O SHOW DOS "REIS" DA LOGĂSTICA CONTINUA XI...
LOGĂSTICA PELO MUNDO
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Veja exemplos do "reinado" da logĂstica pelo mundo, como esse em Burkina Faso.
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(Colaboração: Friedrich Geller)
FEMININO
Em uma semana, 5.000 alunas se matricularam em cursos gratuitos oferecidos pelo site Bolsa de Mulher.
Mercado Aberto - Guilherme Barros - Fonte: Folha de S.Paulo - 19/03/08.
Saiba mais: http://www.bolsademulher.com/
17° FESTIVAL DE CURITIBA
Com 21 espetĂĄculos na mostra oficial e 251 atraçÔes na alternativa, 17ÂȘ edição do festival jĂĄ começou. Festival relembra sua primeira edição hĂĄ 17 anos com presença dos diretores Gerald Thomas e Gabriel Villela, que dirige "Salmo 91". A partir deste ano, sem a palavra "teatro" em sua razĂŁo publicitĂĄria, o 17Âș Festival de Curitiba quer ampliar o guarda-chuva sobre as artes cĂȘnicas, como se verĂĄ na mostra oficial, atĂ© 30 de março.
Mais informaçÔes: http://www.festivaldecuritiba.com.br/ftc2008/index.asp
Fonte: Folha de S.Paulo - 19/03/08.
BRASIL: PARA PRINCIPIANTES
Uma frase muito repetida hĂĄ algum tempo, "O Brasil nĂŁo Ă© para principiantes", jĂĄ começa a entrar para a categoria de mĂłveis e utensĂlios da lĂngua. Quando isso acontece, sua autoria se torna secundĂĄria -embora, no caso, essa autoria seja tĂŁo ilustre que citĂĄ-la emprestar-lhe-ia ainda mais autoridade: Tom Jobim.
Tom nĂŁo tirou essa frase do nariz. Era uma "blague" com o tĂtulo de um livro, "Brasil para Principiantes", de um hĂșngaro radicado aqui, Peter Kellemen, e lançado em 1961 pela editora de maior prestĂgio na Ă©poca. Tratava-se de um apanhado minucioso, hilariante e quase sempre exato dos pequenos golpes e vigarices que os brasileiros -para ele, uma massa de corruptos benignos- se aplicavam para ir levando a vida. Muitos se revoltaram com esse retrato tĂŁo cru do Brasil feito por um estrangeiro, mas atĂ© eles compraram o livro, que vendeu dezenas de milhares.
Kellemen dizia-se diplomata ou mĂ©dico, dependendo do freguĂȘs, mas sua real ocupação era a de pilantra. Se qualquer leitor de seu livro jĂĄ se daria bem ao se orientar por ele, pode-se imaginar o que Kellemen nĂŁo tinha na manga. E ele nĂŁo se fez de rogado.
Logo a seguir ao livro, lançou o "CarnĂȘ Fartura" -boletos que custavam uma mixaria e concorriam a sorteios milionĂĄrios. VoluntĂĄrios venderam o "CarnĂȘ Fartura" por todo o paĂs, e papalvos sem conta o compraram. Nunca se soube de um sorteado. Quando a bolha estourou, Kellemen, milionĂĄrio, fugiu para a BolĂvia e sumiu de cena. Tinha feito o Brasil de principiante.
Mas isso nĂŁo invalida a frase de Tom. Num paĂs em que traficantes cheiram, prostitutas gozam e, para se manter no poder, a direita elege governantes de esquerda, o Brasil pode ser para qualquer um, menos para principiantes. Ou para gente de muitos princĂpios.
Ruy Castro - Fonte: Folha de S.Paulo - 22/03/08.
10S (DEZ, NO PLURAL)
notas sincopadas
I NĂŁo podia mesmo dar certo. Nascemos com excesso de ancestrais. E morremos com excesso de descendentes.
II POEMEU
Em Ipanema
Foi o tempo mais estranho!
Encontrava Drummond
Chupando Chica-Bom
E o grande CĂ©sar Lattes
Bebendo nas boates.
III Lula: "Melhor do que dar ao companheiro um peixe é lhe dar um caniço e ensinå-lo a usar o cartão corporativo".
IV CENA em grande clĂnica mĂ©dica da cidade:
Cliente: "Mas eu tenho Plano SaĂșde. Como Ă© que me cobram essa intervenção no baço?".
Administrador: "EstĂĄ escrito aqui, senhor â o tratamento de baço foi descredenciado".
Outro cliente: "Como cinco mil pra pagar trĂȘs mĂ©dicos? E meu Plano SaĂșde?".
Administrador: "Desculpe, amigo, mas esses mĂ©dicos nĂŁo sĂŁo da ClĂnica. SĂŁo terceirizados".
Outro cliente: "QuĂ© quĂ© isso? NĂŁo vou pagar nada. Taqui o meu Plano SaĂșde".
Administrador: "Desculpe, senhor, mas seu Plano SaĂșde nĂŁo prevĂȘ doenças".
V No Brasil o leite sĂł nĂŁo Ă© adulterado enquanto estĂĄ na vaca.
VI Advogado:
"Querida, hoje nĂŁo vou trabalhar. Estou me sentindo muito âQuid Pro Quoâ".
VII A fé remove montanhas. No Rio vimos isso com a derrubada do Morro do Castelo. Mas logo, no lugar, botaram mil arranha-céus. A especulação imobiliåria refaz montanhas.
VIII Todo caminho Ă© sempre pra cĂĄ e pra lĂĄ.
IX Até hoje o baile mais famoso do Brasil foi o da Ilha Fiscal. Exceto, claro, quando chega esta época do ano com o baile da Receita Fiscal.
X Na minha infĂąncia, quando alguĂ©m mais respeitĂĄvel da famĂlia falava em falta de decoro, eu sabia o que era. Mas hoje, quando falam em "quebrar o decoro parlamentar", nĂŁo sei o que querem dizer. Falta de decoro de que se falava, naquele entĂŁo, era, no mĂĄximo, um velho da famĂlia sair do banheiro de braguilha aberta, com o pinguelo ao ar livre. "Deus do cĂ©u, vovĂŽ nĂŁo tem mais decoro." Agora, quando rivais, ou juristas, ou a imprensa, falam de um malversador, ladrĂŁo, patife, aquilo que no todo se sintetiza com o substantivo canalha, ele estĂĄ apenas faltando com o decoro? Putsgrila! Vejam agora no plano internacional. Recebi, pela internet, de vĂĄrias fontes, um filme com a figura do grande lĂder italiano Berlusconi, em primeiro plano, close, fotografia nĂtida e ao vivo, tirando ouro do nariz. NĂŁo sĂł tirando, mas apertando entre os dedos. A descrição Ă© repugnante? Poupo-lhes a imagem â esta Ă© uma revista asseada. Ah, bom, todos sabem quem Ă© Berlusconi. Sem dĂșvida o homem mais poderoso da ItĂĄlia. E um cidadĂŁo cujos feitos sĂŁo de tal ordem e tal desfaçatez que reduzem nossos grandes lĂderes no setor, QuĂ©rcia, Maluf, Jader Barbalho, ao nĂvel de trombadinhas. No meu tempo (meu tempo Ă© daqui a dez anos) esse homem, que possivelmente serĂĄ novamente primeiro-ministro da ItĂĄlia e domina 45% da televisĂŁo, nĂŁo seria convidado em jantar em famĂlia.
MillÎr - Fonte: Veja - Edição: 2052.
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