CRIATIVIDADE NO MARKETING XL
MARKETING POLÍTICO
PROPAGANDAS INTELIGENTES XL (MARKETING POLÍTICO)
Político é tudo igual. Em época de campanha eleitoral aparece em todo lugar.
Veja o caso dessa conhecida política de São Paulo. Até manequim ela cumprimenta para pedir votos. Seria cômico se não fosse trágico.
Mas não tem nada não, Marta. Não fique constrangida. Relaxa e goza.
(Colaboração: Wagner/Markão)
Leia mais:
http://campanhanoar.folha.blog.uol.com.br/arch2008-09-21_2008-09-27.html
NOVA CAMPANHA MELISSA
Tendo como ponto de partida a poltrona Corallo, nasceu das mentes dos Irmãos Campana a nova linha da Melissa. São fios emaranhados que abraçam os pés nessa nova sapatilha e fazem par com uma bolsa que carrega os mesmos traços. Bastante correta, a linha conta com até 30% de PVC reciclado em sua fabricação e tem parte da venda dos produtos revertida para a ONG Visão Mundial de Recife. Para quem não se lembra, a trajetória de Fernando e Humberto Campanha pelo mundo Melissa começou com a serie Zig Zag e seguiu com Carioca, inspiradíssima na "Cadeira Favela". Outro barato dessa nova ação é que os pés são assimétricos. É que, assim como a cadeira, a sandália não é "espelhada", o pé esquerdo é diferente do direito.
Natália D'ornellas - Fonte: O Tempo - 05/10/08.
Melissa - http://www.melissa.com.br/
Irmãos Campana - http://www.campanas.com.br/
Visão Mundial - http://www.visaomundial.org.br/visaomundial/
PROFESSOR X
SAÚDE, POBREZA E DESIGUALDADE
Estamos comemorando os 20 anos do direito constitucional à saúde e do SUS (Sistema Único de Saúde), criado para implementá-lo, mas ainda não há consenso sobre o exato conteúdo desse direito.
A julgar pelos milhares de ações que tramitam no Judiciário de todo o país, o mundo jurídico enxerga o direito à saúde pelo prisma restrito do tratamento médico, em especial do fornecimento de medicamentos.
Os especialistas em saúde pública reiteradamente demonstram, porém, que a assistência médica é apenas um entre vários fatores determinantes da saúde da população -e nem sempre o mais importante.
Fatores socioeconômicos, como renda, educação, qualidade de moradia e ambiente de trabalho, os chamados determinantes sociais da saúde, são tão ou mais importantes que a assistência médica, como confirma o importante relatório da Organização Mundial da Saúde que acaba de ser publicado ("Closing the Gap in a Generation: Health Equity through Action on the Social Determinants of Health", de 28/8).
O relatório da Comissão sobre os Determinantes Sociais da Saúde, presidida pelo renomado sanitarista britânico sir Michael Marmot, confirma e esclarece, com riqueza de dados, várias conexões intuitivas entre determinantes sociais e saúde, mas também refuta relações de causalidade que antes pareciam evidentes.
Não surpreende, por exemplo, que a pobreza e as privações que ela implica em termos de nutrição, educação, moradia e falta de cuidados médicos tenha um impacto direto e significativo na saúde das pessoas.
Assim, uma menina nascida no Lesoto, na África, viverá em média 42 anos a menos que uma nascida no Japão. Na Suécia, as chances de uma mulher morrer durante a gravidez ou parto é de 1 em 17.400; no Afeganistão, de 1 em 8. A taxa de mortalidade infantil de crianças cujas mães têm educação secundária ou superior no Brasil é em média três vezes menor do que a de crianças cujas mães têm menos de três anos de estudos.
O que talvez surpreenda muitos é que, a partir de um determinado nível (por volta de US$ 5.000 per capita), a renda em si deixa de ter impacto significativo na saúde da população. É isso o que explica, por exemplo, o fato de o país mais rico do mundo, os EUA, ocupar apenas a 44ª posição no ranking mundial de expectativa de vida e de outros países relativamente mais pobres, como a Costa Rica, apresentarem expectativa de vida similar a dos países mais ricos.
Acima daquele patamar de renda, são as desigualdades sociais que têm impacto relevante. Em países mais igualitários, com políticas de proteção social mais amplas e universalistas, a saúde da população é melhor -e vice-versa.
Trazer à luz essas conexões, que se repetem em todos os países, importa por duas razões fundamentais. Em primeiro lugar, porque revelam que as enormes desigualdades em saúde existentes entre (e dentro de) países é fruto de injustiça social. Como posto de uma maneira chocante, porém verdadeira, pelos autores do relatório, "a injustiça social está matando em grande escala".
Em segundo lugar, porque indicam o caminho a ser seguido no combate a essa inaceitável situação. São necessárias políticas públicas que enfrentem os determinantes sociais da saúde como um todo, isto é, que vão além da assistência médica, na qual geralmente se coloca ênfase desproporcional nos países em desenvolvimento.
Nesse ponto, o Brasil apresenta um histórico ambíguo.
Ao mesmo tempo em que estamos implementando medidas como o Programa de Saúde da Família, citado no relatório da OMS como exemplo positivo de política pública que enfrenta os determinantes sociais da saúde, apresentamos um déficit de investimento em saneamento básico incompatível com nosso nível de desenvolvimento econômico (quase 30% da população brasileira não tem acesso a serviço de esgoto).
Como o esgoto é um dos determinantes sociais importantes da saúde em geral e, particularmente, da mortalidade infantil, não surpreende que nossa taxa (19 por 1.000 nascidos vivos) seja muito superior à verificada na Argentina (14/1.000) e na Costa Rica (11/1.000), países com PIB per capita similares ao nosso, mas cujo acesso da população à rede de esgoto é quase universal.
A discussão sobre o exato conteúdo do direito à saúde vai continuar, sem dúvida. Fica cada vez mais claro, porém, que o foco desse importante debate deve ser ampliado para incluir os chamados determinantes sociais da saúde, como a pobreza e, sobretudo em nosso país, a desigualdade.
Octávio Luiz Motta Ferraz, 36, mestre em direito pela USP e doutor em direito pela Universidade de Londres, é professor de direito na Universidade de Warwick (Reino Unido). Foi assessor sênior de pesquisa do relator especial da ONU para o direito à saúde (2006). Fonte: Folha de S.Paulo - 09/10/08..
SUS - http://w3.datasus.gov.br/datasus/datasus.php
USP - http://www4.usp.br/
Universidade de Londres - http://www.lon.ac.uk/
Universidade de Warwick - http://www2.warwick.ac.uk/
MEC - INVESTIMENTO DE R$ 1 BI
O Ministério da Educação (MEC) vai financiar até 2010 a abertura de 600 mil vagas em cursos de formação de professores (licenciaturas) em universidades federais e estaduais para profissionais da rede pública de ensino básico, anunciou o secretário de Educação a Distância, Carlos Eduardo Bielschowsky. O investimento federal será de R$ 1 bilhão a partir do ano que vem. O dinheiro será repassado às universidades públicas que aderirem ao Sistema Nacional Público de Formação de Professores. O presidente Lula deverá assinar o decreto em novembro.
O MEC também pagará bolsas de R$ 1.200 a professores universitários que passem a atender as novas turmas. A meta é contar com cerca de 10 mil bolsistas nos próximos anos. Considerando-se apenas as disciplinas básicas, como português e matemática, o déficit de professores no país chega a 253 mil. Para disciplinas específicas, como filosofia e sociologia, estimativas indicam que serão necessários 107 mil docentes, em cada uma das disciplinas, para atender apenas o ensino médio.
Fonte: O Tempo - 11/10/08.
MEC - http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=11378
PROFESSORA PASQUALINA
LIVROS PARA SE LER (BAIXAR DA INTERNET)
Título: A Ela
Autor: Machado de Assis
Categoria: Literatura
Idioma: Português
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=1899
(Colaboração: A.M.B.)
LITERATURA ANIMADA
Uma versão da biografia do escritor Machado de Assis ganha vida no desenho animado dirigido pelo artista Flávio del Carlo. A animação pode ser acessada no site TV Estadão (http://www.estadao.com.br/interatividade/Multimidia/ShowVideos.action?destaque.idGuidSelect=17363469C3D649B4B79E5CBF68E597C6). O curta apresenta, em pouco mais de um minuto, detalhes importantes da vida do escritor de Dom Casmurro e faz parte de uma série de Carlo chamada Figurinhas Carimbadas. Flávio é um dos mais prestigiados animadores de publicidade do Brasil e já dirigiu vários curtas premiados. Na TV, trabalhou nos programas Castelo Rá-Tim-Bum e Glub-Glub.
Fonte: O Tempo - 05/10/08.
MEC: CONSULTA PÚBLICA SOBRE NOVA ORTOGRAFIA
O MEC (Ministério da Educação) abriu uma consulta pública para que os brasileiros tirassem dúvidas ou enviassem sugestões sobre a reforma ao endereço de e-mail acordoortografico@mec.gov.br. Ao longo de três semanas, foram enviadas apenas 12 mensagens, e nenhuma sugestão foi aproveitada. A página do MEC sobre o assunto (www.mec.gov.br/acordoortografico) traz a íntegra do acordo e o texto do decreto. Em 7 de setembro, o portal iG passou a adotar a reforma em seus textos e colocou no ar um site sobre a reforma (http://educacao.ig.com.br/acordo_ortografico/), que reúne artigos, notícias e um manual das novas regras.
Fonte: Folha de S.Paulo - 08/10/08.
OPINIÕES SOBRE A REFORMA ORTOGRÁFICA
Uma reforma mais radical
Eu sou um ardoroso defensor da reforma ortográfica. A perspectiva de ser lido em Bafatá, no interior da Guiné-Bissau, da mesma maneira que sou lido em Carinhanha, no interior da Bahia, me enche de entusiasmo. Eu sempre soube que a maior barreira para o meu sucesso em Bafatá era o C mudo. Aguarde- me, Bafatá! Nossa linguagem escrita está repleta de letras inúteis. A rigor, todas elas. Abolir o trema ou o acento agudo de alguns ditongos deveria ser apenas o primeiro passo para abolir o resto do alfabeto. Se os italianos decidissem abolir a linguagem escrita, perderiam Dante Alighieri. Se os brasileiros decidissem abolir a linguagem escrita, conseguiriam libertar-se de José Sarney.
José Sarney idealizou a reforma ortográfica em 1990. Ela foi escanteada por praticamente duas décadas, até a semana passada, quando Lula a sancionou. A posteridade se recordará da reforma ortográfica como a grande obra de José Sarney, ao lado da emenda parlamentar que permitiu ampliar o aeroporto internacional do Amapá para o atendimento de 700.000 passageiros.
Para os brasileiros, a reforma ortográfica tem um efeito nulo. Ninguém sabia escrever direito antes dela, ninguém saberá escrever direito depois. O caso dos portugueses é mais complicado. Eles concordaram em abrasileirar sua ortografia. Isso acarretou a necessidade de abdicar de um monte de consoantes duplas herdadas do latim. Alguém ainda se lembra de José de Anchieta? Quando ele desembarcou no Brasil, abdicou do latim e passou a rezar em tupi, para poder se comunicar com os canibais. Foi o que os portugueses, mais uma vez, concordaram em fazer agora: para poder se comunicar com os canibais Quem? Eu?, adotaram sua língua. Eu entendo perfeitamente o empenho dos brasileiros em deslatinizar a língua escrita. De certo modo, o latim representa tudo o que rejeitam os: os valores morais, o rigor poético, o conhecimento científico, o respeito às leis, a simetria das formas, o pensamento filosófico, a harmonia com o passado, o estudo religioso. Ele encarna todos os conceitos da cultura ocidental que conseguimos abandonar. Eliminando o C e o P de certas palavras, Portugal poderá se desgrudar da Europa e ancorar na terra dos tupinambás. Eu já enfrentei outra reforma ortográfica. Em 1971, durante a ditadura militar, Jarbas Passarinho, por decreto, cancelou uma série de acentos. Além do Brasil, só a China de Mao Tsé-tung pensou em fazer duas reformas ortográficas em menos de quarenta anos. Quando a reforma ortográfica de Jarbas Passarinho foi implementada, eu acabara de me alfabetizar. O resultado desse abuso foi despertar em mim uma salutar ojeriza pela escola. Nos anos seguintes, a única tarefa didática que desempenhei com interesse foi me lambuzar com cola Tenaz e, depois de seca, despelá-la aos pedacinhos. Meus amigo fizeram o mesmo. O analfabetismo causado pela reforma ortográfica de 1971 e pela cola Tenaz impediu que muitos de nós nos transformássemos em algo parecido com José Sarney. Espero que a reforma ortográfica de 2008 tenha um resultado semelhante. Em Carinhanha e em Bafatá.
Diogo Mainardi - Fonte: Veja - Edição 2081.
PRÊMIO NOBEL DE LITERATURA
Contrariando as apostas que se concentravam em nomes consagrados, como o norte-americano Philip Roth, o peruano Mario Vargas Llosa ou o israelense Amós Oz, a Academia Sueca decidiu conceder o Nobel de Literatura ao francês Jean-Marie Gustave Le Clézio, 68. Pouco conhecido no Brasil, é um dos escritores mais traduzidos de seu país.
É, também, o 14º autor da França a receber o prêmio, com as ressalvas de que Gao Xingjian (2000) tem origem chinesa, Albert Camus (1957), argelina, e que Jean-Paul Sartre recusou o galardão em 1964.
Além de voltar as costas, mais uma vez, à lista de favoritos, a distinção a Le Clézio marca a tendência do Nobel a escolher, nos últimos anos, autores europeus (leia mais à pág. E4).
O reconhecimento internacional do escritor francês começou em 1980, com o romance "Désert", que ganhou prêmio da Academia Francesa. A obra descreve as agruras de uma mulher nascida no Saara tentando adaptar-se à imposição da colonização francesa no começo do século 20.
O comitê sueco declarou que Le Clézio foi escolhido por buscar a "aventura poética e o êxtase sensual, por explorar a humanidade além e abaixo da civilização reinante".
Entre seus temas mais freqüentes estão histórias de aventuras baseadas em sua experiência em viagens por desertos (uma de suas predileções), cenários africanos e americanos. A academia também distingue sua "sensibilidade ecológica".
Entre Nice e Novo México
Le Clézio nasceu em Nice em 1940, mas mudou-se ainda criança para a Nigéria, onde seu pai foi médico durante a Segunda Guerra Mundial. Voltou à França em 1950.
No começo dos anos 70, decidiu abandonar as grandes cidades e permanecer por um período na América Central. Nos últimos anos, vive entre Nice e o Novo México, nos EUA. Casado com uma marroquina, passa parte de seu tempo viajando.
Suas obras de tom ecológico incluem "Terra Amata" (terra amada, 1967), "La Guerre" (a guerra, 1970) e "Les Géants" (os gigantes, 1973).
No Brasil, foram lançados três títulos. "A Quarentena" (1997) -que teria sido inspirado nos "Sertões", de Euclides da Cunha, segundo entrevista do autor, no ano do lançamento, a "O Estado de S.Paulo".
Também saíram aqui "O Africano" (2007) e "O Peixe Dourado" (2001).
Depois do anúncio, Le Clézio declarou que escrever "não é só estar sentado em sua mesa, é escutar o ruído do mundo". Também disse que ler romances é uma boa forma de interrogar o mundo. "O escritor não é um filósofo, um técnico da língua, é alguém que faz perguntas, e, se há uma mensagem que quero enviar, é que é necessário fazer perguntas."
Curiosamente, numa entrevista a uma rádio francesa para promover seu novo livro, "Ritournelle de la Faim" (os refrãos da fome), Le Clézio falou sobre a possibilidade de ganhar o Nobel. À rádio francesa Inter, o escritor, questionado sobre a possibilidade de ser premiado, respondeu: "Com certeza, por que não? Quando você é um escritor, sempre acredita em prêmios literários".
O prêmio, de US$ 1,4 milhão (cerca de R$ 3,4 milhão), será entregue em cerimônia em Estocolmo, no dia 10 de dezembro, junto com os demais prêmios da academia (medicina, química, física e economia).
Eduardo Simões/Sylvia Colombo - Fonte: Folha de S.Paulo - 10/10/08.
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