UM BRINDE À EDUCAÇÃO
CHAMPAGNE PARA O CONHECIMENTO
Um acidente da natureza. Provavelmente está aà a origem do champanhe.
O Champagne é um vinho espumante originário da região de Champagne, que fica a 150 quilômetros de Paris. Historiadores descrevem que o vinho produzido na região de Champagne na França, muitas vezes apresentava uma efervescência natural, que devido a isso as garrafas estouravam, causando prejuÃzo. A gaseificação natural ocorria devido a precocidade da colheita da uva na região, e o vinho que elaborado era engarrafado antes de sua completa fermentação total.
A bebida foi descoberta há cerca de 344 anos por um monge religioso chamado Dom Pérignon (1638-1715), que era o responsável pelas adegas da Abadia de Hautvilleres, na diocese de Reims na França, onde ficou curioso com a afirmação dos vinicultores de que certos tipos de vinhos fermentavam novamente depois de engarrafados.
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PROFESSOR X
CAI O NÚMERO DE FORMADOS NA REDE PÚBLICA
Levantamento mostra que, apesar de mais alunos entrarem nas universidades públicas, quantidade de formados caiu 9,5% em 2 anos. Resultado revela perda na eficiência das instituições, que são financiadas com verba pública; evasão é tida como uma das causas.
O número de alunos que entra nas universidades públicas brasileiras cresce desde a década passada. Nos dois últimos anos, porém, a quantidade de estudantes formados nessa rede caiu quase 10%, apontam dados do Ministério da Educação.
O resultado representa uma perda na eficiência nessas instituições, que são financiadas com recursos públicos. Neste ano, somente a rede federal terá R$ 1,7 bilhão para custeio, três vezes mais do que há quatro anos, segundo o MEC.
Pesquisadores afirmam que a queda ocorre devido ao aumento da evasão (estudantes que desistem dos cursos). Outro ponto é o aumento do tempo que os estudantes têm levado para se formar.
Para esses analistas, diversos motivos causam os dois problemas, entre eles a necessidade de o aluno começar a trabalhar e o descontentamento com os cursos.
Tabulação feita pela Folha com base nos dados do Censo da Educação Superior, divulgado neste mês, mostra que 19.177 estudantes a menos se formaram nas instituições públicas em 2006 do que em 2004 (queda de 9,5%).
A perda de mais de 19 mil alunos representa quase o dobro de vagas oferecidas pela USP no vestibular para 2008.
Também houve diminuição de formados na rede pública entre 2005 e o ano passado. Até 2004, a quantidade de estudantes formados nessa rede vinha aumentando.
O volume de ingressantes cresceu 17% entre 2001 e 2003, quando entrou a maioria dos alunos que deveriam se formar entre 2004 e 2006. No perÃodo em que as instituições públicas perderam eficiência, houve aumento de 30,5% de formados nas universidades privadas.
Também utilizando dados do censo, o professor Oscar Hipólito (ex-diretor do Instituto de FÃsica USP-São Carlos e consultor do Instituto Lobo para o Desenvolvimento da Educação, da Ciência e da Tecnologia) calculou a evasão na rede pública, a pedido da Folha.
Os dados mostram que o número de alunos que deixaram seus cursos cresceu de 11,8% para 12,3% entre 2005 e 2006 (variação de 4,2%). "Só isso não explica a queda de egressos [formados]. Os alunos também estão demorando mais para se formarem", disse Hipólito.
Segundo seus cálculos, em 2006 apenas 43% dos estudantes concluÃram seus cursos no tempo esperado.
"A queda no número de formandos é preocupante. Representa prejuÃzo financeiro para o Estado, além de perdas acadêmicas e sociais", afirmou.
Os resultados do Enade (antigo Provão) mostram que os cursos de melhor qualidade estão nas instituições públicas.
Na edição 2006 do exame, 21,2% dos cursos das universidades pública alcançaram o conceito 5 (máximo), ante 1,6% do sistema particular.
Fábio Takahashi - Fonte: Folha de S.Paulo - 30/12/07.
PROFESSORA PASQUALINA
CENSO: OFERTA DE CURSOS CRESCE MAIS QUE MATRÃCULAS
O número de cursos de graduação tradicionais oferecidos por instituições de ensino superior cresceu 8,3% em relação a 2006, enquanto o número de matrÃculas presenciais cresceu 5%, segundo dados do Censo da Educação Superior de 2006, divulgado hoje, em BrasÃlia.
Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais AnÃsio Teixeira (Inep/MEC), foram registrados 22.101 cursos presenciais em 2006, contra 20.404 em 2005. Em 2003 eram 16.453. Em relação à s matrÃculas, o número passou de 4.453.156, em 2005, para 4.676.646, em 2006.
Os cursos tecnológicos tiveram um aumento maior do que os tradicionais, crescendo 34,3% no número de matrÃculas. Em 2005 eram 214.271 alunos matriculados. Em 2006, esse número passou para 287.727. Dentro desse quadro, 32.616 alunos estão matriculado em cursos tecnológicos federais. Um crescimento de 11,3% em relação a 2005.
EAD: O Censo mostrou também um crescimento de 571% no número de cursos de educação a distância (EAD) desde 2003. As matrÃculas cresceram 315% no mesmo perÃodo. Em 2005, esses alunos representavam 2,6% do universo dos estudantes. Em 2006 essa participação passou a ser de 4,4%. O levantamento mostra que, em 2000, o número de cursos era de apenas 10, pulando para 52 em 2003. Atualmente são 349. Em relação ao número de alunos de educação a distância, o Censo mostrou que, em 2000, eram 1.682, contra 207.206 até o ano passado.
Censo: O Censo atualiza anualmente as informações da educação superior sobre número de instituições, cursos, matrÃculas, vagas, inscritos, ingressos, concluintes, docentes e pessoal técnico administrativo. O levantamento traz também dados discriminados por turno e de acordo com a localização das instituições (no interior dos Estados ou nas capitais). A finalidade do Censo é fazer uma radiografia da educação superior por meio de um questionário na Internet. Com base nesse conjunto de dados o Censo da Educação Superior tem como objetivo oferecer aos gestores de polÃticas educacionais uma visão das tendências de um nÃvel de ensino em processo de expansão e diversificação. Ao longo de 2007, foram recolhidas informações em 2.270 instituições de educação superior (248 públicas e 2.022 privadas) tendo como data base o dia 30 de outubro de 2006. São computadas as matrÃculas efetuadas até o dia 30 de junho.
Fonte: Redação Terra.
UMA CHAMADA PARA TRÃS
Conheci uma senhora portuguesa em Nova York que não conseguiu aprender inglês e esqueceu o português. Quando deixava recados, em vez de pedir para retornar ou "call me back", dizia "chama-me para trás". O projeto do deputado Aldo Rebelo que proÃbe o uso de palavras estrangeiras também soa como um chamado para trás.
Sob pena de multa, mulheres nacionais não farão mais stripteases, mas excitantes "tira-provoca". Os restaurantes terão dificuldades de explicar em seus cardápios que o "soprado de queijo" é o velho e banido suflê e que o "marronzinho" é o ex-brownie. A Aids terá de ser chamada de Sida sob pena de o doente não receber os remédios. E os lobistas, coitados, como se chamarão?
Ninguém falará mais laptop, que deverá ser chamado de "ordenador de colo", já que computador é americanismo e também está fora da lei, só poderemos falar ordenador -macaqueando os franceses e os espanhóis. Falar em PC só se for o do B: os ordenadores pessoais serão os populares OPs, os programas rodarão no sistema "Janelas". Já os CDs terão que ser chamados de DCs, "discos-compactos".
As lanchonetes terão que mudar de nome. Como se chamarão os sundaes? O milk-shake será "leite-chacoalhado"? O afrancesado croquete é fácil, vira "cocréte". Assim como as balas Hall's são chamadas de "Rális" na Bahia.
Estou preocupadÃssimo com os publicitários, que terão que fazer muitos seminários para se adaptar a uma nova e estranha lÃngua. Mas eles são criativos, encontrarão boas expressões nacionais para layout, release, top de linha. Pior para os surfistas, que já não tem um vocabulário muito amplo e ainda serão privados do pouco que têm.
Livre da nefasta influência estrangeira, a nossa lÃngua será pura. Nem nós a entenderemos.
Nelson Motta - Fonte: Folha de S.Paulo - 04/01/08.
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