FM - Faculdade Mental

PENSE! - 19/03/2010

PENSANDO EM BANHO DE ÃGUA VERDE

HYBRID HEATER
English:
http://www.hometone.org/entry/first-energy-star-ratedge-hybrid-water-heater-is-innovatively-green/
http://www.geappliances.com/heat-pump-hot-water-heater/
Este aquecedor suga o ar quente que circula no banheiro e extrai seu calor â€“ que Ã© usado para esquentar a Ã¡gua do chuveiro. Resultado? VocÃª gasta atÃ© 62% menos eletricidade.
Fonte: Super Interessante â€“ EdiÃ§Ã£o 276.
Mais detalhes:
http://www.hometone.org/entry/first-energy-star-ratedge-hybrid-water-heater-is-innovatively-green/
http://www.geappliances.com/heat-pump-hot-water-heater/

CUIDE DO SEU BOLSO E DO PLANETA JÃ!
FaÃ§a o download gratuito no site http://www.redetres.com/.
(COLABORAÃ‡ÃƒO: PROFESSORA ADRIANA FILETO)

PARA CADA SACOLA RECUSADA, UM CLIQUE!
SerÃ¡ que precisamos de tantas sacolas feitas de plÃ¡stico e outros materiais nocivos ao meio ambiente?
Clique aqui:
http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/atitude/sacolas-descartaveis-plasticas-contador-490006.shtml

CARTILHA DA EMBRAPA
A Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa AgropecuÃ¡ria) lanÃ§ou uma cartilha para incentivar o consumo de vegetais. O material estÃ¡ no site http://www.ctaa.embrapa.br/produtos/pub-download.php.
Fonte: Folha de S.Paulo - 11/03/10.

SENADOR EDUCAÃ‡ÃƒO
Em meio Ã s discussÃµes realizadas no Congresso sobre a partilha dos royalties do prÃ©-sal, o senador Cristovam Buarque apresentou uma proposta voltada Ã educaÃ§Ã£o. Ele defende que todos os recursos do prÃ©-sal sejam destinados Ã rede pÃºblica de ensino e distribuÃdos aos Estados, de acordo com o nÃºmero de alunos matriculados.
Aparte - Fonte: O Tempo â€“ 14/03/10.
Cristovam Buarque - http://www.cristovam.org.br/portal2/

LINGUAGEM POLITICAMENTE CORRETA
Era o ano de 1971. Eu fora convidado a fazer uma conferÃªncia no Union Theological Seminary de Nova York. Na minha fala, usei a palavra "homem" com o sentido universal de "todos os seres humanos", incluindo nÃ£o sÃ³ os homens, que a palavra nomeava claramente, como tambÃ©m as mulheres, que a palavra deixava na sombra. Era assim que se falava no Brasil.
Depois da conferÃªncia, fui jantar no apartamento do presidente. Sua esposa, delicada, mas firmemente, deu-me a devida reprimenda.
"NÃ£o Ã© politicamente correto usar a palavra "homem" para significar tambÃ©m as mulheres. Como tambÃ©m nÃ£o Ã© correto usar o pronome "ele" para se referir a Deus. Deus tem genitais de homem? Esse jeito de falar nÃ£o foi inventado pelas mulheres. Foi inventado pelos homens, numa sociedade em que eles tinham a forÃ§a e a Ãºltima palavra. Ã‰ sempre assim: quem tem forÃ§a tem a Ãºltima palavra..."
O que aprendi com aquela mulher naquele jantar Ã© que as palavras nÃ£o sÃ£o inocentes. Elas sÃ£o armas que os poderosos usam para ferir e dominar os fracos.
Os brancos norte-americanos inventaram a palavra "niger" para humilhar os negros. E trataram de educar suas crianÃ§as. Criaram uma brincadeira que tinha um versinho que ia assim: "Eeny, meeny, miny, moe, catch a niger by the toe"... Quer dizer "Agarre um crioulo pelo dedÃ£o do pÃ©" (aqui no Brasil, quando se quer diminuir um negro, usa-se a palavra "crioulo").
Foi para denunciar esse uso ofensivo da palavra que os negros cunharam o slogan "black is beautiful" ("o negro Ã© bonito"). A essa linguagem de protesto, purificada de sua funÃ§Ã£o de discriminaÃ§Ã£o, deu-se o nome de linguagem politicamente correta ("PC language").
A regra fundamental da linguagem politicamente correta Ã© a seguinte: nunca use uma palavra que humilhe, discrimine ou zombe de alguÃ©m. Encontre uma forma alternativa de dizer a mesma coisa.
NÃ£o se deve dizer "Ele Ã© aleijado", "Ele Ã© cego", "Ele Ã© deficiente" etc. O ponto crucial Ã© o verbo "ser". O verbo ser torna a deficiÃªncia de uma pessoa parte da sua prÃ³pria essÃªncia. Ela Ã© a sua deficiÃªncia. A "PC language", ao contrÃ¡rio, separa a pessoa da sua deficiÃªncia. Em vez de "JoÃ£o Ã© cego", "JoÃ£o Ã© portador de uma deficiÃªncia visual." Essa regra se aplica a mim tambÃ©m.
Por exemplo: "Rubem Alves Ã© velho". InaceitÃ¡vel. Porque chamar alguÃ©m de velho Ã© ofendÃª-lo -muito embora eu nÃ£o saiba quem foi que decretou que velhice Ã© ofensa. (O tÃtulo do livro do Hemingway deveria ser mudado para "O idoso e o mar"?)
As salas de espera dos aeroportos sÃ£o lugares onde se pratica a linguagem politicamente correta o tempo todo. AÃ, entÃ£o, na hora em que se convocam os "portadores de necessidades especiais" para embarcar -sendo as necessidades especiais cadeiras de roda, bengalas, crianÃ§as de colo-, convocam-se tambÃ©m os velhos, eu inclusive. Mas, sem saber que palavra ou expressÃ£o usar para se referir aos velhos sem ofendÃª-los, houve alguÃ©m que concluiu que o caminho mais certo seria chamar os velhos pelo seu contrÃ¡rio. Assim, em vez de convocar velhos ou idosos pelos alto-falantes, a voz convoca os cidadÃ£os da "melhor idade".
A linguagem politicamente correta pode se transformar em ridÃculo. Chamar velhice de "melhor idade" sÃ³ pode ser gozaÃ§Ã£o. Ã‰ claro que a "melhor idade" Ã© a juventude.
Quero, entÃ£o, fazer uma sugestÃ£o que agradarÃ¡ aos velhos. A voz chama para embarcar os "cidadÃ£os da "idade Ã© terna'". NÃ£o Ã© bonito ligar a velhice Ã ternura?
Rubem Alves - Fonte: Folha de S.Paulo - 16/03/10.

O VALOR DA EDUCAÃ‡ÃƒO
A educaÃ§Ã£o bÃ¡sica jÃ¡ ocupa lugar de destaque na agenda nacional. Embora tardia, a prioridade que vem sendo conferida Ã formaÃ§Ã£o e Ã qualificaÃ§Ã£o dos 48 milhÃµes de brasileiros em idade escolar se reflete no aumento paulatino da parcela do PIB investida no setor. De 3,9% em 2000, alcanÃ§ou-se a marca de 4,7% em 2008, ou R$ 140 bilhÃµes, jÃ¡ perto de cumprir a meta simbÃ³lica de 5% neste ano.
NÃ£o basta, contudo, aumentar as verbas da educaÃ§Ã£o para aplicar-lhe essa espÃ©cie de choque de compromisso com a qualidade que se faz necessÃ¡rio. Ã‰ crucial trabalhar com metas mensurÃ¡veis, como as cinco lanÃ§adas pelo Movimento Todos pela EducaÃ§Ã£o, com prazo para 2022, e endossadas por esta Folha em 2007: todas as crianÃ§as e jovens de 4 a 17 anos na escola; toda crianÃ§a plenamente alfabetizada atÃ© os 8 anos; todo aluno com aprendizado adequado Ã sua sÃ©rie; todo jovem com o ensino mÃ©dio concluÃdo atÃ© os 19 anos; e investimento em educaÃ§Ã£o ampliado e bem gerido.
Por ora, melhorou mais a qualidade das estatÃsticas do que os indicadores que delas derivam. O paÃs possui hoje 91% de crianÃ§as e jovens na escola, uma taxa razoÃ¡vel. Menos de um terÃ§o, porÃ©m, demonstra ter aprendido o conteÃºdo esperado na sÃ©rie em que se encontra.
A situaÃ§Ã£o alcanÃ§a o limiar da emergÃªncia no caso da matemÃ¡tica ao final do ensino mÃ©dio: sÃ³ 9,8% dos estudantes sabem o que deveriam saber. A formaÃ§Ã£o secundÃ¡ria, mÃnimo esperado para as necessidades tÃ©cnicas do desenvolvimento nacional, sÃ³ Ã© completada por 45% dos jovens de 19 anos (idade correta para concluir o ensino mÃ©dio). E nÃ£o se criou, atÃ© o presente, instrumento confiÃ¡vel para aferir a alfabetizaÃ§Ã£o efetiva atÃ© 8 anos.
AlÃ©m disso, a intenÃ§Ã£o de dotar todos os professores de diploma universitÃ¡rio estÃ¡ longe de realizar-se. Os percentuais se aproximam do satisfatÃ³rio apenas no ensino mÃ©dio (95%) e fundamental 2 (85%). No fundamental 1, hÃ¡ meros 58%.
PaÃses que deram um salto na educaÃ§Ã£o, como Coreia do Sul, assumiram a prioridade de recrutar docentes entre os melhores profissionais formados pelas universidades. Pode-se reformar de tudo no ensino, mas ele jamais serÃ¡ de qualidade sem bons professores. E estes nÃ£o serÃ£o atraÃdos por salÃ¡rios medÃocres.
Lei sancionada em 2008 fixou um piso salarial nacional para docentes, hoje no valor de R$ 1.024,67 (inferior atÃ© Ã renda mÃ©dia do Brasil, R$ 1.117,95). No entanto, seis Estados (GO, TO, RO, CE, PE e RS) ainda pagam salÃ¡rios aquÃ©m disso. Sobre as escolas municipais nÃ£o hÃ¡ dados, mas se presume que a situaÃ§Ã£o seja ainda mais grave.
A educaÃ§Ã£o brasileira nÃ£o sairÃ¡ do buraco em que se encontra enquanto a sociedade e os governantes por ela eleitos nÃ£o se convencerem de que ser professor nÃ£o Ã© sacerdÃ³cio, mas profissÃ£o absolutamente estratÃ©gica para o desenvolvimento do paÃs.
Editoriais - Fonte: Folha de S.Paulo - 18/03/10.

NÃ£o deixem de enviar suas mensagens atravÃ©s do â€œFale Conoscoâ€ do site.
http://www.faculdademental.com.br/fale.php