O MUNDO É NOSSO!
PROFESSORA PASQUALINA
Parabéns ao Cara, Carinha e Canalha pela centésima edição do jornal, que outras tantas possam ser comemoradas.
Nesta última edição de 2006, inicio agradecendo a um leitor pelo envio de uma narração feita por uma aluna do curso de letras da Universidade Federal de Pernambuco, vencedora de um concurso interno. Muito interessante e criativa, mostra-nos que um verdadeiro escritor não domina conceitos gramaticais e textuais apenas, tem o dom da palavra. Finalizo 2006 com uma “pequena revisão gramatical”.
Era a terceira vez que aquele substantivo e aquele artigo se encontravam no elevador. Um substantivo masculino, com um aspecto plural, com alguns anos bem vividos pelas preposições da vida. E o artigo era bem definido, feminino, singular: era ainda novinha, mas com um maravilhoso predicado nominal. Era ingênua, silábica, um pouco átona, até ao contrário dele: um sujeito oculto, com todos os vícios de linguagem, fanático por leituras e filmes ortográficos.
O substantivo gostou dessa situação: os dois sozinhos, num lugar sem ninguém ver ou ouvir. E sem perder essa oportunidade, começou a se insinuar, a perguntar, a conversar. O artigo feminino deixou as reticências de lado e permitiu esse pequeno índice.
De repente, o elevador pára, só com os dois lá dentro: ótimo, pensou o substantivo, mais um bom motivo para provocar alguns sinônimos. Pouco tempo depois, já estavam bem entre parênteses, quando o elevador recomeça a se movimentar: só que em vez de descer, sobe e pára justamente no andar do substantivo.
Ele usou de toda a sua flexão verbal e entrou com ela em seu aposto. Ligou o fonema, e ficaram alguns instantes em silêncio, ouvindo uma fonética clássica, bem suave e gostosa. Preparam uma sintaxe dupla para ele e um hiato com gelo para ela. Ficaram conversando, sentados num vocativo, quando ele começou outra vez a se insinuar.
Ela foi deixando, ele foi usando seu forte adjunto adverbial e, rapidamente, chegaram a um imperativo, todos os vocábulos diziam que iriam terminar num transitivo direto. Começaram a se aproximar, ela tremendo de vocabulário, e ele sentindo seu ditongo crescente: se abraçaram, numa pontuação tão minúscula, que nem um período simples passaria entre os dois. Estavam nessa ênclise quando ela confessou que ainda era vírgula, ele não perdeu o ritmo e sugeriu uma ou outra soletrada em seu apóstrofo.
É claro que ela se deixou levar por essas palavras, estava totalmente oxítona às vontades dele e foram para o comum de dois gêneros Ela totalmente voz passiva, ele voz ativa.
Entre beijos, carícias, parônimos e substantivos, ele foi avançando cada vez mais, ficaram uns minutos nessa próclise, e ele, com todo o seu predicativo do objeto, ia tomando conta. Estavam na posição de primeira e segunda pessoas do singular, ele era um perfeito agente da passiva, ele todo paroxítono, sentindo o pronome do seu grande travessão forçando aquele hífen ainda singular. Nisso a porta abriu repentinamente. Era o verbo auxiliar do edifício. Ele tinha percebido tudo e entrou dando conjunções e adjetivos nos dois, que se encolheram gramaticalmente, cheios de preposições, locuções e exclamativas. Mas ao ver aquele corpo jovem, numa acentuação tônica, ou melhor, subtônica, o verbo auxiliar diminuiu seus advérbios e declarou o seu particípio na história.
Os dois se olharam e viram que isso era melhor do que uma metáfora em todo o edifício. O verbo auxiliar se entusiasmou e mostrou o seu adjunto adnominal. Que loucura, minha gente. Aquilo não era nem comparativo, era um superlativo absoluto. Foi se aproximando dos dois, com aquela coisa maiúscula, com aquele predicativo do sujeito apontando para seus objetos. Foi chegando cada vez mais perto, comparando o ditongo do substantivo e o seu tritongo, propondo claramente uma mesóclise-à-trois. Só que as condições eram estas: enquanto abusava de um ditongo nasal, penetraria ao gerúndio do substantivo e culminaria com um complemento verbal no artigo feminino. O substantivo, vendo que poderia se transformar num artigo indefinido depois dessa, pensando em seu infinitivo, resolveu colocar um ponto final na história; agarrou o verbo auxiliar pelo seu conectivo, jogou-o pela janela e voltou ao seu trema, cada vez mais fiel à língua portuguesa, com o artigo feminino colocado em conjunção coordenada conclusiva.
Feliz Natal a todos. Até 2007.
Professora Pasqualina
PROFESSOR X
Olá amigos! Recebi a mensagem abaixo de um "amigão" e gostaria de compartilhar com todos. Interessante que leiam com bastante atenção, pois se ainda não se depararam, em breve vão se deparar com algumas dessas expressões.
HEADHUNTER APRESENTA OS NOVOS JARGÕES DO MUNDO EMPRESARIAL
As 20 expressões mais usadas na área de gestão de pessoas. Constantemente palavras "importadas" de diferentes segmentos invadem os escritórios e a rotina dos executivos e uma das maiores saias juntas que um profissional pode passar é não entender o que está sendo discutido em uma reunião de negócios. Muitos fingem que entendem e até discorrem sobre o tema e acabam fazendo comentários totalmente equivocados. Outros ouvem e ficam quietos por vergonha de admitir que não sabem o que está sendo falado.
Desconhecer algumas expressões não significa estar ultrapassado, mas estar atualizado e antenado com as novidades passa a ser pré-requisito importante para ascender profissionalmente.
João Pedro Caiado, presidente da Human Development Organization International, especialista em serviços de headhunter e coaching, diz que para se manter atualizado sobre os termos e acompanhar a velocidade das informações, pesquisa e leitura são fundamentais. "O profissional deve acompanhar as mudanças e estar antenado nas novidades para não se expor negativamente em reuniões importantes", afirma o consultor.
Para auxiliar os profissionais neste assunto, o especialista conversou com executivos de diversas áreas e relacionou as expressões que um profissional necessita conhecer. "Selecionei os 20 principais termos que estão na boca dos executivos contemporâneos e busquei o significado de cada uma delas. Com isso em mãos fica mais difícil 'pagar um mico' em uma entrevista de trabalho ou até em reuniões de negócios", diz Caiado.
As vinte expressões mais atuais:
1.Coach - facilitador; instrutor; entidade (pessoa, equipe, departamento, empresa, etc.) que atua como agregador das capacidades de cada elemento da cadeia (equipe, departamento etc.);
2.Empowerment - dar poder ao grupo/equipe;
3.Benchmark - (marcos referenciais) - processo sistemático usado para estabelecer metas para melhorias no processo, nas funções, nos produtos etc, comparando uma empresa com outras. As medidas de benchmark derivam em geral, de outras empresas que apresentam o desempenho "melhor da classe", não sendo necessariamente concorrentes;
4.E-Procurement - utilização da internet para a automatização dos processos de compra e gestão de bens e serviços necessários à atividade da empresa;
5.Housekeeping - técnica para iniciar e manter os processos de Qualidade e Produtividade Total em uma empresa;
6.On the job - No dia-a-dia do trabalho. Exemplo Treinamentos on the job. Utilizar a rotina, dentro das tarefas práticas de um indivíduo sem retirá-lo para a sala de aula. Como um estágio prático superviosanado diretamente;
7.Team Building - dinâmica de grupo em área externa, na qual os participantes são expostos a várias tarefas físicas desafiadoras, que são exemplos comparativos dos problemas do dia-a-dia da empresa. Tem como finalidade tornar uma equipe integrada;
8.Downsizing - redução dos níveis hierárquicos em uma organização com o objetivo de aproximar os níveis operacionais da alta direção;
9.Joint-venture - Associação de empresas, não definitiva, para explorar determinado negócio, sem que nenhuma delas perca sua personalidade jurídica;
10.Market Share - participação no mercado;
11.Outplacement - investimento de uma empresa na recolocação de ex-funcionário em outra organização;
12.Outsourcing - terceirização de tudo o que não faz parte do negócio principal de uma empresa;
13.Turnover - palavra em inglês que na tradução quer dizer: rotatividade, movimentação, giro; circulação; medida da atividade empresarial relativa ao realizável em curto prazo, vendas;
14.Core Business - relativo ao próprio negócio ou especialidade no negócio que faz;
15.B2E - Business-to-employee - relação entre a empresa e o funcionário;
16.Budget - porcentagem do faturamento da empresa destinada a ações de MKT, vendas, novos negócios etc;
17.Kaizen - processo de melhorias contínuas, com bom senso e baixos investimentos;
18.Absenteísmo - do francês absentéisme, derivado do inglês absenteeism, de absentee, ou pessoa que falta ao trabalho, à escola etc. Que vive ou está, via de regra, ausente;
19.Just-in-time - metodologia com base nas pessoas, cuja filosofia é eliminar tudo aquilo que não adiciona valor ao produto. O objetivo é fornecer exatamente as peças necessárias, nas quantidades necessárias, no tempo necessário.
20.Stock options - incentivo que permite aos funcionários comprar ações da empresa em que trabalham por um preço abaixo do mercado.
Fonte: João Pedro Caiado é consultor em recursos humanos, e especialista em serviços de headhunter e outplacement e fundou a empresa especializa na área, Human Development Organization, em janeiro de 2000. Com toda experiência acumulada no total de dez anos na área de recursos humanos, o executivo se tornou referência no mercado por seu trabalho como caçador de talentos de profissionais para empresas, realizando também relacionamento com profissionais de diretoria e presidência e entrevistas candidatos.
(Colaboração: Bob Pai)
Até o ano que vem pessoal. Um ótimo Natal e Fantástico 2007 a todos!
Abraços
Professor X