ESTĂTUAS PELO MUNDO...PARA PENSAR E REFLETIR IV
LIBERDADE PARA SONHAR
âO homem que mede as nuvensâ, de Jan Fabre - BĂ©lgica
(Colaboração: Viana)
O SER JOVEM
A simplicidade do ser jovem Ă© imediata e parece trazer todas as respostas.
O olhar guloso, curioso e esperto, percebendo tudo e mostrando que nada passa despercebido, envaidecendo.
A habilidade de se interessar por tudo interessante e nem tanto, deixando clara a necessidade de conhecer e traçar diferenças.
A necessidade de falar nĂŁo somente para quem estĂĄ mais perto, mas para atĂ© quem estĂĄ tĂŁo longe, mostrando que se faz preciso, as idĂ©ias serem consideradas por todos ou pela maior parte do mundo possĂvel e porque nĂŁo do impossĂvel.
O corpo perfeito, pelo menos nos padrĂ”es que por vocĂȘ ou os que te cercam, ou os que dizem, escrevem, enganam, confessam ou ainda comprovam que Ă© assim que deve ser, numa prova quase que concreta que o padrĂŁo importante ainda nem Ă© conhecido, ou existe.
Enfim, uma cabeça cheia de idĂ©ias e sonhos a serem realizados e mundos a serem mudados e caras a serem quebradas, inclusive a tua, porque vocĂȘ estĂĄ na mais alta fase da razĂŁo que mostra que o resto do Universo estĂĄ fora de prumo e precisando calibração. Porque os parĂąmetros corretos sĂŁo os teus.
Nada mais certo do que tudo isso. Afinal ser jovem Ă© apenas um degrau de uma longa escada rumo ao cume da maturidade, que apesar de longa se vence rapidamente, onde fatalmente se saberĂĄ com certeza que muito pode ser passado despercebido sem que, no entanto se perca nada. Mas para tanto Ă© preciso olhar tudo.
Lå, se saberå que as diferenças tinham mesmo de ser traçadas e analisadas e descartadas ou não, para que o interessante seja realmente conforme interessado. Mas era necessårio se interessar antes.
Saber-se-ĂĄ que as idĂ©ias foram ouvidas e receber-se-ĂĄ os retornos e numa mĂșltipla combinação de valores e bom senso, elas ajudarĂŁo e unir os teus passos ao caminho justo que foi escolhido. Mas era preciso colocar as idĂ©ias no mundo antes.
HaverĂĄ tambĂ©m espelhos, que mostrarĂŁo sem dĂșvida a perfeição do corpo perfeito que, com efeito, nĂŁo considerarĂĄ a celulite, um pelo ou um peito, que por qualquer motivo nĂŁo estarĂĄ direito, mas que dentro do peito nĂŁo Ă© defeito e sim um jeito de mostrar um ser que sempre foi perfeito. Mas ainda era preciso conhecer todos os padrĂ”es certos ou aqueles tomados como errados, para que um sĂł fosse considerado. O teu. O melhor e o mais lindo.
LĂĄ, as "descalibraçÔes" do Universo, as nĂŁo mudanças do mundo e as caras nĂŁo quebradas que sobraram, mostrarĂŁo que o caminho foi outro ou atĂ© aquele mesmo que vocĂȘ escolheu, pois para tanto precisou ver as diferenças, externar as idĂ©ias e olhar todos os teus reflexos no espelho, de casa, do mundo, da vida e da mente, onde o reflexo Ă© o mais puro atĂ© hoje visto.
Seja tudo isso. Seja jovem e viva como realmente um jovem deve viver e nunca se esqueça de conservar nĂŁo o corpo, mas a alma jovem, para que o mundo que vocĂȘ encontrar lĂĄ na frente, lĂĄ em cima, nĂŁo te cobre tudo e tanto, que possa fazer com que vocĂȘ se sinta velho e infeliz.
Seja feliz. Sorria sempre, procurando refletir nos olhos das outras pessoas a alegria de viver bem e saudavelmente.
Ame todos que te amam e talvez até quem não te ame, pois com o tempo perceberå que são os que mais precisam de amor.
Ame principalmente vocĂȘ, pois assim verĂĄ que Ă© justamente este o ponto de partida para amar outro tudo o mais.
Agradeça a Deus tudo que vocĂȘ tem e o que nĂŁo tem, pois embora Ele jĂĄ saiba, te retornarĂĄ diretamente no coração com o nĂ©ctar da vida bela, do qual atĂ© agora me referi - O amor.
Eribaldo B. dos Santos (Eddy)
29 de junho de 2005
A DESCOBERTA DA PĂLVORA
Um funcionĂĄrio da ONU passou uns dias no Brasil (acho que ficou apenas no Rio) e fez um relatĂłrio sobre a onda de violĂȘncia que sofremos.
Descobriu brilhantemente a pĂłlvora: a nossa polĂcia estĂĄ desaparelhada para enfrentar o crime. Gente mal paga, sem instrução e equipamentos adequados, falta de condiçÔes tĂ©cnicas e tĂĄticas para combater a marginalidade das grandes cidades etc. etc.
Nenhuma novidade no diagnóstico. Mas quem vive na zona do agrião sabe que o problema é mais complexo, mesmo sem mencionar as razÔes socioeconÎmicas, que eram o argumento preferencial da maioria dos analistas.
A morosidade do JudiciĂĄrio Ă© uma das causas que alimentam tanto o crime organizado como o crime desorganizado. O critĂ©rio das condicionais Ă© falho, o bandido, quando Ă© preso e julgado, em pouquĂssimo tempo recebe a condicional, que o devolve Ă s ruas e ao crime.
Outro fator que, embora secundĂĄrio, colabora na desmoralização policial Ă© parte da imprensa, que guarda dos tempos do regime militar o ressentimento pelas violĂȘncias daquele perĂodo: chamar o ladrĂŁo para se livrar do guarda.
Na semana passada, um soldado foi executado nas ruas do Rio. Segundo um jornalista, ele estava sendo pago pela sociedade para isso mesmo: morrer. Li num jornal que o policial morto no helicĂłptero da prĂłpria polĂcia foi atingido por arma disparada por outro policial.
A mĂdia mostra diariamente o arsenal Ă disposição dos traficantes, mais sofisticado e letal que o da polĂcia. No entanto -ainda segundo a mĂdia-, nenhuma daquelas armas dispara uma Ășnica bala perdida.
A velhinha que estava vendo televisão na sala, a criança na carteira da escola, foram mortas por balas perdidas das armas policiais.
Carlos Heitor Cony - Fonte: Folha de S.Paulo - 18/11/07.
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