EQUILĂBRIO E PLANEJAMENTO...
SEGURANĂA NO TRABALHO
Na foto: Um belo exemplo da China de segurança no trabalho.
(Colaboração: Geller)
PALAVRA DA SEMANA: PLANEJAR
Em latim, applanare era reparar o terreno para uma construção. A carreira segue o mesmo princĂpio: para construir um futuro, Ă© preciso aplainar bem o presente.
Max Gehringer - Fonte: Ăpoca - NĂșmero 478 (Colaboração: Laura)
AS SETE MARAVILHAS DO MUNDO
Pedimos a um grupo de estudantes que escrevessem uma lista do que eles pensavam ser "As sete maravilhas do Mundo" dos nossos dias. Houve algumas diferenças mas seguem, os que tiveram o maior nÂș de votos:
1 - As grandes pirĂąmides do Egito; 2 - O Taj Mahal; 3 - O Grande Canyon; 4 - O Canal de PanamĂĄ; 5 - O Empire State Building; 6 - A BasĂlica St-Pierre; 7 - A Grande Muralha da China.
Enquanto se contavam os votos, a professora nota que um estudante ainda nĂŁo tinha entregue o seu papel. EntĂŁo ela pergunta ao jovem se estava tendo dificuldade em fazer a sua lista. Ele respondeu, Sim, um pouco. Ă dificil de escolher porque existem tantas!
A professora diz-lhe, "Diz o que vocĂȘ jĂĄ escreveu, talvez eu possa ajudar". O jovem hesitou mas depois disse: "Eu penso que as Sete Maravilhas do Mundo sĂŁo:"
1. Ver; 2. Ouvir; 3. Tocar; 4. Provar; 5. Sentir; 6. Rir; 7. e AmarâŠ
Toda a turma ficou em silĂȘncio absoluto. Estas coisas sĂŁo de tal maneira simples e corriqueiras que nos esquecemos atĂ© que ponto sĂŁo maravilhosas!
Lembra-te:
As coisas mais preciosas nĂŁo se podem comprar ou serem feitas pelo homem. NĂŁo estejam demasiado "ocupados" para compartilhar essa mensagem com seus amigos.
(Colaboração: Bertolino)
MORADOR DE RUA ESCREVE LIVROS EM SĂO PAULO
Os termĂŽmetros da cidade de SĂŁo Paulo marcam 13Âș C. Raimundo Arruda Sobrinho, 68 anos, veste calça jeans, camisa branca imunda e meias azuis rasgadas nos calcanhares. Coberto pelo que restou de um edredom infantil com desenhos de bolas e cestas de basquete, nĂŁo reclama do frio. Ele estĂĄ sentado em um banco de madeira no canteiro central da avenida Pedroso de Morais, em Pinheiros, e se concentra em escrever livretos. Tosse e cospe. Arruda se recupera de uma doença que tenta ignorar.
HĂĄ cerca de trĂȘs semanas, pelos cĂĄlculos dele e dos motoristas de tĂĄxi do ponto localizado no outro lado da praça, foi levado de ambulĂąncia, involuntariamente, a um hospital. "Os mĂ©dicos disseram que Ă© pneumonia, mas eles que falam, eles que sabem o que fazem com a gente. Eu nĂŁo sei de nada", diz em tom rĂspido e desconfiado.
"Me deram banho, fizeram raio-x, fizeram um monte de coisa. Pelas minhas contas, depois de poucas horas voltei". Até o começo da semana, ele recebeu remédios cujos nomes diz não lembrar, de alguém que não sabe quem é. "Eu não conheço ninguém", repete sempre que o perguntam sobre pessoas.
Arruda estĂĄ no canteiro hĂĄ 11 anos, mas repudia o verbo morar. "Eu nĂŁo sou morador de rua, sou vĂtima de um crime contra os direitos humanos!", diz, sobre sua condição. Quem cometeu o crime? "Responsabilizo o Estado, nĂŁo sei quem Ă©". O senhor denunciou? "Toda a mĂĄquina do Estado sabe". Quando o crime começou a ser cometido? "NĂŁo vou entrar nisso porque nĂŁo tenho tempo e nem o senhor tem tempo. E nem capacidade".
Antes da "ilha da Pedroso de Morais", como descreve o local onde vive nas påginas de seus livros artesanais, costurados com fiapos de sacos plåsticos, Arruda teve 14 endereços em São Paulo, onde vive desde 1961. Nasceu em Piacå, no norte de Goiås - hoje Goiatins, cidade de 11 mil habitantes no norte do Tocantins.
Para ele, que nĂŁo lĂȘ nada desde que passou quase dois meses no Instituto de Psiquiatria do Hospital das ClĂnicas, em 1976, nĂŁo faz diferença. Num primeiro momento, diz nĂŁo saber o que lhe fizeram no Instituto. Depois, completa. "Tomava remĂ©dio. Me davam remĂ©dio".
Antes do surto psiquiåtrico que o levou a ser internado, Arruda trabalhou como vendedor de livros. Evita falar do passado, que aborda com um genérico "faz muitos anos". Mesmo assim, lembra com carinho da casa onde viveu até abril de 1968. "Lå eu tinha papéis, escrivaninha, colchão de mola, lençóis, cobertor, travesseiro, sanitårio".
Os albergues disponĂveis na cidade nĂŁo tĂȘm espaço para ele guardar seus escritos e demais pertences, que ficam escondidos sobre lonas. Diz calçar de 39 a 41, mas nĂŁo quer sapatos, nem um cobertor novo. "NĂŁo posso ter muita coisa, ou eles vĂȘm e rasgam, assaltam", explica. Quem? "NĂŁo sei, eu nĂŁo sei de nada. Sei que aparece rasgado". Mas o senhor nĂŁo estĂĄ aqui o tempo todo? "Estou, mas eles hipnotizam!". O senhor jĂĄ foi agredido? "Muitas vezes, jĂĄ".
Arruda escreve enquanto hĂĄ luz natural, com o auxĂlio de uma rĂ©gua de 30 cm para manter as linhas retas no papel nĂŁo pautado. Monta os livros, os quais distribui para as pessoas que o ajudam, com recortes de folhas de papel sulfite. Usa uma moldura de madeira de 11 cm por 16 cm para manter o espaço das margens.
Assina como "O Condicionado", um pseudĂŽnimo que usa "hĂĄ muitos anos". Cada exemplar doado Ă© numerado e datado. De 2000 a 2007, marca os anos como 1999+1 a 1999+8. Ele explica: "quando disseram que era o ano 2000, sabia que jĂĄ tinha passado. Estou sabendo que Ă© tudo falsidade. Quando dizem que Ă© uma coisa, Ă© outra".
Apesar do cuidado com que produz, Arruda despreza os escritos. "Isso é para matar a curiosidade de quem vem aqui, porque não vale nada. Eu sei que não vale nada". Não pensa em publicå-los. "Quando eu procurei ninguém quis. Hoje não quero nem ouvir falar do assunto".
O ex-livreiro se vĂȘ permanentemente mal-humorado, e sabe que isso afasta as pessoas. "Estou socialmente estragado".
Fonte: Terra (Colaboração: Felipe)
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