O SHOW DOS "REIS" DA LOGĂSTICA
LOGĂSTICA HISTĂRICA (METRĂ DE LONDRES: 150 ANOS)
English:
Guardian.co.uk/uk/london-underground-anniversary
Telegraph.co.uk/Underground-150-years
More details:
http://www.ltmuseum.co.uk/whats-on/tube150
Tfl.gov.uk/projectsandschemes
http://www.gresham.ac.uk/lectures-and-events/the-art-of-the-underground-150-years-of-re-designing-london
London Transport Museum â
http://www.facebook.com/#!/ltmuseum?fref=ts
Primeiro do mundo, metrÎ de Londres faz 150 anos e reativa maria-fumaça.
Teve discurso, banda de mĂșsica e atĂ© um banquete subterrĂąneo para 700 pessoas. Foi com pompa e circunstĂąncia que Londres inaugurou, em 9 de janeiro de 1863, o primeiro metrĂŽ do mundo.
A curiosidade para testar a nova invenção era tão grande que a viagem planejada para durar 18 minutos se estendeu por duas horas e meia.
Os convidados, quase todos homens de fraque e cartola, queriam conhecer os detalhes de cada estação para contar aos amigos até o dia seguinte, quando o serviço seria aberto aos plebeus.
Para um povo que adora efemérides, os 150 anos do metrÎ de Londres serão um prato -ou um vagão- cheio.
Os ingleses jå começaram a festejar a data com selos comemorativos, livros, exposiçÔes e, claro, muitas lembranças para os turistas.
A programação incluirå até uma viagem retrÎ numa maria-fumaça de 1898, restaurada pelo museu de transportes da cidade. Os ingressos jå foram vendidos; os mais caros, a £ 180 (cerca de R$ 605).
Quem investiu tanto dinheiro viajarĂĄ num tĂpico trem a vapor do sĂ©culo 19, enfumaçado e barulhento, mas com os trilhos colocados embaixo da terra. A solução foi bolada para driblar o engarrafamento de charretes e bondes puxados a cavalo e ligar estaçÔes ferroviĂĄrias Ă City, o centro nervoso de Londres.
Na época da inauguração, a capital do império britùnico era a cidade mais populosa do mundo, com quase 3 milhÔes de habitantes.
O "tube" original refletia as divisÔes da sociedade vitoriana. Os passageiros viajavam separados em vagÔes de primeira, segunda e terceira classes. Aos poucos, o serviço se tornaria mais democråtico e moderno. Vieram avanços como trens movidos a eletricidade (1890), escadas rolantes nas estaçÔes (1911) e portas automåticas (1923).
Na segunda guerra mundial (1939-1945), os tĂșneis viraram abrigo antiaĂ©reo para proteger a população de bombas da Alemanha nazista.
Mesmo assim, em 10 de maio de 1941, os nazistas o atingiram em 20 pontos, num ataque noturno que matou 1.500 londrinos.
O heroĂsmo do perĂodo estĂĄ bem documentado em "How the Tube Shaped London" [Allen Lane, 286 pĂĄgs, R$ 84], lançado pelo aniversĂĄrio. O livro lembra outras tragĂ©dias como o acidente de 1975 em Mooregate (43 mortos), e os atentados terroristas de 2005, que deixaram 52 mortos e mais de 700 feridos. Em 2005 o metrĂŽ voltaria a ser notĂcia quando o brasileiro Jean Charles de Menezes foi morto por engano pela polĂcia em uma estação.
Apesar dos traumas, os londrinos aprenderam a se orgulhar de seu "underground", de dar inveja a qualquer cidade brasileira. A rede leva 1,1 bilhĂŁo de passageiros por ano. SĂŁo 11 linhas e 402 km de trilhos, quase o trajeto Rio-SĂŁo Paulo.
O metrĂŽ Ă© onde Londres se revela mais multicultural, com gente de todas as lĂnguas e etnias. O clima de Torre de Babel sĂł nĂŁo Ă© maior porque os passageiros dedicam cada vez mais tempo Ă companhia silenciosa de smartphones.
Bernardo Mello Franco â Foco - Fonte: Folha de S.Paulo â 24/12/12.
Mais detalhes:
Guardian.co.uk/uk/london-underground-anniversary
Telegraph.co.uk/Underground-150-years
http://www.ltmuseum.co.uk/whats-on/tube150
Tfl.gov.uk/projectsandschemes
http://www.gresham.ac.uk/lectures-and-events/the-art-of-the-underground-150-years-of-re-designing-london
London Transport Museum â
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