O PODER DO MARKETING II
PROPAGANDAS INTELIGENTES II
Imagens em tamanho natural, foram grudadas em portas de vidros de lojas, no aeroporto da África do Sul, para a campanha publicitária do limpador de vidros e janelas I.C.U. - "I see You". A expressão na face não tem preço!
(Colaboração: Hélio Bob Pai)
PROFESSORA PASQUALINA
O tema vai ficar mais constante daqui para a frente. Vejam matéria da Folha de S.Paulo (20/08) sobre a reforma ortográfica, as novas regras da língua portuguesa que devem começar a ser implementadas em 2008.
BRASIL SE PREPARA PARA REFORMA ORTOGRÁFICA
O fim do trema está decretado desde dezembro do ano passado. Os dois pontos que ficam em cima da letra u sobrevivem no corredor da morte à espera de seus algozes. Enquanto isso, continuam fazendo dos desatentos suas vítimas, que se esquecem de colocá-los em palavras como freqüente e lingüiça e, assim, perdem pontos em provas e concursos.
O Brasil começa a se preparar para a mudança ortográfica que, além do trema, acaba com os acentos de vôo, lêem, heróico e muitos outros. A nova ortografia também altera as regras do hífen e incorpora ao alfabeto as letras k, w e y (veja quadro). As alterações foram discutidas entre os oito países que usam a língua portuguesa -uma população estimada hoje em 230 milhões- e têm como objetivo aproximar essas culturas.
Não há um dia marcado para que as mudanças ocorram -especialistas estimam que seja necessário um período de dois anos para a sociedade se acostumar. Mas a previsão é que a modificação comece em 2008.
O Ministério da Educação prepara a próxima licitação dos livros didáticos, que deve ocorrer em dezembro, pedindo a nova ortografia. (Daniela Tófoli)
O QUE MUDA
Entre 0,5% e 2% do vocabulário brasileiro será alterado com as mudanças.
HÍFEN - Não se usará mais:
1. quando o segundo elemento começa com s ou r, devendo estas consoantes ser duplicadas, como em "antirreligioso", "antissemita", "contrarregra", "infrassom". Exceção: será mantido o hífen quando os prefixos terminam com r -ou seja, "hiper-", "inter-" e "super-"- como em "hiper-requintado", "inter-resistente" e "super-revista"
2. quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com uma vogal diferente. Exemplos: "extraescolar", "aeroespacial", "autoestrada"
TREMA - Deixará de existir, a não ser em nomes próprios e seus derivados
ACENTO DIFERENCIAL - Não se usará mais para diferenciar:
1. "pára" (flexão do verbo parar) de "para" (preposição)
2. "péla" (flexão do verbo pelar) de "pela" (combinação da preposição com o artigo)
3. "pólo" (substantivo) de "polo" (combinação antiga e popular de "por" e "lo")
4. "pélo" (flexão do verbo pelar), "pêlo" (substantivo) e "pelo" (combinação da preposição com o artigo)
5. "pêra" (substantivo - fruta), "péra" (substantivo arcaico - pedra) e "pera" (preposição arcaica)
ALFABETO - Passará a ter 26 letras, ao incorporar as letras "k", "w" e "y"
ACENTO CIRCUNFLEXO - Não se usará mais:
1. nas terceiras pessoas do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo dos verbos "crer", "dar", "ler", "ver" e seus derivados. A grafia correta será "creem", "deem", "leem" e "veem"
2. em palavras terminados em hiato "oo", como "enjôo" ou "vôo" -que se tornam "enjoo" e "voo"
ACENTO AGUDO - Não se usará mais:
1. nos ditongos abertos "ei" e "oi" de palavras paroxítonas, como "assembléia", "idéia", "heróica" e "jibóia"
2. nas palavras paroxítonas, com "i" e "u" tônicos, quando precedidos de ditongo. Exemplos: "feiúra" e "baiúca" passam a ser grafadas "feiura" e "baiuca"
3. nas formas verbais que têm o acento tônico na raiz, com "u" tônico precedido de "g" ou "q" e seguido de "e" ou "i". Com isso, algumas poucas formas de verbos, como averigúe (averiguar), apazigúe (apaziguar) e argúem (arg(ü/u)ir), passam a ser grafadas averigue, apazigue, arguem
GRAFIA - No português lusitano:
1. desaparecerão o "c" e o "p" de palavras em que essas letras não são pronunciadas, como "acção", "acto", "adopção", "óptimo" -que se tornam "ação", "ato", "adoção" e "ótimo"
2. será eliminado o "h" de palavras como "herva" e "húmido", que serão grafadas como no Brasil -"erva" e "úmido"
A FAVOR - Separados pela mesma língua
VOCÊ SE SENTE confortável por não ter de escrever christallino, phantasma, theísmo? Pois foi uma simplificação da ortografia, na década de 1910, que fez que passássemos a escrever tais palavras como agora o fazemos.
A ortografia é uma convenção, mas somos a única língua no mundo com dois cânones oficiais ortográficos, um europeu e um brasileiro. O árabe é a língua de 250 milhões de pessoas em 21 países do mundo. Claro que elas não se expressam no mesmo árabe. Mas a língua oficial dos meios de comunicação de massa em todo o mundo árabe é escrita do mesmo jeito (o árabe moderno unificado ou comum), compreensível em todos os países islamitas ou onde o árabe seja falado. O espanhol é usado por cerca de 450 milhões de pessoas em 19 países.
Quarta língua mais falada do mundo, são inúmeras as suas variantes, mas aqueles que a utilizam seguem um padrão escrito comum, uniforme: só há uma forma oficial de grafá-la. O francês é língua de 125 milhões de pessoas na Europa, África, América Central e Oceania. É língua de 26 países. Sua ortografia complicada e arcaizante é baseada na grafia legal do francês medieval, codificado no século 17 pela Academia Francesa. É extensa a lista das suas variedades dialetais, mas só há uma forma de escrever o francês padrão em todo o mundo. É o caso também do inglês, primeira língua de 1 bilhão de pessoas: seu padrão ortográfico é basicamente o mesmo para todos, com pequenas divergências. Por que Portugal e Brasil seriam dois países separados pela mesma língua, quando outras línguas do mundo com muito maiores óbices resolveram seu problema ortográfico?
(MAURO VILLAR é co-autor do "Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa" e diretor do Instituto Houaiss de Lexicografia.)
CONTRA - O custo supera o benefício
A IDÉIA DE UMA ortografia igual para todos os (hoje oito) países lusófonos é sustentada por este argumento, apresentado pelo grande Antônio Houaiss (o pai brasileiro do "Acordo") no "Breve Histórico da Língua e da Ortografia Portuguesa": "A existência de duas grafias oficiais da língua acarreta problemas na redação de documentos em tratações internacionais e na publicação de obras de interesse público". Sim, isso é fato.
Um sueco que queira estudar português pode ficar em dúvida entre "adoptar" (Portugal) e "adotar" (Brasil), por exemplo.
Nesse caso, o "Acordo" abrasileira a grafia, o que desagrada aos portugueses, habituados (há décadas) ao "p" e ao "c" "mudos" de diversas palavras.
E como faria o sueco se tivesse de optar entre "cômodo" (Brasil) ou "cómodo" (Portugal)? Jogaria uma moedinha para o alto, visto que, nesse e em muitos outros casos, o projeto de unificação não unifica...
Mas o "Acordo" não se limita a "uniformizar" a grafia: aproveita a ocasião para estabelecer outras alterações no sistema ortográfico. A mais marcante talvez seja a que dispõe sobre o emprego do hífen. O que hoje é muito ruim muda para... Para igual ou pior. A mudança nos diferenciais de tonicidade é outro ponto negativo. Na ânsia de eliminar acentos mais que inúteis, como o de "pêra" e "pólo", elimina-se também o de "pára" (verbo), mais que essencial. Some-se a tudo isso o desconforto da inevitável convivência -por um longo período- com duas grafias (a "nova", que seria vista nos jornais e revistas, por exemplo, e a "velha", que estaria diante de nós nos livros, enciclopédias etc.) e se chega à conclusão de que o custo supera os benefícios. Quem viveu a reforma de 1971 sabe bem do que estou falando. É isso.
(PASQUALE CIPRO NETO é autor de livros didáticos e apresentador e idealizador do "Nossa Língua Portuguesa", da Rádio e TV Cultura.)
Fonte: Folha de S.Paulo - 20/08/2007.
Vamos nos preparar.
Professora Pasqualina
ATENÇÃO: AULAS DE INGLÊS. Aulas de inglês para pequenos grupos com a Professora Pasqualina e sua parceira Professora Patrícia. No Barreiro e no Eldorado. Contato - 33889365.
PROFESSOR X
Olá pessoal,
Vejam que texto interessante sobre uma solução brasileira de grandes méritos e originalidade.
SATANÁS APOSTILADO?
Segundo conhecido educador, os "apostiladores" "embaralham-se numa sucessão de ecos sem fim e sem propósito (...) envoltos pela aura clássica da memorização/reprodução (...) de modo que não reste tempo hábil para o vago e moroso trabalho do pensamento (...)". Quem seriam esses mercadores sinistros, que oferecem à juventude um ensino no qual se decora, em vez de pensar? Na realidade, são apenas escolas bem-sucedidas que, a partir de certo momento, passaram a ofertar a outras instituições um conjunto de serviços educacionais desenvolvidos para si próprias. Tornaram-se operadoras de grandes redes de escolas associadas (em uma das quais o autor trabalha). Mais de 1,7 milhão de alunos estão em instituições privadas ligadas a uma dessas redes (Anglo, COC, Objetivo, Pitágoras, Positivo, UNO e outras).
Por que as escolas desejariam pertencer às redes dos "apostiladores", tão duramente acusados? Uma hipótese persuasiva é que as redes operariam como uma secretaria de educação, cuja missão é apoiar escolas. Preenchem um vácuo. Vejamos:
Estruturação do ensino. Pelas pesquisas, quanto mais planejado o ensino, mais os alunos aprendem. Passo a passo, os livros das redes oferecem teoria, aplicação, exercícios e provas. Essa ajuda permite ao professor sair da decoreba e botar a cabeça dos estudantes para funcionar. E, quanto mais o livro facilita a vida do professor, mais ele pode se dedicar àquelas dimensões artesanais e afetivas, tão críticas para o aprendizado.
Integração curricular. Como oferecem coleções completas, um livro fala com o outro, integrando diferentes partes do currículo.
Formação de professores. O que mais atrai as escolas associadas é a preparação de seus professores. Eles aprendem conteúdos, a melhor forma de ensinar e o uso eficiente dos livros. Considerando a fragilidade dos cursos de formação de professores, é um apoio expressivo para o ensino.
Janela para o mundo. A rede rompe o isolamento e revitaliza as escolas, oferecendo-lhes uma chance única de tomar contato com novas idéias e conhecer as melhores práticas escolares.
Avaliação do ensino. As redes avaliam o desempenho de professores e alunos das escolas associadas e colaboram nos projetos para melhorar o ensino.
Serão tais serviços relevantes para a qualidade da educação? Ou as redes são arautos da "compartimentalização dos informes conteudistas"? Se acreditamos em ciência, a resposta está na evidência tangível. Pelos dados de uma das redes, 60% das escolas associadas encontram-se dentre as três melhores de suas cidades na prova do Enem. Essa rede exibe médias superiores às do restante da rede privada – já amplamente superiores às públicas. Tais resultados demonstram ser infundada a queixa de que as "apostilas" não dão uma verdadeira educação, já que o Enem mede raciocínio, e não decoreba. A escola da Embraer usa as satânicas apostilas e só aceita alunos da rede pública. Como é possível ser a terceira melhor escola do estado de São Paulo?
Se as redes atendessem às escolas públicas, os benefícios deveriam ser ainda maiores, pois grande parte das instituições de ensino e dos professores vive desgarrada e sem apoio técnico das secretarias. A idéia é atraente. Mas há um empecilho. As redes são financiadas pela venda de suas coleções de livros. Como os alunos de escolas públicas recebem do MEC seus livros, poucos municípios ou escolas se dispõem a arcar com o custo cobrado pelas redes para adquirir as coleções. Contudo, no caso do governo de São Paulo, é também facultado receber os recursos diretamente, em vez de livros. Na época da Prova Brasil, São Paulo tinha 635 municípios. Uma rede vendia seus livros e serviços a 46 deles. Segundo o índice de qualidade da educação do MEC (o Ideb), dentre os dez municípios paulistas com notas mais altas, cinco eram apoiados por essa rede (e um por outra rede). Ou seja, os municípios que entraram nas redes aumentaram dramaticamente sua chance de estar dentre os melhores. Portanto, há claros indícios de que os apostiladores criaram uma solução brasileira de grandes méritos e originalidade. Inovação única no mundo, já se cogita a sua exportação.
Claudio de Moura Castro - Fonte: Veja - Edição 2.022.
Educação já!
Abraços
Professor X
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