FM - Faculdade Mental

NOSSOS COLUNISTAS - 01/09/2011

CRIATIVIDADE NO MARKETING

PROPAGANDAS "CONCURSOS" INTELIGENTES (EM BUSCA DO VASO SANITÃRIO DO SÃ‰CULO 21)
English:
http://www.nytimes.com/2011/08/14/business/toilet-technology-rethought-in-a-gates-foundation-contest.html?_r=1&ref=anneeisenberg
More details:
http://www.gatesfoundation.org/watersanitationhygiene/pages/reinventing-the-toilet.aspx
Os vasos sanitÃ¡rios convencionais arrastam os dejetos humanos para o esgoto de forma rÃ¡pida e limpa. Mas sua conveniÃªncia acarreta preÃ§o cada vez mais alto -muitas vezes pago pelos sistemas municipais de tratamento de Ã¡gua e esgotos.
Alguns grupos estÃ£o repensando a tecnologia tradicional dos vasos sanitÃ¡rios por descarga, especialmente em regiÃµes nas quais esses sistemas nÃ£o sÃ£o muito usados ou nas quais as instalaÃ§Ãµes de tratamento de Ã¡gua estÃ£o sobrecarregadas devido Ã demanda crescente imposta por uma populaÃ§Ã£o em rÃ¡pido crescimento.
A FundaÃ§Ã£o Bill e Melinda Gates criou um concurso para a reinvenÃ§Ã£o do vaso sanitÃ¡rio, e ofereceu US$ 3 milhÃµes em verbas a pesquisadores de oito universidades, desafiando-os a criar modelos que nÃ£o precisem ser ligados a redes de esgoto, de Ã¡gua e de eletricidade, e custem alguns centavos de dÃ³lar por usuÃ¡rio em um dia.
"O vaso sanitÃ¡rio atual Ã© um aparelho do sÃ©culo 19, que nÃ£o atende Ã s necessidades de grande parte da populaÃ§Ã£o mundial", disse Frank Rijsberman, executivo da fundaÃ§Ã£o. Em lugar dele, acrescentou, cerca de 2,6 bilhÃµes de pessoas sem acesso a sistemas de descarga conectados a esgotos tem de usar simples latrinas, o que pode levar a muitos problemas de saÃºde.
Um dos novos vasos funciona com energia solar e utiliza tecnologia eletroquÃmica embutida para processar os resÃduos.
"Podemos limpar a Ã¡gua do vaso em grau equivalente ao que uma usina de tratamento propicia", disse Michael Hoffmann, professor de ciÃªncia ambiental do Instituto de Tecnologia da CalifÃ³rnia, em Pasadena, que recebeu US$ 400 mil para desenvolver o vaso sanitÃ¡rio solar.
O Dr. Rijsberman afirmou que os vasos sanitÃ¡rios do futuro podem ser fruto da engenharia quÃmica. Em lugar de compostagem dos resÃduos por seis meses, como Ã© o caso de muitos dos vasos sanitÃ¡rios que nÃ£o usam Ã¡gua, as novas versÃµes aqueceriam os resÃduos, matando os patÃ³genos, ele diz.
Um dos projetos financiados que adota essa abordagem Ã© um sistema de eliminaÃ§Ã£o de resÃduos em banheiros comunitÃ¡rios da Ãfrica do Sul, disse Katherine Foxon, da equipe que desenvolve essa tecnologia.
Os pesquisadores estÃ£o testando vasos que usam descarga mas desviam a urina antes que ela chegue ao esgoto.
"A maioria dos nutrientes do metabolismo humano Ã© excretada na urina e precisa ser degradada nas usinas de tratamento", disse Tove Larsen, cientista do Instituto Federal SuÃÃ§o de CiÃªncia e Tecnologia AquÃ¡tica (Eawag), em DÃ¼bendorf.
Lidar com a urina separadamente, direcionando-a a tanques locais de armazenagem, simplifica o processo. A urina pode depois ser recolhida, tratada e reciclada como fertilizante.
Larsen liderou um projeto de seis anos do Eawag para a separaÃ§Ã£o de urina, conhecido como "tecnologia Sem Mistura".
Peter Rogers, professor de engenharia ambiental na Universidade Harvard e pesquisador de recursos de Ã¡gua e energia, aplaudiu a FundaÃ§Ã£o Gates.
"Vasos sanitÃ¡rios baratos e que possam ser usados por mais de dois bilhÃµes de pessoas pobres sÃ£o muito necessÃ¡rios", disse, acrescentando que existem soluÃ§Ãµes potencialmente boas, embora atÃ© o momento nÃ£o se tenham provado economicamente viÃ¡veis.
Por Anne Eisenberg - Fonte: Folha de S.Paulo - 29/08/11.
Reportagem original em inglÃªs:
http://www.nytimes.com/2011/08/14/business/toilet-technology-rethought-in-a-gates-foundation-contest.html?_r=1&ref=anneeisenberg
Mais detalhes:
http://www.gatesfoundation.org/watersanitationhygiene/pages/reinventing-the-toilet.aspx

PROFESSOR TOM COELHO
www.tomcoelho.com.br www.setevidas.com.br. (Confira o logo do FM - http://www.tomcoelho.com.br/sites.asp?PN=3&intervalo=10&t=)
Escravos CibernÃ©ticos
*por Tom Coelho

"A tecnologia Ã© uma ferramenta para ajudar as pessoas,
nÃ£o para substituÃ-las."
(Keith Denton)

Sinto falta de minha amiga MÃ¡rcia e resolvo telefonar-lhe para ter notÃcias.
Gentil como sempre, ela me atende de imediato, contando-me que perdeu o nÃºmero de meu celular porque a empresa substituiu seu aparelho e nÃ£o transferiu, conforme fora prometido, a agenda de telefones.
EntÃ£o passa a falar sobre seu novo â€œbrinquedinhoâ€, um smartphone, prÃªmio corporativo vinculado Ã sua merecida promoÃ§Ã£o. MÃ¡rcia agora tem ainda mais atribuiÃ§Ãµes e responsabilidades. Por isso, a companhia decidiu ser importante conferir-lhe â€œconectividade plenaâ€.
Ela agora pode ser encontrada a qualquer hora, em qualquer lugar. Pode gerenciar aÃ§Ãµes e pessoas de maneira ininterrupta, seja durante o horÃ¡rio chamado â€œcomercialâ€, seja Ã noite apÃ³s sair de uma sessÃ£o de cinema, seja num domingo, em meio ao almoÃ§o familiar.
HÃ¡ quase um ano eu nÃ£o conversava com MÃ¡rcia. E o que me causou certa apreensÃ£o foi saber que neste meio-tempo, na proporÃ§Ã£o em que subia no organograma, ela descia na escala de sua qualidade de vida.
Interrompeu a prÃ¡tica esportiva que realizava com regularidade e exatamente no momento daquele meu telefonema estava a caminho do ambulatÃ³rio para checar certa indisposiÃ§Ã£o acompanhada por alteraÃ§Ã£o na pressÃ£o arterial. Detalhe: MÃ¡rcia trabalha com gestÃ£o de pessoas, tem os olhos e a mente voltados Ã qualidade de vida.
Nada tenho contra a tecnologia. Ao contrÃ¡rio, sou apaixonado por ela. Costumo adquirir todo tipo de â€œgadgetâ€, nome dado Ã s quinquilharias eletrÃ´nicas produzidas diuturnamente pela indÃºstria. Mas vejo com preocupaÃ§Ã£o o avanÃ§o das mÃ¡quinas sobre nossas vidas.
A tecnologia deve estar a nosso serviÃ§o para facilitar a comunicaÃ§Ã£o e dar agilidade Ã tomada de decisÃµes. Mas isso nÃ£o significa assentir a escravizaÃ§Ã£o eletrÃ´nica. Nos escritÃ³rios, o e-mail, a intranet e os mensageiros instantÃ¢neos enraizaram-nos nas cadeiras. Evitamos nos levantar para falar com um colega na sala ao lado, ou mesmo para espairecer por cinco minutos enquanto bebemos uma Ã¡gua ou um cafÃ©. AlÃ©m de reduzir a sociabilidade, esta rotina perigosa Ã© a mÃ£e dos DORT â€“ DistÃºrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho, com destaque para as lesÃµes por esforÃ§o repetitivo (LER) e a fadiga visual.
Nas residÃªncias, o computador estÃ¡ substituindo a televisÃ£o como instrumento de desagregaÃ§Ã£o familiar. Adeus ao diÃ¡logo! NÃ£o hÃ¡ mais refeiÃ§Ãµes coletivas, quando se poderia conversar, compartilhar, orientar, aprender e ensinar. AtÃ© mesmo o lazer e o desenvolvimento cultural estÃ£o sendo substituÃdos pelo Orkut, My Space e as salas de bate-papo.
Guardadas as devidas proporÃ§Ãµes, vivemos anos sem tudo isso e nÃ£o precisamos nos render a todas as novidades que vicejam. Considero o celular um instrumento fantÃ¡stico para ficar desligado. Quando necessito falar com alguÃ©m, ligo o aparelho e contato a pessoa.
NÃ£o sou um mÃ©dico obstetra ou cardiologista que precisa ser encontrado na calada da noite para um parto ou atendimento emergencial. Por isso, nÃ£o quero um smartphone nem de graÃ§a!
17/01/2008 - Tom Coelho Ã© educador, conferencista e escritor com artigos publicados em 15 paÃses. Ã‰ autor de â€œSete Vidas â€“ LiÃ§Ãµes para construir seu equilÃbrio pessoal e profissionalâ€, pela Editora Saraiva, e coautor de outros quatro livros.
Contatos atravÃ©s do e-mail tomcoelho@tomcoelho.com.br.

PROFESSOR X

PUBLICAÃ‡ÃƒO, IMPORTANTE ETAPA DA CIÃŠNCIA
No Brasil, os periÃ³dicos sÃ£o publicados por sociedades, e nÃ£o por publishers; por isso, a maioria Ã© gerenciada de modo amador e com poucos recursos A produÃ§Ã£o mundial de ciÃªncias tem crescido intensamente, principalmente em paÃses emergentes.
Estima-se que haja mais de 100 mil periÃ³dicos cientÃficos no mundo.
Tanto em taxa de crescimento quanto em total de artigos, os paÃses emergentes do grupo Brics se destacam, com 18% das publicaÃ§Ãµes mundiais. Tais nÃºmeros ressaltam a quantidade, mas e quanto Ã qualidade? A avaliaÃ§Ã£o mais prÃ³xima desse atributo se faz pelo nÃºmero mÃ©dio de citaÃ§Ãµes aos artigos, utilizando bases internacionais de indexaÃ§Ã£o.
Na mais prestigiosa, a Thomson-Reuters-ISI, o Brasil se encontra na 13Âª posiÃ§Ã£o em nÃºmero de artigos publicados e na 35Âª posiÃ§Ã£o em citaÃ§Ãµes por artigo; em resumo, relativamente bem em produtividade, mas mal em qualidade.
Entre os fatores que pesam para isso estÃ¡ o baixo nÃvel de colaboraÃ§Ã£o internacional (27% dos artigos).
PaÃses mais avanÃ§ados apresentam taxas superiores a 50%. Ã‰ evidente que, hoje, a interaÃ§Ã£o com parceiros internacionais aumenta a troca de ideias e informaÃ§Ãµes, beneficiando o trabalho resultante.
Outro fator Ã© a baixa presenÃ§a de cientistas brasileiros nos corpos editoriais das revistas internacionais. NÃ£o por menos, esses pesquisadores sÃ£o chamados de guardiÃµes do portÃ£o: como cientistas destacados, tÃªm o poder de estabelecer os contornos da ciÃªncia contemporÃ¢nea, definindo o que Ã© relevante e vanguardeiro.
Nossos periÃ³dicos tambÃ©m tÃªm seus guardiÃµes. Poderiam eles compensar a pouca presenÃ§a internacional? Dificilmente.
Os paÃses emergentes buscam indexar seus periÃ³dicos nas bases internacionais, e alcanÃ§aram sucesso nos Ãºltimos anos. Contudo, tais periÃ³dicos nÃ£o se tornam necessariamente internacionais por isso. Eles operam primordialmente para fluir a produÃ§Ã£o cientÃfica nacional.
No Brasil, sÃ£o publicados por instituiÃ§Ãµes ou sociedades, e nÃ£o por publishers, como na grande maioria dos paÃses.
Por isso, sÃ£o em sua maioria administrados de forma amadora e com recursos modestos.
O programa SciELO, apoiado primordialmente pela Fapesp, tem operado para selecionar os melhores periÃ³dicos brasileiros, dispondo-os em acesso aberto na internet e alavancando-os para indexaÃ§Ã£o nas bases internacionais. O programa, porÃ©m, nÃ£o intervÃ©m em suas administraÃ§Ãµes, nÃ£o exercendo, portanto, o papel de publisher.
Como avanÃ§ar na internacionalizaÃ§Ã£o desses periÃ³dicos? A meta Ã© atingir maior visibilidade (citaÃ§Ãµes) com uso intensivo da lÃngua inglesa e da colaboraÃ§Ã£o internacional.
Para isso, Ã© necessÃ¡rio: (1) profissionalizar a administraÃ§Ã£o, por meio de publishers e de atuaÃ§Ã£o na composiÃ§Ã£o do corpo editorial com pesquisadores conceituados e ativos (nÃ£o perfunctÃ³rios), remunerados e experientes internacionalmente; (2) adotar um modelo econÃ´mico em que os autores pagam para publicar seus artigos, com recursos provindos de seus projetos.
A escolha de onde publicar jÃ¡ seria um procedimento de avaliaÃ§Ã£o dos melhores periÃ³dicos pelos pesquisadores.
RogÃ©rio Meneghini, professor titular aposentado da USP, Ã© coordenador cientÃfico do programa SciELO de revistas cientÃficas e membro da Academia Brasileira de CiÃªncias. Fonte: Folha de S.Paulo - 30/08/11.
USP - http://www4.usp.br/
SciELO - http://www.scielo.br/
Academia Brasileira de CiÃªncias - http://www.abc.org.br/

PROFESSORA PASQUALINA

A ESCULHAMBAÃ‡ÃƒO Ã‰ COISA NOSSA
Esculhambar Ã© um regionalismo brasileiro surgido no sÃ©culo XX com dois sentidos bÃ¡sicos: criticar ou repreender rudemente e, na acepÃ§Ã£o mais usada, bagunÃ§ar, avacalhar.
De onde veio a palavra Ã© mais difÃcil dizer. Tudo indica que nasceu por formaÃ§Ã£o expressiva em torno de um tabuÃsmo, um palavrÃ£o, mas a partir desse ponto os filÃ³sofos ainda se dividem.
Leia mais:
http://veja.abril.com.br/blog/sobre-palavras/curiosidades-etimologicas/a-esculhambacao-e-coisa-nossa/.
KÃ¡tia Perin - Fonte: Veja - EdiÃ§Ã£o 2232

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http://www.faculdademental.com.br/fale.php