FM - Faculdade Mental

PENSE! - 28/05/2009

PENSANDO NA PAZ CELESTIAL

04 DE JUNHO DE 1989 - PEQUIM - HOMEM VERSUS TANQUE
English:
http://news.bbc.co.uk/2/hi/asia-pacific/8003815.stm
http://news.bbc.co.uk/onthisday/hi/dates/stories/june/4/newsid_2496000/2496277.stm
Video:
http://www.videos.es/reproductor/1989tiananmensquareprotests-(9-nXT8lSnPQ
Estudante anÃ´nimo enfrenta uma coluna de tanques de guerra, na praÃ§a da Paz Celestial, hÃ¡ 20 anos, em Pequim. O protesto ocorreu em 4 de junho de 1989, um dia apÃ³s o massacre que matou cerca de 4 mil pessoas que lutavam por liberdade. NÃ£o existem nÃºmeros oficiais para os Ã³bitos naquela ocasiÃ£o, assim como nÃ£o existe registro sobre o destino do estudante anÃ´nimo. Depois de enfrentar o tanque, ele foi levado pelo braÃ§o por duas pessoas e desapareceu na multidÃ£o. Acredita-se que esteja vivo. Se tivesse sido preso ou morto, o movimento estudantil saberia. A prova de sua integridade fÃsica seria uma excelente propaganda polÃtica, o que talvez o tenha motivado a permanecer incÃ³gnito. O piloto do tanque tinha permissÃ£o para atropelar e nÃ£o o fez. Quem era e o que aconteceu com ele Ã© outro mistÃ©rio, cuja resposta sÃ³ o governo chinÃªs possui, e nÃ£o tem intenÃ§Ã£o de revelar.
Fonte: Aventuras na HistÃ³ria - EdiÃ§Ã£o 71 - Junho 2009.
Veja o vÃdeo:
http://www.videos.es/reproductor/1989tiananmensquareprotests-(9-nXT8lSnPQ

CHINA BLOQUEIA SITES
Nos 20 anos do massacre da praÃ§a da Paz Celestial, sites como Twitter e Hotmail foram bloqueados pelo governo chinÃªs. UsuÃ¡rios reclamaram de nÃ£o conseguir acessar tambÃ©m os sites de fotos e buscas Flickr e Bing.
O massacre de estudantes e trabalhadores que protestavam pela democracia no paÃs, em 4 de junho de 1989, Ã© um tabu para o governo chinÃªs.
Pequim classificou o episÃ³dio de "incidente polÃtico" e disse considerar o desenvolvimento do paÃs mais importante que qualquer revisÃ£o histÃ³rica.
Neste ano, pedidos de reavaliaÃ§Ã£o do episÃ³dio foram publicados na internet, o que pode ter incentivado o bloqueio dos sites.
Fonte: Folha de S.Paulo - 03/06/09.

APRENDIZ 6 - UNIVERSITÃRIO
O desafio do jovem universitÃ¡rio. Marina Erthal Ã© a mais nova Aprendiz. ConheÃ§a os vencedores do Aprendiz.
http://aprendiz6.rederecord.com.br/

SOS VÃTIMAS DAS ENCHENTES NO NORTE E NORDESTE
Milhares de pessoas perderam suas casas e passam por extremas dificuldades devido Ã s enchentes que atingiram as regiÃµes Norte e Nordeste no mÃªs de abril e maio. De acordo com os nÃºmeros divulgados no dia 26 de maio pela Secretaria Nacional de Defesa Civil (Sedec), do MinistÃ©rio da IntegraÃ§Ã£o Nacional, os desastres provocados por fortes chuvas e enchentes jÃ¡ deixaram 283.487 pessoas desalojadas (aquelas que estÃ£o hospedadas com amigos ou familiares) e 129.989 desabrigados (aquelas que tiveram de deixar suas casas e dependem de abrigos pÃºblicos.)
Acesse o link para saber mais sobre endereÃ§os e telefones para doaÃ§Ãµes:
http://www.teste.caritasbrasileira.org/noticias.php?code=13&id=595&filtro=16

OS MILIONÃRIOS PRÃŠMIOS DA CIÃŠNCIA III
OS DESAFIOS CONTINUAM...
Enigmas da MatemÃ¡tica = US$ 1 milhÃ£o
Como chama? Millennium Prize Problems
Quem organiza? Clay Mathematics Institute
Quer tentar? Desvende um dos grandes enigmas atuais da matemÃ¡tica. Sobraram seis, a "Conjectura de PoincarÃ©" foi resolvida em 2006 pelo russo Gregori Perelman.
Qual a finalidade? Desenvolver conhecimentos teÃ³ricos que possam mudar os rumos da ciÃªncia.
AtÃ© quando me inscrevo? AtÃ© o Ãºltimo ser resolvido.
http://www.claymath.org/millennium/
Genoma Express = US$ 10 milhÃµes
Como chama? Archon X Prize for Genomics
Quem organiza? The X Prize Foundation
Quer tentar? Sequencie 100 genomas humanos em atÃ© dez dias.
Qual a finalidade? Abrir caminhos para medicina genÃ©tica personalizada.
AtÃ© quando me inscrevo? 4 de outubro de 2013.
http://genomics.xprize.org/
Breno Castro Alves - Fonte: Galileu - NÃºmero 214 - Maio 2009.

A MENINA DO VESTIDO AZUL
Num bairro pobre de uma cidade distante, morava uma garotinha muito bonita. Acontece que essa menina frequentava as aulas da escolinha local num estado lamentÃ¡vel. Suas roupas eram tÃ£o velhas que seu professor resolveu dar-lhe um vestido novo. Assim raciocinou o mestre: "Ã‰ uma pena que uma aluna tÃ£o encantadora venha Ã s aulas desarrumada desse jeito. Talvez,com algum sacrifÃcio,eu pudesse comprar para ela um vestido azul.
Quando a garota ganhou a roupa nova, sua mÃ£e nÃ£o achou razoÃ¡vel que, com aquele traje tÃ£o bonito, a filha continuasse a ir ao colÃ©gio suja como sempre, e comeÃ§ou a dar-lhe banho todos os dias, antes das aulas. Ao fim de uma semana, disse o pai: "Mulher, vocÃª nÃ£o acha uma vergonha que nossa filha, sendo tÃ£o bonita e bem arrumada, more num lugar como este? Que tal vocÃª ajeitar a casa, enquanto eu, nas horas vagas,vou dando uma pintura nas paredes, consertando a cerca, plantando um jardim?"
E assim fez o humilde casal.Sua casa ficara mais bonita que todas as outras da rua, e os vizinhos, inspirados naquela casa, se puseram a arrumar as suas prÃ³prias moradias. Desse modo, todo o bairro melhorou consideravelmente. Por ali, passava um polÃtico que,bem impressionado, disse:
"Ã‰ lamentÃ¡vel que gente tÃ£o esforÃ§ada nÃ£o receba nenhuma ajuda do governo". E, dali, saiu para ir falar com o prefeito, que o autorizou a organizar uma comissÃ£o para estudar que melhoramentos eram necessÃ¡rios ao bairro. Dessa primeira comissÃ£o surgiram muitas e muitas outras e hoje, por todo o paÃs, elas ajudaram os bairros pobres a crescerem e melhorarem.
E pensar que tudo comeÃ§ou com um vestido azul. NÃ£o era intenÃ§Ã£o daquele simples professor consertar toda a rua, o bairro, nem criar um organismo que socorresse os bairros abandonados de todo o paÃs. Mas ele fez o que podia, ele deu a sua parte, ele fez o primeiro movimento, do qual se desencadeou toda aquela transformaÃ§Ã£o.
Ã‰ difÃcil reconstruir um bairro, mas Ã© possÃvel dar um vestido azul.
(ColaboraÃ§Ã£o: Waldeyr)

A SOLUÃ‡ÃƒO VEIO DOS EMERGENTES
Multinacionais comeÃ§am a lanÃ§ar nos mercados desenvolvidos produtos criados por suas filiais em paÃses emergentes - uma subversÃ£o em um dos mais arraigados princÃpios da inovaÃ§Ã£o.
O desenvolvimento de produtos nas empresas multinacionais sempre seguiu uma lÃ³gica: as novidades eram criadas e lanÃ§adas nos mercados mais ricos do mundo e depois seguiam rumo Ã s filiais nos paÃses emergentes. NÃ£o raro, os produtos chegavam aos mercados em desenvolvimento quando jÃ¡ estavam defasados em seu paÃs original. A lÃ³gica por trÃ¡s da estratÃ©gia: os consumidores dos paÃses ricos sÃ£o capazes de pagar pelas margens que sustentam os custos de inovaÃ§Ã£o, enquanto os paÃses pobres podem esperar atÃ© que esse investimento seja recuperado. Ã‰ um processo semelhante Ã quele que os economistas definem como trickle down (literalmente, "escorrer") e se baseia no princÃpio de que as riquezas acumuladas nos paÃses ricos naturalmente escorrem para os paÃses mais pobres. Com isso, eles se beneficiariam da grande concentraÃ§Ã£o de bens e capitais no chamado Primeiro Mundo. Recentemente, com a crise econÃ´mica castigando a Europa e os Estados Unidos, empresas multinacionais, como General Electric, Microsoft, NestlÃ©, Nokia e Procter&Gamble, tÃªm se mostrado dispostas a quebrar esse dogma. Elas perceberam que produtos criados para os emergentes se enquadram com perfeiÃ§Ã£o no aperto de cinto realizado pelos consumidores mais ricos do mundo - e criaram uma nova tendÃªncia, o trickle up, em que a marÃ© passa a correr de baixo para cima, como que contrariando as leis da natureza.
Um exemplo clÃ¡ssico de trickle up Ã© o que a americana Procter&Gamble fez com um de seus produtos, um xarope para tosse da marca Vick, o Vick Mel. Criado no inÃcio desta dÃ©cada, no laboratÃ³rio de produtos para o mercado latino-americano, sediado em Caracas, na Venezuela, o produto atendia a uma demanda especÃfica das operaÃ§Ãµes do MÃ©xico e do Brasil. Seu desenvolvimento baseou-se em duas diretrizes: custo competitivo e apelo ao hÃ¡bito dos consumidores de usar produtos naturais, como mel, para combater a tosse. O xarope chegou ao mercado mexicano em 2003 e de lÃ¡ iniciou uma trajetÃ³ria bem-sucedida que culminou com o lanÃ§amento no mercado europeu (veja quadro). "A P&G Ã© particularmente atenta a produtos que apresentam bom desempenho em seus mercados originais e, sempre que pode, procura levÃ¡-los a outros mercados", diz Tarek Farahat, presidente da P&G no Brasil e que trabalhava na filial venezuelana quando o Vick Mel foi criado. "Chamamos isso de share-reapply, ou â€˜dividir e reaplicarâ€™." Ã‰ o que acaba de fazer a GE, que lanÃ§ou nos Estados Unidos uma mÃ¡quina portÃ¡til de eletrocardiograma desenvolvida especialmente para os mercados chinÃªs e indiano e que custa um dÃ©cimo de uma mÃ¡quina tradicional. A ideia Ã© que o produto seja uma opÃ§Ã£o ao mercado de consultÃ³rios e clÃnicas dos Estados Unidos.
Oferecer produtos mais baratos a consumidores dispostos a gastar menos Ã© apenas uma das facetas do trickle up. Na verdade, o que estÃ¡ por trÃ¡s do processo Ã© um fenÃ´meno mais amplo, que envolve diretamente a cadeia de inovaÃ§Ã£o nas grandes corporaÃ§Ãµes. Os centros de desenvolvimento sediados nas matrizes nÃ£o sÃ£o mais suficientes para gerar um fluxo de novas ideias e produtos para um mercado cada vez mais competitivo. AlÃ©m disso, o custo de pesquisas desenvolvidas em paÃses como Ãndia ou Brasil Ã© apenas uma fraÃ§Ã£o do das realizadas nos Estados Unidos e na Europa. Ã‰ comum ideias para novos produtos nascerem da observaÃ§Ã£o dos hÃ¡bitos dos consumidores. Ao pesquisar a forma como os africanos usavam o celular, a Nokia descobriu um recurso que poderia ser explorado nos aparelhos voltados para o pÃºblico jovem. A empresa percebeu como os jovens de Gana e de Marrocos se divertiam usando o sistema de viva-voz dos aparelhos para conversar em grupo. Ao notar esse comportamento, incorporou em seu mais novo modelo, o 5800, destinado a jovens dos Estados Unidos e da Europa, minicaixas acÃºsticas potentes o suficiente para que grupos de jovens pudessem ouvir mÃºsicas em MP3 e assistir a vÃdeos do YouTube. Uma prova de que boas ideias podem surgir em qualquer lugar.
Daniel Hessel Teich - Fonte: Exame - EdiÃ§Ã£o 943.

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