LAVAGEM CEREBRAL NA SALA DE AULA
Lavagem cerebral na sala de aula
por Thomas Sowell em 06 de abril de 2006
Resumo: HĂĄ muita confusĂŁo tanto sobre liberdade de expressĂŁo quanto sobre liberdade acadĂȘmica.
O governador Bill Owens, do estado do Colorado, desobedeceu ao jargão "liberdade de expressão" e veio em defesa de um jovem de 16 anos, estudante do ensino médio, que gravou seu professor de geografia usando o tempo da aula para atacar o presidente Bush e comparå-lo a Hitler.
O advogado do professor fala sobre a Primeira Emenda, que garante a liberdade de expressĂŁo. Mas liberdade de expressĂŁo nunca significou expressĂŁo livre de conseqĂŒĂȘncias. Mesmo sem considerar as leis contra extorsĂŁo ou difamação, vocĂȘ pode insultar seu chefe ou seu cĂŽnjuge, mas corre o risco real de ser processado.
Infelizmente, hĂĄ muita confusĂŁo tanto sobre liberdade de expressĂŁo quanto sobre liberdade acadĂȘmica. Em muitas escolas espalhadas pelo paĂs, professores sentem-se no direto de usar uma audiĂȘncia cativa para descarregar suas opiniĂ”es polĂticas, quando o que eles devem, supostamente, fazer Ă© ensinar geografia, matemĂĄtica ou qualquer outro assunto.
O pĂșblico ouve, ocasionalmente, casos de discursos bizarros e violentos de algum professor universitĂĄrio ou de ensino mĂ©dio. O que raramente chama a atenção da mĂdia Ă© a lavagem cerebral muito mais ampla, feita por pessoas cujas opiniĂ”es podem nĂŁo ser tĂŁo radicais, mas que nĂŁo sĂŁo, por isso, menos irrelevantes, considerando a finalidade da contratação dessas pessoas.
Alguns dizem que os professores devem ensinar "ambos os lados" da histĂłria - mas, eles nĂŁo devem ensinar lado nenhum, se o assunto estiver fora do escopo da disciplina ensinada.
A liberdade acadĂȘmica Ă© a liberdade para fazer coisas acadĂȘmicas â ensinar quĂmica ou contabilidade da forma que vocĂȘ considera que a quĂmica ou a contabilidade deva ser ensinada. Ă tambĂ©m a liberdade para vocĂȘ se engajar em atividades polĂticas com outros cidadĂŁos - no seu tempo livre, fora da sala de aula - sem ser demitido.
Em nenhum outro lugar as pessoas consideram que Ă© correto engajar-se em polĂtica ao invĂ©s de fazer o trabalho para o qual se foi contratado. Quando vocĂȘ contrata um bombeiro hidrĂĄulico para consertar um vazamento, vocĂȘ nĂŁo quer encontrar sua casa inundada, enquanto ele passa o tempo conversando sobre eleiçÔes do Congresso ou sobre polĂtica externa.
NĂŁo importa se as opiniĂ”es polĂticas do bombeiro sĂŁo boas, ruins ou indiferentes, quando ele estĂĄ sendo pago para um trabalho completamente diferente.
Somente entre os "educadores" hĂĄ tanta confusĂŁo, e a mera exposição do que eles estĂŁo fazendo Ă s escondidas dos pais e dos pagadores de impostos Ă© considerada como uma violação de seus direitos. A estabilidade no emprego acadĂȘmico parece conferir carte blanche.
O professor de geografia do Colorado nĂŁo Ă© o Ășnico. Um professor da UCLA (Universidade da CalifĂłrnia em Los Angeles) escreveu um artigo ressentido no Chronicle of Higher Education, denunciando tentativas de estudantes em gravar aulas de professores que impunham suas opiniĂ”es polĂticas nas aulas, ao invĂ©s de lecionarem o assunto para o qual eles foram contratados.
Por todo o paĂs, da escola fundamental Ă universidade, estudantes relatam a existĂȘncia de doutrinação polĂtica em salas de aula. Que ela seja quase sempre feita pela esquerda Ă© de somenos importĂąncia. O fato de que seja doutrinação ou propaganda polĂtica, ao invĂ©s de assunto acadĂȘmico, Ă© que Ă© crucial.
O desequilĂbrio da filiação partidĂĄria dos professores universitĂĄrios Ă© um sintoma e nĂŁo o problema em si.
Se os fĂsicos ensinassem fĂsica e os economistas ensinassem economia, o que eles fizessem politicamente em seu tempo livre nĂŁo seria mais relevante do que se eles fossem nadar ou esquiar. Mas a polĂtica se imiscuiu, nĂŁo sĂł na sala de aula, mas tambĂ©m nos critĂ©rios de contratação de professores.
Professores conservadores, mesmo com excelĂȘncia acadĂȘmica reconhecida, tĂȘm poucas chances de contratação em muitas instituiçÔes de ensino superior. As chances sĂŁo as mesmas para quem se prepara para tornar-se professor do ensino bĂĄsico. Alguns estudantes de faculdades de educação dizem que, para serem considerados qualificados como professores do ensino fundamental ou mĂ©dio, eles devem ver a docĂȘncia como um meio de transformação social - significando com isso, transformação na direção da esquerda.
Tais atitudes levam ao desequilĂbrio polĂtico entre os professores. Na Universidade de Stanford, por exemplo, hĂĄ 275 professores membros do Partido Democrata e 36 professores membros do Partido Republicano. Tais nĂșmeros nĂŁo sĂŁo incomuns em outras universidades - apesar de toda a retĂłrica sobre "diversidade". Somente diversidade fĂsica parece importante.
A estreiteza ideolĂłgica congĂȘnita surge, nĂŁo sĂł na contratação e na docĂȘncia, mas tambĂ©m nos cĂłdigos rĂgidos que regulam o discurso dos estudantes no ambiente universitĂĄrio, criados pelos mesmos acadĂȘmicos que reclamam, estridentemente, quando a sua liberdade de expressĂŁo Ă© discutida.
A longevidade dessa situação dependerå da longevidade da tolerùncia dos eleitores, dos pagadores de impostos, dos conselhos curadores das universidades e dos pais.
Publicado por Townhall
Tradução AntĂŽnio EmĂlio Angueth de AraĂșjo
TrĂȘs Peneiras
Fulano foi transferido de projeto.
Logo no primeiro dia, para fazer média com o novo chefe, saiu-se com essa:
- Chefe, o senhor nem imagina o que me contaram a respeito do Ciclano. Disseram que ele...
Nem chegou a terminar a frase, e o chefe, apartou:
-Espere um pouco, Fulano. O que vai me contar jĂĄ passou pelo crivo das TrĂȘs Peneiras?
- Peneiras, que Peneiras, Chefe?
- A primeira, Fulano, Ă© a da VERDADE.
VocĂȘ tem certeza de que esse fato Ă© absolutamente verdadeiro?
- NĂŁo. NĂŁo tenho, nĂŁo. Como posso saber O que sei foi o que me contaram. Mas eu acho que...
E, novamente, Fulano Ă© interrompido pelo chefe:
- EntĂŁo sua histĂłria jĂĄ vazou a primeira peneira.
Vamos entĂŁo para a segunda peneira que Ă© a da BONDADE. O que vocĂȘ vai me contar, gostaria que os outros tambĂ©m dissessem a seu respeito?
- Claro que nĂŁo! Deus me livre, Chefe! - diz Fulano, assustado.
- EntĂŁo, - continua o chefe - sua histĂłria vazou a segunda peneira.
Vamos ver a terceira peneira, que Ă© a da NECESSIDADE.
VocĂȘ acha mesmo necessĂĄrio me contar esse fato ou mesmo passĂĄ-lo adiante?
- NĂŁo chefe. Pensando desta forma, vi que nĂŁo sobrou nada do que eu ia contar - fala Fulano, surpreendido.
-Pois Ă© Fulano! JĂĄ pensou como as pessoas seriam mais felizes se todos usassem essas peneiras - diz o chefe sorrindo e continua:
- Da prĂłxima vez em que surgir um boato por aĂ, submeta-o ao crivo das TrĂȘs Peneiras:
VERDADE - BONDADE â NECESSIDADE.
Antes de obedecer ao impulso de passĂĄ-lo adiante, porque:
PESSOAS INTELIGENTES FALAM SOBRE IDĂIAS;
PESSOAS COMUNS FALAM SOBRE COISAS;
PESSOAS MESQUINHAS FALAM DAS PESSOAS.
(Colaboração: Tadeu)
Frases: (autores desconhecidos)
"Preguiçoso é o dono da sauna... que vive do suor dos outros".
"A Faculdade virou uma instituição financeira que vende diploma. O aluno é o consumidor interessado em comprar o diploma e, o professor, é o cara que quer atrapalhar as negociaçÔes".
"NĂŁo me considere o chefe, considere-me apenas um colega de trabalho que tem sempre razĂŁo".