AO SUCESSO
BRAZIL RISING
English:
http://www.csmonitor.com/2008/1112/p08s01-comv.html
O "Christian Science Monitor" (http://www.csmonitor.com/2008/1112/p01s01-woam.html) iniciou uma série sobre o país. Na primeira reportagem, "Superpotência agrícola, Brasil espalha seu know-how" e "está levando tecnologia de produção tropical para outras partes da América Latina e para África e Ásia". Em outra edição, "Entre os esquerdistas latinos, o moderado Lula lidera" (http://www.csmonitor.com/2008/1113/p11s01-woam.html) e "Brasil vira modelo contra a pobreza" (http://www.csmonitor.com/2008/1113/p01s03-woam.html).
Para marcar a série, o jornal de Boston deu o editorial "O Obama do Brasil" (http://www.csmonitor.com/2008/1112/p08s01-comv.html), dizendo que Lula, "como Obama, saiu da pobreza e da política de esquerda para o poder". Mas "governa do centro, o que dá a ele respeito mundial" -e já "pode ensinar uma ou duas coisas a Obama". Por fim, como eles dois, "EUA e Brasil têm muito em comum para não partilhar liderança regional e global".
Toda Mídia - Nelson de Sá - Fonte: Folha de S.Paulo - 13/11/08.
ARTIGOS - ADM. MARIZETE FURBINO
Segredos dos Grandes Empreendedores!
Por Adm. Marizete Furbino
(PARTE II)
“Os grandes líderes são como os melhores maestros, eles vão além das notas para alcançar a mágica dos músicos”.Blaine Lee
Empreendedores de sucesso são profissionais de destaque no mercado, profissionais estes que possuem algumas características que os fazem diferenciar dos demais.
Tais características podem ser consideradas decisivas, e, quando somadas, se constituem em seus mais preciosos bens.
- Saber recrutar, selecionar, lotar, manter e reter o profissional na empresa em que atua: além de inserir o profissional no departamento certo, o empreendedor é também capaz de implementar ações, investindo cada vez mais neste profissional, para não somente mantê-lo na empresa, mas para ser capaz de retê-lo dentro da empresa na qual atua.
- Não teme a mudança: sabedor de que vive na era da incerteza, onde não há constância, o empreendedor enfrenta as mudanças de “peito aberto”, com muita garra, equilíbrio e vontade de fazer acontecer, não tendo assim resistência. Como agente que desvenda a realidade em que vive, agente de mudança e de transformação, o empreendedor, através de seus conhecimentos e de sua visão, realiza análise da organização e do mercado, verificando as oportunidades, ameaças, fraquezas e fortalezas, o que faz com que a organização à qual está sob sua direção, faça um diferencial no mercado, transformando fraquezas em fortalezas e ameaças em oportunidades.
- Preocupa-se com conhecimento, inovação e criatividade: Sabedor de que conhecimento, inovação e criatividade, são 3 pilares imprescindíveis para o desenvolvimento e crescimento de qualquer empresa, uma vez que traz consigo maior produtividade, eficiência e eficácia nas ações, o empreendedor investe cada vez mais, e assim, consegue conquistar o sucesso e não só sobreviver, mas permanecer neste mercado globalizado, onde a competitividade é demasiadamente acirrada. Ele sabe muito bem que uma empresa que não inova estará fadada ao fracasso. Tem consciência que a inovação é fator sine qua non de sucesso e que, através da inovação, a empresa terá maior probabilidade de oferecer ao mercado produtos e serviços mais atrativos, destacando-se, sendo líder no que faz , fazendo assim o diferencial. O empreendedor sabe também que a criatividade é condição inerente ao ser humano, e que, a partir de seu exercício, a empresa irá realizar rupturas, inserir no mercado produtos e/ou serviços inovadores e assim conquistar novos rumos, novos mercados, se destacando no mercado, agregando valor ao produto e ao serviço, conquistando com isso vantagens competitivas sustentáveis, além de proporcionar condições, não apenas para sobreviver, mas para se consolidar no mercado. Considera igualmente a criatividade como sendo de suma importância dentro de qualquer empresa, colocando-a como uma preocupação e uma prioridade, tendo valor de destaque nos princípios que regem a empresa na qual exerce sua função, pois, através da criatividade, surge a inovação, fator determinante de emersão no mundo dos negócios.
- Realiza e promove capacitação de forma contínua: Tem sede insaciável do conhecimento, por isso não somente realiza a busca pelo conhecimento de forma incansável, mas promove na empresa capacitação de maneira contínua, uma vez que é sabedor que sua competência técnica advém do conhecimento que possui, motivo pelo qual dá total ênfase à busca pelo saber.
- Reconhece o ser humano como sendo o maior bem intangível dentro da empresa: Sabe que se realiza através das pessoas; portanto, investe demasiadamente no pessoal envolvido, pois sabe que as pessoas constituem o maior patrimônio de uma organização. Sabe também que é através das pessoas que a organização poderá ascender e não só sobreviver, mas se perpetuar no mercado. Torna-se então um desafio constante para um líder empreendedor, incentivar o colaborador, para que este trabalhe sempre motivado, vestindo de fato a meia, o boné, a calça, a camisa e o sapato da empresa, ou seja, que este realmente se doe, se entregue ao trabalho de corpo e alma. A partir do momento que existe essa entrega, essa doação, verifica-se que existe satisfação, harmonia, interação, integração, e como conseqüência maior, produtividade e lucratividade.
- Melhoria contínua - uma palavra constante no dicionário e na vida do empreendedor: A melhoria contínua deve fazer parte da filosofia e do planejamento de cada organização e deve também ser levada a sério, desde a alta cúpula. Saber utilizar os erros como nossos aliados pode fazer a grande diferença. É sempre possível fazer melhor. Capacitar sempre deixa a empresa em fina sintonia com as demandas do mercado.
26/05/2008 - Marizete Furbino, com formação em Pedagogia e Administração pela UNILESTE-MG, especialização em Empreendedorismo, Marketing e Finanças pela UNILESTE-MG. É Administradora, Consultora e Professora Universitária na UNIPAC - Vale do Aço.
Contatos através do e-mail: marizetefurbino@yahoo.com.br.
Reprodução autorizada desde que mantida a integridade do texto, mencionando a autora e comunicada sua utilização através do e-mail marizetefurbino@yahoo.com.br
O FUTURO DO BRASIL PARECE SER INCONSTITUCIONAL
Até a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), o Brasil está na expectativa de saber se a Constituição brasileira proíbe que os professores brasileiros tenham um piso nacional salarial.
Pode parecer absurdo, mas é verdade: em nome da autonomia de cada Estado, cinco governadores solicitaram ao STF declarar inconstitucional a lei n° 11.738/2008.
Os governadores reclamam porque precisam aumentar o piso para R$ 950 e limitar o número de horas de aula a não mais de seis por dia. Um salário ainda tão pequeno, e uma carga horária ainda elevada, mas é possível que o STF os considere inconstitucionais.
A reação dos governadores é como se o presidente de uma província (como era chamado o governador da época) solicitasse, em 1888, a inconstitucionalidade da Lei Áurea, em nome da autonomia dos Estados.
Com uma diferença: naquela época, o "governador" teria razão de se preocupar com a desarticulação da economia e das finanças de sua província, em função da libertação dos escravos de um dia para o outro.
A economia ficaria sem mão-de-obra; seria preciso contratar novos trabalhadores.
Diferentemente de 1888, o custo da aplicação da lei º 11.738 será escalonado até 2010, e tanto menor quanto mais altos forem os salários atuais e mais baixa for a carga horário do professor.
Se, no Rio Grande do Sul, a implantação da lei do piso exigir gastos educacionais elevados, a governadora Yeda Crusius poderia tentar a reorganização do seu orçamento. Se isso não fosse possível, seu dever seria liderar o povo gaúcho para exigir recursos adicionais ao governo federal, como está previsto na própria lei nº 11.738.
Se não conseguisse, deveria entregar as escolas do Rio Grande do Sul à administração da União, federalizando-as, como se faz com universidades e escolas técnicas.
A inconstitucionalidade é um recurso inadmissível: todos os Estados e municípios aceitam o salário mínimo decidido pelo governo federal, aceitam pisos para diversas categorias, pagam a seus deputados e juízes salários definidos por leis federais.
Mas, quando se trata do professor, recorrem à autonomia de cada unidade da Federação, como forma de não cumprir a lei.
É triste ver que o século XXI não chegou para muitos dos líderes nacionais, que não entendem o papel da educação no mundo atual, no qual o principal capital é o conhecimento. Isso se explica pelo fato de nós - parlamentares, governadores e prefeitos - termos escolas privadas para nossos filhos. Por isso, seria tão importante aprovar o projeto de lei que está em tramitação no Senado e obriga todo eleito a colocar seus filhos na escola dos eleitores: a escola pública. Mas esse projeto certamente será considerado inconstitucional, ainda durante a tramitação.
É como se o futuro do Brasil fosse inconstitucional: incompatível com a Constituição.
Cristovam Buarque, Professor (UnB) e senador (PDT-DF). Fonte: O Tempo - 14/11/08.
AS ESCOLAS COMUNITÁRIAS NO SISTEMA EDUCACIONAL BRASILEIRO
Prevalece, entre os brasileiros, a crença de que o sistema educacional envolve apenas dois segmentos: a rede pública e a rede privada de ensino. Existe, entretanto, um setor híbrido que tem contribuído decisivamente para a formação sistematizada das novas gerações. Trata-se das escolas comunitárias, que tiveram início em 1943, quando o paraibano Felipe Tiago Gomes mobilizou alguns colegas para criar, no Recife, a Campanha do Ginasiano Pobre. Ele tinha enfrentado muitos obstáculos para estudar, pois o Estado não se empenhava, naquela época, no provimento do ensino secundário.
Aqueles jovens, conforme registro de Rachel de Queiroz, não dispunham de recursos materiais nem formação pedagógica, mas imbuíram-se do ideal de democratização da escola, fundando o Ginásio Castro Alves no Recife. Motivaram a comunidade para que ela cobrisse os requisitos mínimos de pessoal e infra-estrutura e percebesse a relevância dessa iniciativa. A experiência mostrou-se viável e se espalhou pelo país, sob o rótulo de Campanha Nacional de Educandários Gratuitos e, posteriormente, em Campanha Nacional de Escolas da Comunidade.
Existem, atualmente, 23 unidades em Minas Gerais e 275 no Brasil, com um perfil diferenciado em relação às escolas públicas, confessionais e empresariais, pois a CNEC preserva o ideal do ensino com alta qualidade sem as amarras políticas da rede oficial e as altas despesas para as famílias das outras instituições. Cobra mensalidade dos alunos, pois arca com as obrigações trabalhistas, como qualquer organização privada, mas o custo é menor, diante da isenção de alguns encargos oficiais e de sua proposição central de prestar um serviço sem perspectiva de lucro.
Os cenesianos têm mantido sua autenticidade filosófica, fundada no princípio de que uma instituição educacional precisa desenvolver um vínculo orgânico, sistematizado e transparente com a comunidade em que está inserida. Isso é possível porque o Conselho Comunitário estabelece as diretrizes administrativas, viabilizando a participação efetiva dos pais dos estudantes e de outros cidadãos comprometidos com uma escola eficiente, democrática e futurista.
É lamentável que esse segmento do sistema educacional tenha pouca visibilidade para os brasileiros, pois ele seria a melhor alternativa para a formação das novas gerações pelo envolvimento dos pais e pela integração da comunidade nas atividades pedagógicas, com engajamento nos projetos de aperfeiçoamento da instituição e na preservação do patrimônio. Isso pode livrar as instalações de atos de vandalismo e propiciar segurança aos estudantes dentro e fora da escola. Necessita, entretanto, de mais apoio da população e do Estado, pois os custos operacionais são consideráveis e o corpo docente precisa de permanente orientação para articular o processo pedagógico aos interesses dos alunos e objetivos dos pais. Há também o desafio de prover os recursos para o horário integral em todas as unidades, oferecendo aos estudantes, além das atividades acadêmicas, esporte, arte e iniciação profissional.
Para tanto, torna-se indispensável que a infra-estrutura seja moderna, atraente e confortável. Como obter o financiamento necessário para que esse sonho de pais, alunos e professores seja concretizado? Como provocar o efetivo engajamento de comunidades num movimento educacional, despertando sua consciência de que elas podem fazer suas próprias escolhas pedagógicas, assegurando qualidade e efetiva participação decisória?
Gilda de Castro, Antropóloga - Fonte: O Tempo - 15/11/08.
CNEC - http://www.cnec.br/portal/index.php?show=7
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