PENSANDO EM SOLIDARIEDADE
O MAPA DAS ENCHENTES EM SANTA CATARINA
English: http://earth.esa.int/ew/planning/pl_brazilfl-nov08.htm
Confira a situação: http://www1.folha.uol.com.br/folha/especial/2008/chuvaemsantacatarina/mapa.shtml
"De longe não conseguimos às vezes imaginar o sofrimento das pessoas envolvidas, em que até mesmo ajuda com alimento deve ser aquele que já está pronto para comer, pois não têm água potável e sequer como aquecer alguma coisa, pois falta até gás... Recomendo que, dentro do possível, preste sua ajuda, mesmo que pequena e incentive as pessoas próximas para que também o façam, enviando agasalhos, roupas, remédios etc, como nos orienta esta matéria extraída no site da Abril/Veja - http://veja.abril.com.br/index.shtml" (A.M.Borges).
SAIBA COMO AJUDAR AS VÍTIMAS
Santa Catarina precisa de recursos e auxílio urgentes, alerta a Defesa Civil do estado. O pedido é por doações de água potável e dinheiro, além da presença de médicos voluntários. O grande problema, contudo, é a dificuldade no acesso às regiões mais afetadas, o que impede a entrega dos materiais. As autoridades informam que a água potável pode ser entregue à Defesa Civil dos municípios catarinenses e nos órgãos de segurança estaduais (polícias e bombeiros).
A Defesa Civil catarinense recebeu na terça-feira do Ministério da Saúde mais de 15.000 medicamentos e insumos estratégicos para ajudar os afetados pelas enchentes. O auxílio, que inclui 100 kits com ataduras, seringas, esparadrapos e 34 tipos de remédios, deverá ser suficiente para atender 50.000 pessoas durante 90 dias. O órgão também afirmou que as doações de água potável são prioritárias, sobretudo no município de Itajaí. Ao total, 55.000 litros já foram distribuídos desde domingo.
As regiões afetadas também deveriam receber cestas básicas doadas por outros estados, como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. A Defesa Civil orientou para que as doações de alimentos e roupas feitas pela população sejam de forma "consciente". Entre as recomendações, o órgão lembra que os alimentos devem estar dentro do prazo de validade e que os colchões e roupas de cama devem estar em bom estado de conservação, limpos e prontos para utilização.
Doações em dinheiro podem ser feitas através de depósito em nome do Fundo Estadual da Defesa Civil, CNPJ 04.426.883/0001-57. O órgão atentou para a ação de golpistas na internet e ressaltou que não recebe doações pela rede, assim como não envia mensagens eletrônicas com pedidos de auxílio. A seguir, as contas abertas para receber os depósitos.
Caixa Econômica Federal
Agência 1877
Operação 006
Conta Corrente 80.000-8
Banco do Brasil
Agência 3582-3
Conta Corrente 80.000-7
Besc
Agência 068-0
Conta Corrente 80.000-0
Bradesco S/A
Agência 0348-4
Conta Corrente 160.000-1
Caso queira enviar alguma ajuda fora dinheiro, procure órgãos sérios e oficiais de sua cidade.
Em Belo Horizonte, a Cruz Vermelha está recebendo ajuda no endereço: Alameda Ezequiel Dias, 427.
(Colaboração: A.M.B.)
Defesa Civil de Santa Catarina - http://www.desastre.sc.gov.br/
NO SÉCULO 19, ENCHENTES JÁ FAZIAM PARTE DO COTIDIANO
As enchentes em Santa Catarina são históricas, mas precisam deixar de ser. Não existem méritos quando a ocupação humana desordenada favorece fenômenos naturais que ceifam vidas.
A morfologia geológica que favoreceu a colonização do Estado e a pluralidade étnica peculiar também facilitam a ocorrência de enchentes registradas por viajantes e exploradores. No século 19, nas falas e relatórios dos presidentes da Província de Santa Catarina, dirigidos à Assembléia Provincial e enviados à administração real, na cidade do Rio de Janeiro, observa-se que as enchentes já faziam parte do cotidiano.
Nesses documentos estão os registros das atividades de governo, em que relatam a situação das finanças públicas, obras provinciais, socorros à saúde e tranqüilidade pública.
Não foram poucos os que também deixaram sugestões para combatê-las. O presidente João Carlos Pardal, em 1838, informava da necessidade de mudança no traçado da estrada para Lages, onde o rio Braço do Norte, no sul do Estado, subia o seu leito e avançava 44 metros além das margens, a cada enchente. Em Porto Belo, já haviam mudado o trajeto da estrada, cansados de reconstruir as pontes em razão das cheias.
Fixar-se às margens dos rios é uma opção do homem desde remotos tempos, pela fertilidade das terras e garantia de alimentação, a luta pela sobrevivência. Em Santa Catarina, a colonização não foi diferente de outras sociedades de regadio -Egito, Mesopotâmia, Delta do Ganges e rio Amarelo. A serra Geral, com seus contrafortes, limita o planalto ocidental da planície litorânea, recortada em belas praias, promontórios e pelos rios que nela nascem e se fazem ao mar.
Muitos outros relatos sobre tempestades, inundações -o vocábulo preferido na época- estão registrados. Mas a enchente ocorrida em 1880 deixou marcas no Estado, talvez tanto quanto deixará a de 2008.
Entre os dias 27 e 28 de setembro de 1880, escreve o presidente da Província, João Rodrigues Chaves, "elevaram-se as águas do rio Itajaí e seus afluentes a um nível que excedeu todas as previsões e inundaram rapidamente e impetuosamente todo o grande vale [...], Blumenau, o núcleo colonial de Luiz Alves e o povoado de São Pedro do Gaspar, causando graves danos e muitas perdas de vidas. Estradas, pontes de grande valor, habitações, engenhos, todas as plantações, fundadas nestes férteis municípios e nos de Tijucas e Tubarão".
E o presidente continua: "Vou abrir a vossos olhos o quadro triste desta desgraça. Na Colônia de Itajaí pereceram nessa inundação três pessoas; em Blumenau, 11; em Luiz Alves, 25; em Tubarão, três, e, finalmente, em Tijucas, uma pessoa, em um total de 42 mortos". A solidariedade brasileira era bem-vinda. Chaves louva os atos de caridade e cita vários doadores, inclusive dom Pedro 2º, sua majestade imperial, e a imperatriz Thereza Christina.
Chegaram doações das províncias vizinhas do Paraná e Rio Grande do Sul. O povo é grandioso, solidário, mas não recebe soluções.
No século 20, as maiores cheias na região do Vale do Itajaí ocorreram em 1957, 1961, 1984 (a grande enchente que atingiu Blumenau) e a de 1987.
Em 24 de março de 1974, chuvas intensas de dois dias desceram a serra arrasando Tubarão, no sul de Santa Catarina.
O desmatamento, a ocupação desordenada das encostas, a omissão dos poderes públicos no controle demográfico de regiões de risco, associados à especulação imobiliária, lavouras e plantações desordenadas nos picos dos morros, agravam os eventos.
A comunicação instantânea pode transformar a enchente de 2008 em um triste e grandioso espetáculo que passará para a história como mais uma inundação. Ou será, a continuar a inércia da gestão pública, mais uma histórica enchente?
Ricardo Moreita de Mesquita é jornalista, escritor e historiador, sócio-efetivo do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina e membro da Academia Desterrense de Letras.
Fonte: Folha de S.Paulo - 28/11/08.
Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina - http://www.ihgsc.org.br/
Florianópolis - http://pt.wikipedia.org/wiki/Florian%C3%B3polis
ARTIGOS - ADM. MARIZETE FURBINO
Segredos dos Grandes Empreendedores!
Por Adm. Marizete Furbino
(PARTE IV)
“Os grandes líderes são como os melhores maestros, eles vão além das notas para alcançar a mágica dos músicos”.Blaine Lee
Empreendedores de sucesso são profissionais de destaque no mercado, profissionais estes que possuem algumas características que os fazem diferenciar dos demais.
Tais características podem ser consideradas decisivas, e, quando somadas, se constituem em seus mais preciosos bens.
- Incentivam e contagiam seus colaboradores a serem intra-empreendedores: Assim como os donos do negócio, sensibiliza os colaboradores a se tornarem intra-empreendedores, levando-os a preocuparem com o negócio, perseguindo metas e buscando soluções em prol da lucratividade, como se o negócio fosse seu. Suas ações são pautadas na ética e na cidadania. Sabem de fato o que fazer para contribuir com a organização, sabem onde querem chegar, que caminho percorrer e quais estratégias utilizar para alcançar as metas e objetivos traçados. Querem fazer a diferença dentro de uma organização, buscando sempre lugar de destaque.
- Prima e preocupa-se sempre em ter humildade, ousadia e energia: Em meio a este cenário competitivo, humildade, ousadia e energia se tornaram a trilogia do momento, pois é preciso que se tenha humildade para reconhecer os erros e realizar os acertos. Deve sempre ter humildade para reconhecer que não é o dono da verdade e que precisa atuar dentro da organização de forma mais amena, realizando parcerias com todos os envolvidos no processo, procurando sempre realizar o trabalho em equipe, pois assim terá um resultado grandioso. É preciso que tenha ousadia para alcançar as realizações, para fazer de fato acontecer, e é preciso também que tenha energia, disposição e muito fôlego para atuar com afinco, dedicação e muita sabedoria, e assim alcançar a eficiência e eficácia, caso contrário correrá sério risco de ser literalmente esmagado pelo mercado, degolado e engolido pelo cenário que aí está.
- É um profissional assertivo: O profissional assertivo possui, além de um equilíbrio emocional muito grande, muita transparência em suas ações, tendo sempre cautela ao agir para não magoar ou ferir o próximo. As condutas e atitudes deste profissional são baseadas no problema e não nas pessoas envolvidas, agindo sempre de modo profissional e imparcial, com cuidado para não cometer injustiças, policiando–se sempre para não agir de maneira tendenciosa. O empreendedor, além de saber reconhecer os seus limites e o seu valor, faz valer não somente os seus direitos e deveres, como também os das demais pessoas presentes em seu meio, e principalmente daquelas que estão sob seu comando, que compõem sua equipe de trabalho.
- É um profissional resiliente: Além de saber lidar e gerenciar as dificuldades, crises, e/ou problemas que porventura aparecerem no decorrer da caminhada, o empreendedor sabe lidar com os imprevistos, sabe resistir aos entraves, às mudanças e às pressões, mantendo o equilíbrio emocional nos momentos de tensão e fazendo deste momento crucial uma lição para sua vida. Ele jamais se entrega, e muito menos se deixa abater e/ou desanimar e até mesmo se autodestruir diante das adversidades. O empreendedor é uma pessoa firme, que encara as adversidades de frente e com um discurso otimista, porém realista, faz das adversidades, oportunidades.
- É um profissional que prima pela educação e pela gentileza: Igualmente é de notório conhecimento que pequenos gestos de gentileza abrem portas, uma vez que esses possuem o poder de transformar o ser humano, a empresa e o mundo, pois trazem consigo uma verdadeira magia, capaz de encantar as pessoas ao seu redor, capaz de mudar todo um contexto; assim, além de atenuar momentos difíceis carregados de tensão e de mal-estar, é capaz de converter qualquer comportamento hostil em cordial, capaz de converter a desumanização em humanização. E isto faz bem, não apenas à alma das pessoas, mas à empresa como um todo. Desta maneira, além de gerar bem-estar, possui o poder de render bons “frutos” a todos os envolvidos; por conseguinte, é de suma importância cultuar e colocar em nossa práxis esta grande virtude denominada gentileza.
- Possui iniciativa: É preciso lembrar que o que irá determinar o nosso sucesso diante dos desafios chama-se ação. Será a nossa ação que irá reverter todo o quadro presente encontrado. Planejar ações de forma a agregar valor e a se destacar no mercado se torna imprescindível em meio a tantos desafios.
- Vontade imensa de vencer: Este profissional prima por fazer acontecer, uma vez que tem imensa vontade de vencer; assim, cuida para que essa vontade não seja dissipada em meio à caminhada, e possui toda cautela e empenho em fazer dos obstáculos no meio da caminhada, degraus para sua subida.
09/06/2008 - Marizete Furbino, com formação em Pedagogia e Administração pela UNILESTE-MG, especialização em Empreendedorismo, Marketing e Finanças pela UNILESTE-MG. É Administradora, Consultora e Professora Universitária na UNIPAC - Vale do Aço.
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