O PODER DO PENSAMENTO E DA REFLEXÃO!
MENSAGEM DO CARA
Srs, Assunto: Re: LULA PRESIDENTE
Não podemos passar para a responsabilidade do PRESIDENTE LULA todas as
mazelas do Congresso Nacional e alguns trapalhões do Partido dos
Trabalhadores. Lembre se o GOVERNO DO PRESIDENTE LULA É REALMENTE PARA AQUELES BRASILEIROS QUE MAIS PRECISAM - OS MAIS POBRES, QUE FORAM ESQUECIDOS POR TODOS OS GOVERNANTES A MAIS DE 50 ANOS.
Fator importante que não podemos esquecer, se a corrupção esta sendo
mostrada para todos e por que este governo é o que mais tem combatido este
mal, não como governos anteriores que não apuravam, o congresso não
conseguia instalar uma CPI por que FHC não deixava era tudo enfiado pra
baixo do tapête, compra de parlamentar, sanguessugas, dossiês, privatização
das Teles (onde estão os 120 bilhões das privatizacões) Proer (dinheiro
público que passou ou doou para os banqueiros), SIVAN e etc.
EMPREGOS (emprego Formal)
FHC - média anual 87.500 - mensal 7.291
LULA - média anual - 1.280.000 - mensal 106.666
Crescimento Bens duráveis
1995 a 2002 - FHC 2,4%
2003 a 2006 - 12,1%
Desemprego
2002 - FHC - 11,7%
2006- LULA 8,3% - queda de 29%
Queda em todas as faixas etárias e escolaridades
Produção de veículos
2002 - FHC - 1,8 milhões
2005 - LULA - 2,4 milhões (recorde)
População desempregada
2002 - FHC 2.141 milhões
2006 - LULA 1.840 milhões queda de 14%
Crescimento do salário mínimo
1 e 2 - FHC - 20,6%
LULA - 25%
Exportação
2002 - FHC 60,4 bilhões US$
2006 - Lula 124,5 bilhões US$ (julho 2006)
Valor salário mínimo em dólares
Dezembro 2002 - FHC - 55 dólares
Abril/2006 - LULA - 159 dólares
Crescimento das expotações
1995 a 2002 - FHC - 4,2%
2003 a 2006 - LULA - 28,6%
Relação salário mínimo/cesta básica
Dezembro 2002 - FHC - 1,3
Julho/2006 - LULA - 2,67
Saldo da balança comercial
1995 a 2002 - FHC -8,4% (déficit) -1,06 bilhões de dólares Índice GINI
2003 a 2006 - LULA 103,3% 44 bilhões de dólares
Gráu de desigualdade social cai
2002 - FHC - 0,573
2005 - LULA - 0,559 (nível mais baixo desde 1981)
Participação dos 50% mais pobres na renda
2002 - FHC - 14,4%
2005 LULA - 16,5%
Índice de inflação
2002 - FHC- 12,53%
2006 - LULA - 3,59% (menor índice em 20 anos)
Cai o percentual de pobre no Brasil
2002 FHC - 34,34%
2006 - LULA - 27,82
Média anual de variação do PIB - crescimento do Brasil
1995 a 2002 - FHC 2,3%
2003 a 2006 - 3,59%
Transferência de Renda
2002 - FHC - R$ 25,00
2005 - LULA - R$85,00
Crescimento Industrial
1995 a 2002 - FHC 1,94%
2003 a 2006 - LULA 4,2%
Saúde bucal
2002 - FHC - 17,5%
2006 - LULA 35,7%
Mortalidade infantil indigena
2002- FHC - 55,7/1000
2006 - LULA - 21,6/1000
Produção agrícola
2002 - FHC - 98 milhões toneladas
2006 - LULA - 106 milhões de toneladas
Taxas de juros selic
2002 - FHC - 26% com pico durante o governo 79%
2006 - LULA - 14,25%
Dólar
2002 - FHC - 3,90
2006/set/LULA - 2,20
Risco País
2002 - FHC - 2.436 pontos
2006 - LULA - 206 pontos
Criação de 10 universidades federais, 42 CEFTS, PROUNI- 204 mil jovens carentes estudando em universidades particulares.
RESPOSTA DO CANALHA
Me admira você, uma pessoa da sua inteligência, do seu conhecimento, de sua posição social, formado em administração, exercendo um cargo altamente importante dentro de sua empresa e dentro do mercado de trabalho, ter o displante de perder seu tempo caçando dados que possam, de alguma forma, querer provar que o governo Lula tenha sido melhor que o anterior.
Os números podem até ser melhores, mas seriam absolutamente impossíveis de serem atingidos se não fossem os 8 anos de néo-liberalismo, pois se não fosse os governos Collor e FHC, ainda estaríamos andando pelas ruas de Chevette, Passat, Opala, estaríamos pagando a conta da ineficiência do sistema Telebrás - comprando linhas telefônicas de baixa qualidade a preços absurdos, da Vale do Rio Doce - que hoje registra recordes de lucratividade, da Usiminas - idem na lucratividade, não teríamos uma telefonia celular de primeiro mundo e outras coisas mais.
Desconsiderar que tudo isso só foi possível graças aos Srs. Collor e FHC é no mínimo estranho.
Além do mais, o Sr. Lula não fez mais do que sua obrigação, apesar de não ter cumprido metade de suas promessas de campanha. Mesmo assim, as grandes conquistas junto aos pobres tratam de assistencialismo puro, sem nenhuma melhora de vida para esse povo na pirâmide social. É o "toma isso, mas fica aonde está", pois não interessa a um governo desse tipo que a população pobre saia desse patamar.
Outro ponto importante a destacar é que o volume de exportações cresceu significativamente no governo Lula porque o mundo demandou produtos. A Vale do Rio Doce (privatizada) responde por uma parcela enorme das exportações brasileiras, tendo a China como destino principal do aço exportado.
Portanto, o crescimento das exportações não diz respeito ao Sr. Lula, mas sim a uma condição mundial de economias em crescimento. Ou será que o Sr.
Lula também é responsável pelo crescimento mundial?
O governo FHC atravessou crises de preço do petróleo, crise de países asiáticos - Tigres e Rússia, crise do México, crise da Argentina, sem falar na própria crise da economia americana, da introdução do Euro e etc e tal.
A participação do governo Lula na autosuficiência de petróleo brasileira é ínfima, dado que a maior parte do trabalho se deu no governo FHC, deixando para o Sr. Lula as condições para que ele alcançasse os menos de 10% que faltavam para isso. Está no site da Petrobrás, pode procurar.
Já os banqueiros, nunca tiveram lucros como os que conseguiram atingir no governo Lula. Os empregos - serão 4,8 milhões ao fim destes 4 anos, não é mais do que a obrigação de um governante que se propôs a criar 10 milhões de empregos e não conseguiu nem metade disso.
Méritos para o crescimento real do salário, mas isso ainda não siginifica melhor distribuição de renda para os mais carentes que vão se virando com as diversas bolsas assistencialistas.
Os números apresentados no seu e-mail são lindos, mas são uma defesa tão igual a apresentada pelo Sr. Lula e só servem mesmo pra enganar pessoas ignorantes que usam o jornal pra limpar a bunda ao invés de se informar através deles.
Mas já que esse é seu pensamento, e eu o respeito (não muito, mas respeito), faltou o Sr. dizer que o Sr. Lula não sabia nada sobre o mensalão, sanguessugas, correios, Marcos Valério, quebra do sigilo do caseiro, dossiê tucano, etc, etc, e etc.
E faltou também o Sr. dizer que o Lula foi traído pelos Sr. José Dirceu, Delúbio Soares, Silvinho, Ricardo Berzoini, e todos os assessores, auxiliares e amigos que roubaram dos nossos bolsos (e o seu está incluído nisso) quantias jamais roubadas nesse país, e, diga-se de passagem, em tempo recorde.
O Alckmin não é a solução da lavoura, com toda certeza. Mas o Brasil carece de líderes com competência para transformar nosso povo através da educação, da distribuição de renda, sem discursos populistas que só comovem mesmo o povão, mas que não se traduzem em evolução no sistema social.
Se o Sr. se contenta em saber que os pobres estão recebendo as diversas bolsas e estão comendo melhor do que comiam no governo anterior, eu entendo que isso tudo é muito pouco, pois o que desejo para as minhas filhas (e para as suas também) é um futuro onde o governo do Sr. Lula tenha sido apenas um mal necessário ao processo democrático, pois no fim das contas creio que daqui a alguns anos nem os pobres sentirão falta dele.
Vote 13 para Presidente novamente e dê ao Srs. Lula, José Dirceu, José Genuíno, Antônio Palocci, Ricardo Berzoini - e essa corja nojenta que tomou conta do país - uma nova chance de terminar a roubalheira com chave de ouro, pois com certeza eles ainda não terminaram o que tinham pra fazer.
Não sou néo-liberal, mas não sou tolo nem por conveniência.
Passar bem. Eu voto 45
TRÉPLICA DO CARA
Realmente que quem apóia Collor de Melo, Fernando "Érrico" Cardoso, Antônio Carlos Magalhães (vulgo Toninho Malvadeza), Eliseu Resende (D.N.E.R.), Proer, Sivam, Pasta Rosa, dentre outros tem muita moral para criticar os "Aloprados do PT".
Os aloprados são uns incompetentes. Depois de tantos exemplos do PSDB e PFL de como dilapidar o patrimônio do Brasil sem deixar rastros aparentes ou impedir as investigações, eles agiram como amadores.
Talvez, faltou mais convivência com essa turma de doutores, com diplomas em Sobourne. Veja alguns exemplos que estão na mídia, mas não na revista "amarela e azul" daVeja:
"O documento" O Brasil não esquecerá - 45 escândalos que marcaram o governo FHC ", de julho de 2002, é um trabalho da Liderança do PT na Câmara Federal de Deputados. O objetivo do levantamento de ações e omissões dos últimos sete anos e meio do governo FHC, segundo o então líder do PT, deputado João Paulo (SP), não é fazer denúncia, chantagem ou ataque ". Estamos fazendo um balanço ético para que a avaliação da sociedade não se restrinja às questões econômicas ", argumentou. Entres os 45 pontos estão os casos Sudam, Sivam, Proer, caixa-dois de campanhas, TRT paulista, calote no Fundef, mudanças na CLT, intervenção na Previ e erros do Banco Central. A intenção da Revista Consciência.Net em divulgar tal documento não é apagar ou minimizar os erros do governo que se seguiu, mas urge deixar este passado obscuro bem registrado".
"O doleiro Antônio Claramunt - o Toninho da Barcelona - disse ao deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS) que a abertura das contas de doleiros brasileiros no MTB Bank, nos Estados Unidos, ''pode derrubar o governo Lula e jogar lama sobre o governo de Fernando Henrique Cardoso''. "Ele me disse que, se quebrarem as contas dos doleiros brasileiros no MTB Bank, derruba esse governo e enlameia o outro", confirma Pompeo (...) Do Jornal do Brasil, 18/8/2005..[+]
Ex-tesoureiro de Serra tem empresa em paraíso fiscal
"Acusado de receber propina durante a privatização do sistema de telefonia, para favorecer o consórcio que comprou a Telemar, ex-diretor do BB comanda empresa com sede nas Ilhas Virgens". Do Correio Braziliense, 15/4/2002..[+]
Nem ligue, corrupção do passado é coisa da Historia
O ex presidente Fernando Henrique entrevistado pelo Globo hoje, falando de corrupção - "Precisamos passar o Brasil a limpo e temos que investigar tudo, mas sem perder o foco de que a crise é hoje". Separou - "O que aconteceu no passado, no meu Governo, é coisa da Historia". Sim, foi isso que ele disse, leia aqui. Leia também, a propósito, a coluna do Elio Gaspari de hoje aqui. Do BlueBus, 27/7..[+]
Querem FHC na cadeia
"Faz três anos hoje o inquérito contra o acordo Brasil-EUA na Base de Alcântara (MA), movido pelo engenheiro Mário Villas Boas. Denunciou por "alta traição" o ex-presidente FHC e os ministros Ronaldo Sardenberg (Ciência e Tecnologia) e Celso Lafer (Relações Exteriores), com base no artigo 142 do Código Penal Militar. A pena é de 15 anos. Iniciado no Ministério Público Militar do Rio, o processo foi ao Superior Tribunal Militar"..-.Cláudio Humberto, O Dia, 13/9/2004
Caixa explosivo: Caso Ricardo Sérgio
"Principal articulador da formação dos consórcios que disputaram o leilão das empresas de telecomunicações, o ex-diretor da área internacional do Banco do Brasil, Ricardo Sérgio de Oliveira, está tirando o sono da cúpula do PSDB e dos coordenadores da candidatura do senador José Serra. Companheiro de militância política de Serra desde a época do regime militar, Ricardo Sérgio, que em 1998 foi caixa das campanhas de Fernando Henrique Cardoso, para a Presidência, e de Serra, para o Senado, acaba de ser responsabilizado pelo Banco Central por um caminhão de irregularidades que favoreceram a entrada do Banco Opportunity em um consórcio para disputar o leilão da Telebrás. Mantido em absoluto sigilo, o relatório do BC, ao qual ISTOÉ teve acesso, é uma bomba que vai jogar estilhaços por todos os lados. O efeito é tão devastador que uma operação foi montada na Polícia Federal do Rio de Janeiro para abafar o caso". Por Amaury Ribeiro Jr., da Revista IstoÉ, 24/3/2002..[+]
Negócios de telefonia celular efetuados durante governo de FHC deixaram dívida de R$ 1,1 bilhão
"Quatro empresas de telefonia celular foram condenadas a recolher aos cofres públicos R$ 1,1 bilhão por conta de negócios irregulares feitos durante o governo FHC. A irregularidade foi detectada pelo TCU em 1997. Vem sendo confirmada em sucessivos julgamentos. Mas não há sinal de liquidação da dívida. A encrenca envolve quatro empresas: BCP, Americel, BSE e Maxitel. As três primeiras são controladas pela Claro. A última pertence à TIM. As empresas não reconhecem a dívida". Por Josias de Souza, em 29/11/2005..[+]
Acessem www.consciencia.net/corrupcao/fhc
Bem amigo Canalha, por que será que a mídia tucana não divulga isto?
Com certeza se tudo for apurado, o FHC adoraria que o seu Ex-ministro da Justiça tivesse mais tempo de escola não como Jurista, mas sim como Criminalista.
Acredito que é assim que construímos um Brasil melhor, uns criticando as mazelas dos outros para verdadeiramente passarmos este país a limpo, e não esconder a corrupção e empurrar tudo para debaixo do tapete.
Não sou PT, talvez com certeza anti PSDB e PFL, mas acima de tudo sou Brasil e não concordo com o que "um bando de aloprados do PT" fazem com o meu país nem o que uma "corja de doutores" do PSBB e PFL fizeram com o Brasil recentemente.
Estamos elegendo o menos ruim,e, com certeza estamos perdendo todos nós.
Um grande abraço fraterno do seu amigo O Cara
ENTREVISTA COM CHICO BUARQUE
A cada uma de suas entrevistas, o compositor e cantor Chico Buarque de
Holanda sempre surpreende por sua lucidez e enorme coerência.
Agora, no lançamento do seu novo CD, Carioca, ele novamente brilhou ao falar
sobre a situação política brasileira. A direita deve ter ficado furiosa, com
saudades dos tempos da ditadura militar que o perseguiu e censurou; a
esquerda "rancorosa" deve ter ficado ressentida com seus irônicos
comentários; já os setores da sociedade que, mesmo críticos das limitações
do governo Lula, não perderam a perspectiva, ganharam novo impulso criativo
para a sua atuação. Mas é melhor deixar o poeta falar, pinçando trechos das
suas entrevistas na revista Carta Capital e no jornal Folha de S.Paulo:
Sobre a crise política:
É claro que esse escândalo abalou o governo, abalou quem votou no Lula,
abalou sobretudo o PT. Para o partido, esse escândalo é desastroso. O outro
lado da moeda é que disso tudo pode surgir um partido mais correto, menos
arrogante. No fundo, sempre existiu no PT a idéia de que você ou é petista
ou é um calhorda. Um pouco como o PSDB acha que você ou é tucano ou é burro
(risos).
Agora, a crítica que se faz ao PT erra a mão. Não só ao PT, mas
principalmente ao Lula. Quando a oposição vem dizer que se trata do governo
mais corrupto da história do Brasil é preciso dizer: 'espera aí'.
Quando aquele senador tucano canastrão diz que vai bater no Lula, dar
porrada, quando chamam o Lula de vagabundo, de ignorante - aí estão errando
muito a mão. Governo mais corrupto da história?
Onde está o corruptômetro? É preciso investigar as coisas, sim. Tem que
punir, sim. Mas vamos entender melhor as coisas. A gente sabe que a
corrupção no Brasil está em toda parte. E vem agora esse pessoal do PFL,
justamente ele, fazer cara de ofendido, de indignado. Não vão me comover...
Preconceito de classe:
O preconceito de classe contra o Lula continua existindo - e em graus até
mais elevados. A maneira como ele é insultado eu nunca vi igual.
Acaba inclusive sendo contraproducente para quem agride, porque o sujeito
mais humilde ouve e pensa: 'Que história é essa de burro!? De ignorante!? De
imbecil!?'. Não me lembro de ninguém falar coisas assim antes, nem com o
Collor. Vagabundo! Ladrão! Assassino! - até assassino eu já ouvi.
Fizeram o diabo para impedir que o Lula fosse presidente.
Inventaram plebiscito, mudaram a duração do mandato, criaram a reeleição.
Finalmente, como se fosse uma concessão, deixaram Lula assumir. 'Agora sai
já daí, vagabundo!'. É como se estivessem despachando um empregado a quem se
permitiu o luxo de ocupar a Casa Grande. 'Agora volta pra senzala!'. Eu não
gostaria que fosse assim.
Eu voto no Lula!
A economia não vai mudar se o presidente for um tucano. A coisa está tão
atada que honestamente não vejo muita diferença entre um próximo governo
Lula e um governo da oposição. Mas o país deu um importante elegendo Lula.
Considero deseducativo o discurso em voga: 'Tão cedo esses caras não voltam,
eles não sabem fazer, não são preparados, não são poliglotas'.
Acho tudo isso muito grave.
Hoje eu voto no Lula. Vou votar no Alckmin? Não vou. Acredito que, apesar de
a economia estar atada como está, ainda há uma margem para investir no
social que o Lula tem mais condições de atender.
Vai ficar devendo, claro. Já está devendo. Precisa ser cobrado. Ele dizia
isso: 'Quero ser cobrado, vocês precisam me cobrar, não quero ficar lá
cercado de puxa-sacos'. Ouvi isso dele na última vez que o vi, antes dele
tomar posse, num encontro aqui no Rio.
Sobre o PSOL:
Percebo nesses grupos um rancor que é próprio dos ex: ex-petista,
ex-comunista, ex-tudo. Não gosto disso, dessa gente que está muito próxima
do fanatismo, que parece pertencer a uma tribo e que quando rompe sai
cuspindo fogo. Eleitoralmente, se eles crescerem, vão crescer para cima do
PT e eventualmente ajudar o adversário do Lula.
Papel da mídia:
Não acho que a mídia tenha inventado a crise. Mas a mídia ecoa muito mais o
mensalão do que fazia com aquelas histórias do Fernando Henrique, a compra
de votos, as privatizações. O Fernando Henrique sempre teve uma defesa
sólida na mídia, colunistas chapa-branca dispostos a defendê-lo a todo
custo. O Lula não tem. Pelo contrário, é concurso de porrada para ver quem
bate mais.
CARTA PARA O CHICO BUARQUE
29.09, 14h02
por José Danon, no Estadão
Chico, você foi, é e será sempre meu herói. Pelo que você foi, pelo que você é e pelo que creio que continuará sendo. Por isso mesmo, ao ver você declarar que vai votar no Lula "por falta de opção", tomei a liberdade de lhe apresentar o que, na opinião do seu mais devoto e incondicional admirador, pode ser uma opção.
Eu também votei no Lula contra o Collor. Tanto pelo que representava o Lula como pelo que representava o Collor. Eu também acreditava no Lula. E até aprendi várias coisas com ele, como citar ditos da mãe. Minha mãe costumava lembrar a piada do bêbado que contava como se tinha machucado tanto. Cambaleante, ele explicava: "Eu vi dois touros e duas árvores, os que eram e os que não eram. Corri e subi na árvore que não era, aí veio o touro que era e me pegou." Acho que nós votamos no Lula que não era, aí veio o Lula que era e nos pegou.
Chico, meu mestre, acho que nós, na nossa idade, fizemos a nossa parte. Se a fizemos bem feita ou mal feita, já é uma outra história. Quando a fizemos, acreditávamos que era a correta. Mas desconfio que nossa geração não foi tão bem-sucedida, afinal. Menos em função dos valores que temos defendido e mais em razão dos resultados que temos obtido. Creio que hoje nossa principal função será a de disseminar a mensagem adequada aos jovens que vão gerenciar o mundo a partir de agora. Eles que façam mais e melhor do que fizemos, principalmente porque o que deixamos para eles não foi grande coisa. Deixamos um governo que tem o cinismo de olimpicamente perdoar os "companheiros que erraram" quando a corrupção é descoberta.
Desculpe, senhor, acho que não entendi. Como é, mesmo? Erraram? Ora, Chico. O erro é uma falha acidental, involuntária, uma tentativa frustrada ou malsucedida de acertar. Podemos dizer que errou o Parreira na estratégia de jogo, que erramos nós ao votarmos no Lula, mas não que tenham errado os zésdirceus, os marcosvalérios, os genoinos, dudas, gushikens, waldomiros, delúbios, paloccis, okamottos, adalbertos das cuecas, lulinhas, beneditasdasilva, burattis, professoresluizinhos, silvinhos, joãopaulocunhas, berzoinis, hamiltonlacerdas, lorenzettis, bargas, expeditovelosos, vedoins, freuds e mais uma centena de exemplares dessa espécie tão abundante, desafortunadamente tão preservada do risco de extinção por seu tratador. Esses não erraram. Cometeram crimes. Não são desatentos ou equivocados. São criminosos. Não merecem carinho e consolo, merecem cadeia.
Obviamente, não perguntarei se você se lembra da ditadura militar. Mas perguntarei se você não tem uma sensação de déjà vu nos rompantes de nosso presidente, na prepotência dos companheiros, na irritação com a imprensa quando a notícia não é a favor. Não é exagero, pergunte ao Larry Rother do New York Times, que, a propósito, não havia publicado nenhuma mentira. Nem mesmo o Bush, com sua peculiar e texana soberba, tem ousado ameaçar jornalistas por publicarem o que quer que seja. Pergunte ao Michael Moore. E olhe que, no caso do Bush, fazem mais que simples e despretensiosas alusões aos seus hábitos ou preferências alcoólicas no happy hour do expediente.
Mas devo concordar plenamente com o Lula ao menos numa questão em especial: quando acusa a elite de ameaçá-lo, ele tem razão. Explica o Aurélio Buarque de Hollanda que elite, do francês élite, significa "o que há de melhor em uma sociedade, minoria prestigiada, constituída pelos indivíduos mais aptos". Poxa! Na mosca. Ele sabe que seus inimigos são as pessoas do povo mais informadas, com capacidade de análise, com condições de avaliar a eficiência e honestidade de suas ações. E não seria a primeira vez que essa mesma elite faz esse serviço. Essa elite lutou pela independência do Brasil, pela República, pelo fim da ditadura, pelas diretas-já, pela defenestração do Collor e até mesmo para tirar o Lula das grades da ditadura em 1980, onde passou 31 dias. Mas ela é a inimiga de hoje. E eu acho que é justamente aí que nós entramos.
Nós, que neste país tivemos o privilégio de aprender a ler, de comer diariamente, de ter pais dispostos a se sacrificar para que pudéssemos ser capazes de pensar com independência, como é próprio das elites - o que, a propósito, não considero uma ofensa -, não deveríamos deixar como herança para os mais jovens presentes de grego como Lula, Chávez, Evo Morales, Fidel - herói do Lula, que fuzila os insatisfeitos que tentam desesperadamente escapar de sua "democracia". Nossa herança deveria ser a experiência que acumulamos como justo castigo por admitirmos passivamente ser governados pelo Lula, pelo Chávez, pelo Evo e pelo Fidel, juntamente com a sabedoria de poder fazer dessa experiência um antídoto para esse globalizado veneno. Nossa melhor herança será o sinal que deixaremos para quem vem depois, um claro sinal de que permanentemente apoiaremos a ética e a honestidade e repudiaremos o contrário disto.
Da mesma forma que elegemos o bom, destronamos o ruim, mesmo que o bom e o ruim sejam representados pela mesma pessoa em tempos distintos.
Assim como o maior mal que a inflação causa é o da supressão da referência dos parâmetros do valor material das coisas, o maior mal que a impunidade causa é o da perda de referência dos parâmetros de justiça social. Aceitar passivamente a livre ação do desonesto é ser cúmplice do bandido, condenando a vítima a pagar pelo malfeito. Temos opção. A opção é destronar o ruim. Se o oposto será bom, veremos depois. Se o oposto tampouco servir, também o destronaremos. A nossa tolerância zero contra a sacanagem evitará que as passagens importantes de nossa História, nesse sanatório geral, terminem por desbotar-se na memória de nossas novas gerações.
Aí, sim, Chico, acho que cada paralelepípedo da velha cidade, no dia 1º de outubro, vai se arrepiar.
Seu admirador número 1,
Zé Danon
Economista e consultor de empresas
FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER
Vida: É o Amor existencial.
Razão: É o Amor que pondera.
Estudo: É o Amor que analisa.
Ciência: É o Amor que investiga.
Filosofia: É o Amor que pensa.
Religião: É o Amor que busca Deus.
Verdade: É o Amor que se eterniza.
Ideal: É o Amor que se eleva.
Fé: É o Amor que se transcende.
Esperança: É o Amor que sonha.
Caridade: É o Amor que auxilia.
Fraternidade: É o Amor que se expande.
Sacrifício: É o Amor que se esforça.
Renúncia: É o Amor que se depura.
Simpatia: É o Amor que sorri.
Trabalho: É o Amor que constrói.
Indiferença: É o Amor que se esconde.
Desespero: É o Amor que se desgoverna.
Paixão: É o Amor que se desequilibra.
Ciúme: É o Amor que se desvaira.
Orgulho: É o Amor que enlouquece.
Sensualismo: É o Amor que se envenena.
Finalmente, o Ódio, que julgas ser a antítese do Amor, não é senão o próprio Amor que adoeceu gravemente.
Francisco Cândido Xavier
Tenha um ótimo dia, uma ótima hora,um ótimo segundo. Que tudo em sua vida seja ótimo hoje e sempre, que a paz, a alegria, a simplicidade e a esperança perpetue em sua alma por toda a sua existência.. Portanto.. AME a si mesmo e a todos ao Seu redor.. Lembre-se o Universo é um eco de nossas ações e pensamentos!
(Colaboração: Alencar)
10 COISAS QUE FAZEM AS PESSOAS REALMENTE COMPROMETIDAS
Luiz Marins
Quando perguntamos a qualquer empresário, presidente, diretor, gerente, supervisor, chefe, o que ele mais deseja de seus colaboradores, a resposta é imediata: "Gostaria que eles fossem mais comprometidos".
Quando perguntamos a amigos, professores, pais, filhos, membros de clubes e associações, o que eles mais sentem falta nas pessoas de seu relacionamento, a resposta é a mesma. "Gostaria que as pessoas fossem mais comprometidas".
Mas, afinal, o que é, de fato, "ser uma pessoa comprometida"?
Veja 10 coisas que nos disseram:
1. Uma pessoa comprometida procura sempre colocar-se no lugar das outras; sentir o que as outras sentem;
2. Uma pessoa comprometida faz tudo com atenção aos detalhes. Ela presta atenção em tudo o que faz, no detalhe do detalhe;
3. Uma pessoa comprometida termina o que começa e não deixa as coisas pela metade;
4. Uma pessoa comprometida vem com soluções, e não com mais problemas, quando tem uma tarefa a cumprir;
5. Uma pessoa comprometida pergunta o que não sabe e demonstra vontade de aprender. Vai fundo até dominar o que não sabe e deveria saber;
6. Uma pessoa comprometida cumpre prazos e horários;
7. Uma pessoa comprometida não vive dando desculpas por seus atos e nem procura culpados pelos erros cometidos;
8. Uma pessoa comprometida não vive reclamando da vida e falando mal das pessoas. Ela age para modificar a realidade;
9. Uma pessoa comprometida não desiste facilmente. Ela não descansa enquanto não resolver um problema. Ela vai atrás da solução;
10.Uma pessoa comprometida está sempre pronta a colaborar com as outras. Ela participa. Dá idéias. Você pode contar com ela.
Nesta semana, pense se as pessoas avaliam você como alguém verdadeiramente comprometido. Comprometa-se!
Pense nisso. Sucesso!
cortesia: TILIBRA
(Colaboração: Aglai)
FELIZ DA VIDA, SEGREDOS DA FELICIDADE
Novos estudos comprovam: a satisfação com a vida depende muito mais do bom relacionamento com a família e os amigos, trabalho prazeroso e saúde em dia do que das alegrias geradas pelos bens materiais.
A Dinamarca é um país com 43 mil quilômetros quadrados – área similar à do Estado do Rio de Janeiro – onde 5,4 milhões de pessoas compartilham um Produto Interno Bruto de US$ 187 bilhões. No Brasil, uma população 35 vezes superior colhe as migalhas de um PIB três vezes maior. Dona de um sistema educacional irrepreensível e de um eficiente modelo de saúde, a Dinamarca lidera o ranking mundial da felicidade criado pelo psicólogo Adrian White, da Universidade de Leicester, na Grã-Bretanha. O Brasil é o 81º. Para estabelecer essa lista, ele avaliou 100 estudos de 178 nações. “A saúde foi apontada como o fator mais importante para a felicidade, seguida por prosperidade e acesso à educação”, diz.
Atrelar a felicidade ao desenvolvimento do país ou à renda per capita, porém, é uma prática que não dá conta da complexidade do tema. É a conclusão de muitos especialistas, como o economista alemão Johannes Hirata. Ele comparou a renda e o índice de bem-estar de diversas populações para a tese Felicidade como um objetivo político, apresentada recentemente na Universidade de St. Gallen (Suíça), e afirma que a economia pouco interfere na felicidade. No Japão, apesar de a renda média ter passado de US$ 880 para US$ 25 mil anuais em 50 anos, o grau de satisfação com a vida permaneceu estável.
Mas o que, afinal, gera a felicidade? Essa pergunta tem chamado a atenção de especialistas de um movimento da psicologia que tem se fortalecido na última década. É a psicologia positiva. Análises sobre o conceito de bem-estar subjetivo – ou pessoal – se tornaram o objeto principal de estudos desse grupo. Entre seus representantes está Martin Seligman, que defende que os psicólogos não devem apenas se preocupar com as doenças, e sim tornar ainda melhor a vida de gente saudável. Desde o lançamento de Felicidade autêntica, suas idéias se espalham pelo mundo.
No Brasil, a psicologia positiva conquista adeptos. Um dos primeiros trabalhos acadêmicos do gênero é a tese de doutorado de Lilian Graziano, da Universidade de São Paulo. Em A felicidade revisitada, ela constata a relação entre o estado de satisfação e a capacidade de se sentir no controle da vida. Segundo Lilian, há dois tipos de pessoas: aquelas para as quais as coisas só mudam por influências externas e as que se sentem responsáveis pelas mudanças. Na escola, o primeiro grupo seria formado por alunos que agradecem à professora pela nota e o segundo pelos que se sentem responsáveis por ela. “O primeiro perfil é menos feliz do que o segundo. Costuma adiar a felicidade para quando o trânsito ou o chefe melhorarem”, diz.
Receitas para a felicidade há muitas. Mesmo porque até hoje não há consenso quanto ao que traz mais alegria. Pesquisas feitas em diversos países oferecem elementos que podem nortear essa busca. Confira a seguir alguns caminhos:
Invista nas relações
Professor da Universidade da Virgínia (EUA), Jonathan Haidt escreveu em seu livro The happiness hypothesis que a família e os amigos são mais relevantes do que o dinheiro e a beleza. “Uma condição que nos torna felizes é a capacidade de nos relacionarmos e estabelecermos laços com os demais”, afirma. Todo ser humano necessita do outro para compartilhar sensações, experiências e objetivos. Sentir-se responsável por uma pessoa pode ser a chave da realização. Isso vale para o casamento e para as amizades. Um estudo do Centro de Pesquisa em Opinião Pública da Universidade de Chicago mostrou que pessoas com pelo menos cinco amigos próximos se dizem 50% mais felizes do que as que têm um círculo social menor.
Tenha um projeto
Postergar a felicidade é um erro grave, segundo o psicólogo Ari Rehfeld, da PUC de São Paulo. Quem faz isso nunca será feliz porque o mundo jamais será o país das maravilhas. Rehfeld considera fundamental conciliar projeto de vida e satisfação com o presente. “Projeto é algo que exige tempo. Não deve ser confundido com desejo, que é efêmero”, compara. Para a filósofa Dulce Critelli, confundir felicidade com desejo é um escorregão herdado do estoicismo e do epicurismo, as primeiras escolas filosóficas a pensar a moral de forma individual. Desde então, muitas pessoas acreditam que a felicidade está na satisfação do prazer. “Por isso, a roupa de grife, a cirurgia plástica e o carro do ano são tão valorizados. Antes, admirávamos pessoas honradas e generosas.”
Cuide de saúde
Estar de bem com o corpo e a mente é outro elemento comum às pessoas felizes. É difícil estabelecer uma relação de causa e efeito. Não se sabe se a boa saúde ajuda as pessoas a se sentirem plenas ou se é a felicidade que traz saúde às pessoas. “Os mais felizes tendem a se cuidar mais, a comer melhor e a se exercitar”, diz o estatístico Jorge Orishi, que criou na Universidade Federal de São Carlos o primeiro mapa da felicidade em São Paulo. Com seis mil entrevistas, ele descobriu que os paulistas não se queixam da vida como parece: 59% se dizem felizes e 25% muito felizes.
Trabalhe com prazer
De acordo com o psicólogo Wanderley Codo, da Universidade de Brasília, o trabalho toma a maior parte do dia e influencia nos relacionamentos. “Não existe limite entre vida profissional e vida pessoal. Ninguém briga com o chefe e chega sorrindo em casa nem discute com a esposa e vai feliz ao escritório”, afirma. Para ele, ter uma atividade profissional que dê sentido à vida ajuda na busca pela realização. Se a atividade principal não cumprir essa lacuna, melhor tentar um trabalho voluntário ou manter alguma produção paralela.
Não perca a fé
Dar um sentido para a vida é importante, mesmo que seja em um plano superior. Pessoas que têm alguma religião não apenas vivem por mais tempo como se sentem mais felizes do que os agnósticos e ateus. O motivo pode estar no fato de pertencer a um grupo, na serenidade experimentada nos momentos de oração e também na crença de que os obstáculos vividos são etapas no caminho para a realização. “A religião dá a esperança de que tudo vai melhorar, mesmo que seja após a morte. Ela conforta”, explica o cientista da religião Frank Usarski, da PUC de São Paulo.
Não exija tanto
Autor do best-seller Sucesso é ser feliz, o psiquiatra Roberto Shinyashiki sabe o quanto a eterna busca representa para as pessoas, mas se preocupa com o que ele chama de ditadura da felicidade. “O mundo exige que as pessoas estejam permanentemente alegres e, por isso, ele se tornou o paraíso das drogas e do Prozac”, observa. Para Shinyashiki, está mais satisfeito quem entende os altos e baixos da vida. “Ninguém é plenamente feliz com o trabalho nem tem orgasmos múltiplos todos os dias. O importante é ouvir a própria consciência em vez de buscar os aplausos dos outros”, ensina. Ele, por exemplo, se sente feliz quando chega em casa e os filhos pulam em seu pescoço e quando toca guitarra com os amigos. Valorizar as pequenas coisas pode ser um bom começo, assim como ser coerente com o projeto de futuro.
Vale a pena tentar.
Por Camilo Vannuchi
Colaboraram: Aziz Filho e Rudolfo Lago
Fonte: Revista Istoé on line
LÍDER X EMPRRENDEDOR
As figuras do líder e do empreendedor se confundem, pois, normalmente andam juntas. Mas, se perguntarmos se o empreendedor é sempre um líder ou se o líder precisa ser empreendedor, a resposta é: não necessariamente.
A seguir, estabeleço uma série de distinções entre liderança e empreendedorismo. Entretanto, deve-se ter em mente que as duas qualidades não se opõem. Aliás, muito pelo contrário, se complementam e o ideal é cultivá-las em conjunto.
Liderança e empreendedorismo têm a ver com poder. Entretanto, o poder do empreendedor é fazer, enquanto o do líder é influenciar. Liderança é a capacidade de influenciar os outros. Requer cooperação, empatia e respeito. O poder do líder lhe é concedido e deriva da sua autoridade moral reconhecida e concedida pelos outros.
Já empreendedorismo é a capacidade de agir sobre as coisas, inclusive sobre os outros (como objetos da ação). O empreendedor é empático e seu poder é conquistado pela acumulação de atributos: força, conhecimento e propriedade.
Liderança e empreendedorismo são qualidades derivadas de virtudes de caráter mais fundamentais. A principal virtude do líder é a moderação, enquanto a virtude maior do empreendedor é a coragem. Tanto o líder quanto o empreendedor precisam ter uma auto-estima profunda, bem como elevada transcendência –virtual esquecimento do ego em função de algo maior– uma causa, uma idéia ou o coletivo.
Entretanto, a liderança requer uma transcendência maior do que o empreendedorismo. É comum pensar que o empreendedor é um egoísta enquanto que o verdadeiro líder é um altruísta. Porém, um ego forte não está em oposição ao idealismo. Na verdade, o empreendedor também precisa ter uma elevada capacidade de transcendência.
Ambos têm um temperamento persistente, mantendo a motivação por longos períodos de tempo, apesar das adversidades. Entretanto, o líder é mais sensível ao risco e age mais no sentido de evitá-lo, além de ser meticuloso. O empreendedor é mais tolerante ao risco e enfrenta melhor as situações em que não tem muito controle.
O líder avalia, pondera e busca o consenso para a ação coletiva e, assim tem menos capacidade de reação do que o empreendedor, e é mais lento. Com isso, pode perder oportunidades ou tardar a responder a ameaças imediatas. Em contrapartida, diante de uma oportunidade ou desafio, o empreendedor age rápido.
Com isso, comete mais erros e é mais propenso à ansiedade. Como é rápido também para corrigir erros, pode-se dizer que, ao longo da vida, o empreendedor aprende mais do que o líder, o que o faz acumular mais conhecimento.
Wagner, Jaime
Jaime Wagner é graduado em Engenharia Eletrônica (1976) e Mestre em Ciência da Computação (1978) pela UFRGS. É também fundador e diretor da PowerSelf, além de diretor presidente da Plug In. Atualmente, concilia as duas empresas com a vice-presidência da Internetsul e da Federasul, como diretor da Sucesu-RS, diretor do SEPRORGS, presidente da AJA (Associação Junior Archievement do Rio Grande do Sul) e autor dos livros "A Arte de Planejar o Tempo" e "O Entregador de Sonhos".
(Colaboração: A.M.B.)