PENSANDO NA EDUCAĂĂO E PROTEĂĂO ESPECIAL
TODAS AS CRIANĂAS NA ESCOLA
English: All Children in SChool By 2015 Global Initiative on Out-of ...
All Children in SChool By 2015 Global Initiative on Out-of ...
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Segundo o relatĂłrio "Todas as Crianças na Escola em 2015", do Fundo da ONU para a InfĂąncia e da Campanha Nacional pelo Direito Ă Educação, mais da metade dos adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa de internação nĂŁo frequentava a escola e 90% nĂŁo haviam concluĂdo o ensino fundamental.
Dos que cumprem a medida em semiliberdade, 58,7% estavam fora da escola formal antes do ato infracional. Esses dados reafirmam o papel fundamental da educação na vida das crianças e adolescentes em situação de extrema vulnerabilidade. Ao proteger e ampliar as oportunidades educativas, a escola permite melhorar a condição de vida e romper o ciclo de pobreza e violĂȘncia.
AlĂ©m de excluĂdos da escola, a maioria dos milhares de meninos e meninas em conflito com a lei Ă© vĂtima de um contexto socioeconĂŽmico em que muitos outros direitos essenciais foram negados, comprovando o fracasso dos serviços sociais de proteção e garantia dos direitos.
Dentre as barreiras ao acesso e permanĂȘncia na escola estĂŁo as desigualdades socioeconĂŽmicas e a violĂȘncia. Por um lado, temos as enormes desigualdades sociais agravadas pela falta de acesso a serviços pĂșblicos de qualidade de saĂșde, educação, assistĂȘncia social, cultura e esporte, o que configura um contexto social adverso a empurrar nossos adolescentes para situaçÔes de alta vulnerabilidade social.
Por outro lado, o Brasil vive uma epidemia da violĂȘncia contra crianças e adolescentes. Segundo o Mapa da ViolĂȘncia de julho, a taxa de homicĂdios nesse grupo cresceu 346% nas Ășltimas trĂȘs dĂ©cadas.
Ă principalmente nos contextos de alta vulnerabilidade que se faz necessĂĄria uma forte articulação de polĂticas pĂșblicas especĂficas. Ainda que a escola sozinha nĂŁo resolva tudo, nĂŁo podendo estar isolada no territĂłrio, ela tem um papel crucial como polo articulador.
Entretanto, na realidade a escola não estå cumprindo sua parte na educação e proteção dos mais vulneråveis. à justamente para as crianças e adolescentes mais fragilizados do ponto de vista de segurança social, tidos como "rebeldes e complicados", que a escola se fecha, produzindo mecanismos de expulsão.
Por outro lado, uma vez que o adolescente estå cumprindo medidas de privação de liberdade, é crucial uma reflexão acerca de qual educação é necessåria.
Para dar conta das expectativas de aprendizagens do ensino båsico, uma proposta educativa para os adolescentes em conflito com a lei deve resgatar as rupturas do seu percurso escolar e ampliar o acesso à produção cultural. Faz-se necessårio também oferecer aprendizagens, por meio da arte, que possibilitam a construção de novas subjetividades.
Nesse sentido, educação e cultura sĂŁo indissociĂĄveis na formação desses meninos e meninas, para que possam converter a experiĂȘncia da violĂȘncia em reinserção construtiva em suas comunidades, tornando-se protagonistas de suas vidas.
A implementação de polĂticas pĂșblicas intersetoriais nas ĂĄreas da educação, assistĂȘncia social, saĂșde, cultura, esporte, justiça, assim como a constituição de parcerias entre instituiçÔes pĂșblicas, privadas e da sociedade civil se apresentam como possibilidades para que, de fato, consolidemos uma polĂtica de proteção infanto-juvenil.
à fundamental garantir o acesso à cultura e à educação aos milhares de meninos e meninas internados nas unidades, direitos assegurados por lei e principais meios de construção de um projeto de vida e de reinserção social. Entretanto, é mais que necessårio e urgente também uma reflexão sobre as condiçÔes que estão empurrando os adolescentes para as situaçÔes de risco social.
Maria Alice Setubal, doutora em psicologia da educação pela PUC-SP, é presidente dos Conselhos do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitåria e da Fundação Tide Setubal e membro do Conselho do Instituto Democracia e Sustentabilidade.
Fonte: Folha de S.Paulo â 11/10/12.
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HONORATA E JOAQUIM
No dia 11 de maio de 1883, o Tribunal da Relação de Pernambuco liberou o estuprador confesso de Honorata, uma jovem escrava que acabara de comprar. Um dos desembargadores sustentou que, reconhecido o direito da negra, surgiria um "perigo para a sociedade" com uma enxurrada de açÔes contra senhores para punir "estupros em seus escravos menores de 17 anos".
No dia 10 de outubro de 2012, um descendente de escravos, Joaquim Barbosa, foi eleito presidente do Supremo Tribunal Federal.
No mesmo dia, o MinistĂ©rio PĂșblico de GoiĂĄs afastou o procurador DemĂłstenes Torres, que teve o mandato de senador cassado hĂĄ trĂȘs meses. Entre as proezas de DemĂłstenes esteve a afirmação de que, segundo Gilberto Freyre, a miscigenação dos senhores com as negras "se deu de forma muito mais consensual".
Gilberto Freyre nunca disse isso. Talvez tenha sido Carlinhos Cachoeira.
Elio Gaspari â Fonte: Folha de S.Paulo â 14/10/12.
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