PENSANDO EM TRADUĂĂO
GOOGLE GOGGLES
Video:
http://googletranslate.blogspot.com/2010/02/integrating-translation-into-google.html
O fim dos dicionĂĄrios de bolso?
Um protĂłtipo do Google pode fazer com que ninguĂ©m mais tenha de viajar com dicionĂĄrio. Se der certo, o novo jeito de traduzir vai ser assim: vocĂȘ pega o celular, tira uma foto do texto e recebe a tradução na hora. Ă um novo uso do Google Goggles, o serviço de busca visual da empresa. O truque? A foto sai do seu celular para o servidor do Google. E o programa de tradução deles devolve a resposta.Â
TendĂȘncias - Fonte: Super Interessante - Edição 277 - Abril 2010.
VĂdeo: http://googletranslate.blogspot.com/2010/02/integrating-translation-into-google.html
O PRAZER DO INOMINĂVEL
O melhor de Arnaldo Jabor, este ano: "O psicopata nĂŁo se responsabiliza por suas açÔes, sempre se acha inocente ou vĂtima do mundo do qual quer se vingar. Em geral, nĂŁo delira. Suas açÔes mais absurdas sĂŁo justificadas como lĂłgicas, naturais, jĂĄ que o outro nĂŁo existe para ele (...) destrĂłi-se a vida de outros como se cospe, como se chuta uma pedra".
Paulo Navarro (http://www.pnc.com.br/) - Fonte: O Tempo - 07/04/10.
ANTĂRTICA
Cresceram muito no MinistĂ©rio da CiĂȘncia e Tecnologia os pedidos para pesquisas de brasileiros na AntĂĄrtica. Como o espaço na Estação Comandante Ferraz Ă© limitado, o ministro Sergio Rezende estĂĄ com a difĂcil ÂmissĂŁo de selecionar entre dezenas de projetos os 20 que serĂŁo iniciados no continente, a partir de outubro. Boa parte das verbas para o estudo sairĂĄ dos cofres do CNPQ.
Ricardo Boechat - Fonte: Isto à - Edição 2108.
OS ESTADOS E A UNIVERSIDADE PĂBLICA
A rede de universidades federais, constituĂda a partir da dĂ©cada de 1930, apresenta assimetrias significativas entre os Estados e Ă© surpreendente que as elites e, particularmente, os representantes polĂticos tenham assistido Ă instalação desse sistema sem discussĂ”es que evidenciassem essa questĂŁo, cujas caracterĂsticas nĂŁo podem ser confundidas com as desigualdades regionais presentes no debate nacional desde o Brasil impĂ©rio.
Seguramente, os Estados que conquistaram vantagens na implantação de universidades federais nos seus territórios foram dotados de mecanismos de desenvolvimento que vão se revelar superiores a alguns outros que historicamente pautaram agendas nacionais de bancadas de deputados e senadores de todas as regiÔes. O Rio Grande do Sul recebe cerca de 8% do total do orçamento destinado às universidades federais, valor superior à soma dos percentuais destinados a Santa Catarina e Paranå.
No Sudeste, Minas Gerais possui uma invejĂĄvel cobertura de campi universitĂĄrios federais e, em SĂŁo Paulo, o sistema pĂșblico Ă© mantido prioritariamente por recursos estaduais.
No Nordeste, Pernambuco e ParaĂba estĂŁo entre os Estados da Federação mais beneficiados quando se analisa os investimentos da UniĂŁo na educação superior, notadamente em relação Ă população e ao PIB. Por outro lado, a Bahia possui um nĂșmero de matrĂculas/mil habitantes quase cinco vezes menor do que o da ParaĂba e duas vezes menor do que o de Pernambuco.
Por qualquer critĂ©rio de anĂĄlise, essas assimetrias se repetem em todas as regiĂ”es do paĂs.
O poder que cada Estado possuiu em diferentes perĂodos e os interesses de suas elites certamente contribuĂram para moldar o sistema universitĂĄrio federal e estabelecer, adicionalmente, outras formas de financiamento da universidade pĂșblica.
A histĂłria ressalta o sentimento autonomista de personagens que lideraram a polĂtica baiana atĂ© o golpe militar de 1964. A criação da USP Ă© relatada como uma emblemĂĄtica ação da elite paulista em busca de fortalecimento no plano cultural. Nos Estados do Sul existem as universidades municipais, e a estrutura social permitiu a criação de universidades comunitĂĄrias que desafiam o conceito tradicional de educação pĂșblica superior.
Em alguns Estados, o reduzido aporte de recursos federais levou à criação de robustos sistemas estaduais. Mesmo considerando-se relevante a ação estadual no ensino superior, não é razoåvel supor que a sua presença resolve o problema das assimetrias da rede de universidades federais, na medida em que, no modelo atual, se penalizam exatamente os orçamentos dos Estados que mais investem no setor.
No caso de São Paulo, devido à potente economia do Estado, a reduzida presença da União poderia ser entendida como positiva cooperação paulista à Federação. No entanto, como exposto, mesmo excluindo o Estado bandeirante das anålises, as desigualdades permanecem significativas.
As assimetrias na distribuição de recursos federais para a educação superior terĂŁo consequĂȘncias ainda mais profundas no futuro, na medida em que os processos de desenvolvimento do Brasil e seus Estados se associam cada vez mais a fatores relacionados ao ensino superior, ressaltando-se: a ampliação da capacidade de criar e trabalhar com o conhecimento, com ĂȘnfase em tecnologia e inovação que contribuam com a agregação de valor aos produtos gerados nos processos socioeconĂŽmicos; o comprometimento da sociedade com a ampla formação de cidadĂŁos qualificados e capazes de aprender continuamente ao longo da vida; formar e consolidar redes de confiança compartilhada entre as instituiçÔes e as pessoas nas diferentes regiĂ”es.
NĂŁo se pode esperar que um sistema social moldado hĂĄ quase um sĂ©culo seja remodelado por decisĂ”es de mĂ©dio prazo e, dada a complexidade dos conceitos envolvidos na questĂŁo, nĂŁo serĂĄ possĂvel o estabelecimento de divisĂ”es orçamentĂĄrias rĂgidas.
No entanto, a sociedade brasileira pode incluir esse tema nos debates do Plano Nacional de Educação para o perĂodo 2011-2020, visando Ă busca de mecanismos de redução das profundas assimetrias aqui destacadas.
Paulo Gabriel Soledade Nacif, 45, engenheiro agrĂŽnomo e doutor em solos, Ă© reitor da UFRB (Universidade Federal do RecĂŽncavo da Bahia). Fonte: Folha de S.Paulo - 05/04/10.
UFRB - http://www.ufrb.edu.br/portal/
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