PENSANDO NA COMUNIDADE CIENTÍFICA
VENDEM-SE ESPÉCIES
English/sites:
http://supportscripps.ucsd.edu/
http://www.biopat.de/englisch/index_e.htm
Goodhartzorum - http://explorations.ucsd.edu/Around_the_Pier/2008/July_August/Name_a_Species/
Opsiphanes blythekitzmillerae - http://www.flmnh.ufl.edu/sciencestories/2008/butterfly_auction.htm
Callicebus aureipalatii - http://www.facebook.com/note.php?note_id=112762518762426
Mesonerilla neridae - http://www.csmonitor.com/Environment/Wildlife/2008/0625/want-to-name-a-sea-slug-a-nonprofit-might-let-you
Lebbeus clarehanna - http://www.righthealth.com/topic/lebbeus_clarehanna
Agora existe um jeito mais fácil de alcançar a imortalidade: batizar uma espécie animal com o seu próprio nome.
A comunidade científica descobriu uma nova maneira de financiar seus projetos: explorar a vaidade humana, vendendo os nomes científicos de animais e plantas para pessoas que queiram aparecer. Você paga e ganha o direito de batizar criaturas recém-descobertas, que passarão a sesr conhecidas pelo seu nome. Esse mercado é liderado pelo Instituto Scripps, da Universidade de San Diego, que se especializou no negócio - e trabalha com vermes e moluscos. Prefere criaturas mais graciosas? Procure a Biopat, que está vendendo os nomes de 100 novas espécies, como sapos e orquídeas.
EXEMPLOS:
Minhoca da Família
Espécie: goodhartzorum (a espécie pertence a um novo gênero, cujo nome ainda não foi definido)
Quem comprou: O americano Jeff Goodhartz (R$ 7.900)
Professor de matemática, Jeff tem quase 60 anos, é solteiro e não tem filhos. Mas queria deixar um legado. E pagou à Universidade de San Diego para batizar uma nova espécie de minhoca - que foi descoberta em Belize e agora carrega o sobrenome dele.
Voa, Vovó
Espécie: Opsiphanes blythekitzmillerae
Quem comprou: a família Kitzmiller (R$ 70 mil)
A americana Margery Kitzmiller, morta em 1972, era uma pessoa criativa: escrevia poesia, tocava piano e cantava. "Quase uma borboleta", dizem seus netos - que adquiriram de cientistas americanos o direito de colocar o nome da velhinha numa borboleta.
Sorte de Macaco
Espécie: Callicebus aureipalatii
Quem comprou: Um cassino online (R$ 1,1 milhão)
Depois de pagar R$ 1.600 para tatuar seu logotipo no rosto de uma mulher, os donos do cassino virtual Golden Palace acharam um jeito ainda melhor de divulgar a marca: compraram o nome científico de um macaco boliviano, que virou "palácio dourado" em latim.
Te amo, Verme
Espécie: Mesonerilla neridae
Quem comprou: O biólogo Greg Rouse (R$ 25 mil)
Greg queria homenagear sua namorada. E, quando ficou sabendo que o nome de um verme aquático recém-descoberto estava à venda, não pensou duas vezes: batizou-o com o nome da garota, Nerida. Não é um gesto muito romântico, mas ele diz que a moça "gostou muito".
Camarão da NBA
Espécie: Lebbeus clarehanna
Quem comprou: O ex-jogador de basquete Luc Longley (R$ 5 mil)
Quando descobriu uma nova espécie de camarão, a cientista australiana Anna McCallum não vacilou: colocou o nome do bicho em leilão no site eBay. O comprador foi Luc Longley, ex-craque do Chicago Bulls. Ele colocou o nome de sua filha, Clare Hanna, no camarão.
Cristine Gerk - Fonte: Super Interessante - Edição 286.
Os sites:
http://supportscripps.ucsd.edu/
http://www.biopat.de/englisch/index_e.htm
Goodhartzorum - http://explorations.ucsd.edu/Around_the_Pier/2008/July_August/Name_a_Species/
Opsiphanes blythekitzmillerae - http://www.flmnh.ufl.edu/sciencestories/2008/butterfly_auction.htm
Callicebus aureipalatii - http://www.facebook.com/note.php?note_id=112762518762426
Mesonerilla neridae - http://www.csmonitor.com/Environment/Wildlife/2008/0625/want-to-name-a-sea-slug-a-nonprofit-might-let-you
Lebbeus clarehanna - http://www.righthealth.com/topic/lebbeus_clarehanna
CUIDE DO SEU BOLSO E DO PLANETA JÁ!
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ESTÁ NASCENDO A ERA DOS EDUCADORES
Uma Faculdade, em São Paulo, decidiu oferecer aulas de madrugada, terminando às 2h. Isso por uma simples razão de mercado: o horário atendia aos desejos de trabalhadores que queriam o diploma, mas não tinham horário para estudar.
Já há cursos de graduação que não aceitam a matrícula de alunos com menos de 24 anos. Os mais velhos, mais responsáveis, muitos deles casados ou com filhos, não querem garotada "zoando" em sala.
É comum ver LAN houses na periferia usadas por quem faz cursos a distância. Para quem tem pouco tempo e dinheiro, o computador conectado à internet passa a ser a esperança de um salário melhor.
Esses três fatos são simbólicos da nova agenda brasileira, que a presidente Dilma Rousseff terá de enfrentar. Está vindo uma classe média mais escolarizada e crítica, com demandas cada vez mais sofisticadas e difíceis de atender.
Essa nova agenda vai gerar áreas de pressão para a presidente Dilma, que já recebe uma terrível herança: as expectativas criadas pelo presidente Lula.
Segundo o Datafolha, 83% dos brasileiros esperam que ela faça um governo igual ou melhor do que o do antecessor. A frustração, pelo menos a curto prazo, será inevitável. A situação fica ainda mais delicada quando Lula sugere que poderia estar disposto a voltar.
Independentemente do fator Lula e mesmo da necessidade de pôr as contas públicas em ordem, há uma mudança no padrão de expectativas do brasileiro.
Atribuiu-se parte do sucesso e do prestígio de Lula à distribuição de recursos diretamente às famílias. De fato, ele ampliou o que recebeu do governo anterior e soube fazer disso uma notável obra de comunicação. Existe, porém, um segmento urbano que, vivendo nas periferias das grandes cidades, pouco tem a ver com o assistencialismo. É beneficiário do crescimento econômico e dos aumentos salariais, mas sabe que sua prosperidade depende da qualidade de seus diplomas.
Colecionei uma série de pesquisas, realizadas pelos mais diferentes institutos de opinião, algumas delas voltadas a entender os novos consumidores, que trazem sempre a mesma mensagem: o valor crescente do conhecimento. Basta lembrar que, segundo o Datafolha, a educação se transformou em uma das três prioridades da população. No Sudeste, onde estão as metrópoles, a tendência é especialmente forte.
O Brasil tem um imenso gargalo no ensino médio, o segmento educacional mais vulnerável do país. Os cursos técnicos são escassos; as vagas em faculdades públicas, limitadas. O nível geral das faculdades privadas ainda é lamentável, como mostram indicadores oficiais.
A tendência é a universalização do ensino médio e, com isso, mais gente informada, com mais expectativa e mais crítica. É o que se vê no adulto enfiado numa LAN house fazendo um curso a distância.
É inevitável que, nessa mistura de democracia com melhoria da escolaridade, aumente a percepção da distância entre o que se paga de imposto (mais de quatro meses de trabalho por ano) e o que se recebe como serviço. Mais que a corrupção, vão sobressair a falta de eficiência, o desperdício, os descalabros de gestão e o corporativismo doentio.
O imenso valor do Bolsa Família está em pôr o dinheiro diretamente nas mãos das famílias, quase sem intermediação. É bem mais simples do que melhorar o sistema de saúde ou oferecer educação de qualidade, avanços que exigem complexos e demorados sistemas de gestão.
Não dá para não reconhecer que o Brasil melhorou inclusive na educação. Mas o sucesso tem um preço. Logo as pessoas esquecem os benefícios adquiridos e querem mais.
Dilma terá de lidar com a expectativa deixada por Lula, mas a regra vale para todos os governantes que agora tomam posse: eles serão avaliados com mais dureza e terão de oferecer soluções mais engenhosas.
É provável que sejam avaliados pela habilidade de melhorar a autonomia dos cidadãos, ou seja, de aumentar a qualidade do que as pessoas aprendem para ter um projeto de prosperidade. É por isso que um trabalhador se dispõe a fazer um curso superior de madrugada.
PS - Já houve diferentes grupos no poder: bacharéis, militares, economistas. A próxima década será a era dos educadores -e uma coisa útil a fazer será aprovar uma lei da responsabilidade educacional, que puna, com pesadas multas, todos os níveis de governo que não cumprirem suas obrigações educacionais.
Gilberto Dimenstein (www.dimenstein.com.br/) - Fonte: Folha de S.Paulo – 26/12/10.
NEGÓCIOS VERDES – MIÚDOS DE PORCO E ESTERCO VIRAM ENERGIA EM CIDADE SUECA
KRISTIANSTAD, Suécia - Era uma meta ambiciosa quando, há uma década, esta cidade prometeu se livrar dos combustíveis fósseis.
Mas, hoje em dia, o município de Kristianstad, com 80 mil habitantes, praticamente não usa mais petróleo, gás natural ou carvão para aquecer lares e empresas. Só que este lugar do sul da Suécia não adotou a energia solar ou a eólica. Como convém a uma região voltada para a agricultura e o processamento de alimentos, ela aproveita ingredientes como cascas de batatas, esterco, óleo de cozinha usado ou tripas de porcos.
Uma usina existente, há dez anos, usa um processo biológico para transformar os detritos em biogás, uma forma de metano. O gás é queimado para gerar calor e eletricidade ou é refinado e vira combustível para carros.
A cidade também queima o gás que emana de um antigo lixão e de tanques de esgoto e aproveita os restos de madeira da poda de árvores e das fábricas de pisos.
Nos últimos cinco anos, muitos países europeus passaram a usar mais a energia renovável. Só na Alemanha, há cerca de 5.000 sistemas de biogás gerando energia.
O uso do biogás em Kristianstad é parte de uma reformulação da matriz energética que levou a cidade a reduzir pela metade seu consumo de combustíveis fósseis e a cortar um quarto das suas emissões de dióxido de carbono.
O biogás gera emissões quando é queimado, mas menos do que o carvão e petróleo. E o biogás é renovável: é feito de dejetos biológicos que de outra forma seriam decompostos em lavouras e lixões, liberando metano (gás do efeito estufa), poluindo o ar e, possivelmente, afetando os mananciais.
Os gastos iniciais em Kristianstad, cobertos pela prefeitura e por repasses do governo sueco, foram consideráveis: o sistema centralizado de calefação por biomassa custou US$ 144 milhões, incluindo a construção de uma usina de incineração, a instalação dos dutos, a substituição de fornalhas e a instalação de geradores.
Mas as autoridades dizem que o retorno é significativo: Kristianstad gasta hoje cerca de US$ 3,2 milhões por ano para aquecer seus prédios públicos, em vez dos US$ 7 milhões que gastaria com petróleo e eletricidade. O biogás abastece carros, ônibus e caminhões da prefeitura.
As operações com biogás geram renda, pois fazendas e fábricas pagam para eliminar seus dejetos, e as usinas vendem calor, eletricidade e combustível para veículos.
Desde a década de 1980, a cidade possui dutos subterrâneos que distribuem vapor para aquecer as residências. O sistema, inicialmente, usava combustível fóssil. Mas, depois que a Suécia se tornou o primeiro país a impor um imposto sobre as emissões de dióxido de carbono por combustíveis fósseis em 1991, a cidade passou a procurar alternativas.
Em 1993, já estava queimando restos de madeira e, em 1999, começou a usar o calor gerado pela nova usina de biogás.
Alguns prédios foram adaptados com fornalhas individuais que usam "pellets" (cilindros granulados) feitos com sobras de madeira.
Queimar madeira dessa forma é mais eficiente e produz menos dióxido de carbono do que a queima da lenha; esse tipo de calefação deu origem a um setor de produção de "pellets" no norte da Europa. Fornalhas para "pellets" recebem subsídios governamentais, e abastecê-las sai por metade do preço em relação ao petróleo, segundo o engenheiro Erfors.
As autoridades de Kristianstad esperam que até 2020 as emissões locais sejam 40% inferiores às de 1990, e que a administração municipal abandone totalmente os combustíveis fósseis e pare de emitir gases do efeito estufa.
O transporte responde por 60% do uso de combustíveis fósseis na cidade. As autoridades querem que os motoristas usem carros abastecidos com biogás local. Isso exigirá aumentar a produção.
Embora o combustível de biogás custe cerca de 20% menos que a gasolina, os consumidores relutam em pagar US$ 32 mil (cerca de US$ 4.000 a mais do que um carro convencional) por um veículo a biogás ou bicombustível, pois querem ter certeza de que a rede de abastecimento continuará crescendo, e que haverá mais postos disponíveis.
O engenheiro Martin Risberg é favorável a tal expansão. "Um tanque é suficiente para você andar o dia todo pela região", disse Risberg abastecendo seu Volvo com biogás. "Mas é preciso planejar com antecedência."
Elisabeth Rosenthal - Fonte: Folha de S.Paulo - 27/12/10.
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