PENSANDO NO CLIMA
CLIMATE CHANGE CONFERENCE
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Um ano depois do fracasso da conferĂȘncia de Copenhague, representantes de mais de 190 paĂses se reĂșnem novamente a partir de hoje para discutir o que fazer contra o aquecimento global.
O cenĂĄrio da conferĂȘncia do clima mudou radicalmente: da gĂ©lida capital da Dinamarca (-14ÂșC) para o cĂĄlido balneĂĄrio mexicano de CancĂșn (+ 30ÂșC). Espera-se a presença de cerca de 10 mil pessoas e 30 chefes de Estado.
O presidente Lula, no entanto, nĂŁo estarĂĄ presente. O motivo da desistĂȘncia, anunciada ontem, Ă© ausĂȘncia prevista de dirigentes de paĂses europeus. Isso tornaria os debates "pouco prĂĄticos" e sem o efeito global esperado.
Os impasses continuam os mesmos: naçÔes ricas e pobres não conseguem acordar sobre quanto cortar de suas emissÔes de carbono até 2020 -e em que termos.
As divergĂȘncias sĂł se aprofundaram no Ășltimo ano: com o naufrĂĄgio da lei de clima e energia no Senado dos EUA, o maior poluidor histĂłrico chega ao MĂ©xico sem poder oferecer muita coisa.
Nem mesmo o pĂfio corte de 17% de suas emissĂ”es em relação a 2005 que o presidente Barack Obama havia prometido em Copenhague estĂĄ mantido.
Além disso, a derrota de Obama nas eleiçÔes legislativas trouxe uma leva de parlamentares que sequer acredita em aquecimento global -entre eles o novo presidente da Cùmara dos Representantes, John Bohmer.
Um dos novos deputados, Darrell Issa, prometeu até uma CPI para investigar os climatologistas.
Aliado Ă crise econĂŽmica, que arrefeceu as polĂticas de defesa do clima de vĂĄrios paĂses desenvolvidos, esse contexto criou uma tempestade perfeita para que CancĂșn seja uma conferĂȘncia em torno da qual nĂŁo hĂĄ expectativas.
"NĂŁo se cristaliza um mau momento", declarou na semana passada o negociador-chefe do Brasil, Luiz Alberto Figueiredo Machado.
Um novo acordo global do clima, com peso de lei internacional, nĂŁo deve ser fechado antes de 2012, ano em que expira o tratado existente, o Protocolo de Kyoto.
Cabe a CancĂșn, portanto, manter a bola das negociaçÔes rolando sem fixar metas ou prazos. Hoje, fala-se em "caminhada", "nova etapa" e "avanço incremental".
O principal resultado de CancĂșn serĂĄ a adoção oficial de elementos do Acordo de Copenhague, a pĂfia declaração polĂtica que nĂŁo teve a adesĂŁo de todos os paĂses.
Apesar de ser uma mera carta de intençÔes, o acordo tem sinalizaçÔes em cinco åreas: mitigação (redução de emissÔes), adaptação, finanças, tecnologia e florestas.
"ACORDINHOS"
O objetivo da COP-16 (16ÂȘ ConferĂȘncia das Partes da Convenção do Clima da ONU), nome oficial do encontro, Ă© "matar" o Acordo de Copenhague e fechar miniacordos nessas ĂĄreas.
O Ășnico avanço esperado na ĂĄrea de mitigação Ă© que nĂŁo haja um retrocesso: os paĂses em desenvolvimento esperam que os desenvolvidos concordem com a continuação do acordo de Kyoto, que teria um novo perĂodo de compromisso. Os desenvolvidos sĂŁo contra porque os EUA estĂŁo fora de Kyoto.
Em florestas, espera-se que seja finalizado o acordo de Redd + (Redução de EmissĂ”es por Desmatamento), que permitirĂĄ que os paĂses com florestas tropicais como o Brasil comecem a receber para conservĂĄ-las.
Na ĂĄrea de financiamento, Copenhague avançou ao estabelecer a criação de um Fundo Verde e determinar que os paĂses ricos levantem US$ 100 bilhĂ”es por ano a partir de 2020 para açÔes de adaptação e corte de emissĂ”es nos paĂses em desenvolvimento. CancĂșn deverĂĄ decidir como o dinheiro serĂĄ aplicado e gerenciado.
Claudia Angelo/Simone Iglesias - Fonte: Folha de S.Paulo - 29/11/10.
O site:
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CRONOLOGIA DE ACORDOS
DEZ.1997
Protocolo de Kyoto, assinado no JapĂŁo por 84 paĂses, estipula metas de redução de emissĂ”es atĂ© 2012. EUA, que emitem quase 20% do carbono do mundo, nĂŁo participaram da ratificação do documento
DEZ.2007
No ano de lançamento do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima), que alarmou o mundo sobre o ritmo de aquecimento global, lĂderes polĂticos concordaram, em Bali, em cortar as emissĂ”es de carbono em 60% atĂ© 2050
DEZ.2009
A conferĂȘncia do clima de Copenhague, na Dinamarca, foi considerada um fiasco tanto do ponto de vista da organização (havia muito mais gente do que o esperado, o que causou tumulto), tanto em relação aos resultados. NĂŁo houve acordo entre ricos e pobres, e o documento gerado na reuniĂŁo nĂŁo teve adesĂŁo de todos os paĂses
OUT.2010
Representantes de cerca de 200 naçÔes fecharam um plano estratĂ©gico que prevĂȘ a proteção da biodiversidade, em nĂvel global. No acordo histĂłrico, foram definidos 20 objetivos para deter o ritmo alarmante de desaparecimento das espĂ©cies que vivem tanto em terra quanto no mar
NOV.2010
Em CancĂșn, mais de 190 paĂses estarĂŁo reunidos na tentativa de formalizar um documento que adote termos de Copenhague, sem retrocessos, e que substitua Kyoto. Mas as expectativas sĂŁo pessimistas. Muitos dirigentes de paĂses europeus nĂŁo estarĂŁo presentes- e, com essa justificativa, o presidente Lula anunciou que tambĂ©m nĂŁo estarĂĄ por lĂĄ
Fonte: Folha de S.Paulo - 29/11/10.
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ANTES TARDE
Olhando o aparato militar e policial em ação no Rio, numa ofensiva inĂ©dita que pode impor uma derrota histĂłrica do trĂĄfico e resgatar imensas favelas para o poder pĂșblico, o cidadĂŁo brasileiro balança a cabeça em sinal de aprovação, mas nĂŁo consegue evitar a pergunta: por que sĂł agora?
Raquel Faria - Fonte: O Tempo - 28/11/10.
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