CRIATIVIDADE NO MARKETING
PROPAGANDAS E PROJETOS INTELIGENTES (LIFE IN A DAY)
English:
http://www.huffingtonpost.com/2011/07/28/life-in-a-day-review_n_911838.html
http://www.videomaker.com/community/videonews/tag/life-in-a-day/
Video:
http://www.youtube.com/user/lifeinaday
A VIDA COMO ELA É
O que você fez no dia 24 de julho de 2010? 80 mil pessoas ao redor do mundo sabem responder: estavam filmando seus dias para um projeto internacional que acabaria virando filme. "A Vida em Um Dia, parceria de Ridley Scott com o YouTube, é o resultado dessa milhares de horas de gravação de pessoas comuns. São nascimentos, casamentos, festas, atropelamentos, paisagens exóticas, sacrifícios de animais. Ainda não tem data de estreia nos cinemas no Brasil, mas já dá para ter uma ideia aqui: http://www.youtube.com/user/lifeinaday.
Fonte: Super Interessante - Edição 295.
Mais detalhes:
http://www.videomaker.com/community/videonews/tag/life-in-a-day/
PROFESSOR TOM COELHO
www.tomcoelho.com.br www.setevidas.com.br. (Confira o logo do FM - http://www.tomcoelho.com.br/sites.asp?PN=3&intervalo=10&t=)
Gênese da Corrupção
*por Tom Coelho
“(...) que os criminosos fiquem em terra de meus senhorios e vivam e morram nela, especialmente na capitania do Brasil que ora fiz mercê a Vasco Fernandes Coutinho (...) e indo-se para morar e povoar a capitania do dito donatário, não possam lá ser presos, acusados, nem demandados por nenhuma via nem modo que seja pelos crimes que cá (em Portugal) tiverem cometido (...)”
(D. João III, 1534)
Somos fruto de um legado errático proporcionado por aqueles que aportaram nestas terras há pouco mais de cinco séculos. Fomos colonizados pelo que havia de pior, os chamados degredados. Assaltantes, ladrões, homicidas, vadios, heréticos, enfim, párias da sociedade portuguesa que receberam não como prêmio, mas como castigo, o indulto para habitar o Novo Mundo.
Indivíduos desta estirpe, miscigenados com o tempero do clima tropical, acabaram por fomentar uma raça de pessoas com valores e princípios desprovidos de moral e ética. Uma herança fenotípica que penetrou no DNA, tornando-se herança genética. Não se trata mais de questionar o que é bom ou ruim, onde reside o bem o e mal, mas apenas constatar o que é.
A barganha nos governa desde a mais tenra idade. O comportamento exemplar é laureado com sorvete e brinquedos. Boas notas valem uma viagem. O ingresso na faculdade é recompensado com um carro. Dedurar atos corporativos inadequados converte-se em promoção. Confessar os pecados e rezar uma dúzia de orações garante a salvação da alma.
Meias-verdades são mentiras inteiras. Tautologicamente, mentiras inteiras ditas persistentemente tornam-se verdades. E verdades absolutas. Assim desenvolveu-se Hitler, orientado por Joseph Goebbels.
Correios, IRB, Furnas, são versões atualizadas da Coroa-Brastel, do escândalo das jóias, da Operação Uruguai. São apenas notícias na pauta do dia. Estamos diante de um supermercado dotado de gôndolas com as mais diversas opções: prevaricação, nepotismo, peculato, jogatina, favorecimento, desvio, desfalque, subserviência. Escolha a que mais lhe agradar.
Os atos sórdidos invadem o Executivo, o Legislativo e o Judiciário. São observados nas esferas federal, estadual e municipal. Nas pequenas, médias e grandes empresas. Podem ser encontrados na Educação, na Saúde, na Habitação, nos Transportes, na Cultura, nos Esportes. Escolha onde deseja procurar.
As concorrências públicas são direcionadas, jogos de cartas marcadas. Os recursos não viram salas de aula para educar, leitos em hospitais para assistir, medicamentos para curar, casas para morar, água para culturas irrigar.
Terras escriturais, pedras preciosas certificadas, títulos da dívida agrária, são todos vendidos com valor de face superfaturado para liquidação de débitos junto ao Fisco. Liminares, mandados de segurança, despachos, recursos, agravos alimentam a indústria da protelação – e da empulhação. Enquanto isso, o furto de uma fruta numa barraca de feira leva ao cárcere o réu, ainda que primário.
Qual a diferença entre o deputado que recebe o “mensalão” e o síndico que embolsa uma comissão sobre o valor de um serviço contratado? Qual a distinção entre o empresário dono de cervejaria que se utiliza de expedientes diversos para reduzir a carga tributária e os profissionais liberais, notadamente médicos, dentistas e advogados, que concedem desconto nos serviços prestados quando dispensados da emissão de um recibo ou nota fiscal? A medida é apenas sua magnitude.
A corrupção está presente no ambulante que, em barracas montadas nas vias de grande circulação ou nos semáforos, comercializa produtos adquiridos sem nota fiscal, com procedência discutível, vendendo-os igualmente sem documento fiscal, desprovidos de qualquer garantia. Está presente também na atitude de quem adquire tais produtos. Está estampada nas embalagens cujo peso aferido não corresponde ao declarado. Está institucionalizada nas repartições públicas nas quais se paga uma guia de arrecadação para dar maior celeridade a um processo burocrático qualquer.
A Lei é falha porque é complexa, porque são muitas, porque não são aplicadas – embora aplicáveis. Os impostos não são pagos em sua integralidade porque são muitos, porque são elevados, porque não conferem contrapartida social – embora a arrecadação cresça continuadamente. Somos todos pequenos ou grandes foras-da-lei, porque nos justificamos pela rebeldia, pela indulgência, pela sobrevivência, pela impunidade, exceto pela genética.
Construa-se um muro delimitando nossas divisas territoriais. E deixe que os antropólogos estudem o que acontece neste país.
07/07/2005 - Tom Coelho é educador, conferencista e escritor com artigos publicados em 15 países. É autor de “Sete Vidas – Lições para construir seu equilíbrio pessoal e profissional”, pela Editora Saraiva, e coautor de outros quatro livros.
Contatos através do e-mail tomcoelho@tomcoelho.com.br.
PROFESSOR X
BÔNUS PARA PROFESSORES
A notícia de que a cidade de Nova York decidiu suspender seu programa de bônus para professores teve grande repercussão no Brasil. Vários Estados e municípios implantaram, nos últimos anos, premiações para professores em função do desempenho dos alunos. Por isso, é importante entender as lições da experiência nova-iorquina.
O programa de bônus de Nova York foi uma iniciativa implantada em 2007 e de forma conjunta pela Secretaria municipal de Educação e o sindicato de professores. Seu formato foi de um projeto piloto, com duração prevista de três anos.
Foram identificadas 427 escolas públicas, das quais cerca de metade foi escolhida de forma aleatória para participar do programa (grupo de tratamento) e as demais não foram selecionadas, formando o grupo de controle.
Nas escolas participantes, professores e demais funcionários recebiam bônus caso fossem atingidas metas de desempenho, que dependiam principalmente das notas dos alunos em exames padronizados.
Desde o início, a decisão de aumentar a escala do programa estava condicionada aos resultados de sua avaliação, divulgados recentemente por pesquisadores da Rand Corporation e da Universidade de Vanderbilt (EUA).
Não foram comprovados efeitos positivos nas notas dos alunos ou nas metas de desempenho das escolas.
Também não foram constatadas diferenças nas práticas e nas atitudes dos professores entre as escolas dos grupos de tratamento e controle.
O que pode explicar tais resultados? Entrevistas realizadas com os professores fornecem informações relevantes para compreender melhor o que aconteceu.
Mais de um terço dos professores disse que não entendeu elementos fundamentais do programa, como as metas a serem cumpridas e os critérios de concessão do bônus.
As entrevistas também mostram que, embora tenham considerado válida a iniciativa de premiação, metade dos professores considerou o valor do bônus muito baixo.
Além disso, mais de 75% dos professores declararam que o sistema de responsabilização educacional de Nova York, que prevê o fechamento de escolas em função de baixo desempenho, fornece motivação igual ou superior ao bônus.
Portanto, o insucesso do programa de bônus da cidade americana pode estar associado a uma implantação inadequada de alguns elementos-chave, como transparência e valor da bonificação.
Outra lição é que o efeito de programas de premiação de professores depende dos incentivos já existentes. De fato, seus resultados têm sido melhores em países em desenvolvimento, nos quais o nível de responsabilização em geral é baixo.
Finalmente, a experiência de Nova York mostra que é preciso avaliar iniciativas inovadoras antes de replicá-las em larga escala.
Fernando Veloso, 44, é pesquisador do IBRE/FGV.
Fonte: Folha de S.Paulo - 05/09/11.
IBRE/FGV - http://portalibre.fgv.br/
PROFESSORA PASQUALINA
DÚVIDA CRUEL: POR QUE EM PORTUGUÊS OS DIAS DA SEMANA ACABAM EM "FEIRA"?
Boicote à mitologia romana começou no século 5 em Braga e dura até hoje.
O Sol, a Lua e os deuses da mitologia romana (que batizaram os primeiros planetas descobertos: Saturno, Júpiter, Marte, Vênus e Mercúrio) são os homenageados nos dias da semana em quase todos os idiomas ocidentais. Na língua inglesa, os agraciados são deuses nórdicos - Tyu (irmão de Thor) em Tuesday, Odin em Wednesday, Thor em Thursday e Fraye em Friday. Os portugueses, no entanto, quebraram essa tradição.
Roma chamava os dias de Solis dies (dia do Sol, domingo), Lunae dies (dia da Lua, segunda), Martis dies (dia de Marte, terça), Mercurii dies (dia de Mercúrio, quarta), Iovis dies (dia de Júpiter, quinta), Veneris dies (dia de Vênus, sexta) e Saturni dies (dia de Saturno, sábado). O imperador Constantino (272-337), cristão, mudou Solis dies para Dominica dies, o dia do Senhor. Em português, acabou virando domingo. No século 5, Martinho de Dume, bispo de Braga (noroeste de Portugal), iniciou forte campanha para substituir os nomes pagãos dos dias por expressões da liturgia católica: feria secunda ou secunda feria, tertia feria, quarta feria, quinta feria, sexta feria. Feria, em latim, significava "dia de festa", "dia de descanso". Mas seu sentido, por força do cristianismo, alterou-se para "dia sagrado".
Assim, Portugal, depois de chamar os dias de domingo, lues, martes, mércores, joves, vernes e sábado, passou a ser o único país do mundo a usar a forma canônica para os dias úteis, mantendo o domingo e criando o sábado a partir de "shabbat" - dia de repouso na tradição judaica. Martinho, que virou santo, também tentou mudar o nome dos planetas, mas isso ele não conseguiu.
Apesar do nome em português, a segunda-feira é, para a International Organization for Standardization (ISO), o primeiro dia da semana.
Fonte: Aventuras na História - Edição 98.
International Organization for Standardization (ISO) - http://www.iso.org/iso/home.html
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