RESUMO, SINOPSE E RESENHA
PROFESSORA PASQUALINA
Muitos estudantes me perguntam a respeito da diferença entre modelos textuais diversos como: resumo, sinopse e resenha, muito requisitados por professores universitários em especial. Com base nessa dificuldade tão comum entre os alunos, a partir dessa edição intercalarei dicas gramaticais e textuais, a fim de melhor auxiliá-los em atividades dessa natureza.
Lembrem-se de que escrever não é uma tarefa muito fácil, requer estudo, atenção e prática constante. O hábito de uma leitura de qualidade, conjugado à interpretação crítica daquilo que foi lido, é o segredo de uma ótima redação.
Não se enganem: escritores, jornalistas, professores e outros profissionais também enfrentam obstáculos para colocar com clareza suas idéias no papel. Mas não se utilizem desse argumento para justificar suas dificuldades; providenciem um bom dicionário e uma boa gramática, mostrem seus conhecimentos e aceitem as críticas que serão feitas pelos professores.
Resumo é uma produção sucinta dos pontos mais importantes de um determinado texto, deve ser fiel às idéias do autor. Segue a estrutura de qualquer texto: introdução, desenvolvimento e conclusão. Deve-se dar preferência ao uso da terceira pessoa do singular (fala-se, comenta-se, observa-se, conclui-se, etc.).
Sinopse é uma espécie de resumo, porém é realizada pelo próprio autor do texto em observação.
Resenha é uma exposição concisa das idéias principais do texto, como o resumo, todavia deve conter a argumentação (pontos de vista, críticas) de quem a produz, é fundamental a intervenção crítica.
Boa semana a todos!
Professora Pasqualina
PROFESSOR X
Olá pessoal. Hoje vamos aproveitar nossa coluna para dar algumas explicações bem interessantes sobre algumas EXPRESSÕES...
NAS COXAS
As primeiras telhas do Brasil eram feitas de argila moldada nas coxas dos escravos.
Como os escravos variavam de tamanho e porte físico, as telhas ficavam desiguais.
Daí a expressão fazendo nas coxas, ou seja, de qualquer jeito.
VOTO DE MINERVA
Na Mitologia Grega, Orestes, filho de Clitemnestra, foi acusado de a ter assassinato.
No julgamento havia empate entre os jurados, cabendo à deusa Minerva, da Sabedoria, o voto decisivo. O réu foi absolvido, e Voto de Minerva é, portanto, o voto decisivo.
CASA DA MÃE JOANA
Na época do Brasil Império, mais especificamente durante a menoridade do Dom Pedro II, os homens que realmente mandavam no país costumavam se encontrar num prostíbulo do Rio de Janeiro cuja proprietária se chamava Joana.
Como, fora dali, esses homens mandavam e desmandavam no país, a expressão casa da mãe Joana ficou conhecida como sinônimo de lugar em que ninguém manda .
CONTO DO VIGÁRIO
Duas igrejas de Ouro Preto receberam, como presente, uma única imagem de determinada santa, e, para decidir qual das duas ficaria com a escultura, os vigários apelaram à decisão de um burrico.
Colocaram-no entre as duas paróquias e esperaram o animalzinho caminhar até uma delas.
A escolhida pelo quadrúpede ficaria com a santa.
E o burrico caminhou direto para uma delas... Só que, mais tarde, descobriram que um dos vigários havia treinado o burrico, e conto do vigário passou a ser sinônimo de falcatrua e malandragem.
A VER NAVIOS
Dom Sebastião, jovem e querido rei de Portugal (sec XVI), desapareceu na batalha de Alcácer-Quibir, no Marrocos. Provavelmente morreu, mas seu corpo nunca foi encontrado. Por isso o povo português se recusava a acreditar na morte do monarca, e era comum pessoas subirem ao Alto de Santa Catarina, em Lisboa, na esperança de ver o Rei regressando à Pátria.
Como ele não regressou, o povo ficava a ver navios.
NÃO ENTENDO PATAVINAS
Os portugueses tinham enorme dificuldade em entender o que falavam os frades italianos patavinos, originários de Pádua, ou Padova. Daí que não entender patavina significa não entender nada.
DOURAR A PÍLULA
Antigamente as farmácias embrulhavam as pílulas amargas em papel dourado para melhorar o aspecto do remedinho.
A expressão dourar a pílula significa melhorar a aparência de algo ruim.
SEM EIRA NEM BEIRA
Os telhados de antigamente possuíam eira e beira, detalhes que conferiam status ao dono do imóvel.
Possuir eira e beira era sinal de riqueza e de cultura. Estar sem eira nem beira significa que a pessoa é pobre e não tem sustentáculo no raciocínio.
Até a próxima semana turma.
Abraços
Professor X