CRIATIVIDADE NO MARKETING LXVII
PROPAGANDAS INTELIGENTES LXVII (ADOTAR É TUDO DE BOM - PEDIGREE)
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PROFESSOR X
O DESAFIO DE INOVAR NO ENSINO DE CIÊNCIAS
Enquanto a sociedade espera inovações inteligentes, o desconhecimento do passado frequentemente leva a reinvenções deformadas. O vestibular unificado surgiu na Faculdade de Medicina da USP.
O Cescem (Centro de Seleção de Candidatos às Escolas Médicas, Fundação Carlos Chagas) unificou o vestibular para as faculdades de medicinas de São Paulo, logo imitado em Pernambuco e no Rio de Janeiro. Acabamos com a multiplicidade de vestibulares oferecendo as vagas aos alunos com maior chance de, usando o ensino superior fundamentalmente pago pela sociedade, dar o maior retorno.
Para que a classificação fosse precisa, o vestibular ampliou os exames, substituindo dissertações, impossíveis de ter um julgamento consistente, por provas de múltipla escolha, que eram avaliadas objetivamente por um sistema de computador.
Essas provas não se destinavam a avaliar o curso secundário ou seus professores e não se restringiam a perguntas que avaliavam memorização de livros tradicionais defasados, mas exigiam capacidade de discernimento de poder aplicar o que deveriam ter aprendido (não ensinado) para novas situações.
Esse sistema atendia ao candidato, que declarava cursos e faculdades em ordem de sua preferência, e revelou a necessidade de exames regionais, não nacionais.
O vestibular não pode apenas aprovar. Ele deve classificar os alunos, distribuindo as vagas existentes. Alunos que, em vez de entrar num curso médico, obtinham uma vaga para veterinária, desistiam do curso no primeiro ano e voltavam a fazer o vestibular.
Paulistas que ingressaram no Paraná faziam novo vestibular em São Paulo ou, ocupando vagas, terminavam o curso para voltar para exercer sua profissão nesse Estado. "Pequenos" problemas práticos que os educadores não contemplam ao propor simplesmente o uso do Enem. Antes do Cescem, foi na Faculdade de Medicina que surgiu o Ibecc-Funbec, que inovou o ensino das ciências nas escolas secundárias.
Associou-se à US National Science Foundation, Fundação Ford e União Panamericana, recrutando cientistas de alto nível (não professores do secundário ou pedagogos) para rever metas e conteúdo dos novos textos (que no Brasil deu origem à editora da UNB), que exigiram livros de apoio e curso para os professores, dando ênfase ao ensino experimental, criando novos equipamentos de baixo custo e que permitiam aos alunos fazer experiências e tirar conclusões.
O vestibular ganhou outro papel, o de difundir esse novo conteúdo e método para aprender ciência, trazendo para o secundário descobertas fundamentais, como DNA, ecologia e evolução, fundamentos das reações químicas e da estrutura molecular, conservação da energia, entropia, a dualidade onda-partícula e a relatividade. Para isso, os 1.500 candidatos mais bem classificados ainda se submetiam a provas de laboratório que exigia correlacionar informações com a realidade física.
Hoje, o número de candidatos não permitiria essas provas, mas deve conter quesitos que considerem na avaliação a capacidade de interpretar dados colhidos de experiências reais, em vez de medir memória de livros ou da tela do Google, que aceitam tudo.
O plano de ressuscitar os "Kits Cientistas", cuja tiragem foi de mais de 2 milhões, levará para as casas e para as escolas a possibilidade de aprender de experiências realizadas, observações e interpretações pelos jovens estudantes, que não seriam mais reféns de falsas informações.
Como a sociedade esquece, somos obrigados a reinventar. O famoso pesquisador Bruce Albert, da Harvard e editor da revista "Science", desafia a comunidade científica, num editorial publicado em 23/1/09, para um novo ciclo de inovação do ensino de ciências e aponta as seguintes metas: preparar os estudantes para gerar e avaliar evidências científicas e suas explicações, entender a natureza e o desenvolvimento do conhecimento científico e participar de forma produtiva das práticas científicas.
Um desafio que não se resolve mobilizando autores de compêndio, educadores de escrivaninha, donos de cursinho ou alterando regras de admissão às universidades, admitindo alunos, maiorias ou minorias, que não foram preparados para perpetuar mais do que a mediocridade do ensino de ciências e seu impacto no desenvolvimento, a formação de uma sociedade que não entende o mundo onde vive.
Isaias Raw, 82, professor emérito da Faculdade de Medicina da USP, é presidente da Fundação Butantan. Foi fundador da Funbec (Fundação Brasileira para o Desenvolvimento do Ensino de Ciências) e da Fundação Carlos Chagas. - Fonte: Folha de S.Paulo - 14/04/09.
Faculdade de Medicina da USP - http://www.fm.usp.br/
Fundação Butantan - http://www.butantan.gov.br/fundacao.htm
Funbec - http://www.usp.br/jorusp/arquivo/2008/jusp825/pag02.htm
Fundação Carlos Chagas - http://www.fcc.org.br/
PROFESSORA PASQUALINA
16 RESPOSTAS SOBRE O NOVO EXAME
Como funcionará o novo sistema de seleção proposto pelo Ministério da Educação (MEC) – e que começa a ser adotado por algumas universidades federais e particulares ainda neste ano
1. O que cairá no novo Enem?
Serão 200 questões de múltipla escolha divididas em quatro áreas do conhecimento (ciências naturais e humanas, linguagens e matemática), além de uma redação. O exame abrangerá menos assuntos do que o vestibular, mas falta o MEC dizer o que vai ficar de fora.
2. O que deve estudar alguém que vai tentar o ingresso, nos próximos meses, numa universidade que aderir ao modelo?
Na ausência de uma definição mais específica sobre o que será exigido na nova prova e quais as instituições que vão adotá-la, o ideal é preparar-se tanto para o vestibular quanto para o atual Enem (cujos simulados podem ser encontrados no site do MEC). A velha versão do exame testa apenas habilidades mais gerais, como a capacidade de interpretar textos e de solucionar problemas da vida real, e muito pouco conteúdo específico. Do antigo Enem, a nova prova manterá a contextualização das questões – mas elas passarão a ser 100% calcadas nas disciplinas do ensino médio.
3. Os cursinhos vão preparar os alunos para o novo Enem ainda neste ano?
Sim. Quatro das maiores redes do país afirmaram a VEJA que vão fazer adaptações nas aulas e no material didático de modo a treinar os alunos para o novo exame.
4. O Enem passará a ser o único critério para a seleção nas universidades que o adotarem?
A decisão caberá a cada instituição. O MEC propõe dois modelos. No primeiro, as universidades podem usar o resultado da prova como preferirem, inclusive fazendo uma segunda fase própria. A outra opção é aderir ao Sistema de Seleção Unificado. Neste caso, é necessário que o Enem seja a única etapa do processo seletivo. As vagas ficam disponíveis em um sistema eletrônico de inscrição, válido para todo o país.
5. É possível usar o mesmo Enem para se candidatar a uma vaga em diferentes universidades?
Sim. Este é exatamente o propósito da prova nacional. No entanto, nos casos em que a universidade aderir ao Sistema Unificado haverá um limite de até cinco opções por candidato, que devem ser colocadas em ordem de preferência. As vagas de um curso serão oferecidas antes àqueles estudantes que o tiverem escolhido como primeira opção.
6. Como saber se a nota obtida no exame será suficiente para o ingresso num curso?
Esta é uma das principais mudanças do sistema proposto pelo MEC: o aluno receberá sua nota antes de se inscrever nos concursos das faculdades e poderá, ainda, consultar as médias dos demais candidatos à vaga que ele deseja. Isso será feito por meio do sistema on-line de inscrições, onde tais informações estarão abertas a consulta. Assim, o candidato passa a ter uma visão muito realista de suas chances no processo seletivo.
7. Pessoas que se formaram na escola há mais tempo podem fazer o novo Enem?
Sim. Qualquer pessoa com diploma de conclusão do ensino médio pode se inscrever – não importa a idade.
8. Quando será divulgada a lista das universidades federais que vão adotar o novo sistema em 2009?
O prazo-limite é até o fim de abril, uma vez que, caso optem pelo vestibular tradicional, as instituições precisam ter tempo hábil para formular as provas e organizar o concurso. VEJA ouviu 51 dos 55 reitores de universidades federais. Destes, 25 são favoráveis à mudança neste ano, mas falta submeter a questão aos respectivos conselhos.
9. Faculdades estaduais e particulares também podem aderir?
Sim. Na semana passada, o ministro Fernando Haddad se encontrou com dirigentes de instituições estaduais e particulares justamente para tentar atraí-las. Mais de 500 particulares já avisaram que vão aderir. A USP e a Unicamp, que têm os dois maiores vestibulares do país, vão ficar de fora, pelo menos em 2009.
10. Uma nota ruim no Enem pesará contra o estudante?
Não. É do aluno a decisão de apresentar o resultado às universidades – ou simplesmente ignorá-lo e fazer uma nova prova. Não há limite de vezes para tentar o Enem.
11. Qual será a periodicidade do Enem?
Neste ano, haverá só um, nos dias 3 e 4 de outubro. Em 2010, o MEC pretende aplicar pelo menos dois. A meta é chegar a sete por ano, como o SAT, modelo americano no qual se inspira o novo Enem.
12. Se o aluno quiser tentar a transferência de curso ou de faculdade terá de fazer o Enem?
Não necessariamente. Hoje, cada universidade tem um sistema próprio para selecionar os alunos que pedem transferência. Algumas avaliam o boletim da faculdade, outras aplicam um teste. Se quiserem, poderão também considerar a nota no novo Enem. Nesse caso, quem não tiver realizado o exame precisará fazê-lo.
13. Por quanto tempo a nota da prova será válida?
O MEC ainda não bateu o martelo, mas a tendência é que feche o prazo em três anos. Nesse período, o aluno pode apresentar a mesma nota às universidades. Como o Enem é um exame padronizado, ao contrário do vestibular, estatisticamente é possível, sim, comparar as médias de alunos que realizaram provas em anos diferentes.
14. Quem vai elaborar e corrigir as provas?
O Inep, órgão ligado ao MEC que já cuida de outras avaliações oficiais, como o próprio Enem. Uma comissão de especialistas ajudará a estabelecer o conteú-do do exame. Uma empresa especializada em aplicação de provas, que será definida por licitação, ficará encarregada da logística do concurso.
15. Se o candidato fizer o Enem durante o ensino médio, ele poderá guardar a nota para quando se formar?
Não. A nota só será válida para aqueles estudantes que já completaram o ensino médio.
16. Haverá alguma mudança nas universidades que já adotam cotas?
Não muda nada. Cotistas e não cotistas terão de fazer a mesma prova.
Fonte: Veja - Edição 2108.
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