CRIATIVIDADE NO MARKETING XLV
PROPAGANDAS INTELIGENTES XLV (BOM BRIL)
Carlos Moreno precisou ficar quatro horas na maquiagem para se transformar no presidente recém-eleito nos Estados Unidos, Barack Obama, para uma sessão de fotos para a agência W/ Brasil, no fim de semana; "Quer a casa branca?", pergunta ele. "Use o good bril". É a segunda vez que o ator encarna um presidente americano; o primeiro foi Bill Clinton, durante o episódio com a estagiária Monica Lewinsky, onde ele sugeria usar o "bom bill" para limpar escândalos.
Mônica Bergamo - Fonte: Folha de S.Paulo - 11/11/08.
W/ Brasil - http://www.wbrasil.com.br/homepage.wbr
Bom Bril - http://www.bombril.com.br/
PROFESSOR X
DIA NACIONAL DA CONSCIÊNCIA NEGRA - 20 DE NOVEMBRO
ARTE CONTRA A DESIGUALDADE
Em 1944, um grupo teatral de atores negros, comandado pelo dramaturgo Abdias do Nascimento, é criado no Rio de Janeiro. Inicialmente, o Teatro Experimental do Negro (TEN) apenas colabora com a pela Palmares, do Teatro do Estudante do Brasil. Em pouco tempo, porém, começa a trilhar caminho próprio. Mas logo os artistas se dão conta da ausência de textos que retratassem as questões do povo negro. Decidem, então, crias as suas próprias peças, originais, modernas e, sobretudo, ideológicas.
Outros atores são selecionados, entre empregadas domésticas, operários e moradores de favelas. Além de teatro, o TEN passa a alfabetizar os alunos, já que muitos dos novos atores nunca haviam freqüentado a escola.
Abdias do Nascimento não se importava com o pouco apelo comercial das peças que produzia. Tanto que o grupo nunca se profissionalizou. Foram encenadasx cerca de 10 peças, boa parte no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Mas as atividades não se limitavam às artes cênicas. Foram criados concursos de beleza para mulheres negras e até uma exposição de artes plásticas sobre o tema Cristo Negro.
O grupo também promoveu convenções para discutir as questões raciais e, em 1950, o 1º Congresso do Negro Brasileiro, além de editar o jornal Quilombo. Os ideais de Abdias incentivaram iniciativas semelhantes, como o grupo homônimo paulistano, criado pelo dramaturgo Geraldo Campos de Oliveira. O TEN encerrou as atividades em 1962.
Saiba mais sobre Abdias do Nascimento - http://www.abdias.com.br/.
Fonte: Almanaque Brasil (www.almanaquebrasil.com.br) - Número 115 - Novembro 2008.
LÍDERES NEGROS
Malcom X. Nascido em 1925, nos EUA, foi um dos mais carismáticos líderes negros norte-americanos;
Toussaint Louverture. Nascido em 1743, na França, comandou uma insurreição de escravos na colônia de Santo Domingo;
Martin Luther King. Nascido em 1929, pregou a convivência pacífica entre raças e respeito aos direitos humanos;
Bobby Seale. Nascido em 1936, fundou o Partido Político de Autodefesa Panteras Negras em 1966;
Zumbi dos Palmares. Nascido em 1655, foi o principal nome da luta contra a escravidão no Brasil. Criou o Quilombo de Palmares.
Fonte: O Tempo - 12/11/08.
DIPLOMA
A Faculdade da Cidadania Zumbi dos Palmares inaugura na quarta um novo campus na antiga sede do Clube de Regatas Tietê, em São Paulo. A inauguração faz parte das comemorações do Dia Nacional da Consciência Negra. As atividades começam em 2009.
Mercado Aberto - Guilherme Barros - Fonte: Folha de S.Paulo - 15/11/08.
Faculdade da Cidadania Zumbi dos Palmares - http://www.unipalmares.edu.br/
PROFESSORA PASQUALINA
LIVROS PARA SE LER (BAIXAR DA INTERNET)
Título: A Alma do Lázaro
Autor: José de Alencar
Categoria: Literatura
Idioma: Português
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=7545
(Colaboração: A.M.B.)
FLIFLORESTA - FESTIVAL LITERÁRIO INTERNACIONAL DA FLORESTA
Manaus, de 17 a 22 de novembro de 2008. Oitenta e três escritores do Brasil e do exterior se reúnem com milhares de leitores, em Manaus, para celebrar o livro, a palavra e a vida. A Amazônia, maior floresta tropical do planeta, servirá de palco para homens e mulheres que têm a leitura como um dos meios eficazes para o aperfeiçoamento do ser humano e do diálogo entre os povos.
Saiba mais: http://www.flifloresta.com.br/
FELIT - SÃO JOÃO DEL REI
Ariano Suassuna é o homenageado do 2º Festival de Literatura de São del Rei (Felit), de 20 a 23 deste mês, na Rotunda. O escritor homenageado vai dar uma aula-espetáculo na abertura do evento, quando também haverá mesa redonda sobre sua obra e o lançamento de um livro com textos de alunos das 7ª e 8ª séries do ensino fundamental que fizeram uma releitura do livro "Auto da Compadecida". Autores como Marçal Aquino, Cláudia Roquete Pinto e José Miguel Wisnik também vão participar do Felit.
Élder Martinho - Fonte: O Tempo - 11/11/08.
Mais: http://www.felit.com.br/hotsite/index.html
GUIMARÃES ROSA CONQUISTA LONDRES
Londres se rende ao talento do escritor Guimarães Rosa com a realização do seminário Sertão: Guimarães Rosa and his legacy . O evento começa em 17/11 e vai até o dia 20 de novembro. Entre os convidados para falar sobre um dos maiores autores brasileiros, a professora da Universidade de São Paulo, Walnice Nogueira Galvão, e Vilma Guimarães Rosa, filha do escritor e que fará a leitura de alguns trechos do seu livro "João Guimarães Rosa, meu Pai". Durante o evento, acontece ainda exposição de fotografias de Walter Firmo.
Fonte: O Tempo - 15/11/08.
Saiba mais: http://www.brazil.org.uk/events/guimaraesrosa.html
CAIPIRINHA CHAPA-BRANCA
Muito já falei do drama dos desencontros humanos, um deles sendo aquela hora em que a gente pronuncia a palavra que vai causar um tumulto, ou um pequeno arranhão, nos sentimentos de quem a gente não queria ferir. Anos depois, esse alguém nos interpela: "Lembra aquela vez em que você me disse isso? Pois até hoje me dói".
A gente reage: "Mas como? Quando? Eu nem uso essa palavra, e jamais te diria uma coisa dessas!".
Tem também a hora em que devíamos nos abrir e falar, o outro precisando de colo, mas, tímidos ou desatentos, engolimos o que poderia ter feito um bem, evitado um dano – mas houve apenas silêncio. Nas duas ocasiões não foi por maldade. Foi porque a gente não sabia. Faz parte das dificuldades de se relacionar, seja entre amantes, pais e filhos, amigos, colegas, chefes e funcionários.
Leio num jornal que por estes dias saiu no Diário Oficial da União um decreto referente à verdadeira receita da caipirinha. Isso mesmo. É possível que em breve a tornem um patrimônio nacional, e tudo bem, a gente vai se habituando a quase tudo. Dei-me ao trabalho de botar os óculos, acender outra luz, ver melhor, ver para crer. Aí está: "Diário Oficial da União publica receita de caipirinha". De acordo com a reportagem do jornal, foi o Ministério da Agricultura que resolveu ensinar o povo a preparar a verdadeira caipirinha, "com critérios", segundo está escrito no Artigo 4º da Instrução Normativa 55, publicada no próprio Diário Oficial da União, pouco antes do fim do mês de outubro (também segundo leio no jornal).
As instruções são detalhadas: não vale qualquer açúcar, só "a sacarose, açúcar cristal ou refinado, que poderá ser substituída parcial ou totalmente por açúcar invertido e glicose, em quantidade não superior a cento e cinqüenta gramas por litro e não inferior a dez gramas". Em termos técnicos, aprendemos que o limão também não é qualquer limãozinho de fundo de quintal apanhado no pé. Ele deve ter "no mínimo cinco por cento de acidez titulável em ácido cítrico, expressa em gramas por cem gramas".
Para sermos honestos, há um adendo dizendo que a área técnica do Ministério da Agricultura informou que o texto fora erroneamente publicado no Diário Oficial, e que "não é um texto definitivo. A idéia era colocá-lo em consulta pública, mas, por um erro, a Instrução Normativa foi publicada como estava".
Fiquei olhando a chuva cair sobre as árvores, pensando nos caóticos dias passados com a loucura financeira, nos efeitos reais que ela começa a provocar, nas férias coletivas de grandes empresas, na tragédia da falta de crédito que apenas começa a mostrar seus males, nas obras paradas, nas dívidas impagáveis, nas vidas sopradas por vendavais que nem sonhávamos, em tanta coisa que vai descair, parar, emperrar, fazer sofrer quem não tem culpa.
Quando por toda parte se fazem campanhas contra excesso de bebida, contra direção irresponsável, quando com tanta dor se enterram jovens, crianças e adultos vítimas de bebedeira e insensatez no trânsito, nas casas, nas ruas, arrumam-se tempo e dedicação para mexer com receitas oficiais de caipirinha. Talvez seja esse um belo exemplo de como teria sido muito melhor calar do que falar. E jamais colocar tal bobagem nessa linguagem oficial.
É verdade que quase nada entendo da vida oficial, e admito isso sem problemas, assim como outro dia admiti de saída que de economia pouco entendo – entendo pouco além de trabalhar e pagar as minhas contas. E que, escrevendo na outra coluna, eu estava apenas dando minha opinião e a impressão de uma pessoa comum.
Foi assim que me senti, literalmente boquiaberta, lendo e relendo (era para rir ou chorar?) a notícia, que, depois vi, não devia ter sido divulgada, sobre uma Instrução Normativa que jamais deveria ter sido arquitetada. Mas foi. Estou, sim, fora de esquadro. Antiquada. Desinformada. Que seja: de algumas coisas, é melhor mesmo não ter a menor informação.
Lya Luft - Fonte: Veja - Edição 2086.
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