PENSANDO NAS GLADIADORAS
UMA ESTATUETA RARA
English:
http://www.huffingtonpost.com/2012/04/18/rare-bronze-statue-of-top_n_1435121.html
http://www.thehistoryblog.com/archives/16228
International Journal of the History of Sport - http://www.tandf.co.uk/journals/FHSP
Universidad de Granada - http://www.ugr.es/
Museum of Art and Commerce of Hamburg - http://www.mkg-hamburg.de/de/
Ohio State University - http://www.osu.edu/
Live Science - www.livescience.com/
EstĂĄtua pode retratar uma gladiadora, diz pesquisa. Estudioso espanhol fez nova anĂĄlise de figura de bronze em museu alemĂŁo. Ăpoca romana deixou poucos registros visuais ou escritos a respeito de mulheres que lutavam, afirmam especialistas.
A estatueta retrata uma moça de porte atlĂ©tico e torso nu. O braço erguido e a mĂŁo que segura um objeto (uma pequena espada?) sugerem triunfo -ou ameaça. Para um pesquisador espanhol, trata-se da Ășnica imagem de uma gladiadora vitoriosa a chegar atĂ© nĂłs.
A anålise da peça romana estå em artigo na edição recente da revista especializada "International Journal of the History of Sport" e é assinada por Alfonso Manas, da Universidade de Granada.
A estatueta de bronze nĂŁo Ă©, em si, uma descoberta nova. Ela integra o acervo do Museu de Arte e ComĂ©rcio de Hamburgo, na Alemanha. Ocorre que a interpretação corrente sobre a figura Ă© que ela retratava apenas uma atleta depois do exercĂcio.
RASPADINHA
Ă que os estudiosos anteriores consideravam que o objeto na mĂŁo da moça seminua seria um estrĂgil, um raspador curvo, de metal, que os gregos e romanos antigos usavam para limpar a pele apĂłs se exercitarem.
O sujeito suado e sujo de pĂł aplicava uma camada de azeite perfumado sobre a pele e depois usava o estrĂgil para raspĂĄ-la. A limpeza era concluĂda com um bom banho, de preferĂȘncia nas termas que eram uma das marcas da civilização romana.
No entanto, argumenta Manas, a postura da garota seria absurda se ela estivesse mesmo segurando um estrĂgil acima da cabeça e olhando para baixo. De fato, a iconografia da Antiguidade costuma mostrar as pessoas raspando a pele com o apetrecho, e nĂŁo desse jeito.
Ele propÔe que, na verdade, o objeto é uma "sica", espada curta ou adaga recurva usada pelos gladiadores. E aponta outros sinais que apontariam para a identidade da figura como lutadora.
A faixa amarrada no joelho também era comum entre os gladiadores. E os seios nus vão contra a tese de que se trata de uma atleta (no mundo greco-romano, por definição, uma pessoa de condição livre): as poucas mulheres esportistas da época não mostravam os seios ao treinar.
JĂĄ escravas (categoria em que se encaixavam todos os gladiadores, fora um ou outro aristocrata maluco que quisesse entrar na arena) tinham bem menos barreiras para mostrar o busto.
Anna McCullough, pesquisadora da Universidade do Estado de Ohio (EUA) que estuda as poucas pistas sobre as gladiadoras romanas que chegaram atĂ© nĂłs, diz que, a princĂpio, a interpretação do pesquisador espanhol parece fazer sentido.
"O gesto da estĂĄtua Ă© bem mais parecido com uma pose de triunfo do que com a de alguĂ©m que estĂĄ usando o estrĂgil", disse ela ao site americano "LiveScience.com".
Por outro lado, ela disse estranhar a ausĂȘncia de algum tipo de armadura ou capacete protegendo o corpo da suposta lutadora.
Reinaldo José Lopes - Fonte: Folha de S.Paulo - 21/04/12.
Mais detalhes:
http://www.thehistoryblog.com/archives/16228
http://www.huffingtonpost.com/2012/04/18/rare-bronze-statue-of-top_n_1435121.html
International Journal of the History of Sport - http://www.tandf.co.uk/journals/FHSP
Universidade de Granada - http://www.ugr.es/
Museu de Arte e Comércio de Hamburgo - http://www.mkg-hamburg.de/de/
Universidade do Estado de Ohio - http://www.osu.edu/
Live Science - www.livescience.com/
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NOVO MERGULHO
LamentĂĄvel informar: voltou ao mundo a ameaça do "double dip", isto Ă©, o segundo mergulho ou queda profunda na economia. No inĂcio do ano, o risco de reprise da crise de 2008 parecia superado e a euforia dominou as bolsas. Mas os temores logo ressurgiram com as evidĂȘncias de que os trilhĂ”es gastos por governos e BCs nĂŁo estĂŁo conseguindo reaquecer as economias: apenas tĂȘm evitado o pior, ou seja, o novo mergulho na recessĂŁo. A dĂșvida agora: atĂ© quando, ou quanto, os paĂses aguentarĂŁo manter a estratĂ©gia de animar suas economias injetando dinheiro nos mercados?
Raquel Faria - Fonte: O Tempo - 16/04/12.
SOMOS TODOS ANALFABETOS DO SABER
O analfabetismo funcional é o flagelo educacional do século XXI. Desde que o pedagogo norte-americano Benjamim Bloom e equipe conceberam uma hierarquia para graduar as habilidades de leitura e escrita, muitos alfabetizados, mesmo com diploma, passaram a ser considerados analfabetos funcionais. São os que dominam apenas os elementos rudimentares da alfabetização - leem e escrevem, mas não entendem.
O contrĂĄrio do analfabetismo funcional Ă© o letramento. Nesse caso, a pessoa Ă© capaz de utilizar a leitura e a escrita para obter a sua prĂłpria visĂŁo de mundo; em outras palavras, sabe contextualizar, ser autodidata. Esse Ă© o novo desafio da escola. O que faz com que a decoreba deixe de ser o principal instrumento na aprendizagem.
Desde a GrĂ©cia antiga, a decoreba Ă© combatida. O filĂłsofo SĂłcrates era um analfabeto convicto. Pregava que os alfabetizados podem ser bem-informados, porĂ©m, sem sabedoria. Por sua vez, PlatĂŁo descreve a escrita como sendo um elixir da memĂłria, nĂŁo mais que isso. Sobre os alfabetizados escreveu: "terĂŁo a aparĂȘncia de que sabem de vĂĄrias coisas quando na verdade nĂŁo sĂŁo sĂĄbios, apenas aparentam ser".
A universalização do acesso Ă escola Ă© um dos grandes avanços do nosso tempo. Ao final do ensino mĂ©dio, um estudante jovem acumula maior quantidade de dados cientĂficos do que os filĂłsofos gregos. PorĂ©m, a sociedade civil começa a ter a mesma preocupação de SĂłcrates. JĂĄ se cobra a transformação dessa mirĂade de dados em conhecimentos prĂĄticos para a vida, em vez de servirem simplesmente para passar nos vestibulares e arrumar emprego.
Aprendizagem sem transformação Ă© gerar analfabetos do saber em sĂ©rie. Ă correto esperar mais da educação. Existe um anseio pela evolução social. A utopia Ă© fazer que a educação seja o pilar de uma sociedade mais sĂĄbia. Embora se denomine os tempos atuais como a "era do conhecimento", o tĂtulo mais realista Ă© "sociedade da informação". Estamos atolados em dados, porĂ©m, sem saber como aproveitĂĄ-los.
A boa notĂcia Ă© que uma profunda revolução na educação estĂĄ em curso. Nos anos 1990, uma comissĂŁo dos mais destacados especialistas na ĂĄrea produziu o cĂ©lebre documento "Educação: um tesouro a descobrir", que propĂ”e o alcance de quatro objetivos educacionais: saber aprender, saber fazer, saber ser e saber conviver.
Mesmo tendo dificuldades para romper com o vĂcio didĂĄtico da decoreba, o sistema escolar estĂĄ, aos poucos, implantando uma nova pedagogia transdisciplinar que permite ao aluno contextualizar o conteĂșdo aprendido com a vida social. Mas falta a participação da principal reclamante, a sociedade. De nada adianta a escola dar instruçÔes ao estudante e a sociedade deseducĂĄ-lo no dia a dia.
Somos todos analfabetos do saber. Seria mais sĂĄbio que em cada diploma de conclusĂŁo de curso estivesse grafado o ensinamento de SĂłcrates: "Quanto mais sei, sĂł sei que nada sei".
José Luiz Almeida Costa - Consultor em inovaçÔes - Fonte: O Tempo - 20/04/12.
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