BLOCOS CULTURAIS...
PROFESSOR X
Oi pessoal.
Temos escutado tantas discussões, ultimamente, sobre formações de blocos. Seja na América do Sul, na América Central, na América do Norte ou em outros continentes, as negociações são muito complicadas, devido aos diferentes interesses.
Achei por bem repassar para vocês uma matéria da Folha que retrata um pouco da história do bloco europeu que agora em março completou 50 anos.
BLOCO EUROPEU FESTEJA 50 ANOS DE BUROCRACIA E PAZ
Comunidade foi criada em Roma em 1957; meta plenamente alcançada evitou guerras pela interdependência econômica.
Tratado de Roma só criou a zona de livre comércio entre seis paÃses; eles hoje são 27 e têm plano maior; modelo, no entanto, enfrenta crise.
O século 20 foi bastante cruel com a Europa. A Primeira Guerra Mundial (1914-1919) fez 8,5 milhões de mortos. A Segunda Guerra (1939-1945), no mÃnimo 35 milhões. Povoaram-se de modo sangrento os cemitérios do continente.
Mudando de assunto, mas nem tanto. Segundo a OMC (Organização Mundial do Comércio), os paÃses membros da União Européia exportavam, há dois anos, em torno de US$ 2,5 trilhões. Só um terço dessa quantia foi vendida para terceiros. Quanto à s importações, 66,1% (US$ 2,9 trilhões) foram comercializados com os parceiros do próprio bloco.
Não se trata apenas de comércio externo. É sobretudo interdependência econômica e polÃtica. Os empresários alemães rejeitariam hoje qualquer nacionalismo que levasse o paÃs a bombardear a Polônia ou a França. São seus clientes, seus fornecedores de peças ou de matéria-prima. Um sindicato espanhol não permitiria que disputas bélicas levassem ao desemprego, com o corte no fornecimento de componentes da Ãustria ou da Grécia.
Pois é justamente esse o "desenho" da União Européia. Seus 27 Estados membros estão de tal modo interligados que seria inconcebÃvel entre eles uma nova guerra.
É esse o balanço dos 50 anos de integração européia. A CEE (Comunidade Econômica Européia), nascida com o Tratado de Roma há 50 anos, não foi o inÃcio de uma história comercial. É uma história de paz, que amansou os nacionalismos e evitou conflitos regionais.
1950, a idéia inicial:
A idéia já estava explÃcita no embrião desse processo, quando em 1950 o ministro do Exterior francês, Robert Schuman, propôs à Alemanha a instituição de uma comunidade do carvão e do aço. Passaria ao controle de uma autoridade supranacional uma grande fonte energética e a matéria-prima para material bélico. Quatro outros paÃses embarcaram em 1951 nesse projeto.
O bloco europeu cresceu e virou rotina. A lembrança das guerras se distanciou. Os 50 anos do Tratado de Roma não serão pretexto para uma grande festa de Portugal à Bulgária.
Os seis integrantes iniciais passaram hoje para 27. Os contribuintes dos paÃses mais ricos não querem mais financiar investimentos nos paÃses mais pobres. O mau humor para com uma Europa que não parava de crescer -e que absorveria mais um pouco da soberania dos Estados- partiu da França e da Holanda, que em 2005 rejeitaram em plebiscito o projeto de Constituição.
E é também controvertida a possÃvel adesão da Turquia, que islamizaria em parte a União Européia e a empurraria na direção geográfica do Oriente.
Em paÃses como a Irlanda e a Bélgica, a Espanha ou a Dinamarca, mais de 60% dos cidadãos acreditam que a UE continua a ser uma grande idéia. Mas na Ãustria ou no Reino Unido, os chamados "eurocéticos" são majoritários. Eles aceitam a união comercial, mas rejeitam a adesão de novos membros e o apetite crescente de Bruxelas em elaborar normas e leis que os afetam.
É comum, no entanto, comparar a força dessa máquina econômica e social integrada a sua fraqueza em termos de polÃtica externa. A integração diplomática sai poucas vezes do papel. Em 2003, com a invasão do Iraque, a Europa se dividiu.
Evolução:
É difÃcil imaginar de que maneira a União Européia evoluirá nos próximos anos. Ela é uma máquina pesada, que se mexe lentamente e cujos 300 mil funcionários -especialistas, burocratas, tradutores que produzem toneladas de documentos nessa imensa repartição pública com 23 idiomas- aprenderam a reagir na defesa de seus próprios interesses.
Enxugar esses quadros não está na ordem do dia, embora seja inevitável que os Estados, pressionados a gastar menos, acabem exigindo o mesmo da burocracia supranacional.
As disputas que hoje em dia envolvem dinheiro são outras. Há uma revisão orçamentária marcada para 2008. O Reino Unido, que subsidia pouco sua agricultura, abrirá frente de atrito com a França, que subsidia muito. Afinal, incentivos aos agricultores envolvem a contribuição de todos os paÃses ao caixa único da PAC (PolÃtica AgrÃcola Comum).
Iniciativa alemã:
Em termos polÃticos, é incerto o sucesso do esforço da Alemanha, que exerce neste semestre a presidência do bloco, para relançar o processo de integração que o projeto de Constituição emperrou.
No fundo, no entanto, é provável tudo seja um dia secundário aos olhos dos historiadores, ao se lembrarem que a União Européia é também um espelho que deve refletir 27 imagens constituÃdas por valores democráticos.
Não há ditaduras. Grécia, Espanha e Portugal só entraram depois de redemocratizados. E a democracia européia tem um sentido bem amplo. O direito à vida, por exemplo, é sinônimo da supressão da pena de morte. Guilhotinas e pelotões de fuzilamento são hoje orgulhosamente coisas de museus.
João Batista Natali - Fonte: Folha de S.Paulo - 25/03/2007.
Até a próxima semana e Feliz Páscoa a todos.
Abraços
Professor X
PROFESSORA PASQUALINA
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Na edição passada, mais um texto para análise e, dessa vez, os problemas são mais sérios.
Iniciamos nosso trabalho com o levantamento dos problemas gramaticais e posteriormente faremos as demais correções.
Logo no primeiro perÃodo temos o uso inadequado de uma palavra: “impostaâ€, já que é um tanto arbitrária para uma sociedade democrática; e seria mais interessante dar luz à democracia acrescentando ao texto: “...só deve ser aprovada depois de suficientemente discutida com a sociedade.â€
No segundo perÃodo do primeiro parágrafo, o correto é usar “Em†no lugar de “Paraâ€; e não se deve usar primeira pessoa nos textos dissertativos, logo “Em casos de homicÃdios, estupros e seqüestros não se pode ter...â€. A palavra seqüestros não foi grafada corretamente pelo autor, pois a letra “u†é pronunciada e pertence ao grupo güe, güe, qüe e qüi, recebe, portanto, o trema.
Ainda no primeiro parágrafo, no final do segundo perÃodo “...que agir no sentido de colocar nas cadeias os indivÃduos...â€, a expressão em destaque está diretamente ligada à linguagem coloquial, devendo ser substituÃda, por exemplo, por “...de agir para que seja possÃvel colocar na cadeia indivÃduos...â€. A vÃrgula colocada após a conjunção e em “...comiseração e, o Congresso...†está incorreta, o perÃodo que se inicia é uma continuação da idéia anterior e não funciona como uma oração intercalada.
A fim de que a correção não se torne cansativa, as demais observações ficarão para a próxima semana.
Boa semana a todos! Bom feriado e FELIZ PÃSCOA!!!!!!!!!!
Professora Pasqualina