CRIATIVIDADE NO MARKETING
PROPAGANDAS INTELIGENTES
Estados Unidos - Toshihiro Sakamoto, presidente da Panasonic, apresenta a maior televisão do mundo, durante o Consumer Electronics Show 2008, em Las Vegas, Nevada. A TV, de 150", tem quase 50" a mais que a antiga detentora da marca, também produzida pela Panasonic.
A criatividade fica por conta dos gigantes lutadores de sumô.
Fonte: Terra - 07/01/08.
PROFESSOR X
CIÊNCIA PARA TODOS
Não foi só o presidente Lula que aproveitou o apagar das luzes de 2007 para agradar cientistas, facilitando a importação de materiais e equipamentos para pesquisa (instrução normativa da Receita Federal nº 799, de 26 de dezembro). George W. Bush seguiu seu exemplo e assinou, na mesma data, norma que determina o acesso público a todo artigo cientÃfico com resultados de pesquisas financiadas pelos Institutos Nacionais de Saúde (NIH) de seu paÃs.
Trata-se de um reforço importante para o movimento do acesso aberto, segundo o qual a ciência depende da circulação livre de idéias e resultados para se realizar plenamente. Antes da internet, isso era garantido por periódicos como "Nature" e "Science", que se encarregavam de organizar a auditoria da qualidade conhecida como revisão por pares ("peer review") e recebiam bem por isso, na forma de assinaturas carÃssimas.
Os NIH são o maior financiador de pesquisas biomédicas dos EUA, com um orçamento anual de US$ 28,9 bilhões (R$ 51,2 bilhões, R$ 10 bilhões a mais do que todo o investimento previsto para os próximos quatro anos pelo PAC da ciência e tecnologia). A decisão de Bush tem impacto enorme, mas não chega a ameaçar a sobrevivência das editoras que enchem as burras com os periódicos cientÃficos.
Essas publicações continuarão a receber centenas, milhares de artigos dos EUA e do mundo todo. Os pesquisadores não vão abrir mão de seu alto Ãndice de impacto, o número médio de citações obtido por artigos ali publicados (coisa de 31, no caso da "Nature", e 30, no da "Science"). Mas terão de depositar os mesmos trabalhos, no prazo máximo de 12 meses, em diretórios de acesso público, como o PubMed (www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed).
Os periódicos comerciais continuarão tendo exclusividade por um ano sobre a pesquisa de ponta no mundo. A medida de Bush é mais tÃmida do que a determinação de um dos maiores financiadores do Reino Unido, o Wellcome Trust, que estipula seis meses no máximo. Isso para não falar do número crescente de cientistas que opta por divulgar seus trabalhos em periódicos abertos, como os das famÃlias PLoS (www.plos.org) e BMC (www.biomedcentral.com).
No Brasil, como de hábito, anda-se com atraso. Não existe norma obrigando pesquisadores a dar publicidade livre a seus trabalhos. Há duas iniciativas, contudo, que lutam a duras penas para aumentar o acesso público aos resultados da ciência: os portais Periódicos (www.periodicos.capes.gov.br) e SciELO (www.scielo.br). São dois modelos um tanto diferentes. A Capes segue a via convencional de garantir acesso de cientistas brasileiros, em bloco, ao texto de 11.419 "journals" do mundo todo, ferramenta de pesquisa bibliográfica que se tornou indispensável. A cada ano, arranca acordos milionários -das editoras, de um lado, e da equipe econômica do governo federal, de outro- para o que na realidade é um acesso restrito (só pesquisadores podem ler e baixar os artigos cientÃficos recentes).
A SciELO, apesar do nome anglófilo (Scientific Electronic Library Online), de certa maneira é mais ousada, na medida em que tenta interferir no modelo de publicação, não só no de acesso. O portal, criado há dez anos em São Paulo, reúne 137 mil artigos de quase 500 revistas cientÃficas do Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Cuba, Portugal, Venezuela e Espanha.
Só falta agora CNPq, Fapesp, Capes e outras instituições de fomento seguirem o exemplo dos NIH e do Wellcome Trust.
Marcelo Leite é autor de "Promessas do Genoma" (Editora da Unesp, 2007) e de "Clones Demais" e "O Resgate das Cobaias", da série de ficção infanto-juvenil Ciência em Dia (Editora Ãtica, 2007). Blog: Ciência em Dia (www.cienciaemdia.zip.net). E-mail: cienciaemdia@uol.com.br.
Fonte: Folha de S.Paulo - 06/01/08.
PROFESSORA PASQUALINA
OS LIVROS DO FUTURO
É um livro? É um site? É um livro virtual!
Talvez por sua origem gutemberguiana, a indústria do livro está demorando a descobrir e a usar os recursos digitais que estão à sua disposição. E que são o complemento ideal para vários gêneros literários.
Melhor do que ler uma boa biografia é ler a história de um Picasso -e ver num site todos os seus quadros, esculturas e fotos de seus modelos e cenários. Se tudo isso fosse impresso, seria inacessÃvel, em volume e preço. Com o site, é acessÃvel e grátis para todos, um complemento da edição impressa. Como fazem as revistas e jornais. Melhor do que ler a biografia de um Cole Porter é também ouvir as suas músicas, ver suas fotos e vÃdeos. Ou a vida de Orson Welles, com seus roteiros e trechos de seus filmes.
Melhor ainda para os livros de história -com seus documentos, mapas, quadros, links para sites especÃficos: os extras do livro. Nunca mais os livros de história serão os mesmos.
Porque esta é a linguagem e a expectativa das novas gerações, alfabetizadas digitais, habituadas a encontrar com um clic as palavras, sons e imagens que procuram.
Ao contrário da música, que passou por vários formatos e suportes, do gramofone ao CD e ao "pen drive", os bons e velhos livros não mudaram muito nos últimos séculos, apenas se desenvolveram nos processos de impressão e tiveram inovações discretas nas artes gráficas. O resto, que é quase tudo -palavras no papel-, continua como sempre. Como no jogo do bicho, continua valendo o escrito.
O livro continuará com cheiro de livro, com a textura do papel, poderá ser lido em qualquer lugar, sem precisar de tomada nem de bateria. O livro de papel não vai acabar tão cedo. Mas terá na internet o seu melhor complemento.
Nelson Motta - Fonte: Folha de S.Paulo - 11/01/08.
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