PENSANDO EM CONCURSO CIENTĂFICO
GOOGLE SCIENCE FAIR 2011
English:
http://www.google.com/events/sciencefair/index.html
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O Google estĂĄ promovendo um concurso cientĂfico voltado a adolescentes de todo o mundo. O prĂȘmio Ă© uma viagem Ă s ilhas de GalĂĄpagos e uma bolsa de US$ 50 mil. InscriçÔes atĂ© 4 de abril. Mais informaçÔes em www.google.com/events/sciencefair.
Folhateen - Notas - Fonte: Folha de S.Paulo - 28/02/11.
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(COLABORAĂĂO: PROFESSORA ADRIANA FILETO)
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A VIDA COMO ELA Ă...
No primeiro dia, Deus criou a vaca e disse:
"VocĂȘ deve, diariamente, ir ao campo com o fazendeiro, ficar Sob o sol, ter bezerros e dar leite para alimentar fazendeiro. Eu lhe dou 60 anos de vida"
A vaca respondeu:
"Ă uma vida muito sacrificada para mim durante 60 anos. Eu aceito 20 e devolvo os outros 40."
E Deus aceitou.
No segundo dia, Deus criou o cachorro e disse:
"Fique sentado todos os dias sob o sol, Na frente da casa e lata para qualquer um que passar. Eu lhe dou uma vida de 20 anos."
O cachorro disse:
"Ă uma vida muito longa para ficar latindo. DĂȘ-me 10 anos e eu devolvo os outros 10."
E Deus aceitou.
No terceiro dia,
Deus criou o macaco e disse: "Divirta as pessoas, faça-as rir. Eu lhe concedo 20 anos."
O macaco disse:
"Fazer macaquice por 20 anos é muito chato. Para o cachorro o Sr. Concedeu 10 anos. Faça o mesmo comigo.."
E Deus concordou.
No quarto dia,
Deus criou o homem e disse:
"Coma, durma, brinque, faça sexo e não se preocupe com nada. E lhe concedo 20 anos."
O homem respondeu:
"O quĂȘ? SĂł 20 anos? Que misĂ©ria. Veja, eu pego os meus 20, os 40 que a vaca devolveu, Os 10 do macaco e os 10 do cachorro. Isso faz 80 anos."
"EstĂĄ bem - Deus respondeu. "NegĂłcio fechado".
Ă Por isso que durante os 20 primeiros anos de nossa vida nĂłs comemos, dormimos, brincamos, fazemos sexo ... E nĂŁo fazemos mais nada.
Nos 40 anos seguintes nĂłs trabalhamos como uma vaca sob o sol para manter a famĂlia.
Nos outros 10 anos fazemos macaquices para distrair os netos.
E nos Ășltimos dez anos ficamos sentados na frente da casa cuidando de todo mundo...
Boa semana ... e vamos ao trabalho porque jĂĄ passamos dos 20... rsrsrs
(Colaboração: Bårbara)
KEYNES - O GOVERNO CONTROLA O GASTO, NĂO O DĂFICIT
No livro "Teoria geral sobre o emprego, o juro e a moeda", Keynes destruiu vĂĄrios mitos sobre o funcionamento de uma economia capitalista. Hoje, em plena crise e com discussĂ”es acaloradas sobre finanças pĂșblicas, hĂĄ outra ideia igualmente perigosa que Keynes combateu com tenacidade. Consiste na comparação das finanças pĂșblicas com o orçamento de qualquer famĂlia. Com essa ideia falaciosa, hoje se insiste que o dĂ©ficit pĂșblico e o endividamento sĂŁo insustentĂĄveis. Nos Estados Unidos e na Europa, o argumento Ă© o mesmo: como qualquer famĂlia, o governo tem que reduzir seus gastos. O artigo Ă© de Alejandro Nadal.
Alejandro Nadal â La Jornada
Em 1936, John Maynard Keynes publicou sua Teoria geral sobre o emprego, o juro e a moeda. Ă o livro de economia mais importante do sĂ©culo XX. Nele, Keynes destruiu vĂĄrios mitos sobre o funcionamento de uma economia capitalista. Por isso a academia se encarregou de distorcĂȘ-lo, desvirtuĂĄ-lo, cooptĂĄ-lo e, quando isso nĂŁo foi possĂvel, relegĂĄ-lo ao esquecimento.
Uma das lendas mais importantes destruĂdas pela obra de Keynes foi a crença de que, quando existe flexibilidade nos salĂĄrios, se reestabelece o pleno emprego. Baseado em sua anĂĄlise da demanda agregada, o multiplicador e sua teoria monetĂĄria do investimento, Keynes demonstrou que a flexibilidade dos salĂĄrios nĂŁo sĂł permite alcançar uma posição de pleno emprego, mas tambĂ©m pode conduzir para uma situação de crise. A razĂŁo, em poucas palavras, Ă© que ao derrubar-se a demanda efetiva, o investimento e o emprego caem juntos.
Mas esta mensagem de Keynes (como outras) foi considerada demasiado subversiva. A academia, sempre tĂŁo preocupada com a ciĂȘncia, dedicou-se a distorcer a mensagem das instituiçÔes keynesianas. O resultado foi um perĂodo de cinco dĂ©cadas nas quais os economistas acadĂȘmicos construĂram e refinaram modelos cada vez mais inĂșteis sobre o funcionamento das economias capitalistas. Esses modelos foram utilizados pelos bancos centrais e ministĂ©rios de finanças de todo o mundo para o desenho e aplicação de polĂticas econĂŽmicas.
A base desses modelos Ă© que as economias capitalistas sĂŁo sistemas de equilĂbrio geral, mas com fricçÔes. Ou seja, o capitalismo Ă© sempre bem comportado. Mas deixa de sĂȘ-lo quando enfrenta essas fricçÔes que podem ser de todo tipo: desde regulaçÔes impostas pelo governo, passando pelos âperversos sindicatosâ e chegando aos choques externos. Assim, a academia passou os Ășltimos 50 anos refinando modelos sobre economias capitalistas de equilĂbrio com turbulĂȘncias. Esse esquema mental impede pensar a economia capitalista como fonte de instabilidade perigosa.
Hoje, em plena crise e com discussĂ”es acaloradas sobre finanças pĂșblicas, hĂĄ outra ideia igualmente perigosa que Keynes combateu com tenacidade (mas parece que sem ĂȘxito). Consiste na comparação das finanças pĂșblicas com o orçamento de qualquer famĂlia. Com essa ideia falaciosa, hoje se insiste que o dĂ©ficit pĂșblico e o endividamento sĂŁo insustentĂĄveis. Nos Estados Unidos e na Europa, o argumento Ă© o mesmo: como qualquer famĂlia, o governo tem que reduzir seus gastos.
No ano passado as economistas Ann Pettifor e Victoria Chick divulgaram uma pesquisa sobre a polĂtica tributĂĄria, a redução do gasto e a redução do endividamento na Inglaterra. Examinaram dados dos Ășltimos 100 anos das contas pĂșblicas e analisaram os episĂłdios nos quais o governo buscou melhorar sua posição fiscal e reduzir o nĂvel da dĂvida por meio de cortes nos gastos. Os episĂłdios de consolidação fiscal, nos quais o gasto pĂșblico efetivamente caiu, foram comparados com perĂodos de expansĂŁo fiscal (nos quais o gasto aumentou). Os resultados contradizem de maneira irrefutĂĄvel o que hoje se considera o ponto de vista dominante. A conclusĂŁo Ă© que, quando se aumenta o gasto mais rapidamente, o nĂvel de endividamento pĂșblico (relativo ao PIB) cai e a economia prospera. EM troca, quando o gasto Ă© reduzido, o coeficiente dĂvida/PIB piora e os demais indicadores (sobre PIB e emprego) evoluem desfavoravelmente.
Quando se quer reduzir o dĂ©ficit, nem sempre Ă© uma boa ideia cortar o gasto pĂșblico. Para uma famĂlia a redução do gasto quase sempre conduz diretamente Ă redução de seu endividamento ou de seu dĂ©ficit. Mas para um governo, as coisas nĂŁo sĂŁo tĂŁo simples. O que o trabalho de Pettifor-Chick demonstra Ă© que o governo sĂł tem controle sobre o gasto, nĂŁo sobre o dĂ©ficit. O dĂ©ficit depende do que ocorre em toda a economia. Quando existe capacidade instalada ociosa (como Ă© o caso na atualidade) um programa de investimento pĂșblico Ă© produtivo e gera maior atividade no setor privado por meio de um efeito multiplicador. Tudo isso gera maior arrecadação, reduz a necessidade de endividamento, assim como o pagamento de juros mais adiante.
Outra descoberta de Pettifor-Chick Ă© que a redução do investimento pĂșblico contribuiu para deprimir os ingressos fiscais. Um corte no gasto pĂșblico sĂł Ă© acompanhado de aumento de arrecadação fiscal se hĂĄ uma contrapartida de um aumento importante no investimento privado. Mas, na maioria dos casos analisados, a contração no gasto pĂșblico esteve associada com um comportamento letĂĄrgico do investimento privado. Neste caso, os efeitos adversos do multiplicador sĂŁo uma mĂĄ notĂcia para o emprego e as contas pĂșblicas. A mensagem para o debate sobre o estĂmulo fiscal Ă© bastante clara. Mas talvez chegue demasiado tarde.
Tradução: Katarina Peixoto - Fonte: Portal Carta Maior. (Colaboração: A.M.B.)
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