FM - Faculdade Mental

PENSE! - 05/08/2010

PENSANDO EM UNIVERSIDADE

AFFIRMATIVE ACTION
English:
http://chronicle.com/article/At-Brazils-Universities/123720/
Educafro -
http://www.educafro.org.br/
O prestigioso "The Chronicle of Higher Education" (http://chronicle.com/article/At-Brazils-Universities/123720/) dÃ¡ a longa reportagem "Nas universidades do Brasil, aÃ§Ã£o afirmativa enfrenta testes cruciais", destacando que, "enquanto Supremo analisa abolir cotas, o Congresso busca expandir". Sublinhando que foi o Ãºltimo paÃs a abolir a escravidÃ£o, encerra com a avaliaÃ§Ã£o, de professora da Universidade do Texas, de que o Brasil precisaria de aÃ§Ã£o afirmativa "por 10 a 20 anos".
Nelson de SÃ¡ - Toda MÃdia (www.todamidia.folha.blog.uol.com.br) - Fonte: Folha de S.Paulo - 02/08/10.
Educafro -
http://www.educafro.org.br/

CUIDE DO SEU BOLSO E DO PLANETA JÃ!
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(COLABORAÃ‡ÃƒO: PROFESSORA ADRIANA FILETO)

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A FRASE
"Viver com medo de morrer, Ã© morrer duas vezes."
Margareth C. Franklin - Professora.
Fonte: O Tempo - 05/08/10.

LEMBREM-SE: DESMONTEM O CAVALO MORTO!
Os Ãndios da tribo Dakota passam de geraÃ§Ã£o a geraÃ§Ã£o o seguinte ensinamento: â€œQuando vocÃª descobre que estÃ¡ montando um cavalo morto, a melhor estratÃ©gia Ã© desmontarâ€.
Nas organizaÃ§Ãµes e empresas, muitas pessoas se recusam a desmontar do cavalo morto e continuam a usar prÃ¡ticas e manter idÃ©ias que se tornaram obsoletas e contraproducentes. Alguns exemplos do que elas fazem:
- Trocam os cavaleiros.
- AmeaÃ§am o cavalo com castigos e demissÃ£o.
- Compram um chicote mais forte e esporas mais afiadas.
- Criam um comitÃª para estudar o cavalo.
- Dizem coisas como: â€œEsta Ã© a maneira como sempre montamos este cavaloâ€.
- Visitam outros paÃses para ver como eles montam cavalos mortos.
- Criam um curso para desenvolver habilidades de equitaÃ§Ã£o.
- Contratam terceiros para montar o cavalo.
- Contratam um consultor para motivar o cavalo morto.
- Instalam um sistema que faz cavalos mortos correrem mais rÃ¡pido.
- Declaram que cavalo morto Ã© melhor, mais rÃ¡pido e mais barato.
- Formam um comitÃª para pesquisar usos para cavalos mortos.
- Revisam os requisitos de desempenho para cavalos mortos.
- Designam um Six Sigma Black Belt para ressuscitar o cavalo.
- Mudam os requisitos operacionais e declaram: â€œEste cavalo nÃ£o estÃ¡ mortoâ€.
- Incluem no orÃ§amento uma verba para melhorar o desempenho do cavalo.
- Atrelam vÃ¡rios cavalos mortos para aumentar a velocidade.
- Promovem o cavalo morto a gerente.
(ColaboraÃ§Ã£o: Carla Guedes)

NETWORKING - por Max Gehringer
Existem cinco estÃ¡gios em uma carreira profissional de sucesso:
1. O primeiro estÃ¡gio Ã© aquele em que o funcionÃ¡rio precisa usar crachÃ¡, porque quase ninguÃ©m na empresa sabe o nome dele.
2. No segundo estÃ¡gio, o funcionÃ¡rio comeÃ§a a ficar conhecido dentro da empresa e seu sobrenome passa a ser o nome do departamento em que trabalha. Por exemplo, Heitor de Contas a Pagar...
3. No terceiro estÃ¡gio, o funcionÃ¡rio passa a ser conhecido fora da empresa e o nome da empresa se transforma em sobrenome: Heitor do Banco Tal.
4. No quarto estÃ¡gio, Ã© acrescentado um tÃtulo hierÃ¡rquico ao nome dele: Heitor, Diretor do Banco Tal.
5. Finalmente, no quinto estÃ¡gio, vem a distinÃ§Ã£o definitiva. Pessoas que mal conhecem o Heitor passam a se referir a ele como 'o meu amigo Heitor,Diretor do Banco Tal'. Esse Ã© o momento em que uma pessoa se torna, mesmo contra sua vontade, um 'amigo profissional'. Existem algumas diferenÃ§as entre um amigo que Ã© amigo e um amigo profissional:
Amigos que sÃ£o amigos trocam sentimentos; Amigos profissionais trocam cartÃµes de visita.
Uma amizade dura para sempre; Uma amizade profissional Ã© uma relaÃ§Ã£o de curto prazo e dura apenas enquanto um estiver sendo Ãºtil ao outro. Amigos de verdade perguntam se podem ajudar; Amigos profissionais solicitam favores.
Amigos de verdade estÃ£o no coraÃ§Ã£o; Amigos profissionais estÃ£o numa planilha. Ã‰ bom ter uma penca de amigos profissionais. Ã‰ isso que, hoje, chamamos Networking, um cÃrculo de relacionamentos puramente profissional.
Mas Ã© bom nÃ£o confundir uma coisa com a outra. Amigos profissionais sÃ£o necessÃ¡rios. Amigos de verdade, indispensÃ¡veis...
Algum dia - e esse dia chega rÃ¡pido... - os Ãºnicos amigos com quem poderemos contar serÃ£o aqueles poucos que fizemos, quando amizade era coisa de amadores, e nÃ£o de profissionais.
(ColaboraÃ§Ã£o: A.M.B.)

OS IDEAIS DO OCIDENTE
A queda do Lehman Brothers, quase dois anos atrÃ¡s, e o quase colapso do euro, mais recentemente, marcam um novo capÃtulo na histÃ³ria, que levarÃ¡ como tÃtulo "o mundo pÃ³s-ocidental".
Para compreender o que significa viver em um mundo como esse, precisamos primeiro contemplar o mundo prÃ©-ocidental, anterior Ã conquista da Ãndia pelo Reino Unido e ao inÃcio do declÃnio da China. Foi um perÃodo seguido por mais de dois sÃ©culos nos quais o Ocidente viveu ao lado de um "outro" que considerava inferior. E isso agora acabou.
DemÃ³grafos preveem que os Estados Unidos e a Europa responderÃ£o por apenas 12% da populaÃ§Ã£o do planeta em 2050. Para resumir, o "outro" agora Ã© nosso igual. Na verdade, Ã© superior em muitos campos, de seu apetite pelo sucesso Ã sua confianÃ§a determinada no futuro.
Houve, Ã© claro, outros perÃodos em que civilizaÃ§Ãµes se encontraram em igualdade de condiÃ§Ãµes.
Considere, por exemplo, a repÃºblica de Veneza em seu relacionamento com os otomanos no sÃ©culo 16. Ou leia as memÃ³rias de viagem de Matteo Ricci, um jesuÃta que percorreu o impÃ©rio chinÃªs no sÃ©culo 16.
Ou pense sobre os britÃ¢nicos na Ãndia, nos anos iniciais da Companhia das Ãndias Orientais, antes que esta explorasse a fraqueza do impÃ©rio Mughal para estabelecer o seu.
Em cada um desses casos, o respeito mÃºtuo que existia entre as duas potÃªncias se baseava em uma mistura de empatia e curiosidade.
Mas foi esse senso de equilÃbrio entre civilizaÃ§Ãµes diferentes que desapareceu, primeiro com a ascensÃ£o do imperialismo europeu e depois com o inÃcio do sÃ©culo de predomÃnio norte-americano.
Agora, nÃ³s, no Ocidente, precisamos voltar a repensar a maneira pela qual nos relacionamos com os outros povos. NÃ£o podemos ignorar o fato de que a Ãsia e o Ocidente vivem momentos diferentes de desenvolvimento. China e Ãndia podem estar agora desfrutando do momento de pico em seu crescimento acelerado, antes que problemas estruturais limitem sua ascensÃ£o.
A mudanÃ§a no balanÃ§o do poder nÃ£o deveria ser recebida com negaÃ§Ã£o (ao modo norte-americano) ou com introspecÃ§Ã£o (ao modo europeu). Pois o momento que vivemos constitui nÃ£o sÃ³ um desafio considerÃ¡vel como uma oportunidade Ãºnica para o mundo ocidental.
Nossas vantagens comparativas nesse novo mundo nÃ£o sÃ£o demogrÃ¡ficas, militares, financeiras ou econÃ´micas. Encontram-se no reino de ideias e ideais; na democracia, no Estado de Direito e no respeito aos direitos humanos.
Isso Ã© afortunado, porque, pela primeira vez na histÃ³ria recente, uma nova potÃªncia mundial, a China, chegou a uma posiÃ§Ã£o de destaque na polÃtica do planeta sem uma mensagem universal, e ao mesmo tempo negando claramente as responsabilidades universais que acompanham sua nova situaÃ§Ã£o.
Em contraste, nossa mensagem universal pode servir como vantagem competitiva para o mundo ocidental. Para que isso aconteÃ§a, no entanto, nossa variante maculada de capitalismo tem de reconquistar a superioridade moral.
No final do sÃ©culo 18, o inÃcio da supremacia ocidental coincidiu com o Iluminismo, movimento baseado na ideia de progresso e emancipaÃ§Ã£o dos seres humanos agrilhoados por preconceito, superstiÃ§Ã£o e assertivas das religiÃµes estabelecidas.
Hoje, esse modelo de excelÃªncia estÃ¡ mais visÃvel na EscandinÃ¡via, onde o poder Ã© modesto e honesto, as mulheres desempenham papel importante na sociedade, uma variedade humana de capitalismo Ã© praticada e o respeito aos imigrantes Ã© a norma.
Esse claramente nÃ£o Ã© o modelo seguido pelos Estados Unidos. E tampouco Ã© o modelo de Nicolas Sarkozy ou Silvio Berlusconi.
Chegou o momento de perceber que estamos vivendo alÃ©m de nossas posses em termos materiais, e muito abaixo de nossa capacidade em termos intelectuais e espirituais.
Por isso, as potÃªncias ocidentais precisam se reinventar, mas tendo em mente uma consideraÃ§Ã£o: a de que, apesar de todos os temores surgidos com a ascensÃ£o da Ãsia, seu futuro depende em Ãºltima anÃ¡lise daquilo que trazem dentro de si.
Dominique MoÃ¯si Ã© conselheiro do Instituto de RelaÃ§Ãµes Internacionais da FranÃ§a. Este texto foi publicado originalmente no "Financial Times".
Fonte: Folha de S.Paulo - 05/08/10.