nós somos. Por outro lado, no entanto, essa mesma simplicidade, que quase os coloca sob nosso completo domÃnio, esconde dificuldades abissais.
Em "A Música dos números Primos", Marcus du Sautoy, professor da Universidade de Oxford, tenta conduzir o leitor por esse ramo profundo e elegante da matemática a partir de um de seus problemas mais intrigantes: os números primos, aqueles que só podem ser divididos por si mesmos e por 1. Por exemplo, 7 é primo (só é divisÃvel por 7 e por 1). Já 15, divisÃvel por 3 e 5, não é primo.
Dois resultados conhecidos desde a Grécia Antiga conferem aos primos uma posição singular na matemática. Em primeiro lugar, todos os números naturais podem ser escritos como um produto de números primos. Por exemplo, 15 = 3 x 5 (3 e 5 são primos). Em segundo lugar, os números primos são inesgotáveis. Pode-se mostrar que, por mais que avancemos no universo dos números, nunca encontraremos o último número primo, maior do que todos os outros, depois do qual só existam números compostos.
Blocos de construção: Os primos, portanto, são os blocos básicos de construção do mundo numérico. São também infinitos -e muito estranhos. Considere os primeiros primos: 1, 2, 3, 5, 7, 11, 13... Você consegue encontrar alguma ordem no aparente caos dessa seqüência?
Se não consegue, não se preocupe. Você está bem acompanhado. Os matemáticos vêm tentando, por milênios, decifrar o segredo por trás da distribuição dos primos, sem jamais obter uma explicação satisfatória para seu comportamento. Trata-se de uma situação curiosa. A matemática é a ciência da ordem e dos padrões. Não conseguir encontrar a ordem que rege os blocos de construção de sua estrutura mais básica -os números naturais- chega a ser embaraçoso.
Muita gente pensa na matemática como a ciência dos números. Isso é apenas parcialmente correto. A partir da consideração de conjuntos numéricos cada vez mais distantes da experiência cotidiana, o estudo da matemática atingiu um surpreendente grau de abstração. Hoje, os "números" (naturais, racionais, reais, imaginários...) são apenas a ponta do iceberg.
A busca do segredo dos primos revela bem esse aspecto. Para tentar entendê-los, os matemáticos acabaram por submergi-los em estruturas extremamente sofisticadas, distantes da intuição comum. Assim é que surgiu a chamada hipótese de Riemann: uma ousada suposição acerca de uma função, cuja prova é aguardada com ansiedade há mais de um século.
Formulada pelo matemático alemão Bernhard Riemann (1826-1866), ela fornece até hoje nossa melhor esperança de compreender o comportamento dos primos. É justamente a história dessa luta com os primos, e em particular com a hipótese de Riemann, que Sautoy conta em seu livro.
A obra possui três aspectos distintos. Sendo um livro sobre matemática, o autor não pode se furtar a explicar certas complicações matemáticas ao leitor. Tarefa das mais difÃceis. Sautoy recorre aqui a uma série de imagens e analogias (quase sempre extraÃdas da música), algumas bastante felizes, outras de eficácia incerta, para explicar tecnicalidades da hipótese de Riemann.
A maior parte do livro, porém, centra-se no enredo humano da busca pelo "cálice sagrado da matemática". Uma impressionante galeria de personagens desfila à nossa frente. Matemáticos de diferentes épocas são revelados em suas motivações pessoais, sem descuidar do contexto social e intelectual em que viveram. Casos saborosos são narrados em detalhe.
Ao fazer isso, finalmente, Sautoy tem também oportunidade de discutir como os matemáticos vêem a própria disciplina a que dedicam suas vidas. Interessantes questões filosóficas estão sempre à espreita: Quais os objetos de que se ocupa a matemática? Que tipo de existência devemos atribuir a eles? Como alcançá-los?
Matemática e filosofia: Entre erros e acertos, o livro de Sautoy tem dois importantes méritos. Para a maioria dos leitores, poderá oferecer uma leitura agradável devido à sua narrativa quase sempre ágil e ao material histórico selecionado. Para outros, pode conseguir também despertar uma curiosidade sincera a respeito de algumas das questões mais interessantes e profundas ao alcance da mente humana, relativas à matemática e a sua filosofia.
LIVRO - "A Música dos Números Primos"
Marcus du Sautoy; Jorge Zahar Ed.; 352 págs.; R$ 59,00
Tiago Tranjan - Fonte: Folha de S.Paulo - 18/11/07.
PROFESSORA PASQUALINA
CONSTATAÇÃO DO NADA
Dois livros de Paulo Ferraz lançados simultaneamente renovam possibilidades de associar poesia e crÃtica social.
Quando alguém usa a expressão "literatura engajada", raramente se refere à poesia. Em "Que É a Literatura?", Sartre deu razões para recusar à poesia uma idéia de engajamento que reivindicou para a prosa. Vira e mexe, contudo, surgem tentativas de produzir poesia com sentido crÃtico mais explÃcito do que o simples -embora fundamental- desvio da linguagem-instrumento (que para Sartre distingue a poesia e define sua vizinhança com a pintura e a música).
Em geral, a poesia politicamente orientada afeta indignação contra a barbárie para afirmar uma radicalidade retórica. Como o último livro de Régis Bonvicino, "Página Órfã", no qual o eterno repetidor dos concretos tenta dar, com ligeiro atraso, o "salto participante" proposto por Décio Pignatari nos anos 60.
Bem diversos são dois livros de Paulo Ferraz lançados simultaneamente: "De Novo Nada" e "Evidências Pedestres". Em ambos há temas sociais e flagrantes das aberrações contemporâneas, como o porteiro mergulhado no mutismo da noite ou o pichador caindo da torre de uma construção celebrada por "representar a suspensão do tempo".
"De Novo Nada" contém um único poema, nos quais diferentes vozes se entrecortam: um narrador que transita pela cidade e consulta uma mendiga quiromante, num fluxo associativo intercalado por devaneios eróticos e ironias sobre as pretensões transformadoras das vanguardas. Com mais de 500 versos, culmina na cena desconcertante da moradora de rua que se cobre com um jornal no qual está impressa a imagem da modelo de um outdoor -os dois rostos se fundindo na "máscara que a massifica".
Em "Evidências Pedestres", a errância urbana (assinalada pelo tÃtulo tirado de Drummond) se fragmenta em cenas e personagens que podem ser o motorista de ônibus empunhando o câmbio como um cetro, o andar exausto e gracioso da secretária suburbana ou "romeiras de salto alto e meia-sola remendada", prostitutas que "só querem ludibriar o enxofre que está ao pé da porta". O momento mais ácido, contraveneno para o oportunismo estético, é "De uma CrÃtica Publicada num Suplemento Cultural de Domingo" -paródia de texto jornalÃstico sobre o artista que transforma um barraco de favela em instalação. Em nenhum momento, porém, Ferraz se coloca a salvo desse mundo reificado, em que "tudo é a um só momento projeto e ruÃna".
Afinal, o mesmo sujeito que se preocupa com os homens-bomba palestinos será, no instante seguinte, atraÃdo pela moça que se lambuza com um sorvete -dois problemas que, escreve em "Da Utilidade da Poesia (e do Poeta)", "nem minha poesia nem homens como nós podem resolver". Depois de estrear com "Constatação do Óbvio", Paulo Ferraz faz da constatação do nada que nos arrasta e da inutilidade da poesia a melhor forma de resistência.
DE NOVO NADA E EVIDÊNCIAS PEDESTRES
Autor: Paulo Ferraz
Editora: Selo Sebastião Grifo
Quanto: R$ 20 (88 págs.) cada um
Avaliação: bom
Manuel da Costa Pinto - Fonte: Folha de S.Paulo - 17/11/07.
ATENÇÃO: AULAS DE INGLÊS. Aulas de inglês para pequenos grupos com a Professora Pasqualina e sua parceira Professora PatrÃcia. No Barreiro e no Eldorado. Contato - 33889365.
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