PENSANDO NO INTERCĂMBIO
UNIVERSIDADES BRASILEIRAS: A UM PASSO DO MUNDO...
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A aspiração para promover ascensĂŁo da cultura e da ciĂȘncia paulistas foi o detonador provido por uma elite do Estado de SĂŁo Paulo dos anos 30. O combustĂvel se constituiu na instabilidade polĂtica e econĂŽmica da Europa nessa Ă©poca.
Uma comissĂŁo de busca foi ao continente para convencer cientistas da França, da ItĂĄlia e da Alemanha a migrar para SĂŁo Paulo e a ensinar numa universidade que veio a ser criada em 1934. Ă muito claro que, sem esta migração catalisada, o trajeto da USP seria outro e certamente ciĂȘncia nĂŁo teria sido uma atividade mor de seu ideĂĄrio.
O atual cenårio mundial traz similitudes ao dos anos 30: uma forte e duradoura crise econÎmica na Europa e uma aspiração das universidades a um Intercùmbio Internacional (IcIn) crescente.
Os rankings mundiais deixam claro a sofrĂvel classificação no ensino e na pesquisa de nossas universidades, em grande parte devido Ă debilidade do IcIn.
Embora tardios, setores governamentais e instituiçÔes de fomento tĂȘm tido iniciativas intensas de IcIn; porĂ©m estas privilegiam mormente estĂĄgios no exterior, em sua maior parte por perĂodos que nĂŁo ultrapassam um ano. Ainda Ă© cedo para estimar os benefĂcios desses estĂĄgios relativamente curtos.
A outra mĂŁo, a de imigração para o Brasil, traz, sob vĂĄrios aspectos, maior impacto. HĂĄ programas modestos e de curta duração da Capes e da Fapesp para a vinda de professores do exterior por perĂodos que nĂŁo superam um ano.
PorĂ©m, nĂŁo nos iludamos: iniciativas de agĂȘncias de fomento criam estĂmulos, mas dificilmente mudarĂŁo o cenĂĄrio se nĂŁo houver uma polĂtica proativa das universidades visando a vinda de professores altamente qualificados do exterior, com vĂnculos para estĂĄgios longos, se nĂŁo permanentes. Muitos deles se disporiam a deixar seus paĂses.
Pode-se adiantar que poucas de nossas universidades tĂȘm condiçÔes para isso. O modelo meritocrĂĄtico choca-se com vĂcios enraizados nas universidades pĂșblicas: uma forte endogenia favorecendo o ingresso na carreira docente dos graduados na prĂłpria instituição, uma isonomia salarial que nĂŁo contempla a competĂȘncia acadĂȘmica e um caminho praticamente Ășnico de entrada na carreira pelo nĂvel mais baixo.
Uma ruptura dessas tendĂȘncias Ă© quase impossĂvel nas universidades pĂșblicas federais, onde a ausĂȘncia de autonomia e a atuação sindical prevalecem. HĂĄ, porĂ©m, uma situação mais favorĂĄvel nas universidades estaduais de SĂŁo Paulo e talvez de outros Estados.
Nestas, poder-se-iam contemplar as seguintes iniciativas: professores universitĂĄrios de vĂĄrias ĂĄreas, com significativo prestĂgio internacional, seriam identificados por uma comissĂŁo de alto nĂvel criada pela universidade local e com maioria de membros de fora desta universidade.
Esta entraria em contato com os elegidos a partir de um escritĂłrio prĂłprio instalado na Europa, convidando-os para uma permanĂȘncia mĂnima de trĂȘs anos, com possibilidades plenas de extensĂŁo. A escolha pela comissĂŁo substituiria o concurso de praxe e o salĂĄrio oferecido nĂŁo teria que ser o estipulado pela carreira docente.
Os recursos, prĂłprios, proviriam de uma fundação especĂfica criada pela universidade, de dotaçÔes privadas. Uma vez aceito, o professor teria que ter um projeto de pesquisa aprovado por uma agĂȘncia de fomento brasileira e/ou internacional.
A opção do professor por usar a lĂngua inglesa em suas comunicaçÔes institucionais e didĂĄticas seria livre e tambĂ©m um ponto de lança para o emprego da lĂngua no ambiente acadĂȘmico.
Esse seria efetivamente um passo expressivo para o IcIn e de certa forma uma cĂłpia atualizada de uma iniciativa de 80 anos atrĂĄs.
RogĂ©rio Meneghini 72, professor aposentado do Instituto de QuĂmica da USP, Ă© coordenador cientĂfico do programa SciELO de revistas cientĂficas brasileiras â Fonte: Folha de S.Paulo â 04/01/13.
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