PENSANDO EM BONDADE
ABSOLUTAMENTE ABSOLUT
See the video:
http://www.youtube.com/watch?v=ORC8YSS1WrI
Uma propaganda da vodca sueca Absolut se tornou viral ao sugerir que num mundo perfeito as pessoas usariam atos de bondade em vez de dinheiro. Valeria pagar o supermercado com abraços ou comprar passagens de metrô com beijos ou qualquer outro tipo de carinho.
Veja o vÃdeo:
http://www.youtube.com/watch?v=ORC8YSS1WrI
Bombou na Web - Renata Leal - Fonte: Época - Número 561.
POLÊMICA - ATIVISTA ACUSA JORNAL DE RACISMO POR CHARGE COM SÃMIO
Uma charge polÃtica publicada ontem pelo jornal "The New York Post", retratando o autor do plano de recuperação econômica dos Estados Unidos como um macaco, foi denunciada como ofensiva por Al Sharpton, ativista dos direitos civis dos negros.
O desenho, que saiu na página 12 do diário, mostra um policial matando um macaco, numa referência a um episódio ocorrido na última segunda-feira em Connecticut, quando um oficial matou a tiros um macaco que atacou e feriu gravemente uma mulher.
Na charge, outro policial comenta: "Eles vão precisar encontrar outro para redigir o próximo projeto de lei de estÃmulo econômico". Sharpton disse que o desenho é "perturbador, dado o histórico de ataques racistas comparando afro-americanos a macacos".
Fonte: O Tempo - 19/02/09.
Confira a charge e tire suas conclusões:
http://www.freerepublic.com/focus/f-news/2188764/posts
Obs.: O jornal "New York Post" pediu desculpas pela charge (O Tempo - 21/02/09).
BRASILEIROS, VOCÊS HÃO
Quem circula de carro pelo Rio no Carnaval não pode se fiar nos bloqueios e desvios do trânsito ditados pela autoridade. Precisa cuidar da sua própria "engenharia", para não ficar ilhado em algum bairro, cercado de blocos por todos os lados. Ao contrário de outras cidades, em que o Carnaval se dá em "circuitos" limitados, o do Rio ocupa todo o território.
Este ano, 160 blocos se registraram oficialmente, mas a quantidade de grupos que irá à s ruas andará, no mÃnimo, pelo dobro disso. Cada bloco sairá duas ou três vezes e arrastará uma média de 5.000 foliões de cada vez. Mas, se se incluÃrem os 500 mil do Cordão da Bola Preta -espremendo-se na Cinelândia enquanto você lê o jornal nesta manhã de sábado-, a média irá para as estratosferas.
Há blocos em Vila Isabel, Muda, Saúde, Lapa, Santa Teresa, Botafogo, Laranjeiras, Jardim Botânico, Copacabana, Ipanema e em toda praça ao alcance de um botequim: Mauá, Quinze, Tiradentes, Russel, do Jockey. Até o Leblon, tido como o verdadeiro túmulo do samba, já tem seu sortimento de blocos.
O Rio custou, mas redespertou para o Carnaval. E para um Carnaval que também parecia defunto: o dos bailes à fantasia, com orquestras de metais, em clubes e gafieiras; dos shows de rua (trazendo de volta baluartes como Roberto Silva, João Roberto Kelly, Ademilde Fonseca) e até o de deliciosos ranchos, estilo 1910, como o Flor de Sereno, em Copacabana. Não é uma "nostalgia". O grosso dessa massa humana que pula e se esbalda pelos cinco dias é de uma refrescante juventude.
O poeta carioca Dante Milano (1899-1991) escreveu nos anos 30: "Brasileiros, vocês hão de ter saudades do Carnaval". Mosca. Mas o Rio tomou providências e, um dia, haveremos de sentir saudades dos atuais Carnavais.
Ruy Castro - Fonte: Folha de S.Paulo - 21/02/09.
A PAULICEIA DESVAIRADA E O ENSINO EM MINAS
"Pauliceia Desvairada" é o tÃtulo do livro de poemas de Mário de Andrade, publicado em 1922, cujos prefácio e poemas arrombaram as comportas do romantismo da poesia brasileira e se constituÃram no marco inicial da revolução modernista no Brasil. Estou usando o tÃtulo do livro famoso e peça essencial de nossa literatura para chamar a atenção dos mineiros ao desvario dos paulistas em sua caminhada para ocupar todos os espaços do ensino em Minas Gerais. Há perigos nisso, pergunto, para responder que é necessário esclarecer bem essa questão, sob pena de vermos toda a educação submetida ao controle ideológico do Ministério da Educação, dominado por paulistas e submetido a certa ideologização distante do pensamento mineiro. Como exemplo, poderÃamos citar a recente aquisição por empresas de ensino de São Paulo das universidades UNI-BH, UNA, Newton Paiva, Metropolitana e, certamente, de outras cujos nomes permanecem guardados nos impenetráveis segredos dos negócios. Até aÃ, nada demais. Ocorre que recente decisão do Supremo, atualmente em grau de recurso pelos embargos de declaração apresentados pela Assembleia Legislativa, resolveu declarar inconstitucionais os artigos 81 e 82 do Ato das Disposições Transitórias da Constituição Mineira, que dava atribuições ao Conselho Estadual de Educação para criar universidades e incorporá-las ao sistema estadual de ensino. Noves fora a discussão jurÃdica em torno do assunto, o problema polÃtico é que todo o sistema estadual de ensino de nÃvel superior estará, caso sejam rejeitados os embargos, submetido ao talante dos paulistas, resultando daà mutilações e deformações que poderão resultar na morte por inanição das escolas mineiras, incapazes de suportar os ônus que a elas serão impostos pela supremacia da pauliceia desvairada. O assunto é por demais controvertido para ser confinado a simples artigo de jornal, mas do ponto de vista polÃtico é necessário aumentar as cautelas e a vigilância para não permitir que o avanço da plutocracia paulista sobre o ensino mineiro seja contaminado pelo processo de crescente esquerdização do Brasil nos últimos tempos e que em São Paulo ganhou surpreendente impulso. É cediça a afirmação referente à má qualidade do ensino fundamental nas diversas regiões deste imenso território nacional. Em lugar de prover as carências que o assolam e o prejudicam, carências e prejuÃzos refletidos no alunado cada vez mais atrasado e mal formado, o governo federal está se preocupando em retirar parcela da autonomia dos Estados federados para, numa polÃtica centralizadora, estabelecer diretrizes sobre o ensino superior sem sequer haver resolvido a questão do ensino fundamental. Pior de tudo, neste emaranhado de decisões equivocadas, é a circunstância sinistra de ninguém se preocupar com o volume de corrupção e desmandos, objetos da denúncia do senador Jarbas Vasconcelos e ontem mais uma vez comprovada pela deslavada mentira governamental sobre os gastos com a farra dos prefeitos em BrasÃlia.
Murilo Badaró - Academia Mineira de Letras - Fonte: O Tempo - 21/02/09.
Pauliceia Desvairada - http://www.tvcultura.com.br/aloescola/literatura/poesias/mariodeandrade-ocortejo.htm
UNI-BH - http://www.unibh.br/
UNA - http://www2.una.br/
Newton Paiva - http://www.newtonpaiva.br/
Metropolitana - http://www.metropolitanabh.coc.com.br/
Academia Mineira de Letras - http://www.academiamineiradeletras.org.br/
POR QUÉ NO TE CALLAS?
Minha gente, estou a cada dia mais perplexo com a performance do nosso presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Não que ele tenha mudado essencialmente; nada disso, ele se comporta assim desde o primeiro dia de governo: não desce do palanque.
Às vezes me pergunto se minha crescente perplexidade decorre dessa sua insistência que já dura sete anos ou de alguma outra coisa. Acho que são as duas: por um lado, já não aguento ouvi-lo falar pelos cotovelos, gesticular e postar-se como um ator num palco e, por outro, percebo-o cada vez mais à vontade para dizer o que lhe convenha, conforme o momento e conforme o público.
Sem nenhum compromisso com a verdade e com a postura de um chefe de Estado.
Ele não se comporta como chefe de Estado. Fala sempre em termos pessoais, ou louvando-se a si mesmo sem qualquer constrangimento ou acusando alguém, seja a imprensa, seja a oposição, sejam as classes ricas, sejam os paÃses ricos.
Estão todos contra os pobres, menos ele que, felizmente, assumiu o governo do Brasil para salvá-los, após quatro séculos de implacável perseguição. Do Descobrimento até 2003, ninguém sabe como o Brasil conseguiu sobreviver, crescer, chegar a ser a oitava economia do mundo, sem o Lula! Só pode ter sido por milagre ou qualquer outro fator inexplicável.
A verdade é que, apesar de tudo, o paÃs resistiu até o momento em que ele, Lula, chegou a tempo de salvá-lo. Isso ele afirma com uma veemência impagável, como se fosse a coisa mais óbvia e indiscutÃvel do mundo.
Sem rir, o que é mais surpreendente ainda, diante do olhar espantado de favelados, trabalhadores, funcionários públicos, aposentados.
Já quando o público muda, ele também muda o discurso. Se fala para empresários, banqueiros, exportadores, a conversa é outra. Mostra-se preocupado com o crescimento da economia, com o apoio do BNDES à iniciativa privada e chega mesmo a admitir que sem os empresários o paÃs não cresceria. E o balanço de final de ano mostra que os bancos realmente nunca ganharam tanto dinheiro como durante a gestão presidencial do fundador do Partido dos Trabalhadores, que se dizia inimigo número um deles.
Joga com um pau de dois bicos, mas dá certo. Diz uma coisa para os pobres e o contrário para os ricos, mas dá certo. Tanto que a sua popularidade cresce a cada nova pesquisa de opinião. Na última delas, o Ãndice de aprovação de seu governo alcançou mais de 70% e a dele, presidente, mais de 80%. Ele fala, fala, fala, viaja, viaja, viaja; o resto do tempo faz polÃtica. Há uma cumplicidade esquisita: Lula finge que governa, e o povão finge que acredita.
Mas, infelizmente, os números da estatÃstica não conseguem cegar-me. Pelo contrário, ao ver tamanha aprovação a um presidente da República, que busca deliberadamente engazopar a opinião pública, preocupo-me. Para onde estamos sendo arrastados? Até quando e até onde conseguirá Lula manipular a maioria dos brasileiros?
Essas considerações me ocorreram ao ler o discurso que ele pronunciou, no Rio de Janeiro, na favela da Mangueira, ao inaugurar uma escola. De ensino não falou, claro, já que não lê nem escreve. Anunciou a intenção de usar prédios públicos desativados como moradia de sem-teto. E aproveitou para mostrar como os ricos odeiam os pobres: disse que os ricos da avenida Nove de Julho, em São Paulo, não querem deixar que gente pobre venha morar ali, num prédio público desocupado. "Mas nós vamos colocar, porque a moradia é um direito fundamental do ser humano." Palmas para ele!
Nessa mesma linha de discurso para favelados, defendeu as obras do PAC, afirmando que a parcela mais pobre da população é que será beneficiada, e aduziu: "Quando a gente faz isso, perde apoio de determinada classe social, porque gente rica não gosta que a gente cuide muito dos pobres".
O discurso, como sempre, é atrapalhado mas suficientemente claro para que a mensagem seja entendida: os ricos odeiam os pobres, que só contam com Lula para protegê-los. A conclusão é óbvia: se o Lula é o pai dos pobres, quem se opõe a ele certamente os odeia e ama os ricos.
Assim como se apropriou de tudo o que antes combatera, improvisou o tal PAC, um aglomerado de projetos pré-existentes de empresas estatais, governos estaduais e municipais, que vai desde o pré-sal até a ampliação de metrôs e o trem-bala.
Mas o investimento do governo federal é de apenas 0,97% do PIB, menos do que investiu FHC em 2001. Se tudo o que está ali é viável ou não, pouco importa, desde que sirva para manter Lula e Dilma sob os holofotes.
Ferreira Gullar - Fonte: Folha de S.Paulo - 15/02/09.
LIVROS - JORNALISTA ANALISA "SELEÇÃO SOCIAL" DO SUCESSO PESSOAL
Há mais um best-seller na praça disposto a desvendar as razões do sucesso pessoal. Este, no entanto, não se propõe a ajudá-lo a chegar lá, pela simples razão de que isso depende muito menos do candidato à glória -ainda que brilhante- do que de uma série de conjunções incontroláveis pelo indivÃduo.
O autor desse libelo de ataque aos self-made-men é Malcolm Gladwell, repórter da prestigiosa revista "New Yorker" e autor de "Fora de Série -Outliers" (Sextante).
Alguns atributos, é claro, são indispensáveis, e o principal deles é o talento. Mas o que Gladwell se propõe a investigar é o que diferencia pessoas de talentos equivalentes que têm destinos distintos. É aà que o acaso se une a processos de "seleção social" arbitrários. O primeiro exemplo dado pelo jornalista é o da escolha de jogadores para a liga júnior de hóquei do Canadá. Há um padrão curioso na escalação desses times: a maioria dos jogadores é nascida nos primeiros meses do ano.
A explicação, exposta por Gladwell, é a seguinte: como a data limite naquele paÃs para se candidatar a uma vaga nesses times é 1º de janeiro, e o corte é feito por um limite de idade, garotos nascidos no inÃcio do ano têm uma vantagem comparativa em relação a outros, nascidos no segundo semestre.
Mesmo que tenham talentos parecidos para o esporte, os primeiros serão alguns meses mais velhos na hora da seleção, terão o corpo mais desenvolvido -uma diferença de meses na pré-adolescência é significativa- e, portanto, chances maiores de se destacarem.
Logo, uma regra arbitrária -a data para a seleção- pode influenciar o sucesso de uns em detrimento de outros.
Bill Gates na escola
O esforço, o treino, a repetição também contam, mas até para isso é preciso oportunidade -que aparece para alguns, e para outros, não. Um dos exemplos do livro é o do fundador da Microsoft Bill Gates. A ocasião que fez esse gênio de sucesso -além do seu pendor incomum para a matemática- foi a criação, na escola em que estudava em Seattle, de um clube de informática, ainda em 1968. "Bill Gates teve acesso à programação em tempo real na oitava série, em 1968. Daquele momento em diante, Gates passou a viver em uma sala de computador", diz Gladwell.
Os EUA, de forma geral, ao valorizarem culturalmente o esforço pessoal, não são exatamente o "ambiente" ideal para que teses como a de Gladwell se tornem altamente vendáveis. Ou seja, esse livro poderia ser uma espécie de jogador de hóquei mirim nascido nos últimos meses do ano. Como Gladwell então explica o seu sucesso? ("Outliers" está há 12 semanas na lista de mais vendidos do "New York Times".)
"Eu esperava um bocado de resistência", disse ele à Folha. "Mas o contrário aconteceu. Creio que o que fez a diferença foi o momento de lançamento do livro: ele apareceu justo quando a economia estava desmoronando. Foi Wall Street, afinal, que sempre defendeu com mais afinco a ideia do indivÃduo como senhor do seu próprio destino."
FORA DE SÉRIE
Autor: Malcolm Gladwell
Tradução: Ivo Korytowski
Editora: Sextante
Quanto: R$ 29,90 (288 págs.)
Rafael Cariello - Fonte: Folha de S.Paulo - 21/02/09.
FORA DE SÉRIE - http://www.submarino.com.br/produto/1/21444359/fora+de+serie+:+outliers/?franq=167895
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