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PROFESSOR TOM COELHO
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Analfabetismo Funcional
*por Tom Coelho
“Só a educação liberta.â€
(Epicteto)
O Ãndice de reprovação no exame da Ordem dos Advogados do Brasil, realizado recentemente em São Paulo, atingiu a impressionante marca de 93%. Realizado em duas etapas, sendo a primeira composta por cem testes de múltipla escolha, na qual apenas um em cada dez candidatos superou a medÃocre nota de corte de 46 acertos, e a segunda, formada por questões discursivas, nas quais erros crassos de conjugação verbal, ortografia, coesão e coerência textuais, entre outros, foram identificados, tais resultados ilustram com louvor a decadência do ensino em nosso paÃs.
O crescimento do ensino superior na década de noventa é inegável. Foram ampliados a abrangência dos cursos, a oferta de vagas e o número de alunos matriculados. Porém, muita quantidade para pouca qualidade. Estamos formando advogados que desconhecem leis, economistas que não sabem matemática financeira, engenheiros com dificuldades em cálculos estruturais. Pseudoprofissionais que irão cercear a liberdade de um cliente, condenar uma empresa à falência, levar um edifÃcio ao chão.
No anseio de se apresentar estatÃsticas que denotem evolução no sistema educacional, mediante elevação do número de graduados e redução do número de analfabetos, os indicadores mascaram a realidade dos fatos. Assim, basta escrever o nome para ser incluÃdo na categoria dos alfabetizados, ainda que se tenha um vocabulário restrito a umas poucas palavras. Basta um diploma conquistado mais com o suor do trabalho para se pagar as mensalidades ao longo de alguns anos do que pelo conhecimento adquirido, para ser alçado ao time dos “doutoresâ€.
A gênese de nossos problemas reside no ensino fundamental, para o qual há dotação orçamentária prevista constitucionalmente, embora os recursos cheguem minguados à s salas de aulas, pois perdem-se no decorrer dos descaminhos polÃticos e burocráticos. Falta remuneração adequada aos professores, falta-lhes incentivo à reciclagem profissional, falta rigor no ensino.
A lÃngua portuguesa é violentada a cada frase pronunciada, a cada expressão escrita. Falamos e escrevemos mal porque lemos pouco. Matemática é rotulada como disciplina difÃcil, produzindo um exército de cidadãos vilipendiados pela indústria dos juros. História é tida como dispensável, cultivando a brevidade da memória polÃtica que nos assola, conseqüência da incapacidade de se associar fatos. Inglês é introduzido na grade curricular cada vez mais precocemente, porém a iniciativa é inútil haja vista que a metodologia forma mestres no verbo “to beâ€, após muitos anos de estudo, quando seria desejável o domÃnio de um vocabulário mÃnimo e de capacidade de comunicação.
Nossos atuais conflitos éticos e morais, os eventos polÃticos, a fragilidade econômica, as desigualdades sociais, a subserviência institucional, a crise de identidade cÃvica, são filhos bastardos de nossa inépcia em reconhecer a relevância da Educação na construção de um projeto de nação. Pena que dá trabalho pensar, elaborar, trabalhar e esperar vinte anos para ver florescerem as sementes.
01/07/2005 - Tom Coelho é educador, conferencista e escritor com artigos publicados em 15 paÃses. É autor de “Sete Vidas – Lições para construir seu equilÃbrio pessoal e profissionalâ€, pela Editora Saraiva, e coautor de outros quatro livros.
Contatos através do e-mail tomcoelho@tomcoelho.com.br.
Reprodução Autorizada desde que mantida a integridade dos textos, mencionado o autor e o site www.tomcoelho.com.br e comunicada sua utilização através do e-mail talento@tomcoelho.com.br
PROFESSOR X
ALERTA NA USP
Recebe-se com estranheza a notÃcia: cresce o número dos alunos que, aprovados no vestibular, não se animam a matricular-se na USP (Universidade de São Paulo).
Estima-se, num cálculo ainda sujeito a correções, que 25% dos estudantes admitidos em primeira chamada não se apresentam para o curso. Eram 13% em 2005.
Vários fatores, segundo os especialistas, influem no fenômeno. Haveria alunos, por exemplo, optando por cursos pagos em faculdades de elite, mais prestigiosos que os da USP em algumas áreas.
Na outra ponta do espectro social, estudantes de poucos recursos podem preferir uma universidade menos reconhecida sob o ângulo acadêmico, mas situada em área mais próxima dos locais de trabalho e moradia. Ou então: a perspectiva de inserção rápida no mercado de trabalho seria mais interessante, para determinados jovens, do que a obtenção de um diploma de excelência.
Observe-se que, nas faculdades particulares, um fenômeno paralelo tem ocorrido: aumentou o número de alunos que desistem de cursá-las, a meio do caminho. A decepção com a qualidade do ensino e a dificuldade em arcar com os custos do curso, nesses casos, são as explicações mais comuns.
Diversos fatores econômicos se acrescentam ao quadro. A vantagem da gratuidade do ensino, na USP, perde importância diante do aumento de vagas nas escolas federais e da disseminação de mecanismos como ProUni (bolsas na rede privada) e Fies (financiamento estudantil do governo federal).
Torna-se difÃcil, sem pesquisa detalhada, distinguir o que há de positivo e de negativo no fenômeno. Não deixa de ser boa notÃcia, de ponto de vista mais geral, que alunos se deem ao luxo de dispensar a vaga na USP, preferindo algo ainda melhor. A interpretação inversa não é menos plausÃvel: por necessidade, e não luxo, contentarem-se com ensino inferior.
Em qualquer das alternativas, todavia, um problema de base persiste. É o de uma certa falta de adequação entre demanda e oferta, que a estrutura esclerosada da USP contribui para agravar.
Sem agilidade para criar vagas em cursos mais procurados, reduzindo-as proporcionalmente em outras disciplinas, cria-se em toda a universidade processo de acomodação e falta de criatividade, que a experiência da USP Leste não foi capaz de reverter.
Apesar do prestÃgio ainda intacto, e de sua colocação no "ranking" nacional (os internacionais, mesmo entre paÃses emergentes, não registram nada de tão alvissareiro), a USP corre, há tempos, o risco da estagnação. Os números agora divulgados podem servir como um novo alerta.
Editoriais - Fonte: Folha de S.Paulo - 16/03/11.
PROFESSORA PASQUALINA
FOCO - MACHADO DE ASSIS "DESCOBRE" DOENÇA PSIQUIÃTRICA EM CONTO
Machado de Assis antecipando Freud?
Nem tanto, mas dois pesquisadores acabam de mostrar que o maior dos escritores brasileiros do século 19 ultrapassou os médicos e foi o primeiro a descrever um estranho distúrbio psiquiátrico, a "folie a deux" (em francês, algo como "loucura a dois"). Na ficção, claro.
O caso foi descrito por Daniel Martins de Barros e Geraldo Busatto Filho, ambos psiquiatras da USP, na revista médica britânica "British Journal of Psychiatry".
A dupla explica que a "folie a deux" envolve uma espécie de contágio mental. Segundo a descrição cientÃfica original do distúrbio, publicada em 1887, ela é comum entre mulheres que vivem em ambientes isolados, em geral junto com a famÃlia.
Nesses casos, quando um membro da famÃlia desenvolve sintomas psicóticos, um ou mais parentes acabam "pegando" os sintomas, tendo ilusões, por exemplo.
No entanto, anos antes dessa descrição, Machado de Assis publicara o conto "O Anjo Rafael". Como o nome da história sugere, um dos personagens acreditava ser o anjo em questão.
Apesar de sua suposta natureza angélica, o sujeito tinha uma filha, com quem morava numa fazenda e para a qual buscava um marido. E a moça, estranhamente, tinha embarcado na fantasia do pai, conforme seu noivo percebeu. Ela só deixou de lado a ilusão três meses depois que o pai morreu, o que a levou a deixar a fazenda.
"A narrativa de Assis combina todos os elementos que depois seriam descritos por Lasegue e Falret [os descobridores "cientÃficos" da "folie a deux"]. Ele vai além e descreve o efeito terapêutico de separar os indivÃduos", escrevem os psiquiatras da USP.
Reinaldo José Lopes - Editor de Ciência - Fonte: Folha de S.Paulo - 15/03/11.
O Anjo Rafael -
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=17451
British Journal of Psychiatry -
http://bjp.rcpsych.org/
USP - http://www.usp.br/
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