PENSANDO NA EXISTĂNCIA
A FECUNDIDADE EM QUEDA
English:
http://www.economist.com/blogs/dailychart/2011/08/populations
Um estudo de perspectivas da população mundial divulgado pela revista britĂąnica "The Economist", com base em dados da Organização das NaçÔes Unidas (ONU), indica que 83 paĂses nĂŁo terĂŁo o nĂșmero de filhas o suficiente para garantir a existĂȘncia da população, a menos que as taxas de fecundidade aumentem. Ainda segundo a pesquisa, com o ritmo da natalidade no Brasil, a população brasileira sobreviverĂĄ por aproximadamente mais trĂȘs milĂȘnios. NĂŁo chegarĂĄ, no entanto, ao ano 5000.
Os dados divulgados pela revista mostram ainda que, em alguns lugares espalhados pelo mundo, a população deve desaparecer antes do ano 3000, como Ă© o caso de BĂłsnia e Herzegovina, Macau, Malta e Hong Kong. Na capital da China, por exemplo, estima-se que um grupo de mil mulheres seja capaz de dar Ă luz 547 filhas, o que representa uma taxa lĂquida de reprodução de apenas 0,547. Se nada mudar, essas 547 filhas teriam outras 299 filhas de seus prĂłprios ventres. Nesse ritmo, de acordo com os cĂĄlculos da "Economist", a população feminina de Hong Kong levaria apenas 25 geraçÔes para chegar ao fim.
HeloĂsa Mendonça - Fonte: O Tempo - 18/09/11.
O estudo da The Economist, em inglĂȘs:
http://www.economist.com/blogs/dailychart/2011/08/populations
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QUIPROQUĂ - QUEM DIZ ONDE TERMINA O CIDADĂO E COMEĂA O HOMEM PĂBLICO?
Ă chocante a confusĂŁo que se faz no Brasil entre o interesse pĂșblico e o privado. Ă formado por um ectoplasma fluido e transparente o limite entre aquilo que pertence a "mim", que adquiri com os proventos resultantes do "meu" trabalho, e o que pertence a todos. Ora, se Ă© de todos, "eu" nĂŁo teria o direito de explorar sozinho, alugar ou alienar. Mas o que Ă© de todos, normalmente, Ă© de ninguĂ©m por aqui.
Um dado senhor, coroando uma histĂłria de vida exemplar, consegue se eleger deputado federal (Ă© mero exemplo). Tem Ă disposição verbas milionĂĄrias, sĂ©quito de dezenas, frota zero km e mobiliĂĄrio de um luxo sĂł. Toda a pompa paga pelo povo quando paga impostos, afinal, Ă© em nome do povo que o senhor trabalha. Ele vive um alumbramento no exercĂcio do poder.
Mas a estrutura de primeira Ă© para o parlamentar ou para o cidadĂŁo? Ă possĂvel separar os dois? Esse senhor, durante uma festa com ninfetas de 19 anos em um motel, deixa de ser deputado? Ao visitar sua base de atuação de helicĂłptero pago com recursos do gabinete, a trĂȘs meses da eleição, ele faz errado? Ă malversação ou cultura?
Outra idiossincrasia tupiniquim, absurdo Ă© costume. Desviar uma secretĂĄria parlamentar para cozinhar em casa, que mau tem? Sem o estĂŽmago do cidadĂŁo, como o legislador produz?
Pendurar despesas pessoais na abissal conta comum é um direito adquirido, certo? Não é qualquer um que chega lå, logo, privilégios são direitos, uma distinção por foro ilibado.
Aliås, quem faria diferente? Quem, por exemplo, na condição de chefe (não na de dono), não usa o carro da empresa para levar o cachorro ao pet shop? Não manda o office-boy buscar o paletó no alfaiate? Ou não se pendura no telefone corporativo para acertar o hotel para as férias em Ibiza. Não é malversação, é cultura. Ou uma diferença de valores.
Aparte - JoĂŁo Gualbeto Jr.- Fonte: O Tempo - 15/09/11.
EM MEIO Ă RIQUEZA, UMA MĂO-DE-OBRA ESQUECIDA
O baixo Ăndice de desemprego e o crescimento constante, apesar da recessĂŁo global, fizeram da Alemanha motivo de inveja entre seus parceiros europeus menos robustos.
Mas, escondida atrĂĄs do chamado milagre econĂŽmico alemĂŁo, existe uma subclasse de empregados mal remunerados cuja renda pouco se beneficiou da estabilidade do paĂs e atĂ© encolheu em termos reais na Ășltima dĂ©cada.
E, por causa das polĂticas do governo destinadas a manter os salĂĄrios baixos para desencorajar a terceirização e incentivar o aprendizado tĂ©cnico, a renda desses trabalhadores provavelmente nĂŁo vai aumentar tĂŁo cedo.
Isso, por sua vez, significa que eles provavelmente continuarão dependendo dos programas de ajuda do governo para pagar suas contas, o que custa aos contribuintes 11 bilhÔes de euros por ano.
Essa situação ocorre porque a Alemanha nĂŁo tem um salĂĄrio mĂnimo federal. Mas tambĂ©m tem origens na polĂtica recente do paĂs, que favoreceu medidas para conter o desemprego e conquistar apoio dos empregadores.
Enquanto o rendimento lĂquido mĂĄximo dos alemĂŁes de renda mĂ©dia-alta, geralmente definidos como os que ganham 3.400 euros por mĂȘs (R$ 7.820), aumentou ligeiramente em termos reais de 2001 a 2010, a renda lĂquida da população de baixa renda, os que ganham 960 euros por mĂȘs (R$ 2.208) ou menos, caiu 10%, segundo estudo de Markus Grabka, do Instituto de Pesquisas EconĂŽmicas da Alemanha (DIW).
E apesar dos esforços de combate à inflação da Alemanha, que mantiveram a taxa em 1,7% ao ano em média entre 2000 e 2010, mais alemães de baixa renda precisam contar com a ajuda do Estado para pagar as contas.
Em nenhum lugar esse abismo crescente Ă© mais visĂvel que em Berlim-Mitte, o prĂłspero centro da capital, onde centenas de homens e mulheres faziam fila recentemente no departamento de empregos do distrito.
Maria MĂŒller, 63, trabalha em uma clĂnica em Berlim que cuida de idosos deficientes. "Eu ganho 900 euros brutos por mĂȘs", ela disse. "NĂŁo tive um aumento de salĂĄrio desde 2002. Mal consigo sobreviver, apesar de o governo dizer que a economia vai bem."
Segundo o Instituto de Pesquisas do Emprego, 1,37 milhĂŁo de pessoas que trabalham em tempo integral, parcial ou sĂŁo autĂŽnomos dependem do Estado para complementar sua renda.
A histĂłria de sindicatos fortes na Alemanha permitiu que o Estado se mantivesse fora das negociaçÔes salariais. O sistema ainda funciona para setores como a construção, onde um trabalhador nĂŁo qualificado ganha 11 euros por hora. Mas no setor de serviços alguns ganham apenas 640 euros por mĂȘs. O salĂĄrio mensal mĂ©dio na Alemanha foi de 2.366 euros (R$ 5.441) em 2010.
A Confederação de AssociaçÔes de Empregadores da Alemanha diz que a adoção de um salĂĄrio mĂnimo aumentaria os custos trabalhistas e o desemprego. Mas economistas dizem que se os salĂĄrios continuarem baixos o Estado terĂĄ de subsidiar esses trabalhadores nĂŁo qualificados.
"Eu adoraria a ideia de um salĂĄrio mĂnimo", disse Thorsten Schulz, um mecĂąnico de 60 anos, enquanto estacionava sua bicicleta.Ele ganha 7 euros por hora, em um trabalho temporĂĄrio. "Se eu tivesse um emprego com um salĂĄrio decente, poderia atĂ© pegar o ĂŽnibus", ele disse.
Por Judy Dempsey - Fonte: Folha de S.Paulo - 19/09/11.
Reportagem original do "The New York Times":
http://www.nytimes.com/2011/08/19/business/global/many-germans-scrambling-as-economic-miracle-rolls-past.html?pagewanted=all
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