FM - Faculdade Mental

PENSE! - 21/08/2008

PENSANDO EM PAZ

FAIXA DE GAZA

English:
http://www.photoshot.com/imageset.jsp?iset_id=211442&cid=1&gid=&ed=1&cr=&al=
Novo membro do grupo Jihad IslÃ¢mica participa de treinamento durante cerimÃ´nia de graduaÃ§Ã£o, em Zaitun. Centenas de militantes do Jihad, do Hamas e dos ComitÃªs de ResistÃªncia Popular participaram das atividades no acampamento.
Fonte: Terra - 22/08/08.

CADEIA-ACAMPAMENTO DO XERIFE DE MARICOPA
English:
http://www.mcso.org/
Circula na internet uma mensagem, dessas que as pessoas repassam para os amigos, que parece mais um daqueles exageros cada vez mais comuns na caixa de correio, mas que, esmiuÃ§ada um pouco, revela uma histÃ³ria com tintas de absurdo, defendida (na mensagem) como soluÃ§Ã£o para um dos maiores problemas brasileiros. Trata-se de uma cadeia que virou atraÃ§Ã£o turÃstica nos Estados Unidos por abrigar 2 mil presos em tendas a cÃ©u aberto numa das regiÃµes mais quentes do planeta.
Idealizada pelo xerife do condado de Maricopa (nome da tribo indÃgena que habitou na regiÃ£o), ela fica na cidade do mesmo nome, 20 milhas ao sul de Phoenix, no Arizona, estado com clima de deserto que faz fronteira com o MÃ©xico. Por conta de seu invento, o xerife Joe Arpaio (foto) mantÃ©m-se no cargo hÃ¡ 15 anos e virou figura de renome nacional entre estudiosos de seguranÃ§a no paÃs. No Brasil, sua "Tents Jail" sÃ³ conseguiu aparecer atÃ© hoje em algumas notas de pÃ© de pÃ¡gina mas agora, ganha ares de notÃcia inÃ©dita nas caixas de correio virtuais.
Leia mais:
http://oglobo.globo.com/rio/ancelmo/post.asp?cod_Post=51082
(ColaboraÃ§Ã£o: Viana)

TRANSPARÃŠNCIA BRASIL
Cada belo-horizontino gastarÃ¡ R$ 117,38 neste ano para sustentar o Legislativo, segundo levantamento do Projeto ExcelÃªncias, da ONG TransparÃªncia Brasil. Dividindo o orÃ§amento de cada Casa pela populaÃ§Ã£o correspondente, revela-se que em 2008 destinaremos R$ 36,26 para a AssemblÃ©ia Legislativa de Minas Gerais, R$ 46,84 para a CÃ¢mara de Belo Horizonte, R$ 15,02 para o Senado e R$ 19,26 para a CÃ¢mara dos Deputados. Para manter seus representantes no poder durante um mandato (quatro anos) os gastos podem chegar a R$ 500. E qual Ã© o retorno desse investimento? Ã‰ bom refletir sobre isso.
Paulo Roberto BrandÃ£o - Fonte: O Tempo - 17/08/08.
Projeto ExcelÃªncias - http://www.excelencias.org.br/
ONG TransparÃªncia Brasil - http://www.transparencia.org.br/index.html

SOBRE A CRIATIVIDADE
Como vimos, no artigo sobre o riso, nÃ£o existe uma teoria aceita que explique a relaÃ§Ã£o entre o estÃmulo mental causado pela piada e sua transformaÃ§Ã£o na reaÃ§Ã£o fÃsica igual em todas as partes. Todo mundo ri da mesma forma, mesmo que seja de piadas diferentes. Dentre as teorias populares, a de Kant Ã© bem razoÃ¡vel, especialmente casada com a de Freud.
Kant disse que rimos quando existe uma interrupÃ§Ã£o inesperada na lÃ³gica da histÃ³ria, uma contradiÃ§Ã£o na expectativa do desenlace. Sem surpresa nÃ£o rimos. Freud disse que a reaÃ§Ã£o fÃsica vem da liberaÃ§Ã£o de impulsos que os superegos reprimem. No universo da piada, podemos "deixar cair". Existe uma outra dimensÃ£o do riso causado pelo humor que gostaria de abordar: sua relaÃ§Ã£o com a criatividade. A palavra inglesa "insight" nÃ£o tem uma boa traduÃ§Ã£o em portuguÃªs. Segundo o venerado dicionÃ¡rio Michaelis, "insight" significa "introspecÃ§Ã£o, compreensÃ£o, discernimento, critÃ©rio". Talvez "compreensÃ£o" se aproxime do significado, mas ainda nÃ£o lhe faz jus. Como bom carioca, "sacada" me parece funcionar melhor, especialmente adicionada de "genial". O ponto interessante Ã© a conexÃ£o entre humor e "insight", o momento do "ahÃ¡!", da compreensÃ£o inconsciente de algo. Toda piada, quando explicada, perde a graÃ§a. A reaÃ§Ã£o fÃsica caracterÃstica do riso, o alÃvio de uma tensÃ£o mental, sÃ³ se manifesta quando "entendemos" a piada de forma nÃ£o-racional ou consciente. A compreensÃ£o ocorre em algum lugar do cÃ©rebro que parece funcionar por si. Se o interrompemos com explicaÃ§Ãµes, a reaÃ§Ã£o da descoberta Ã© perdida. Assim Ã© com os momentos criativos nas artes e nas ciÃªncias. Existe uma preocupaÃ§Ã£o com a obra, um objetivo a ser atingido que permanece arredio. Esse Ã© o anÃ¡logo da tensÃ£o na piada, do encadeamento lÃ³gico da histÃ³ria da qual nÃ£o conhecemos o fim. NÃ£o conseguimos provar o teorema, resolver a questÃ£o, encontrar a nota certa na composiÃ§Ã£o musical ou o traÃ§o certo no quadro. Mas nossos cÃ©rebros continuam a funcionar, a buscar conexÃµes na memÃ³ria, correlacionando fatos e possibilidades. De repente, quando menos esperamos, a soluÃ§Ã£o vem Ã tona explosivamente, o momento do "ahÃ¡!", da sacada. Esse momento Ã© sempre acompanhado de uma sensaÃ§Ã£o fÃsica de liberaÃ§Ã£o, de um alÃvio que pode atÃ© mesmo levar a um estado de Ãªxtase. Deve ser causado por uma corrente turbulenta de reaÃ§Ãµes quÃmicas regadas a muita endorfina. Imagino os neurÃ´nios piscando como loucos, transformando o cÃ©rebro numa espÃ©cie de Ã¡rvore de Natal. O grego Arquimedes (diz a lenda) saiu correndo nu pelas ruas de Siracusa ao encontrar a soluÃ§Ã£o para um problema que o afligia, um modo de provar que a coroa de seu rei, que deveria ter sido feita de ouro puro, foi na verdade feita de uma mistura de ouro e prata: a densidade determina se algo bÃ³ia ou nÃ£o. Mas como estudar quantitativamente o momento da sacada? Experimentos nos EUA e na Inglaterra vÃªm tentando fazer isso. Para tal, usam voluntÃ¡rios com chapÃ©us cobertos de eletrodos capazes de medir as mudanÃ§as de corrente elÃ©trica no cÃ©rebro quando tentam resolver problemas envolvendo palavras. VÃªem que, quando as pessoas estÃ£o num impasse, a atividade cerebral se limita Ã Ã¡reas associadas com o foco seletivo. Segundos antes de a soluÃ§Ã£o chegar, o padrÃ£o muda e a atividade migra para a regiÃ£o frontal Ã direita, implicada na organizaÃ§Ã£o do conhecimento e na arquitetura de planos. PorÃ©m, os estudos estÃ£o longe de serem conclusivos. Falta uma sacada genial para entender o mecanismo mental que leva a ela.
Marcelo Gleiser Ã© professor de fÃsica teÃ³rica no Dartmouth College, em Hanover (EUA), e autor do livro "A Harmonia do Mundo". Fonte: Folha de S.Paulo - 17/08/08.

A FÃBULA DA POLÃTICA BELORIZONTINA Ã moda dos velhos jornais de cidade do interior
Conta a lenda que Petano, filho de petista com tucano, encontrou-se com o Tucapeta, filho de tucano com petista. (Abrimos aqui um parÃªnteses para explicar que, neste caso, a ordem dos fatores altera o produto). Cruzando um petista com um tucano, vocÃª terÃ¡ a linhagem dos Petanos. A principal caracterÃstica dos Petanos Ã© que eles continuam com petismo dominante, mas com forte influÃªncia tucana. No outro causo, o cruzamento de um Tucano com um Petista, vocÃª terÃ¡ o Tucapeta. Neste, a coloraÃ§Ã£o Tucana Ã© visivelmente mais forte e a influÃªncia do petismo Ã© notada de longe.
VocÃª poderÃ¡ distinguir um Tucano legÃtimo do Tucapeta pelo matiz avermelhado que este Ãºltimo apresenta. Estudos recentes averiguaram que estas novas espÃ©cies adaptaram-se bem em todo paÃs, mas o clima ameno e bucÃ³lico de Belo Horizonte mostrou-se ideal para esta nova espÃ©cie. Um ornitÃ³logo bocaiuvense tem pregado no Planalto Central que estes seres hÃbridos, fruto de experiÃªncias laboratoriais, serÃ£o uma catÃ¡strofe para a espÃ©cie de petistas legÃtimos que puLULAm na fauna nacional. Argumenta o ilustre ornitÃ³logo que petistas e tucanos soltos na natureza nunca se bicaram. Segundo comprovaÃ§Ã£o dos mais renomados cientistas e politÃ³logos, o cruzamento genÃ©tico contraria as leis naturais e terÃ¡ conseqÃ¼Ãªncias desastrosas para o equilÃbrio ecolÃ³gico brasileiro. Especula-se que a saÃda da ministra do meio-ambiente deveu-se, na verdade, Ã sua posiÃ§Ã£o contrÃ¡ria a estas experiÃªncias.
Ao largo dessas infindÃ¡veis discussÃµes, o casal Petano e Tucapeta apresentou Ã sociedade belorizontina seu novo filho, o Petatucapeta, que ganhou logo a alcunha de "Poste". Os pais alimentam o filho com muita mÃdia, esperam que ele cresÃ§a muito nos prÃ³ximos meses, aprenda a falar e a andar sozinho. EstÃ£o preocupados Ã© com uma menina baixinha, mas com salto de vinte poucos pontos, que desfila pelo municÃpio e tem flertado com a populaÃ§Ã£o. Parece que ela vai tornar-se a queridinha da cidade.
(ColaboraÃ§Ã£o: A.M.B./Gilberto/Maria)

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