FM - Faculdade Mental

PENSE! - 19/10/2013

PENSANDO NA LITERATURA

OS "MILAGRES" DA LEITURA...
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http://well.blogs.nytimes.com/2013/10/03/i-know-how-youre-feeling-i-read-chekhov/?_r=0
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Haaslearning.wordpress.com/reading-better-social-skill
Cambridge Universityâ€™s Darwin College â€“
http://www.darwin.cam.ac.uk/
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University of Toronto â€“
http://www.utoronto.ca/
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Seton Hill University â€“
http://www.setonhill.edu/
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Literatura melhora traquejo social. Literatura melhora percepÃ§Ã£o dos sentimentos alheios.
Digamos que vocÃª esteja se aprontando para um encontro romÃ¢ntico Ã s cegas ou para uma entrevista de emprego. O que vocÃª deve fazer para se preparar? AlÃ©m de tomar banho e se barbear, Ã© claro, seria o caso de ler -mas nÃ£o qualquer coisa. Algo de Tchekhov ou de Alice Munro ajudarÃ¡ vocÃª a navegar pelo novo territÃ³rio social e a interpretar emoÃ§Ãµes melhor do que com a ficÃ§Ã£o popular ou a nÃ£o ficÃ§Ã£o.
Segundo um estudo recente, a ficÃ§Ã£o literÃ¡ria deixa mais espaÃ§o para a imaginaÃ§Ã£o, estimulando os leitores a fazer inferÃªncias sobre os personagens e a serem sensÃveis a complexidades e nuances emocionais.
"Por isso amo a ciÃªncia", disse Louise Erdrich, cujo romance "The Round House" foi usado na experiÃªncia. Os pesquisadores, segundo ela, "provaram como sÃ£o verdadeiros os benefÃcios intangÃveis da ficÃ§Ã£o literÃ¡ria".
NÃ£o Ã© nova a ideia de que nossas leituras podem influenciar nossas habilidades sociais e emocionais. Pesquisas anteriores jÃ¡ haviam correlacionado vÃ¡rios tipos de leitura Ã empatia e Ã sensibilidade. Recentemente, cientistas usaram testes de percepÃ§Ã£o da inteligÃªncia emocional para estudar crianÃ§as com autismo.
Mas os especialistas dizem que a nova descoberta foi poderosa por ter sugerido um efeito direto e quantificÃ¡vel da literatura, mesmo quando lida por poucos minutos.
O estudo, publicado em 3 de outubro pela revista "Science", mostrou que apÃ³s ler ficÃ§Ã£o literÃ¡ria, em vez de ficÃ§Ã£o popular ou nÃ£o ficÃ§Ã£o sÃ©ria, as pessoas tinham melhor desempenho em testes que mensuravam a empatia, a percepÃ§Ã£o social e a inteligÃªncia emocional -habilidades que vÃªm a calhar quando se tenta ler a linguagem corporal de alguÃ©m ou avaliar o que os outros podem estar pensando.
Nicholas Humphrey, professor emÃ©rito do Darwin College, da Universidade de Cambridge, que nÃ£o se envolveu na pesquisa, disse que jÃ¡ era de se esperar que a leitura em geral tornasse as pessoas mais predispostas Ã empatia e Ã compreensÃ£o. "Mas separar a ficÃ§Ã£o literÃ¡ria e demonstrar que ela tem efeitos diferentes das outras formas de leitura Ã© notÃ¡vel."
Os autores do estudo e outros psicÃ³logos acadÃªmicos disseram que tais conclusÃµes deveriam ser consideradas pelos educadores que concebem os currÃculos, especialmente aqueles que hoje se inclinam por tarefas de leitura de nÃ£o ficÃ§Ã£o.
"Francamente, concordo com o estudo", disse Albert Wendland, que dirige um mestrado sobre ficÃ§Ã£o popular na Universidade Seton Hill, em Nova Jersey. "Ao fazer narrativas sensÃveis e longas da vida das pessoas, esse tipo de ficÃ§Ã£o estÃ¡ literalmente se colocando na posiÃ§Ã£o de outrem -vidas que poderiam ser mais difÃceis, mais complexas, mais do que aquilo com que vocÃª poderia estar acostumado na ficÃ§Ã£o popular." Ele acrescentou: "Talvez a ficÃ§Ã£o popular seja uma forma de lidar mais com seu prÃ³prio ser, talvez com os prÃ³prios desejos e necessidades".
Na ficÃ§Ã£o popular, disse o doutorando David Comer Kidd, um dos pesquisadores do estudo, "realmente o autor estÃ¡ no controle, e o leitor tem um papel mais passivo". Na ficÃ§Ã£o literÃ¡ria, como nas obras de DostoiÃ©vski, "nÃ£o hÃ¡ uma voz Ãºnica e abrangente", disse ele. "Cada personagem apresenta uma versÃ£o diferente da realidade, e elas nÃ£o sÃ£o necessariamente confiÃ¡veis. VocÃª precisa participar como leitor dessa dialÃ©tica, o que Ã© realmente algo que vocÃª precisa fazer na vida real."
Emanuele Castano, professor de psicologia e outro autor do estudo, acrescentou que, em muitos casos, "a ficÃ§Ã£o popular parece mais focada na trama". "Os personagens podem ser intercambiÃ¡veis e geralmente mais estereotipados na forma como sÃ£o descritos."
Em um teste, os pesquisadores da Nova Escola de Pesquisas Sociais, em Nova York, pediram a pessoas que haviam acabado de ler determinados trechos por poucos minutos que estudassem fotos de pares de olhos e encontrassem um adjetivo que melhor descrevesse a emoÃ§Ã£o demonstrada em cada fotografia.
SerÃ¡ que a mulher de olhar enevoado estÃ¡ perplexa ou duvidosa? E o homem de olhos semicerrados, estarÃ¡ desconfiado ou indeciso? Ela estÃ¡ interessada ou irritada, sedutora ou hostil? SerÃ¡ que ele estÃ¡ fantasiando ou se sentindo culpado, estÃ¡ dominante ou horrorizado? Ou estarÃ¡ chateado pelo fato de suas aÃ§Ãµes de uma empresa de tecnologia terem perdido meio por cento na Nasdaq num pregÃ£o noturno depois das Ãºltimas notÃcias sobre o Oriente MÃ©dio? (Estou brincando -essa Ãºltima alternativa nÃ£o estava no teste.)
Os pesquisadores concluÃram que pessoas que leram ficÃ§Ã£o literÃ¡ria tiveram resultados melhores do que quem leu ficÃ§Ã£o popular ou nÃ£o ficÃ§Ã£o.
Quem leu ficÃ§Ã£o popular cometeu tantos erros quanto quem nÃ£o leu nada, descobriram eles.
HÃ¡ muita coisa que o estudo nÃ£o aborda: passar trÃªs meses lendo Charles Dickens ou Jane Austen produziria efeitos maiores ou menores, ou nÃ£o teria influÃªncia? SerÃ¡ que os resultados se manteriam se a mesma pessoa lesse todos os tipos de material?
Seja como for, Erdrich, a romancista, disse que o estudo a fez se sentir "pessoalmente animada".
"Os escritores costumam ser solitÃ¡rios obsessivos, especialmente os literÃ¡rios. Ã‰ legal que digam que o que escrevemos tem valor social", afirmou ela.
"No entanto, eu continuaria escrevendo mesmo que os romances fossem inÃºteis."
Por Pam Belluck â€“ Fonte: Folha de S.Paulo â€“ 15/10/13.
Reportagem original em inglÃªs do â€œThe New York Timesâ€:
http://well.blogs.nytimes.com/2013/10/03/i-know-how-youre-feeling-i-read-chekhov/?_r=0
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COMPANHIAS AÃ‰REAS
O que vocÃª leva em consideraÃ§Ã£o na hora de escolher sua companhia aÃ©rea? Assentos mais espaÃ§osos? Facilidades tecnolÃ³gicas na hora do check-in? O serviÃ§o de bordo faz diferenÃ§a? Em voos mais longos, o leque de entretenimento da aeronave ganha pontos na sua avaliaÃ§Ã£o?
Escolher a companhia aÃ©rea para voar no Brasil depende do que pesa mais no gosto do freguÃªs: conforto, serviÃ§os extras ou entretenimento.
Se o critÃ©rio for espaÃ§o para esticar as pernas, vence a Avianca: a empresa tem todas as suas 41 aeronaves com distÃ¢ncia entre as poltronas superior a 73 centÃmetros.
A empresa Ã© a Ãºnica a ter 100% da frota dentro da faixa A na escala de espaÃ§o entre poltronas elaborada pela Anac (AgÃªncia Nacional de AviaÃ§Ã£o Civil) --que vai de A, mais espaÃ§oso, a E, mais apertado (leia mais na pÃ¡g. F7).
Embora o conforto seja importante, a experiÃªncia de voo nÃ£o Ã© definida sÃ³ por ele. O entretenimento a bordo, por exemplo, pode fazer a diferenÃ§a --especialmente em trajetos mais longos.
Nesse quesito, hÃ¡ uma vantagem para a Azul. A companhia tem 32% da frota com telas individuais. SÃ£o 40 jatos Embraer que exibem 23 canais de TV ao vivo; tambÃ©m hÃ¡ rÃ¡dio Ã disposiÃ§Ã£o.
Na Avianca, 29% da frota tem entretenimento individual, com opÃ§Ãµes de sÃ©ries, documentÃ¡rios e mÃºsica. SÃ£o 12 Airbus A319 e A320 que servem, inclusive, a rotas como a ponte aÃ©rea Rio-SÃ£o Paulo e a cidades como BrasÃlia.
SANDUÃCHE FRIO
Foi-se o tempo do serviÃ§o de bordo com refeiÃ§Ãµes fartas e talheres de metal. Mas, antes de ralhar, saiba: Ã© assim no mundo todo (com raras exceÃ§Ãµes, como aÃ©reas asiÃ¡ticas e Ã¡rabes) --tendÃªncia de uma indÃºstria que passou a enxugar custos ao mÃ¡ximo.
Hoje, no Brasil, sanduÃches e bebida sem Ã¡lcool sÃ£o regra.
A Avianca Ã© a Ãºnica a ter sanduÃches quentes. Na Azul, sÃ£o snacks, como salgadinhos. Na TAM, sanduÃches (frios) sÃ³ tÃªm vez em voos mais longos e na ponte aÃ©rea.
A Gol cobra pelo serviÃ§o em 70% de suas rotas --medida comum no exterior, em companhias "low cost".
Companhias aÃ©reas embutem o custo do serviÃ§o de bordo no preÃ§o do bilhete. A Gol argumenta que o modelo pago desse serviÃ§o acaba com essa relaÃ§Ã£o e permite uma oferta maior de produtos.
PELO SMARTPHONE
Se ficam atrÃ¡s da concorrÃªncia em termos de conforto e serviÃ§o de bordo, as lÃderes de mercado, TAM e Gol, sÃ£o as companhias que mais facilitam a vida do passageiro com tecnologias de compra de passagens, embarque e check-in.
As duas permitem fazer o check-in pelo celular e liberam o uso do aparelho como cartÃ£o de embarque. A tecnologia dispensa o passageiro da obrigatoriedade de ir ao balcÃ£o no aeroporto e elimina a necessidade de cartÃ£o de embarque em papel.
Azul e Avianca, por enquanto, nÃ£o oferecem essas facilidades.