PENSANDO NA FOME
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Super Radar - TendĂȘncias - Felipe Van Deursen - Fonte: Super Interessante - Edição 292.
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ATAQUE AOS EUA EM MOSTRA
O Museu Nacional de HistĂłria Americana Smithsonian vai apresentar cerca de 50 objetos resgatados dos ataques do 11 de Setembro, que vitimou 3.000 pessoas. Os objetos foram coletados nos trĂȘs lugares em que ocorreram os atentados - o PentĂĄgono, o World Trade Center e um campo no oeste da PensilvĂąnia. A coleção "September 11: Remembrance and Reflection" pode ser vista em http://americanhistory.si.edu/september11.
Lupa - Fonte: O Tempo - 19/06/11.
CURSOS DE GERENCIAMENTO DE EMERGĂNCIA SE POPULARIZAM
O gerenciamento de emergĂȘncias e resposta a desastres Ă© uma ĂĄrea acadĂȘmica que vem ganhando espaço rapidamente em todo o mundo, especialmente nos Estados Unidos. Nos Ășltimos anos, o nĂșmero de cursos oferecidos nessa ĂĄrea aumentou no mesmo ritmo que as catĂĄstrofes que os inspiraram.
Assim como as ondas de estudantes formados por conflitos duradouros como a Guerra Fria ou ditaduras polĂticas, os universitĂĄrios de hoje tĂȘm enfrentado uma abundĂąncia de calamidades sĂșbitas, tanto as naturais quanto as provocadas pelo homem.
"A geração de universitĂĄrios de hoje conheceu um perĂodo de terrorismo ou desastre, e acho que isso atraiu muita gente para esse campo de estudo", disse Karla Vermeulen, vice-diretora do Instituto de SaĂșde Mental apĂłs Desastres, fundado em 2004 no campus de New Paltz da Universidade Estadual de Nova York (Suny). "Eles tinham 10 anos na Ă©poca do 11 de Setembro e 14 durante o furacĂŁo Katrina. Isso realmente moldou a vida deles".
O instituto, dirigido por James Halpern, vem tendo muitos assuntos para estudar recentemente, incluindo o terremoto no Haiti, o vazamento de petrĂłleo no Golfo do MĂ©xico, o tsunami no JapĂŁo e os tornados e enchentes que devastaram grande parte do sul e meio-oeste dos EUA. "Esse Ă© um alvo em movimento", disse Karla. "Estamos vendo o noticiĂĄrio de manhĂŁ e pensando: âComo podemos incorporar o Ășltimo desastre no nosso ensinamento?â".
Programas como o da Suny oferecem uma variedade de diplomas, desde graduaçÔes tĂ©cnicas atĂ© doutorados. Os nomes dos cursos sĂŁo variados: ciĂȘncia do desastre, preparação para emergĂȘncias, administração de defesa civil, polĂticas para riscos, ação humanitĂĄria, dentre outros. Quem se forma nesses cursos geralmente segue carreira em organizaçÔes nĂŁo governamentais; agĂȘncias municipais, estaduais e federais de gerenciamento de emergĂȘncias; e empresas, escolas e hospitais que querem desenvolver planos de contingĂȘncia para operarem mesmo apĂłs um desastre.
"Existe um grande reconhecimento sobre o valor e a necessidade desses tipos de programas", disse Carol L. Cwiak, professora da Universidade Estadual da Dakota do Norte. "Todo mundo precisa pensar no gerenciamento de emergĂȘncia, esteja vocĂȘ no setor pĂșblico ou no privado".
O nĂșmero de cursos de gerenciamento de emergĂȘncias no ensino superior nos EUA saltou de 70 em 2001 para 232 neste ano, segundo a AgĂȘncia Federal de Gerenciamento de EmergĂȘncias (Fema). Em 1995, um ano apĂłs a agĂȘncia começar a incentivar o desenvolvimento de novos programas acadĂȘmicos para complementar o treinamento do seu instituto, sĂł havia cinco cursos disponĂveis em todo o paĂs. Hoje tambĂ©m existem pelo menos 112 programas de segurança nacional, que se concentram basicamente em terrorismo - todos eles foram iniciados apĂłs os ataques de 11 de setembro de 2001.
Neste trimestre, a Universidade Fordham introduziu um mestrado em ação humanitĂĄria internacional, que examina todos os aspectos dos desastres, desde a polĂtica e a histĂłria atĂ© a Ă©tica. Na Universidade do Leste do Kentucky, as matrĂculas no departamento de segurança, defesa e gerenciamento de desastres cresceram cinco vezes nos Ășltimos dez anos, chegando a 1.187 no fim do ano passado. A universidade tambĂ©m oferece um curso de graduação em segurança nacional desde 2007.
O programa de gerenciamento de emergĂȘncias da Universidade Estadual de Nova York, na cidade de New Paltz, pode ser considerado incomum por ter um foco de estudo na saĂșde mental. Os alunos estudam geografia, mĂdia, terrorismo global e morte na sociedade norte-americana.
Eles aprendem as abordagens mais recentes para ajudar vĂtimas de desastres. Eles sĂŁo ensinados a atender Ă s necessidades fĂsicas e emocionais imediatas em vez de interrogar as vĂtimas sobre o desastre propriamente dito.
E os alunos tĂȘm que pĂŽr a mĂŁo na massa. Professores pediram recentemente que eles ajudassem as vĂtimas de enchentes no norte do Estado norte-americano.
Por vĂĄrios anos, estudantes fizeram trabalho voluntĂĄrio no marco zero do World Trade Center, em Nova York, e na regiĂŁo de Nova Orleans, devastada pelo furacĂŁo Katrina. Alguns dos universitĂĄrios tambĂ©m fazem estĂĄgio atendendo a ligaçÔes no Centro de Serviços de EmergĂȘncias. Ă para esse local que sĂŁo direcionadas as ligaçÔes feitas para "911", nĂșmero para o qual os cidadĂŁos dos EUA ligam quando estĂŁo em alguma situação de emergĂȘncia, como enchentes, incĂȘndios, problemas mĂ©dicos de urgĂȘncia e ocorrĂȘncias policiais.
Lisa W.Foderaro - The New York Times - Traduzido por AndrĂ© Luiz AraĂșjo - Fonte: O Tempo - 20/06/11.
Instituto de SaĂșde Mental apĂłs Desastres - campus de New Paltz da Universidade Estadual de Nova York - http://www.newpaltz.edu/idmh/programs.html
Universidade Estadual da Dakota do Norte - http://www.ndsu.edu/
AgĂȘncia Federal de Gerenciamento de EmergĂȘncias - http://www.fema.gov/
Universidade Fordham - http://www.fordham.edu/
Universidade do Leste do Kentucky - http://www.eku.edu/
A QUALIDADE DA UNIVERSIDADE BRASILEIRA
HĂĄ exatos 35 anos, em 22/6/1976, escrevi o artigo inaugural da seção "TendĂȘncias/Debates", intitulado "Tecnologia e humanismo". Desde entĂŁo, especialmente nos Ășltimos dez ou 12 anos, ficou universalmente reconhecida a importĂąncia das universidades ditas de pesquisas para o desenvolvimento econĂŽmico de seus respectivos paĂses.
Como consequĂȘncia, proliferaram diferentes esquemas de avaliação, em que se incluem ordenaçÔes por qualidade (ranking).
Embora opiniĂ”es sobre o que seja qualidade divirjam, Ă© notĂĄvel a convergĂȘncia das classificaçÔes das universidades de todo o mundo, realizadas com critĂ©rios distintos. Exemplo expressivo Ă© o fato de que, dentre as dez primeiras classificadas, estĂŁo quase sempre as mesmas sete ou oito americanas e as duas ou trĂȘs inglesas, quaisquer que sejam os critĂ©rios.
Essas caracterĂsticas ocorrem atĂ© pelo menos a ducentĂ©sima posição, embora sem a mesma acuidade que no caso das dez primeiras. A pertinĂȘncia dessas avaliaçÔes, incĂŽmodas, para dizer o menos, para certos acadĂȘmicos, nĂŁo surpreendentemente Ă© contestada.
Se no Brasil as avaliaçÔes negativas de suas universidades serviram apenas para provocar ressentidos diatribes inconsequentes, em paĂses maduros e em outros emergentes elas ao menos produziram tentativas de identificação das razĂ”es das deficiĂȘncias de suas instituiçÔes de ensino superior; em alguns casos, reformas jĂĄ foram encetadas.
O presidente da Universidade Yale (EUA), Richard C. Levin, em recente artigo na revista "Foreign Affairs", mostra como a China elegeu nove universidades (denominadas C9) para concentrar recursos, o que jĂĄ havia acontecido com JapĂŁo, Coreia do Sul e Taiwan.
A agenda da Ăndia Ă© ainda mais ambiciosa, com 14 universidades escolhidas. Os paĂses que estĂŁo se desenvolvendo mais aceleradamente no Oriente imitam nesse aspecto os EUA e a Inglaterra.
A França encomendou um estudo a um grupo de intelectuais provenientes de vĂĄrios paĂses (a "MissĂŁo Aghion"), com a finalidade justamente de identificar as diferenças entre as grandes universidades do exterior e as francesas.
O relatório resultante serve melhor ao Brasil que à França. Abaixo, listamos as diferenças essenciais entre as universidades brasileiras e as universidades mais bem qualificadas dos EUA e da Inglaterra.
1 - O ĂłrgĂŁo mĂĄximo no Brasil, o conselho universitĂĄrio, Ă© constituĂdo essencialmente por membros da corporação interna (70 na Unicamp e cem na USP), enquanto nas grandes universidades do exterior o ĂłrgĂŁo colegiado supremo Ă© formado por uma grande maioria de cidadĂŁos prestantes externos Ă universidade (entre dez e 15), frequentemente empresĂĄrios, dirigentes de instituiçÔes da sociedade civil etc.
2 - Enquanto no Brasil eleiçÔes de reitores e diretores se fazem entre e por grupelhos da corporação interna, desnaturando a atividade acadĂȘmica, nas boas universidades do exterior o conselho escolhe um comitĂȘ de busca para procurar seus reitores e diretores, principalmente fora da universidade.
3 - No Brasil, tudo favorece a endogenia ("inbreeding"), enquanto no exterior uma pluralidade de mecanismos Ă© adotada para eliminĂĄ-la em todos os nĂveis da carreira universitĂĄria. SĂŁo escolhidos fora da universidade os professores titulares e, por vezes, os associados.
4 - Finalmente, nas universidades americanas o pesquisador-docente sĂł alcança estabilidade, e assim mesmo precĂĄria, no fim da carreira; aqui, começa como vitalĂcio. Sabemos, portanto, por que nossas universidades sĂŁo deficientes.
Resta ver se temos vontade polĂtica para mudar, o que nĂŁo fizemos nesse intervalo de 35 anos.
RogĂ©rio Cezar de Cerqueira Leite, 79, fĂsico, Ă© professor emĂ©rito da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), presidente do Conselho de Administração da ABTLuS (Associação Brasileira de Tecnologia de Luz SĂncrotron) e membro do Conselho Editorial da Folha.
Fonte: Folha de S.Paulo - 22/06/11.
Unicamp - http://www.unicamp.br/
ABTLuS - http://voip4all.rnp.br/instituicoes/abtlus/
NĂŁo deixem de enviar suas mensagens atravĂ©s do âFale Conoscoâ do site.
http://www.faculdademental.com.br/fale.php