FOTOS PARA PENSAR II
FOTOGRAFIAS QUE FIZERAM A HISTĂRIA II
O homem do tanque de Tiananmen: TambĂ©m conhecido como o "Rebelde Desconhecido", esta foi a alcunha que foi atribuĂda a um jovem anĂŽnimo que se tornou internacionalmente famoso ao ser gravado e fotografado em pĂ© em frente a uma linha de vĂĄrios tanques durante a revolta da Praça de Tiananmen de 1989 na RepĂșblica Popular Chinesa.
A foto foi tirada por Jeff Widener, e na mesma noite foi capa de centenas de jornais, noticiĂĄrios e revistas de todo mundo. O jovem estudante (certamente morto horas depois) interpĂŽs se a duas linhas de tanques que tentavam avançar. No ocidente as imagens do rebelde foram apresentadas como um sĂmbolo do movimento democrĂĄtico ChinĂȘs: um jovem arriscando a vida para opor-se a um esquadrĂŁo militar.
Na China, a imagem foi usada pelo governo como sĂmbolo do cuidado dos soldados do ExĂ©rcito Popular de Libertação para proteger o povo chinĂȘs: apesar das ordens de avançar, o condutor do tanque recusou fazĂȘ-lo se isso implicava causar algum dano a um cidadĂŁo (hĂŁ hĂŁ).
(Colaboração: Emerson)
FRASE DE CHICO XAVIER
"Embora ninguém possa voltar atrås e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim" Chico Xavier.
(Colaboração: Waldeyr)
A QUESTĂO RACIAL
"No Brasil, nĂŁo existe o Ăłdio racial, mas o racismo Ă© mais primitivo. O sujeito, mesmo o mais instruĂdo, nĂŁo percebe que Ă© racista". (Joaquim Barbosa - Ministro do Supremo Tribunal Federal. O ministro foi confundido duas vezes com manobrista em restaurantes no Rio).
Fonte: Ăpoca - NĂșmero 485.
O VĂDEO DO BIN LADEN
Foram as primeiras imagens de Bin Laden divulgadas em quase trĂȘs anos, e os serviços de inteligĂȘncia americanos confirmaram que a voz ouvida no vĂdeo pertence ao terrorista.
O vĂdeo emerge a dias do sexto aniversĂĄrio do 11 de Setembro. Bin Laden aparece com a barba aparada e tingida de preto. Apesar da aparĂȘncia cansada, a imagem contradiz boatos sobre a morte do terrorista. Tudo indica que a gravação, de 30 minutos, seja recente -hĂĄ referĂȘncias Ă vitĂłria dos democratas no Congresso americano, em novembro Ășltimo, e ao presidente francĂȘs, Nicolas Sarkozy, eleito em maio.
Bin Laden diz no vĂdeo que "hĂĄ duas maneiras de pĂŽr fim ao conflito no Iraque". "Uma Ă© aumentarmos a luta e a matança. Essa Ă© nossa obrigação. A segunda solução pode partir de vocĂȘs: convido-os a abraçar o islamismo", diz o terrorista.
George W. Bush afirmou que o vĂdeo "Ă© uma lembrança de que vivemos em um mundo perigoso e de que devemos permanecer unidos para proteger nosso povo contra extremistas".
Fonte: Folha de S.Paulo - 08/09/07.
MAIS RECURSOS PARA A EDUCAĂĂO
MUITO TEM se falado sobre a prorrogação, até 2011, da CPMF. A tal ponto, porém, que pouca ou quase nenhuma atenção tem sido dedicada à prorrogação, também até 2011, de um mecanismo que hå mais de dez anos afeta diretamente a educação brasileira.
Esse instrumento legal é denominado DRU (Desvinculação de Receitas da União) e, para entender como funciona, basta pensar que 20% de todos os impostos que, pela Constituição, deveriam ir para a educação podem ser destinados pelo governo federal para outras åreas.
Assim como a CPMF, a DRU tambĂ©m foi criada com prazo de validade bem definido: sua vigĂȘncia se encerra em 2007. Por isso, o governo busca agora a prorrogação de ambas, que tramitam juntas na mesma proposta de emenda constitucional.
No entanto, a sociedade tem o direito e o dever de acompanhar de perto as discussĂ”es sobre a prorrogação da DRU, entender seus efeitos para a educação e reagir. Entre 1998 e 2007, R$ 43,5 bilhĂ”es deixaram de ir para o financiamento do ensino pĂșblico no Brasil por causa da DRU. Um montante de recursos que nĂŁo podemos nos dar ao luxo de tirar da educação, que deve ser a polĂtica pĂșblica prioritĂĄria do paĂs.
O desafio atual é o da qualidade. O Brasil não deve se contentar em ter suas crianças na escola; é preciso que elas efetivamente aprendam o que devem aprender -e isso, convenhamos, não estå acontecendo. Nossas crianças e jovens possuem o direito inalienåvel a uma educação de qualidade, para que tenham o prazer de ir à escola todos os dias, sabendo que vão adquirir os conhecimentos e as capacidades que utilizarão na vida adulta.
Hoje, o Brasil investe US$ 870 per capita por ano, em média, nas quatro primeiras séries do ensino fundamental, metade do investimento realizado pelo México e quase cinco vezes menos que o da Coréia do Sul, por exemplo.
O momento, portanto, exige a ampliação dos recursos -como estabelece a meta cinco do Compromisso Todos pela Educação-, e nĂŁo a perpetuação de um mecanismo que tira dinheiro do ensino pĂșblico. Uma alternativa viĂĄvel Ă prorrogação da DRU atĂ© 2011 estĂĄ sendo discutida no Ăąmbito da ComissĂŁo de Educação e Cultura da CĂąmara dos Deputados. A idĂ©ia Ă© reduzir progressivamente a incidĂȘncia, nos prĂłximos quatro anos, da DRU sobre os recursos da educação.
De acordo com o projeto, de autoria do deputado RogĂ©rio Marinho (PSB-RN), a incidĂȘncia da DRU sairia dos atuais 20% para 15% em 2008, 10% em 2009, 5% em 2010 e zero em 2011.
Isso representa R$ 17 bilhĂ”es a mais para a educação bĂĄsica nos prĂłximos quatro anos. Por outro lado, caso a DRU permaneça no atual formato, outros R$ 28 bilhĂ”es deixarĂŁo de ir para o ensino pĂșblico nesse perĂodo.
Esta Ă© hora de a sociedade discutir o assunto e mobilizar seus deputados para que façam o mesmo, garantindo os recursos aos quais a educação tem direito por determinação constitucional. Se perdermos a oportunidade, o assunto voltarĂĄ Ă pauta somente em 2011. Mas, aĂ, pode ser tarde demais.
Em quatro anos, uma parte importante do caminho que leva ao cumprimento das cinco metas do Todos Pela Educação e do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), do MEC, para 2022 jå terå sido percorrida.
O primeiro passo no sentido de mobilizar a sociedade para o debate sobre a DRU serĂĄ dado hoje, quando a ComissĂŁo de Educação e Cultura da CĂąmara realiza uma audiĂȘncia pĂșblica a respeito do tema.
O Compromisso Todos Pela Educação estarĂĄ presente, colocando a serviço da causa da educação os esforços dessa grande aliança entre organizaçÔes sociais, gestores pĂșblicos de ensino, educadores e iniciativa privada.
Falta de dinheiro nĂŁo Ă© o Ășnico obstĂĄculo Ă construção de uma escola melhor no Brasil. Mas, sem os recursos adequados, fica mais difĂcil implantar outras melhorias, como as que dizem respeito Ă gestĂŁo. Somente com o orçamento apropriado teremos o caminho pavimentado para que se obtenham resultados concretos do grande esforço nacional pela educação bĂĄsica de qualidade.
MILĂ VILLELA, 60, Ă© presidente do Faça Parte - Instituto Brasil VoluntĂĄrio, embaixadora da Boa Vontade da Unesco (Organização das NaçÔes Unidas para a Educação, a CiĂȘncia e a Cultura) e membro fundador e coordenadora do ComitĂȘ de Articulação do Compromisso Todos pela Educação, alĂ©m de presidente do MAM (Museu de Arte Moderna) e do Instituto ItaĂș Cultural.
Fonte: Folha de S.Paulo - 06/09/07.
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