PENSANDO NOS PROFESSORES, PARABĂNS!
WORLD TEACHERS' DAY 2009
English:
http://www.unesco.org/en/teacher-education/advocacy/world-teachers-day/
O Dia Mundial do Professor foi celebrado no dia 05 de Outubro de 2009. Com o tĂtulo "Construir o futuro, investindo nos professores Agora!", a UNESCO e a Internacional de Educação comemoraram a nĂvel mundial o Dia Mundial dos Professores (5 de Outubro).
No Brasil, o Dia do Professor Ă© comemorado no dia 15 de outubro. A data surgiu, pois foi no dia 15 de outubro de 1827 (dia consagrado Ă educadora Santa Tereza DâĂvila), que D. Pedro I baixou um Decreto Imperial que criou o Ensino Elementar no Brasil. Pelo decreto, âtodas as cidades, vilas e lugarejos tivessem suas escolas de primeiras letrasâ. Esse decreto falava de bastante coisa: descentralização do ensino, o salĂĄrio dos professores, as matĂ©rias bĂĄsicas que todos os alunos deveriam aprender e atĂ© como os professores deveriam ser contratados. A idĂ©ia, inovadora e revolucionĂĄria, teria sido Ăłtima - caso tivesse sido cumprida.
Mas foi somente em 1947, 120 anos após o referido decreto, que ocorreu a primeira comemoração de um dia dedicado ao Professor.
Fontes:
http://www.saladosprofessores.com/
http://www.portaldafamilia.org.br/
http://www.unesco.org/en/teacher-education/advocacy/world-teachers-day/
Leia mais sobre o Dia do Professor:
http://www.faculdademental.com.br/manchetesSemana2.php?not_id=0002071
ENSINO TEM 92 OPORTUNIDADES
A prefeitura de Diadema tem 92 vagas de professor. InscriçÔes podem ser feitas em http://www.vunesp.com.br/ atĂ© 20 de outubro. A taxa varia de R$ 50 a R$ 70. O cargo oferecido Ă© o de professor de ensino fundamental, e os salĂĄrios vĂŁo de R$ 1.181,06 a R$ 1.580,81. Professores com nĂvel universitĂĄrio tĂȘm 10% de bĂŽnus.
Fonte: Folha de S.Paulo - 11/10/09.
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(COLABORAĂĂO: PROFESSORA ADRIANA FILETO)
PATRIMĂNIO CULTURAL â FUNDO DIVULGA LISTA DE 93 OBRAS AMEAĂADAS
As ruĂnas de Machu Pichu, no Peru, o centro histĂłrico de Buenos Aires, o Templo ExpiatĂłrio da Sagrada FamĂlia de Antoni GaudĂ, em Barcelona, e vĂĄrios templos catĂłlicos na BolĂvia, Chile e MĂ©xico sĂŁo alguns dos locais do patrimĂŽnio cultural da humanidade em perigo por falta de cuidados ou superexploração, advertiu ontem o Fundo Mundial de Monumentos, entidade privada sediada em Nova York. A lista de advertĂȘncias do fundo para 2010 inclui 93 locais em 47 paĂses e vĂŁo de monastĂ©rios remotos no ButĂŁo a casas tradicionais no JapĂŁo, do sĂ©culo XVII.
Brasil â Interessa â Etc - Fonte: O Tempo â 07/10/09.
Fundo Mundial de Monumentos - http://www.wmf.org/
A EVOLUĂĂO PODE SE REVERTER?
Pelo andar da carruagem, certamente voltaremos ao estado inicial, principalmente os homens...
Clique no endereço a seguir e avalie: http://hypescience.com/21916-a-evolucao-pode-se-reverter/
(Colaboração: A.M.B.)
UM CALOTE CRUEL, VINDO DA NATA DA ELITE
Estå saindo a preço de custo a malandragem de 300 professores que receberam bolsas do CNPq e da Capes para cursar doutorado no exterior e calotearam o governo. Cada um deles custou US$ 200 mil e viajou com o compromisso de retornar ao Brasil. Não voltaram nem devolveram o dinheiro. Um golpe de US$ 60 milhÔes.
A cada seis meses o CNPq, a Capes e o Tribunal de Contas chamam a atenção para esses casos, mas o assunto sai da agenda. Trata-se de uma chaga para a comunidade acadĂȘmica brasileira, envolvendo a nata da elite intelectual do paĂs. O grupo de espertalhĂ”es nĂŁo chega a 4% dos beneficiados pelos programas de estĂmulo Ă pesquisa e, na maioria dos casos, essas bolsas foram concedidas antes de 1998.
Alguns doutores nĂŁo retornaram por falta de empregos decentes por cĂĄ. Tudo bem. Bastaria ressarcir a ViĂșva. O CNPq oferece o parcelamento da dĂvida em atĂ© 60 meses, e esse acordo foi aceito por dezenas de ex-bolsistas, menos pelos 300 caloteiros.
SugestĂŁo: o CNPq e a Capes poderiam colocar na internet e lista dos doutores condenados pelo Tribunal de Contas. Mais: abrindo-se um inquĂ©rito, a PolĂcia Federal poderia mandar um ofĂcio Ă universidade que hospedou cada um deles, comunicando que estĂĄ atrĂĄs do magano.
Elio Gaspari (http://www.submarino.com.br/portal/Artista/80141) - Fonte: Folha de S.Paulo - 04/10/09.
CNPq - http://www.cnpq.br/
Capes - http://www.capes.gov.br/
Tribunal de Contas - http://portal2.tcu.gov.br/TCU
A DIFERENĂA ENTRE CRITICAR E DAR UM FEEDBACK
Aprender a fazer e receber crĂticas Ă© complicado. Se interpretarmos como ataque qualquer comentĂĄrio que nĂŁo seja positivo, descartaremos qualquer coisa Ăștil que o crĂtico possa ter a nos dizer. Mas levar toda crĂtica a sĂ©rio tampouco Ă© benĂ©fico.
"A maioria das pessoas diz que o 'feedback' Ă© importante, mas que a mensagem oculta Ă© 'enquanto ele for positivo'", disse Robert Brooks, professor de psicologia em Harvard.
Embora possa parecer mais fĂĄcil fazer crĂticas que ouvi-las, nem sempre Ă© esse o caso, pelo menos se vocĂȘ quiser que suas crĂticas ajudem. O psicĂłlogo clĂnico Leon F. Seltzer identifica diferenças entre crĂtica e "feedback". Em seu blog, ele observa que:
A crĂtica Ă© acusatĂłria e faz julgamentos. Ela pode envolver rotular, pregar sermĂ”es, dar aulas de moral e atĂ© ridicularizar. O "feedback" se concentra em oferecer informaçÔes concretas para motivar a pessoa que as recebe a rever seus comportamentos.
A crĂtica envolve fazer pressuposiçÔes negativas sobre as motivaçÔes da outra pessoa. O "feedback" nĂŁo reage Ă intenção, mas ao resultado real do comportamento dela.
A crĂtica, se malfeita, frequentemente inclui ordens e ultimatos, fazendo com que a pessoa que a ouve fique na defensiva, o que solapa eventuais benefĂcios. JĂĄ o "feedback" nĂŁo analisa tanto como a pessoa deve mudar, mas procura debater os benefĂcios da mudança.
Esse Ășltimo ponto Ă© um sobre o qual Darren Gurney, professor do ensino mĂ©dio em New Rochelle (Nova York), jĂĄ refletiu muito. AlĂ©m de dar aula, Gurney Ă© treinador de equipes de beisebol de colĂ©gios e faculdades. Ele descobriu que uma das maneiras mais eficazes de criticar um jogador nĂŁo Ă© lhe dizer o que ele fez de errado, mas pedir que analise o que pensa que poderia ter feito melhor.
"A habilidade de ouvir Ă© pouco valorizada", disse Gurney. Quando estĂĄ treinando atletas, ele pede que os jogadores identifiquem trĂȘs coisas que deram errado naquele dia e apontem como melhorĂĄ-las. "O processo transcende os campos do esporte. Vira aquisição de habilidades para a vida."
E, embora isso possa parecer Ăłbvio, disse Brooks, as pessoas aceitam crĂticas melhor se seu chefe (ou cĂŽnjuge, ou pai) nĂŁo economizar no "feedback" positivo.
Shinobu Kitayama, professor de psicologia na Universidade do Michigan, identificou diferenças claras, por exemplo, nas reaçÔes a crĂticas manifestadas nas culturas americana e japonesa.
"Parece que, na cultura americana contemporĂąnea, Ă© muito difĂcil aceitar qualquer crĂtica", disse. "As crĂticas sĂŁo vistas como ameaça ou ataque Ă autoestima. Na cultura japonesa a autoestima Ă© importante, mas mais importante ainda Ă© o autoaperfeiçoamento."
Em um grande estudo sobre atletas olĂmpicos japoneses e americanos, coescrito por Kitayama, os atletas e comentaristas japoneses demonstraram duas vezes mais probabilidade que os americanos de criticar sua performance ou fazer comentĂĄrios negativos sobre ela.
"Os americanos fazem quatro comentĂĄrios positivos para cada negativo; os japoneses tendem a um equilĂbrio", disse Hazel R. Markus, coautora do estudo. Isso indica, segundo ela, que o "feedback" sobre fracassos Ă© motivador para japoneses, enquanto o "feedback" sobre ĂȘxitos Ă© motivador para americanos.
Especialistas dizem que, ao receber crĂticas, o importante Ă© ouvir. NĂŁo fique na defensiva, mas nĂŁo parta da premissa de que o crĂtico tem razĂŁo. Procure determinar qual informação Ă© valiosa e relevante e qual nĂŁo Ă©. Embora seu instinto possa ser de contestar a crĂtica ou pedir desculpas, calmamente faça perguntas para lançar luz sobre a situação.
Alina Tugend - Fonte: Folha de S.Paulo â 05/10/09.
COM AS OLIMPĂADAS, O RIO PASSOU A TER FUTURO â O CARIOCA, ESTE PERSONAGEM, VAI RENASCER
Meu avĂŽ estava velhinho quando me disse com os olhos Ășmidos:
"Ă chato morrer, meu neto, porque eu nunca mais vou ver a avenida Rio Branco!..."
Foi um pungente sentimento carioca.
Era na avenida que ele me levava para tomar "frapé" de cÎco na Casa Simpatia.
Para fazer meu filme, recentemente, andei por todos os subĂșrbios e vi com horror a decadĂȘncia, nĂŁo digo dos miserĂĄveis, mas da classe mĂ©dia sem rumo, sem dinheiro, sem desejo.
NĂŁo quero falar dos ratos polĂticos que destruĂram a cidade nas Ășltimas dĂ©cadas, nĂŁo, isso Ă© conhecido em nossa vergonhosa histĂłria. Mas sinto que, depois de dĂ©cadas de crĂticas contra a Ăłbvia catĂĄstrofe urbana, alguma consciĂȘncia civil jĂĄ se consolidou.
Se houver transparĂȘncia nas obras de infraestrutura, sem roubos, podemos ter um novo futuro, legado atĂ© pelo acaso dos votos de uma comissĂŁo dinamarquesa.
Agora, nĂłs, cidadĂŁos, temos de vigiar a execução de um sonho, impedindo superfaturamentos, desvios de recursos, para que as OlimpĂadas nĂŁo sejam pretexto para aventureiros.
De qualquer forma, uma morta ressuscitou: a esperança. E, como vĂŁo revitalizar o porto e a Lapa, o humor dos cariocas tambĂ©m pode renascer. Mas aqui nĂŁo quero listar saudades. Claro que lembro do bonde entrando na galeria Cruzeiro, sob a chuva, no Carnaval; claro que lembro do tempo em que as geladeiras eram brancas e os telefones eram pretos, como definiu Rubem Braga; mas, nĂŁo me interessa o tempo - apenas o "espaço" do Rio, as coisas que vejo desde criança como carioca do Meyer, da Urca e de Ipanema: cores, cheiros, ventos da terra e do mar, sal e peixes, sĂșbitas luzes, sĂșbitas brumas, sĂșbitas "brahmas". Assim como Salvador flutua sobre o olho do oceano, o Rio tem um espaço que nos define e desenha.
Sei que corro o risco da subliteratura, mas enfrentĂĄ-lo-ei de testa alta.
Vejo a pĂșrpura que colore por instantes a lagoa antes do crepĂșsculo, nos dias em que a ĂĄgua Ă© um espelho sem uma onda, sem um peixe saltando; ouço os quartetos de cigarras abrindo o verĂŁo; vejo o esquilo atravessando a estrada das Canoas; a cotia do campo de Santana farejando perigo; ando sob a chuva quente que faz subir vapor nas calçadas; vejo as flores dos flamboyants caindo como gotas de sangue; vejo uma garça magra e branca como um manequim em desfile caminhando no Jardim de AlĂĄ; olho os imensos granitos de 500 milhĂ”es de anos atrĂĄs de minha casa, onde os dinossauros se aqueciam; contemplo os urubus dormindo na perna do vento do Corcovado e um teco-teco vermelho passando entre eles; anoto as nuvens rosas no PĂŁo de AçĂșcar em fins de tarde, a cara do imperador assĂrio na Pedra da GĂĄvea.
Apesar do trĂĄfico e da violĂȘncia, hĂĄ nos morros uma sabedoria calma de velhos sambistas, hĂĄ Zeca Pagodinho e tudo que ele preservou; hĂĄ os poĂ©ticos caixotinhos dos apontadores dos bicheiros, vendendo apostas nas esquinas em calmas conversas com aposentados; hĂĄ as frutas, os legumes, as gargalhadas dos feirantes nas manhĂŁs; hĂĄ a malandragem, o tom debochado do carioca sabido, o arrastado sotaque que evoca a desconfiança nos poderes da capital que jĂĄ fomos; ritmos e gestos nascidos nos balcĂ”es de secretarias desde os tempos do rei, sotaque curvo como a paisagem arredondada, oscilando em negaças e volteios, a fala marcada por sambas, metĂĄforas vivas condensando morte e amor, cachaça, empada, navalha, bilhares e futebol.
Entre a fĂłrmica, os sujos grafites e os edifĂcios boçais, dĂĄ para ver ainda pedaços dos anos 50, restos de uma delicadeza perdida, as anedotas que se renovavam a cada semana, com papagaios e portugueses, piadas que morreram e que podem renascer.
HĂĄ, sim, uma beleza em nossas fragilidades, no "samba, na prontidĂŁo e outras bossas que sĂŁo coisas nossas..."; hĂĄ a poĂ©tica dos camelĂŽs, objetinhos insignificantes nos tabuleiros; hĂĄ tambĂ©m, apesar da decadĂȘncia, uma satisfação cotidiana nos subĂșrbios, uma alegria desesperançada, uma aceitação das impossibilidades, diferente dos lamentos utĂłpicos de inocentes do Leblon; hĂĄ, sim, o jeito de andar das cariocas (olha o jeitinho dela andar), hoje com barrigas de fora e calças apertadas, sim, uma sexualidade forte, nĂŁo de celebridades de plantĂŁo, mas das gostosĂssimas comerciĂĄrias e bancĂĄrias ao fim do expediente no centro; hĂĄ o prazer de amar a cidade de novo, principalmente depois que o prefeito derrubou o muro da vergonha do CĂ©sar Maia no poĂ©tico bar 20, onde o bonde fazia a curva desde o inĂcio dos tempos - (sĂł falta derrubar a piroca de plĂĄstico do CasĂ©); hĂĄ a tragĂ©dia da misĂ©ria em toda parte, sim, mas entre os raios da tristeza, hĂĄ os inĂșmeros grupos de choro e samba, tocando anĂŽnimos nos botequins e sob sovacos de morro; hĂĄ uma alegria soterrada que pode reflorir daqui para frente, para alĂ©m da excessiva euforia das escolas de samba, uma alegria mais discreta e verdadeira; hĂĄ a alma de Nelson Rodrigues entre botequins e negĂ”es. Quem diria que, depois da vitĂłria em Copenhague, os cariocas sĂŁo "prĂncipes e napoleĂ”es tropeçando nos prĂłprios mantos de arminho", nĂŁo mais vira-latas; hĂĄ coisas Ănfimas que sĂł o carioca vĂȘ, detalhes tĂŁo pequenos de nĂłs dois; hĂĄ um velho Rio cultural, com cinema, teatro, mĂșsica, que decaiu, mas que pode renascer; hĂĄ uma preguiça sĂĄbia, diferente da paranoia paulista, hĂĄ uma preguiça para alĂ©m do Ăłcio ou do desemprego, a preguiça das conversas, de um ritmo sem capitalismo; hĂĄ restos de trilhos de bonde entrevistos nas falhas do asfalto; hĂĄ a cidade desenhada sobre um corpo de mulher; tudo Ă© redondo, doce; as montanhas da Barra sĂŁo mulher, as curvas, tudo mulher; hĂĄ a linha infinita da restinga de Marambaia Ă Joatinga, linha frĂĄgil que divide o mar ao meio; e finalmente hĂĄ atĂ© a poĂ©tica da sujeira, da zorra total, do baixo mundo, hĂĄ a putaria poĂ©tica em Copacabana entre putas, veados, aloprados, lunfas, potrucas, michĂȘs, miquimbas e cafifas, todos num desabrigo corajoso e batalhador.
O carioca vai reviver.
Arnaldo Jabor (http://www.arnaldojabor.blogger.com.br/) - Fonte: O Tempo â 06/10/09.
NĂŁo deixem de enviar suas mensagens atravĂ©s do âFale Conoscoâ do site.
http://www.faculdademental.com.br/fale.php