PENSANDO EM ESTÍMULO CEREBRAL
CÉREBRO MELHOR
English:
http://www.happy-neuron.com/
Treinamento.Portal Cérebro Melhor trabalha atenção, memória e raciocínio. Site de jogos estimula desenvolvimento da atividade cerebral. Com exercícios diários de 15 minutos, resultado surge em três meses.
Com tecnologia francesa e seguindo tendências mundiais, o portal brasileiro Cérebro Melhor (www.cerebromelhor.com.br) implanta no país o treinamento virtual e interativo para o cérebro. O portal oferece jogos para exercitar as cinco principais funções cognitivas do ser humano: memória, atenção, linguagem, raciocínio lógico e visão espacial. A iniciativa é inédita no mercado nacional e licenciada pelo modelo internacional da Scientific Brain Training (SBT) /Happy Neuron, presente em mais de dez países.
Segundo o sócio-fundador do projeto, Ricardo Marchesan, o método tem comprovação científica na melhoria da plasticidade cerebral e reservas funcionais. "Com treinamento diário de pelo menos 15 minutos, em três meses os resultados são percebidos. O cérebro compreende que áreas pouco exploradas são acúmulo de informação e logo desacelera o uso das mesmas. Com o treinamento, todas as áreas são exploradas e motivadas a continuarem em funcionamento. No Brasil, o método ainda é novidade, mas a técnica já é seguida mundialmente. Queremos expandir e potencializar o treinamento cerebral", explica Marchesan.
O portal é interativo e tem um instrutor virtual que recomenda os jogos, de acordo com o objetivo do usuário. O grau de dificuldade aumenta gradualmente, à medida que o jogador se aperfeiçoa, para mantê-lo constantemente desafiado. O programa desenvolve um acompanhamento do internauta por meio de gráficos e relatórios.
O SBT/HappyNeuron possui uma base de dados com mais de 50 milhões de jogos concluídos. O banco de dados permite que o resultado de cada usuário seja comparado ao de seus pares baseado na idade, sexo e escolaridade, para realizar a avaliação de desempenho.
Além de Ricardo Marchesan, o treinamento foi adaptado para o perfil do brasileiro pelo sócio Luiz Moraes. O portal conta com a consultoria da neurocientista Suzana Herculano-Houzel.
Cobrança
Preço. O site oferece jogos gratuitos para que o usuário comece o treinamento. Para acompanhamento virtual personalizado, o portal cobra mensalidades a partir de R$ 9,90.
Corporativo
Empresas aderem ao programa de exercícios
O site Cérebro Melhor desenvolve programas de treinamento cerebral tanto para o mercado corporativo como para pessoas físicas. Há três meses, a rede de supermercados paulista Federzoni aplica o treinamento em seus funcionários.
De acordo com a gerente de recursos humanos da rede, Paula Colamego, a melhoria dos colaboradores é grande. "Todos estão vendo os avanços com os exercícios. O mais interessante é que são jogos atrativos e a gente nem sente que está treinando. Os funcionários querem continuar com o treinamento e nós incentivamos, pois já notamos melhoria na atenção, visão espacial e memória de muitos que estão participando do programa", afirma.
Para a gerente, os jogos oferecem descontração ao mesmo tempo em que auxiliam no aperfeiçoamento das funções cerebrais. "Eu jogo todos os dias e quero incluir minha família no treinamento. Acho importante que todos realizem o programa", disse.
Treinamento amplia carreira
Uma das metas do programa de treinamento é aumentar a longevidade profissional. De acordo com o sócio Ricardo Marchesan, quando a pessoa atinge a maturidade profissional , ou se aposenta ou é dispensado.
"A pessoa tem a bagagem necessária, mas às vezes não consegue ter a mesma atenção, por isso, as corporações não aproveitam o profissional no auge da carreira", define.
De acordo com Marchesan, as funções cognitivas do cérebro começam a declinar a partir dos 25 anos, por isso o treinamento é aconselhado a todos. "Crianças a partir de dez anos já podem praticar os exercícios. Quanto antes começarem, melhor", disse.
Letícia Murta - Fonte: O Tempo - 12/10/10.
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AS ELEIÇÕES E A EXPANSÃO DA UNIVERSIDADE
A poucos dias de o Brasil eleger o futuro presidente da República, os candidatos que concorrem no segundo turno abordaram o tema da educação superior, limitando-o, porém, à inclusão social e à formação de recursos humanos qualificados para o mercado de trabalho.
Em face dos desafios do atual cenário global e da importância estratégica que projeta para a pesquisa científica, as duas candidaturas deveriam explicitar as propostas para a expansão da universidade, pois o desafio de ampliar o acesso ao ensino superior não deve ofuscar a necessidade de gerar conhecimento.
Ainda que a autonomia prevista na Constituição vigorasse de fato para todas as universidades públicas, competem ao governo políticas diretamente relacionadas a essas instituições, não só por meio de fomento, mas também para a expansão delas, muitas vezes sob a pressão quase que exclusiva para o aumento de vagas na graduação.
Não faltam dados para comprovar a estreita correlação entre o desenvolvimento econômico de um país e sua geração de conhecimentos. Muito antes do desempenho das nações que mais investiram em pesquisa nas últimas décadas, vários pensadores já haviam apontado a ciência como uma importante força produtiva.
No Brasil, grande parte da produção de estudos nas ciências, nas artes e na tecnologia é desenvolvida nas universidades, principalmente nas públicas, nas quais deve vigorar a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão.
Essas considerações remetem às conclusões extraídas de pesquisa que fiz em 31 de maio deste ano com cerca de 1.100 reitores de diversos países presentes à minha conferência "Desafios da universidade ibero-americana diante de um mundo em mudança", em Guadalajara, no México, no 2º Encontro Internacional de Reitores Universia.
Entre os 30 objetivos submetidos à escolha dos reitores, o de maior priorização (57,7%) foi o de "adequar os métodos de ensino e aprendizagem ao objetivo de aquisição de competências dos estudantes".
Esse ponto está diretamente associado à necessidade de bibliotecas bem servidas de livros e periódicos, laboratórios bem equipados e constante adequação dos currículos.
O objetivo com segundo maior índice de priorização (46,9%) foi o de "determinar que tipo de universidades se pretende desenvolver nos próximos anos (objetivos, captação de estudantes, relações com a sociedade, áreas de investigação, estrutura de governo)".
Como já dissemos em outro artigo neste espaço ("O desafio da universidade pública brasileira", 16/ 1/2009), investir em ciência e tecnologia não é luxo de países ricos, pois investimentos expressivos nessa área têm sido a opção estratégica dos que estão colhendo vitórias incontestáveis na competitividade e no comércio exterior.
Mas a geração de conhecimento é essencial também para que o desenvolvimento não se restrinja ao mero crescimento da economia.
Ela deve atuar também em vista da melhor qualidade de vida, da conservação ambiental e da erradicação da miséria.
Desse modo, por mais legítima e prioritária que seja a demanda social pelo maior acesso ao ensino superior, é necessário termos clareza da distinção entre esse tema e o da ampliação da universidade pública. Sem isso, correremos o risco de promover no Brasil uma expansão universitária completamente alheia aos presentes desafios para a produção do conhecimento.
Herman Jacobus Cornelis Voorwald, 55, é reitor da Unesp (Universidade Estadual Paulista) e professor titular da Faculdade de Engenharia do campus de Guaratinguetá.
Fonte: Folha de S.Paulo - 21/10/10.
TODOS PELA EDUCAÇÃO
Este é o nome de um movimento da sociedade civil, do qual participo, que tem por objetivo contribuir para que todas as crianças e jovens brasileiros tenham acesso à educação pública de qualidade.
Este movimento se torna ainda mais fundamental depois que pesquisa do Ipea dá conta de que a população brasileira passará por um envelhecimento rápido nos próximos 20 anos. Ao analisar dados sobre fecundidade e mortalidade, o Ipea estima que, a partir de 2030, só os grupos acima de 45 anos é que vão apresentar crescimento.
Em comparação com a Europa, único continente a enfrentar esse problema até agora, o movimento de passagem está acontecendo numa velocidade acelerada, exigindo atenção total dos políticos, do mercado e da sociedade para os impactos da mudança nas políticas públicas, no consumo e na vida de cada um.
Um país com população "mais velha" precisa de políticas públicas de renda e saúde abrangentes e efetivas para compensar a perda da capacidade de trabalho, além de fortes investimentos em habitação, infraestrutura e acessibilidade em focos diferentes dos que são feitos hoje, porque as necessidades serão diferentes.
Quem vai pagar esta conta?
De onde sairá o dinheiro para as aposentadorias que garantam dignidade a estes brasileiros? O Brasil ainda vive um período de bônus demográfico, no qual há um contingente de população em idade ativa maior do que o de idosos e crianças. Este período deve durar mais uns 20 anos. Em condições normais, seria uma bênção. Mas, por não estarmos preparados, teremos um ônus difícil de ser superado, pois as pessoas em idade ativa hoje têm baixa escolaridade e quase 50% da população entre 15 e 19 anos não tem acesso ao ensino médio público.
Daqui a 20 anos, a população ativa hoje será a aposentada. Se neste período não realizarmos uma verdadeira revolução educacional que prepare de fato as pessoas para um mercado de trabalho cada vez mais exigente, não seremos um país sustentável, pois a renda dos cidadãos ativos não suportará as necessidades básicas da população.
Na Europa, as aposentadorias são garantidas por uma população economicamente ativa altamente educada e capacitada, que ocupa postos de trabalho complexos com salários sobre os quais incide uma porcentagem que forma a poupança que paga as aposentadorias. Estes profissionais passaram por escolas, públicas na maioria, de alto nível. Por isso os salários melhores garantem uma população de "pirâmide invertida", mais idosos do que jovens.
É absolutamente urgente que sejamos todos radicalmente pela educação pública de qualidade, hoje. Esse é o compromisso que devemos cobrar dos políticos. A viabilidade do país depende disso.
Ricardo Young - Fonte: Folha de S.Paulo - 18/10/10.
OS DISCURSOS POLÍTICOS E SUAS DIFERENTES INTERPRETAÇÕES
A comunicação é indispensável para viabilizar a convivência humana. Ela ocorre quando uma pessoa expressa seu pensamento e os receptores interpretam-no a partir dos códigos reconhecidos pelas duas categorias. Surgem, às vezes, divergências, mas o substrato comum sustenta a harmonia se houver respeito mútuo; por isso, o emissor mede suas palavras, ao falar ou escrever, para não ofender o outro, convencê-lo da propriedade de suas ideias e propor solução de problemas. Todos os pronunciamentos privados ou públicos, afetivos ou profissionais transformam-se, então, em discursos políticos, porque incluem estratégias para expor opiniões, angariar simpatia e cativar o outro para uma atividade às vezes complexa e prolongada.
Isso transcorre facilmente quando os interlocutores estão no mesmo plano político, têm o mesmo background cultural e compartilham experiências sociais. Ocorre, nesse caso, um diálogo equilibrado porque eles falam a mesma língua e comungam os mesmos objetivos. Os códigos linguísticos encerram, entretanto, especificidade por faixa etária, profissão, classe social, religião e etnia, e apenas os membros de um grupo têm domínio pleno de seu conteúdo. Além disso, as palavras comportam várias interpretações. Uma expressão que é, às vezes, inócua ou positiva pode virar ofensa, se for usada em outro contexto ou em tom irônico.
Os escritores enfrentam várias dificuldades, pois fundamentam-se na sua formação teórica para produzir um texto que será decodificado por leitores distantes e com outro cabedal de conhecimento. O choque torna-se inevitável se o crítico ignora os objetivos do autor, tem outro engajamento político, mira interesses econômicos divergentes, adota outra cosmologia e usa suas próprias estratégias para assegurar seu espaço na sociedade. Surge um conflito aberto quando há assimetria entre as partes, pois o dominante tenta impor seu discurso, mas o outro pode denunciar manipulação e apontar observações que indiquem injúria, insulto ou desqualificação.
Decodificamos o que ouvimos ou lemos a partir de nossas experiências, condicionadas pela formação moral/intelectual, encaixando as mensagens recebidas no sistema de valores sociais. A internalização das mensagens passa, portanto, pelo filtro de nossa cosmologia.
Nos anos 1970, Eliseo Veron divulgou seu estudo sobre a interferência do engajamento político, analisando três jornais de Buenos Aires que noticiaram o assassinato de um líder sindical, apresentando uma versão ajustada à sua linha editorial. O diário conservador afirmou que o homicídio era resultado de assalto à mão armada; o jornal especializado em escândalos explorou o fato como crime passional, e o veículo sindical denunciou a tragédia como oriunda da repressão política. Cada um falava para seu público, mas os leitores acusaram manipulação das informações para atender aos interesses dos segmentos adversários.
Aquele autor mostrou, então, como é difícil bloquear a influência da própria formação ao analisar as mensagens recebidas e interpretar qualquer texto. Esse problema acontece, principalmente, quando nos deparamos com versões de acontecimentos, nas campanhas eleitorais, em que há muitos interesses em jogo. Como elas são produzidas a partir de divergências partidárias, em que muitos estão insistindo para que seu segmento seja vitorioso, deveríamos analisar seu significado em seu contexto, buscando alguma objetividade para evitar dissabores maiores no principal evento democrático.
Gilda de Castro - Fonte: O Tempo - 23/10/10.
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