PENSANDO EM CHAMPAGNE
THE GREENER
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http://www.nytimes.com/2010/09/01/business/energy-environment/01champagne.html
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http://www.nytimes.com/slideshow/2010/08/31/business/energy-environment/01champagne-slideshow.html?ref=energy-environment
A garrafa de champanhe adotou agora o "verde"
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Vinho carbonatado com pegada de carbono reduzida
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Por LIZ ALDERMAN
REIMS, França - Muito abaixo da paisagem luxuriante de uvas amadurecendo na região de Champanhe, Thierry Gasco, o vinhateiro-mestre da casa Pommery, passa o dedo sobre a curva de uma garrafa verde-escura que parece exatamente igual às milhares de outras que repousam nestas frias adegas subterrùneas.
Mas para a mão e o olho tarimbados existe uma diferença sutil, embora potencialmente significativa.
"Ă assim que estamos refazendo o futuro da champanhe", disse, apontando um pouco abaixo do gargalo.
"Estamos reduzindo os 'ombros', para tornar a garrafa mais leve, para diminuir nossa pegada de carbono e ajudar a manter a champanhe aqui para as futuras geraçÔes."
A indĂșstria vinĂcola da Champanhe (nordeste da França) embarcou em um movimento para reduzir as 200 mil toneladas de diĂłxido de carbono que ela emite a cada ano, enviando bilhĂ”es de pequenas bolhas para o mundo inteiro. A produção e as remessas representam quase um terço das emissĂ”es de carbono da champanhe, sendo o maior agressor a garrafa de 900 gramas.
A atual remodelagem, que usa 65 gramas de vidro a menos, corresponde a um estudo de 2003 da pegada de carbono da champanhe, que a indĂșstria quer cortar em 25% atĂ© 2020 e 75% atĂ© 2050.
A champanhe representa apenas 10% das 3 bilhĂ”es de garrafas vinho branco espumante produzidas no mundo por ano. Mas a garrafa se destaca por seu peso. O prosecco italiano, por exemplo, usa uma garrafa de 750 gramas. Mas ele e seus primos borbulhantes tĂȘm apenas a metade da pressĂŁo da champanhe -que gera o triplo da pressĂŁo de ar de um pneu de carro comum.
Embora algumas das garrafas reestilizadas de Pommery jĂĄ estejam no mercado, o ComitĂȘ Interprofissional do Vinho de Champanhe, a organização setorial da regiĂŁo, espera que todas as vinĂcolas locais comecem a usar o recipiente de 835 g em abril prĂłximo para engarrafar a safra de uvas deste mĂȘs; a nova linha de garrafas chegarĂĄ Ă s lojas apĂłs trĂȘs anos de fermentação. A iniciativa, segundo o grupo, vai reduzir as emissĂ”es de carbono em 8 mil toneladas por ano, o equivalente a retirar das ruas 4 mil carros pequenos.
O recipiente ainda precisava suportar a grande pressão do vinho. Também precisaria sobreviver à corrida de obståculos de quatro anos desde a fåbrica até as adegas e a mesa de jantar e caber nas måquinas existentes. E tinha de ser moldado de modo a que os consumidores praticamente não notassem.
Gasco disse que a Vranken Pommery, uma das maiores casas de champanhe, gastou de 500 mil a 1 milhĂŁo de euros (de US$ 635 mil a cerca de US$ 1,3 bilhĂŁo) por ano desde 1994 em iniciativas ambientais, incluindo pesquisas e testes da garrafa mais leve.
Patrick LeBrun, um produtor independente, disse que começou a ser ecológico "por motivos pessoais". Ele não utiliza herbicidas hå cinco anos, e, neste ano, estå colocando toda a sua produção em garrafas mais leves. Tentar melhorar o meio ambiente "é minha contribuição para a próxima geração", disse.
Fonte: Folha de S.Paulo - 27/09/10.
Mais detalhes:
http://www.nytimes.com/2010/09/01/business/energy-environment/01champagne.html
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RONALDO LEMOS - ronaldolemos09@gmail.com
O que podemos aprender com Tiririca
PESQUISA DO Datafolha mostrou que o palhaço Tiririca pode ser o deputado mais votado de São Paulo, chegando à marca de 1 milhão de votos.
AtĂ© aĂ, tudo bem, cada um vota em quem quiser. Mas o sistema polĂtico brasileiro tem um cambalacho. Quem vota no Tiririca estĂĄ votando no PR (Partido da RepĂșblica), e o partido usa esses votos "a mais" para eleger outros deputados, que o eleitor nem sabe quem sĂŁo.
Com 1 milhĂŁo de votos, o PR conseguirĂĄ levar a BrasĂlia cerca de seis deputados. A maioria desconhecidos com votaçÔes pequenas, que serĂŁo eleitos no "bonde" do Tiririca.
Por isso, votar nele nĂŁo serve como "protesto".
Isso leva a uma reflexĂŁo sobre o uso da tecnologia para trazer mais transparĂȘncia para a polĂtica.
Esforços nesse sentido focam sempre nos candidatos, e não nos partidos. Um exemplo é o ótimo www. excelencias.org.br. Då para saber o perfil de cada deputado, patrimÎnio e até se ele anda faltando.
Mas, infelizmente, nĂŁo Ă© o bastante. Ă preciso outro passo: monitorar nĂŁo apenas indivĂduos, mas instituiçÔes. Juntar e publicar os dados sobre como os partidos se comportam: quantos membros foram condenados por corrupção, quanto arrecadou, cargos que controla, projetos aprovados e, lembrando-se do Tiririca, o nĂșmero de deputados eleitos por "puxadores de voto" e por conta prĂłpria.
SĂŁo dados que nĂŁo sĂŁo encontrados facilmente nem na rede nem na imprensa.
Ă muito mais fĂĄcil acompanhar um punhado de partidos do que centenas de deputados. E nĂŁo hĂĄ dĂșvidas: a responsabilidade pela escolha do Tiririca Ă© do seu partido, o PR. Com a tecnologia usada para monitorar partidos, fica mais fĂĄcil saber quem de fato estĂĄ sendo feito de palhaço.
Fonte: Folha de S.Paulo - 27/09/10.
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http://www.faculdademental.com.br/fale.php