PENSANDO NO LEITE MATERNO
ONLY IN THE BREAST
English/site:
http://www.onlythebreast.com/
PolĂȘmica: Venda de leite materno.
Mercado crescente nos Estados Unidos, a venda de leite materno tem provocado discussĂ”es controversas. Desde que o site Only The Breast entrou no ar, no inĂcio de 2010, cada vez mais mulheres vendem e compram leite materno no paĂs, atraindo mais de 3.000 mĂŁes dispostas a pagar US$ 3 por 30 ml. AtĂ© recentemente, o leite era oferecido gratuitamente por voluntĂĄrios ou disponibilizado em bancos de leite como os que tambĂ©m existem no Brasil e negociado de forma esporĂĄdica em listas de classificados como o Ebay.
Interessa - Etc - Fonte: O Tempo - 12/07/11.
O site:
http://www.onlythebreast.com/
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(COLABORAĂĂO: PROFESSORA ADRIANA FILETO)
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ATEUS TĂM VIDA SEXUAL MELHOR
Um estudo da Universidade de Kansas analisou a vida sexual de cerca de 15 mil pessoas e constatou: quanto mais religiosa uma pessoa é, menos satisfeita ela de diz com sua vida sexual. A culpa é da culpa: 80% dos entrevistados com convicçÔes religiosas se sentiam mal após o sexo. Entre os ateus, apenas 26%.
CiĂȘncia Maluca (http://super.abril.com.br/blogs/cienciamaluca/) - Thiago Perin - Fonte: Super Interessante - Edição 293.
Universidade de Kansas: http://www.ku.edu/
O CRAVO NĂO BRIGOU COM A ROSA
Texto de Luiz AntĂŽnio Simas
Chegamos ao limite da insanidade da onda do politicamente correto.
Soube dia desses que as crianças, nas creches e escolas, nĂŁo cantam mais O cravo brigou com a rosa. A explicação da professora do filho de um camarada foi comovente: a briga entre o cravo - o homem - e a rosa - a mulher - estimula a violĂȘncia entre os casais. Na nova letra "o cravo encontrou a rosa debaixo de uma sacada/o cravo ficou feliz /e a rosa ficou encantada".
Que diabos Ă© isso? O prĂłximo passo Ă© enquadrar o cravo na Lei Maria da Penha.
SerĂĄ que esses doidos sabem que O cravo brigou com a rosa faz parte de uma suĂte de 16 peças que Villa Lobos criou a partir de temas recolhidos no folclore brasileiro?
Ă Villa Lobos, cacete!
Outra mĂșsica infantil que mudou de letra foi Samba LelĂȘ. Na versĂŁo da minha infĂąncia o negĂłcio era o seguinte: Samba LelĂȘ tĂĄ doente/ TĂĄ com a cabeça quebrada/ Samba LelĂȘ precisava/ Ă de umas boas palmadas. A palmada na bunda estĂĄ proibida. Incita a violĂȘncia contra a menina LelĂȘ. A tia do maternal agora ensina assim: Samba LelĂȘ tĂĄ doente/ Com uma febre malvada/ Assim que a febre passar/ A LelĂȘ vai estudar.
Se eu fosse a LelĂȘ, com uma versĂŁo dessas, torcia pra febre nĂŁo passar nunca. Os amigos sabem de quem Ă© Samba LelĂȘ? Villa Lobos de novo. Podiam atĂ© registrar a parceria. Ficaria assim: Samba LelĂȘ, de Heitor Villa Lobos e Tia Nilda do Jardim Escola Criança Feliz.
Comunico tambĂ©m que nĂŁo se pode mais atirar o pau no gato, jĂĄ que a mĂșsica desperta nas crianças o desejo de maltratar os bichinhos. Quem entra na roda dança, nos dias atuais, nĂŁo pode mais ter sete namorados para se casar com um. Sete namorados Ă© coisa de menina fĂĄcil.
Ninguém mais é pobre ou rico de marré-de-si, para não despertar na garotada o sentido da desigualdade social entre os homens.
Dia desses alguĂ©m [nĂŁo me lembro exatamente quem se saiu com essa e nĂŁo procurei a referĂȘncia no meu babalorixĂĄ virtual, Pai Google da Aruanda] foi espinafrado porque disse que ecologia era, nos anos setenta, coisa de viado. Qual Ă© o problema da frase? Ecologia, de fato, era vista como coisa de viado. Eu imagino se meu avĂŽ, com a alma de cangaceiro que possuĂa, soubesse, em mil novecentos e setenta e poucos, que algum filho estava militando na causa da preservação do mico leĂŁo dourado, em defesa das bromĂ©lias o u coisa que o valha. Bicha louca, diria o velho.
Vivemos tempos de não me toques que eu magÎo. Quer dizer que ninguém mais pode usar a expressão coisa de viado ? Que me desculpem os paladinos da cartilha da correção, mas isso é uma tremenda babaquice. O politicamente correto é a sepultura do bom humor, da criatividade, da boa sacanagem. A expressão coisa de viado não é, nem a pau (sem duplo sentido), ofensa a bicha alguma.
Daqui a pouco sĂł chamaremos o anĂŁo - o popular pintor de roda-pĂ© ou leĂŁo de chĂĄcara de baile infantil - de deficiente vertical . O crioulo - vulgo picolĂ© de asfalto ou bola sete (depende do peso) - sĂł pode ser chamado de afrodescendente. O branquelo - o famoso branco azedo ou Omo total - Ă© um cidadĂŁo caucasiano desprovido de pigmentação mais evidente. A mulher feia - aquela que nasceu pelo avesso, a soldado do quinto batalhĂŁo de artilharia pesada, tambĂ©m conhecida como o rascunho do mapa do inferno - Ă© apenas a dona de um padrĂŁo divergente dos preceitos estĂ©ticos da contemporaneidade. O gordo - outrora conhecido como rolha de poço, chupeta do VesĂșvio, Orca, baleia assassina e bujĂŁo - Ă© o cidadĂŁo que estĂĄ fora do peso ideal. O magricela nĂŁo pode ser chamado de morto de fome, pau de virar tripa e OlĂvia Palito. O careca nĂŁo Ă© mais o aeroporto de mosquito, tobogĂŁ de piolho e pouca telha.
Nas aulas sobre o barroco mineiro, não poderei mais citar o Aleijadinho. Direi o seguinte: o escultor AntÎnio Francisco Lisboa tinha necessidades especiais... Não då. O politicamente correto também gera a morte do apelido, essa tradição fabulosa do Brasil.
O recente Estatuto do Torcedor quer, com os olhos gordos na Copa e 2014, disciplinar as manifestaçÔes das torcidas de futebol. Ao invés de mandar o juiz pra putaqueopariu e o centroavante pereba tomar no olho do cu, cantaremos nas arquibancadas o allegro da Nona Sinfonia de Beethoven, entremeado pelo coro de Jesus, alegria dos homens, do velho Bach.
Falei em velho Bach e me lembrei de outra. A velhice não existe mais. O sujeito cheio de pelancas, doente, acabado, o famoso pé na cova, aquele que dobrou o Cabo da Boa Esperança, o cliente do seguro funeral, o popular tå mais pra lå do que pra cå, jå tem motivos para sorrir na beira da sepultura. A velhice agora é simplesmente a "melhor idade".
Se Deus quiser morreremos, todos, gozando da mais perfeita saĂșde. Defuntos? NĂŁo.
Seremos os inquilinos do condomĂnio Cidade do pĂ© junto.
Abraços,
Luiz AntÎnio Simas - Mestre em História Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e professor de História do ensino médio
Fonte: SÎnia Marli Borges (Colaboração: A. M. Borges)
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