FEIRA DO LIVRO E ENCONTRO DE LITERATURA, NINGUÉM SEGURA "ECE" PAÍS...
NINGUÉM SEGURA "ECE" PAÍS IV
Informação é tudo. Há que se manter o povo muito bem informado, mas cuidado com os excessos. Quis explicar demais, vejam só no que deu!!!
(Colaboração: Sérgio)
PALAVRA DA SEMANA: CRUCIAL
A palavra veio do latim crux (itálico), "cruz". Mas não a cruz de Jesus no Calvário, e sim a cruz de "cruzamento" ou "encruzilhada". Quando duas estradas se cruzavam, e um viajante não sabia qual era o melhor caminho a seguir nem havia alguém por perto para informar, ele tinha de tomar a "decisão crucial".
Max Gehringer - Fonte: Época - número 473.
FEIRA DO LIVRO E ENCONTRO DE LITERATURA
Meus amigos,
Começa no próximo dia 14 e vai até dia 24, a 8ª Feira do Livro e o Encontro de Literatura. O evento será na Serraria Souza Pinto.
Acessem o site: http://www.salaodolivro.com.br/bh_2a_etapa.php
Aproveitando, deixo um poema de Carlos Drummond.
CONSELHOS DE UM VELHO APAIXONADO
Quando encontrar alguém e esse alguém fizer seu coração parar de funcionar por alguns segundos, preste atenção: pode ser a pessoa mais importante da sua vida.
Se os olhares se cruzarem e, neste momento, houver o mesmo brilho intenso entre eles, fique alerta: pode ser a pessoa que você está esperando desde o dia em que nasceu.
Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo for apaixonante, e os olhos se encherem d'água neste momento, perceba: existe algo mágico entre vocês.
Se o 1º e o último pensamento do seu dia for essa pessoa, se a vontade de ficar juntos chegar a apertar o coração, agradeça: Algo do céu te mandou um presente divino : O AMOR.
Se um dia tiverem que pedir perdão um ao outro por algum motivo e, em troca, receber um abraço, um sorriso, um afago nos cabelos e os gestos valerem mais que mil palavras, entregue-se: vocês foram feitos um pro outro.
Se por algum motivo você estiver triste, se a vida te deu uma rasteira e a outra pessoa sofrer o seu sofrimento, chorar as suas lágrimas e enxugá-las com ternura, que coisa maravilhosa:você poderá contar com ela em qualquer momento de sua vida.
Se você conseguir, em pensamento, sentir o cheiro da pessoa como se ela estivesse ali do seu lado...
Se você achar a pessoa maravilhosamente linda, mesmo ela estando de pijamas velhos, chinelos de dedo e cabelos emaranhados...
Se você não consegue trabalhar direito o dia todo, ansioso pelo encontro que está marcado para a noite...
Se você não consegue imaginar, de maneira nenhuma, um futuro sem a pessoa ao seu lado...
Se você tiver a certeza que vai ver a outra envelhecendo e, mesmo assim, tiver a convicção que vai continuar sendo louco por ela...
Se você preferir fechar os olhos, antes de ver a outra partindo: é o amor que chegou na sua ida.
Muitas pessoas apaixonam-se muitas vezes na vida, mas poucas amam ou encontram um amor verdadeiro.
Às vezes encontram e, por não prestarem atenção nesses sinais, deixam o amor passar, sem deixá-lo acontecer verdadeiramente.
É o livre-arbítrio.
Por isso, preste atenção nos sinais.
Não deixe que as loucuras do dia-a-dia o deixem cego para
a melhor coisa da vida: o AMOR !!!
Ame muito.....muitíssimo...
(Colaboração: Luciana)
DUALIDADES DA VIDA
Não se deixe encurralar por pensamentos ambíguos. O fato de o A ser verdadeiro, não torna o B falso. Com freqüência, tanto A quanto B podem ser verdadeiros.
As coisas que você deve fazer podem ser também as coisas que você quer fazer. O que você dá pode também ser o que você recebe. O que você ensina pode ser também o que você aprende. Sua tarefa pode ser difícil e ao mesmo tempo agradável. O que é bom para o cliente pode ser bom também para o vendedor.
Muitas vezes, cometemos o erro de definir as coisas pelo que elas não são. Fazendo isso, limitamos nosso raciocínio e nossas oportunidades.
Na realidade, existem poucos opostos. Será ensinar o verdadeiro oposto de aprender? Feminino é o oposto de masculino? O amor é
realmente o oposto do ódio? Brincar é o oposto de trabalhar?
Claro que não. Muitas das coisas que consideramos opostas são, na verdade, muito similares. Nosso desejo de classificar e colocar tudo em categorias, embora às vezes útil, também pode ser limitante.
As possibilidades surgem, não da eliminação de outras possibilidades, mas da persistência de cada um em alcançar os seus sonhos tanto no amor, no profissional e na vida, por isso não feche as portas quando a vida lhe oferecer uma nova oportunidade nas opções acima, pois o destino só a Deus pertence e ele pode lhe provar, que você tem tudo para ser feliz, por mais que a própria vida já lhe pregou peças que muito lhe magoaram.
Paulo Coelho.
(Colaboração: Tadeu)
INVASÃO NA USP: questões centrais
– Para que serve a invasão da reitoria da USP?
– Para ajudar os invasores a lidar com uma de suas grandes carências, a que chamaríamos de "síndrome de abstinência da ação revolucionária". Defesa da autonomia universitária, decretos espúrios do governador, reivindicações de alojamentos melhores, tudo isso é secundário. O básico, o decisivo, tão primordial quanto o impulso do bebê ao procurar o seio da mãe, é o desejo de dar combate a semelhante mal, doído como punhalada, exigente como a fome.
– Invadir reitoria não é pouco para preencher tal anseio?
– Pratica-se a ação revolucionária que se pode, não a que se quer. Sem praticá-la, o estudante brasileiro não terá completado sua educação sentimental. Mais tarde na vida ele poderá ocupar altas posições no sistema que hoje contesta ou mesmo ceder às ofertas de corrupção de que o país é pródigo, mas, condescendente consigo mesmo, sempre lembrará com um sorriso satisfeito os tempos de rebeldia. Como quem diz: "Sim, minha educação foi completa".
– O estudante brasileiro!?
– Perdão, a generalização não cabe. O estudante das faculdades particulares não é bobo de fazer greve, ele que empenha no estudo seu rico dinheirinho. Isso é para estudantes de universidades públicas. Mais propriamente, para os estudantes da USP. Mais propriamente ainda, para os de certas faculdades da USP, aquelas que, ao contrário da medicina ou da engenharia, não exigem tanto estudo assim, nem tanto compromisso com a carreira.
– Os invasores de reitoria têm nostalgia da ditadura?
– Sem dúvida. Eis uma conseqüência cruel – mais uma – da ditadura: temos de conviver com os nostálgicos dela. Há os nostálgicos porque acham que ela foi boa e os nostálgicos da luta contra ela. Ah, aqueles tempos em que se tinha uma causa... Em que a opressão era real, institucional, tangível... Bem que a polícia poderia ter ajudado, com uma operação de desocupação da reitoria. Não seria ainda a ditadura, mas uma ação de força, que com sorte produziria algum sangue. Até a semana passada, no entanto, as autoridades negavam tal gostinho aos invasores.
– Eles sofreriam por ter nascido na época errada?
– Sim. O invasor de reitorias é um nostálgico de uma vida não vivida. Os mais ardentes não se cansarão de lamentar a falta de um Palácio de Inverno a conquistar, uma Sierra Maestra da qual descer para o triunfo. Como um Julien Sorel, de O Vermelho e o Negro, que se julgava roubado por não lhe ser permitido repetir as proezas de Napoleão, ou uma Madame Bovary, consumida pela falta de amores tão arrebatadores quanto os que lia nos romances (que bom que existe a literatura francesa para nos explicar as sutilezas da vida), sofrem da frustração de viver não só na época, mas no lugar errado. Eles têm sede de heroísmo, num tempo de cansaço e desilusão com os heróis.
– Que é o "Movimento Estudantil" de que se fala nessas horas?
– Mistério. Sabe-se o que é o Movimento Negro ou o Movimento Feminino. Já o "Movimento Estudantil", dada a condição efêmera do estudante, em contraste com as condições de negro ou de mulher, que são permanentes, é difícil saber para onde se movimenta. Os estudantes filiados a partidecos de extrema esquerda pretendem movimentar-se em direção a regimes como o de Cuba ou o da Coréia do Norte, mas isso por força de seus partidos, não do "Movimento Estudantil". O papel mais fácil de distinguir no "Movimento Estudantil" é o de, com esse nome cheio de pompa e pretensão, ajudar na simulação da ação revolucionária.
– Os invasores da reitoria serão punidos?
– Nenhuma hipótese. Se há uma vantagem em viver no Brasil de hoje é a de poder brincar de rebelde sem o risco de levar troco. Neste Brasil tolerante ao ponto da permissividade, invasor de reitoria goza de tanta impunidade quanto senador que tem negócio escuso com empreiteira.
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O senador Romero Jucá enviou ao colunista carta em resposta ao texto publicado nesta página na edição passada. A íntegra da carta, dada sua extensão, vai publicada em VEJA on-line (www.veja.com.br). O senador contesta, de modo convincente, a denúncia de que tem torneiras de ouro no banheiro de casa e a de que foi o campeão de emendas em favor de obras da empreiteira Gautama. O colunista se retrata, em relação a esses itens. As demais denúncias citadas, a despeito da defesa do missivista, compõem um repertório que continua a rondar-lhe os passos. No mais, o senador convida o colunista a visitar Roraima, "para constatar as realizações da prefeita Teresa Jucá" (sua esposa) e as dele próprio, quando governador (o colunista agradece, mas no momento tem outras prioridades de viagem), e afirma-se empenhado no "trabalho incansável de buscar soluções para os problemas nacionais", ele que, em vez de pular de partido e de fidelidades como macaco de galho, como afirmava o texto, o que faz é "servir ao meu país" (a pátria, quem sabe, um dia agradecerá).
Roberto Pompeu de Toledo - Fonte: Veja - edição 2012.
AVISO AOS QUARENTÕES
Para aqueles que estão chegando aos 40 anos, eu tenho duas notícias: uma boa e uma péssima. A boa é que você provavelmente viverá até os 80. Sua expectativa de vida ao nascer era de 67 anos, mas, como você conseguiu chegar vivo aos 40, sua média de vida aumentou para 74 anos. Aqueles que estavam reduzindo sua média inicial morreram. Daqui a dez anos, muitas das doenças incuráveis de hoje terão solução, aumentando ainda mais sua expectativa de vida, talvez até os 80. Sua mulher, que já tinha expectativa de vida ao nascer de 75 anos, aos 40 terá uma expectativa de 79, daqui a dez anos irá para 85, 90 anos.
A má notícia é que provavelmente você não pensou nisso, não se preocupou em fazer um pé-de-meia para custear essa longa aposentadoria, a sua e a de sua mulher. Nem percebeu que os vinte anos que você contribuiu para a Previdência não foram depositados num fundo previdenciário público, preservando o equilíbrio atuarial, como reza o artigo 201 de nossa Constituição. Também, lamento dizer, ninguém vai empregá-lo até os 70 anos de idade, e será difícil achar um novo emprego depois dos 50. Não conte com essa nova geração para sustentá-lo na velhice. Ela terá problemas suficientes para sobreviver, além de ter também de poupar para a própria velhice.
Aos 40 anos ainda se tem chance de poupar rapidamente os recursos necessários nos próximos dez a quinze anos. Assim sendo, aquela viagem programada para a Disney, nem pensar. Nem aquele Audi A4. O valor exato que você precisará ter poupado para se aposentar aos 65 anos é um cálculo complicadíssimo, depende de sua idade atual, do risco que você quer assumir em suas aplicações financeiras, dos juros médios a partir de 2015, e da taxação futura dos rendimentos de seus investimentos. Mas aqui vão algumas previsões, que infelizmente ninguém divulga, mas que podemos considerar como praticamente certas.
1) Com o investment grade (grau de investimento seguro, segundo as agências internacionais de classificação de risco), os juros reais no Brasil deverão ser como no México, na França e nos Estados Unidos. Algo em torno de 2,5% a 3% ao ano, a partir de 2015. Achar que você poderá investir em títulos públicos e ganhar 6% a 7% ao ano sem risco é uma doce ilusão.
2) O imposto de renda que incide sobre os que poupam, os chamados "endinheirados", provavelmente aumentará. Hoje é de 20%, mas logo será de 25%, justamente porque o juro caiu, e o governo arrecadará menos.
3) Esse imposto incide sobre o "juro" nominal, e não sobre o juro real, que é o verdadeiro juro. Se o juro real for igual à inflação, o imposto vai para 50%, o dobro dos 25% esperados no futuro. Portanto, calculando-se 50% de imposto sobre 2,5% a 3% de juros, sobrará somente 1,2% a 1,5% ao ano de rendimento. Para cada 1.000 reais de renda mensal de aposentadoria que você desejar receber, precisará acumular no mínimo 1 milhão de reais. Lamento muito, é só fazer as contas.
Uma aposentadoria de 10.000 reais por mês exigirá uma poupança acumulada aos 65 anos em torno de 10 milhões de reais. Dez mil é a aposentadoria típica de um professor titular de filosofia, sociologia, economia de uma universidade pública. Há alguns que ganham até mais.
Se você quiser ganhar o mesmo, terá de acumular 10 milhões, que aplicados a 1,2% ao ano darão 120.000 por ano, ou 10.000 por mês. Mesmo assim, sem direito ao décimo terceiro salário.
É óbvio que nenhum de nós vai conseguir acumular 10 milhões, muito menos se aposentar com 10.000 por mês. Você terá de se contentar em viver com 3.000 ou menos. Provavelmente terá de aplicar seu dinheirinho em investimentos muito mais arriscados do que títulos públicos. Terá de lutar pela redução do imposto de renda que incide sobre juros, pela correção monetária do investimento inicial, ou fazer tudo isso ao mesmo tempo. Uma terceira alternativa é ir literalmente comendo o capital inicial ao longo do tempo. O que é muito assustador para qualquer aposentado – nunca se sabe quando o dinheiro poderá acabar. Pior de tudo, você terá de estabelecer um ano preciso para morrer, tipo 83 anos, e torcer para que não passe disso. Depois desse aniversário, justamente pelos cálculos feitos, você não terá mais dinheiro.
A outra opção é arrumar uma boa aposentadoria do governo, adotar um discurso anti-renda, antijuro, antiacumulação de riqueza, sem se preocupar com o futuro do câmbio, da economia, muito menos com o futuro do Brasil.
Stephen Kanitz é formado pela Harvard Business School.
Fonte: Veja - edição 2012.
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