PENSANDO NA BONDADE
SOLIDARIEDADE VIRAL
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http://www.nytimes.com/2012/11/29/nyregion/photo-of-officer-giving-boots-to-barefoot-man-warms-hearts-online.html
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A bondade Ă© contagiosa? Nesse caso, pode se espalhar viralmente?
Uma das coisas que mais circulou na web no mĂȘs passado foi uma foto tirada por um turista de um policial de Nova York dando um par de botas para um homem descalço, aparentemente um morador de rua, na Times Square. O oficial Lawrence DePrimo encontrou o homem sentado no chĂŁo, sem sapatos. Era uma noite fria. O policial perguntou ao homem seu tamanho, entĂŁo entrou em uma loja prĂłxima e voltou com um par de botas. Ajoelhou-se ao lado do homem e as deu para ele, que as vestiu e saiu caminhando.
O Departamento de PolĂcia publicou a foto em sua pĂĄgina no Facebook. Desde esse dia, relatou o "Times", a foto foi vista milhĂ”es de vezes. O policial DePrimo foi elogiado como um herĂłi compassivo nos jornais, na televisĂŁo e em todo lugar onde hĂĄ uma conexĂŁo com a internet. Os espĂritos se elevaram.
Mas o mundo Ă© um lugar melhor hoje?
Embora não haja como saber se todo mundo que viu o ato benemérito do policial DePrimo ficou um pouco mais simpåtico naquele dia, alguns experimentos recentes sugerem isso. Resultados publicados no "Journal of Experimental Social Psychology" mostraram que sujeitos que presenciavam um ato de compaixão -como uma pessoa reconfortando outra em dificuldade- tinham maior probabilidade de ser mais compassivos em relação aos outros imediatamente depois.
"Parece que o Dalai Lama estĂĄ certo", escreveu um dos pesquisadores no "Times". "A experiĂȘncia da compaixĂŁo para com um Ășnico indivĂduo modifica nossos atos em relação aos outros."
Em outro estudo recente, pesquisadores descobriram que os sujeitos que consideravam doar dinheiro para uma organização contra a fome davam o dobro da quantia quando viam a foto de uma Ășnica vĂtima, uma menina de sete anos, do que quando lhes diziam que a instituição trabalhava para aliviar a fome de milhĂ”es de pessoas.
Ă claro que hĂĄ anos se afirma que a compaixĂŁo Ă© uma caracterĂstica evolucionĂĄria -alguns animais a exibem claramente. "A compaixĂŁo humana, como todas as reaçÔes sociais altamente evoluĂdas, nem sempre Ă© Ăștil", escreveu Benedict Carey no "Times". "Mas para ser Ăștil em campo, em meio ao sofrimento real, talvez seja necessĂĄrio, paradoxalmente, conter os instintos de empatia."
Ele citou relatos que afirmam que os trabalhadores de resgate em Hiroshima depois do ataque nuclear só conseguiram fazer seu trabalho desligando sua compaixão. "A verdadeira ação, quando é necessåria, muitas vezes exige um coração frio ou mesmo gelado."
EvidĂȘncias dessa opiniĂŁo podem ter surgido no inĂcio de dezembro, quando o homem que recebeu as botas, Jeffrey Hillman, foi visto novamente nas ruas sem sapatos. "Aqueles sapatos estĂŁo escondidos. Eles valem muito dinheiro", disse ele ao "Times". "Eu poderia perder minha vida."
Alguns rejeitam as explicaçÔes cientĂficas da compaixĂŁo humana. "As pessoas podem realizar atos extraordinĂĄrios de altruĂsmo, incluindo bondade com outras espĂ©cies. Mas elas tambĂ©m podem falhar totalmente em ser altruĂstas, mesmo em relação aos prĂłprios filhos", escreveu Richard Polt no "Times". "Saber como meus sentimentos egoĂstas e altruĂstas evoluĂram nĂŁo me ajuda a decidir nada."
Ao ler sobre o ato de bondade do policial DePrimo, um leitor do "Times" escreveu: "à o efeito multiplicador da reação a essa história que estå me incitando. Ela claramente mostra que, no fundo, todos queremos fazer o bem e respeitar os outros".
Ele não deu uma explicação. Talvez isso não seja importante.
Peter Catapano â Fonte: Folha de S.Paulo â 10/12/12.
Reportagem original em inglĂȘs do The New York Times:
http://www.nytimes.com/2012/11/29/nyregion/photo-of-officer-giving-boots-to-barefoot-man-warms-hearts-online.html
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