PENSANDO NOS ANIMAIS
AS FOCAS DO CANADÃ
English:
http://www.hsus.org/protectseals.html
http://www.harpseals.org/about_the_hunt/quota_tac.html
See photos: http://www.daylife.com/search?q=seal+canada+2009
Todo ano é a mesma coisa. O Canadá autorizou este ano a caça de 280 mil focas em sua costa atlântica, anunciou nesta sexta-feira (20) a ministra da Pesca, Gail Sheal. "O TAC (Captura Total AdmissÃvel) de focas na Groenlândia foi fixado em 280 mil para 2009, sobre um total de 5,5 milhões de animais", destacou a ministra em um comunicado.
Brandindo seu hakapik, o caçador se prepara para o golpe mortal, na costa gelada do Golfo de São Lourenço, no Canadá. O hakapik, invenção norueguesa, é um bastão de madeira com ponta de metal e gancho acoplado. A caça é um filhote de foca pequeno demais para fugir. A ponta de metal é para esmagar a cabeça do filhote; o gancho, para puxá-lo até perto do caçador, que vai remover sua pele e abandonar a carcaça ensanguentada no gelo. Está aberta oficialmente a temporada de caça à s focas, que se estenderá pela costa leste na primavera canadense e ao final terá exterminado a pauladas, em questão de semanas, 338 200 animais, o teto estabelecido pelo Ministério da Pesca – 55 000 a mais que no ano passado. Sob o olhar horrorizado do mundo todo, o Canadá insiste em repetir a prática anual, que diz ser essencial para a manutenção da população de focas (hoje em 5,6 milhões) sob controle e para a existência de comunidades isoladas (cerca de 10 000 indivÃduos) que vivem disso. E garante: o método é "humanitário"; uma nova regra proÃbe até mesmo tirar a pele de animais que não estejam comprovadamente mortos. "A imagem que as pessoas têm é da foquinha branca levando um golpe na cabeça e tendo a pele removida ainda viva. Simplesmente não é verdade", afirma a ministra da Pesca, Gail Shea. Mas é, como mostram amplamente imagens e testemunhas, e provavelmente continuará a ser. Os Estados Unidos já proÃbem a importação das peles e a Comunidade Europeia deve fazer o mesmo em breve, mas os maiores importadores – Rússia, China e Noruega – continuam fazendo fila para comprar. E o hakapik continua ganhando de 10 a zero das foquinhas brancas.
Fonte: Globo.com - 20/03/09 e Veja - Edição 2106.
Leia mais:
http://www.google.com/hostednews/afp/article/ALeqM5hHMNhEQr7DkP9VYU1sKGTWYz5jug
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O DIA DA MENTIRA
As pessoas pregam peças no dia 1º de abril há muito tempo. Não se sabe a origem desse costume, mas é possÃvel que tenha começado no século XVI, na França. A comemoração de Ano-Novo, que acontecia no inÃcio da primavera, em março, culminando com festas, bailes e trocas de presentes, no dia 1º de abril, foi transferida para o dia 1º de janeiro.
Tal fato se deu por meio de um decreto do rei Carlos IX, que instituÃa aos súditos o uso do calendário gregoriano, adotado pela Igreja para todo o mundo cristão. Isso gerou muita confusão e dificuldade de adaptação. Assim, as pessoas que comemoravam, por engano, o Ano-Novo no dia 1o de abril, eram comumente vÃtimas de trotes e brincadeiras e acabaram sendo chamadas de "bobos de abril".
O hábito atravessou os séculos e ainda hoje a brincadeira é tradição em muitos paÃses. Na Inglaterra, quem "cai no primeiro-de-abril" é chamado de noodle (pateta); na França, de poisson d'avril (peixe de abril); na Escócia, de april gowk (tolo de abril); nos Estados Unidos, de april fool (bobo de abril). Tudo faz crer que essa simpática tradição será perpetuada pela humanidade. Mas é bom conter a imaginação e os impulsos extremados usando o bom senso para elaborar as brincadeiras. Algumas peças podem gerar sérios inconvenientes, quando ultrapassam o limite da comédia.
Por isso, é de bom tom que os brincalhões procurem fazer algo bem original, nada maldoso, para merecerem o tÃtulo de bem-humorados e não ganharem a fama de "chatos de mau gosto".
Leia mais: http://www.colegiosaofrancisco.com.br/alfa/abril/dia-da-mentira.php
RELATÓRIO DEMOCRÃTICO
O tema do próximo relatório brasileiro de desenvolvimento humano da ONU será escolhido pela população. A ONU promoveu audiências públicas para receber sugestões, fez pesquisas nos dez municÃpios com os piores IDHs do paÃs e está aceitando contribuições pela internet até 15 de abril. O site é http://brasilpontoaponto.org.br/.
Mercado Aberto - Guilherme Barros - Fonte: Folha de S.Paulo - 27/03/09.
ACADEMIA DE IDEIAS
Aulas bacanas, em abril, na Academia de Idéias (http://www.academiadeideias.com/), como Chico Buarque e Caetano Veloso: Inventores Cosmogônicos.
Paulo Navarro - Fonte: O Tempo - 26/03/09.
PNC - http://www.pnc.com.br/
CÉLULA-TRONCO
A equipe de James Thomson, da Universidade do Wisconsin (EUA), relata em estudo na revista "Science" ter conseguido produzir as chamadas células-tronco pluripotentes sem destruir embriões e sem usar vÃrus ou técnicas de transgenia -ferramentas biológicas que implicavam um certo risco.
Como a ideia no futuro é usar essas células para tratar doenças, é preciso impedi-las de desenvolver tumores e outros males. Thomson conseguiu isso usando uma pequena argola de DNA, chamada plasmÃdeo, para ativar determinados genes nas células adultas e fazer com que elas se revertessem ao estágio embrionário. Diferentemente dos vÃrus, os plasmÃdeos somem das células com o passar do tempo, e a probabilidade de causarem alguma alteração genética inesperada é menor.
Fonte: Folha de S.Paulo - 27/03/09.
Universidade do Wisconsin - http://www.wisc.edu/
Science - http://www.sciencemag.org/
MATEMÃTICA - RUSSO-FRANCÊS GROMOV GANHA PRÊMIO ABEL
O matemático russo naturalizado francês Mikhail Leonidovich Gromov, 65 ganhou o Prêmio Abel, o "Nobel" da matemática, concedido pela Academia de Ciências e Letras da Noruega. Segundo o comitê do prêmio, Gromov foi responsável por avanços "revolucionários" na geometria, teoria dos grupos e teoria das cordas. Professor do Instituto de Estudos CientÃficos Avançados de Bures-sur-Yvette, Gromov receberá 6 milhões de coroas norueguesas (US$ 950 mil) pelo Abel.
Fonte: Folha de S.Paulo - 27/03/09.
Prêmio Abel - http://www.abelprisen.no/en/
Academia de Ciências e Letras da Noruega - http://www.dnva.no/c26889/index.html
Instituto de Estudos CientÃficos Avançados de Bures-sur-Yvette - http://www.ihes.fr/jsp/site/Portal.jsp
FRASES DE BARES
Frases entreouvidas em vários bares da cidade dos bares, Belo Horizonte:
É um rapaz de famÃlia: tem quatro...
Coloca só a metade que estou tentando parar o vÃcio.
As chuvas da maldade dos mortais não ultrapassarão o guarda-chuva da minha personalidade humana.
O beijo aumenta o apetite, mas não mata a fome.
Se seu relógio dá dor de cabeça, compre Mido.
Paulo Navarro - Fonte: O Tempo - 22/03/09.
PNC - http://www.pnc.com.br/
EDUCAÇÃO - ENSINO PÚBLICO NÃO É BOM NEM EM ÃREA NOBRE DE SP
O Estadão mostra que a qualidade do ensino público estadual deixa a desejar até mesmo na região centro-oeste da capital paulista, a mais bem avaliada pelo Ãndice de Desenvolvimento da Educação de São Paulo (Idesp). Metade dos alunos da 8ª série e do 3º ano do ensino médio estão nos nÃveis "básico" e "abaixo do básico" em matemática; ou seja, não conseguem, por exemplo, fazer conta que envolva multiplicação e adição. O Ãndice geral de alunos com nÃvel abaixo do básico caiu de 40%, em 2007, para 30%, no ano passado. "A conclusão foi que, mesmo melhorando as notas de 2007 para 2008, em quase todas as escolas só uma minoria chega hoje a nÃveis considerados adequados de aprendizagem", escreve o jornal.
Leia mais: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20090326/not_imp344934,0.php
Fonte: O Filtro - http://www.ofiltro.com.br - 26/03/09.
O CÃLCULO DA CRISE. SERÃ POR DINHEIRO?
A CRISE É DO CAPITAL. CRISE?
Tradução do espanhol: Ãlvaro Pedreira de Cerqueira
CÃLCULO PRECISO. IMPRESIONANTE RESULTADO.
*Reflexão e cálculo preciso enviados à CNN por um telespectador:
O plano de resgate aos bancos com dinheiro dos pagadores de impostos, que ainda se discute no Congreso dos EE.UU., custará a desmedida cifra de: 700 bilhões de dólares, mais os 500 bilhões que já se entregaram aos bancos, mais os bilhões que entregarão os governos da Europa aos bancos en crise neste continente. Porém para tratar de dimensionar, só em parte, as cifras envolvidas, o telespectador fez o siguinte cálculo:
‘O planeta tem 6,7 bilhões de habitantes; se se dividem 'só' os 700 bilhões de dólares entre os 6,7 bilhões de pessoas que habitam o planeta, equivale a entregar 104 MILHÕES DE DÓLARES A CADA UM'.
'Com isso, não só se erradica de imediato toda a pobreza do mundo, como automaticamente se transforma em MILIONÃRIOS TODOS OS HABITANTES DA TERRA'.
Ele conclui dizendo:
'Parece que realmente há um pequeno problema na distribuição da riqueza'. Fazendo um pequeno cálculo, vamos examinar de perto e mais extamente o caso dos espanhóis.
O estado espanhol rega os bancos com 30 billhões de euros, que saem dos bolsos dos espanhóis. O Estado comprará 30 bilhões de euros de dÃvidas dos bancos para evitar o colapso financeiro.
Espanha: Neste momento, sua população é de 46.063.511 de habitantes, segundo dados do padrão municipal de 2008.
FAÇAMOS O CÃLCULO.
30 bilhões de euros divididos por 46.063.511 de habitantes sai a:
652,18 milhões de euros PARA CADA ESPANHOL...
652,18 milhões de euros, ou sejam, 108.261 milhões de pesetas para cada habitante da ESPANHA.
TENDO UMA MÉDIA DE 4 PESSOAS CADA FAMÃLIA, CORRESPONDEM A 2,5 MILHÕES DE € POR FAMÃLIA OU 415.119,52 MILHÕES DE PESETAS, POR FAMILIA.
VEJA, COM ISSO, SIM, É QUE PODERÃAMOS PAGAR A HIPOTECA. ESTA, É A CRISE! ASSIM VÃO NOS ESFOLAR, DEIXAR-NOS DE CEROULAS!
TANTO O GOVERNO COMO A OPOSIÇÃO ESTÃO RINDO DE NÓS! E NÓS... NÃO FAZEMOS NADA? PASSE ESTES CÃLCULOS A TODOS OS QUE CONHEÇA. PELO MENOS QUE NOS DEIXEM AS CEROULAS. SERà POR DINHEIRO? FIM.
(Colaboração: Markão)
COMO SABEMOS?
Como sabemos que o mundo é do jeito que é? Fácil, diria uma pessoa pragmática: basta olhar e medir. Vemos a árvore, a cadeira, a mesa; ouvimos o vento, a música, as vozes das pessoas. Sentimos o calor e o frio na nossa pele. Uma vez que essa informação sensorial é integrada pelo nosso cérebro, construÃmos uma concepção do real que nos permite funcionar no mundo.
Sabemos aonde ir, o que comer, o que evitar tocar; sentimos o prazer de uma boa refeição, de um abraço carinhoso. Mas e quando vamos além dos nossos sentidos, usando instrumentos para estender a nossa concepção da realidade? Não vemos galáxias a olho nu (talvez Andrômeda, em noites muito especiais) e muito menos um átomo de carbono. Como sabemos que estão lá, que existem?
Quando Galileu mostrou seu telescópio para os senadores de Veneza, muitos se recusaram a aceitar que o que viam era real. Mais recentemente, no final do século 19, o grande fÃsico e filósofo austrÃaco Ernst Mach se recusava a aceitar a existência dos átomos pois estes, segundo ele, nunca poderiam ser visualizados. Mach e os senadores estavam errados.
O que se vê através dos telescópios é perfeitamente real. Captamos os fótons -as partÃculas de luz- emitidos (ou refletidos, no caso de planetas e luas) pelo corpo celeste. Se a fonte não emite nas faixas visÃveis do espectro, ou está tão longe que não podemos captar fótons entre o vermelho e o violeta, captamos ondas de rádio ou micro-ondas, radiação eletromagnética que nossos olhos não enxergam, mas que nem por isso é menos real.
Quando elétrons pulam de órbita nos átomos, também emitem (ou absorvem) fótons, que podem ser detectados por instrumentos ou, no caso de serem visÃveis, pelos nossos olhos. Os instrumentos usados no estudo dos fenômenos naturais são uma extensão dos nossos sentidos. Um dos feitos mais espetaculares da ciência é justamente essa ampliação da realidade, o ver além do visÃvel.
A situação se complica quando a complexidade do fenômeno nos força a filtrar dados, selecionando apenas uma parte do que ocorre. Nossos cérebros fazem isso constantemente, o que chamamos de "foco"; caso contrário, serÃamos inundados a tal ponto por sons e imagens que não conseguirÃamos fazer nada. Quando olhamos para uma estrela a olho nu ou com um telescópio óptico, vemos apenas parte dela, o que ela emite no visÃvel. Uma visão completa da estrela incorporaria suas emissões no infravermelho, no ultravioleta, no raio X etc. A consequência desse fato é simples, mas profunda: nossa construção da realidade, por ser sempre filtrada, é incompleta. Sabemos apenas aquilo que medimos.
No caso das partÃculas elementares, o problema é ainda mais grave. O gigantesco acelerador LHC, por exemplo, que deve entrar em funcionamento dentro de alguns meses na SuÃça, criará em torno de 600 milhões de colisões entre partÃculas por segundo. Essas colisões geram 700 megabytes de dados por segundo, mais de 10 petabytes por ano. Um petabyte equivale a mil trilhões de bytes (1015), 1 milhão de discos rÃgidos com 1 gigabyte cada.
Para tornar a pesquisa viável, os grupos de cientistas filtram os dados, selecionando eventos designados "interessantes". Essa seleção, por sua vez, é baseada em teorias atuais que especulam sobre o que existe além do que já conhecemos. Apesar de as teorias serem sólidas, elas só serão confirmadas pelos experimentos. Existe o risco de que fenômenos inesperados, não-previstos pelas teorias, sejam eliminados pela filtragem dos dados.
Nesse caso, nossas próprias teorias limitam o que sabemos sobre o mundo - uma conclusão um tanto paradoxal.
Marcelo Gleiser é professor de fÃsica teórica no Dartmouth College, em Hanover (EUA), e autor do livro "A Harmonia do Mundo". Fonte: Folha de S.Paulo - 22/03/09.
A Harmonia do Mundo - http://www.submarino.com.br/produto/1/1643045/harmonia+do+mundo,+a
Marcelo Gleiser - http://www.submarino.com.br/busca?q=Marcelo+Gleiser+&dep=autor&x=11&y=5
Dartmouth College - http://www.dartmouth.edu/
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