O SHOW DOS "REIS" DA LOGĂSTICA CONTINUA VII...
LOGĂSTICA DE FOTOGRAFIA II
O ùngulo perfeito de uma foto. Que perfeição!
(Colaboração: Fabiano - Rio de Janeiro)
1ÂȘ ESCOLA MĂDICA DO BRASIL COMPLETOU 200 ANOS
O dia 18 de fevereiro assinalou o transcurso dos 200 anos da fundação, na Bahia, da primeira escola mĂ©dica no paĂs, criada quando da passagem por Salvador da corte portuguesa.
A contribuição desta escola mĂ©dica se destaca por importantes observaçÔes relacionadas ao avanço do conhecimento mĂ©dico, como na ĂĄrea da medicina tropical. Muitos de seus alunos e professores ocuparam cĂĄtedras em faculdades de todo o Brasil, entre elas as de SĂŁo Paulo e Rio. Instalada no largo do Terreiro de Jesus em 1808 como a Escola de Cirurgia da Bahia, em 1816 virou Academia MĂ©dico-CirĂșrgica da Bahia.
Em 1832 seu nome mudou novamente, para Faculdade de Medicina da Bahia, passando depois para Faculdade de Medicina e FarmĂĄcia da Bahia (1891), Faculdade de Medicina da Bahia (1901) e desde 1946 passou a ser a tradicional Faculdade de Medicina da Universidade da Bahia.
O atual nome é de 1965: Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia. Dentre as solenidades, o reitor da UFBA, professor Naomar Monteiro de Almeida Filho, presidiu a sessão de lançamento do selo e moeda comemorativos.
No dia seguinte, 19/02, começou o seminårio "Perspectivas da medicina no século 21". Os eventos comemorativos acabam em 15 de dezembro.
Julio Abramczyk - Fonte: Folha de S.Paulo.
CIRURGIA DE LIPOASPIRAĂĂO?
(Herbert Viana)
Pelo amor de Deus, eu nĂŁo quero usar nada nem ninguĂ©m, nem falar do que nĂŁo sei, nem procurar culpados, nem acusar ou apontar pessoas, mas ninguĂ©m estĂĄ percebendo que toda essa busca insana pela estĂ©tica ideal Ă© muito menos lipo-as e muito mais piração? Uma coisa Ă© saĂșde outra Ă© obsessĂŁo. O mundo pirou, enlouqueceu. Hoje, Deus Ă© a auto-imagem. ReligiĂŁo, Ă© dieta.
FĂ©, sĂł na estĂ©tica. Ritual Ă© malhação. Amor Ă© cafona, sinceridade Ă© careta, pudor Ă© ridĂculo, sentimento Ă© bobagem. Gordura Ă© pecado mortal. Ruga Ă© contravenção. Roubar pode, envelhecer, nĂŁo. Estria Ă© caso de polĂcia. Celulite Ă© falta de educação. Filho da puta bem sucedido Ă© exemplo de sucesso. A mĂĄxima moderna Ă© uma sĂł: pagando bem, que mal tem?
A sociedade consumidora, a que tem dinheiro, a que produz, nĂŁo Pensa em mais nada alĂ©m da imagem, imagem, imagem. Imagem, estĂ©tica, medidas, beleza. Nada mais importa. NĂŁo importam os sentimentos, nĂŁo importa a cultura, a sabedoria, o relacionamento, a amizade, a ajuda, nada mais importa. NĂŁo importa o outro, o coletivo. Jovens nĂŁo tĂȘm mais fĂ©, nem idealismo, nem posição polĂtica. Adultos perdem o senso em busca da juventude fabricada. Ok, eu tambĂ©m quero me sentir bem, quero caber nas roupas, quero ficar legal, quero caminhar correr, viver muito, ter uma aparĂȘncia legal, mas... Uma sociedade de adolescentes anorĂ©xicas e bulĂmicas, de jovens lipoaspirados, turbinados, aos vinte anos nĂŁo Ă© natural. NĂŁo Ă©, nĂŁo pode ser.
Que as pessoas discutam o assunto. Que alguém acorde. Que o mundo mude. Que eu me acalme. Que o amor sobreviva. 'Cuide bem do seu amor, seja ele quem for.'
(Colaboração: Ricardo Lobenwein)
FALCATRUAS (E NĂO).
Sim senhor, o mundo é um antro de falcatruas. Se eu não fosse o otimista que sou, pessoa que acredita na nobreza do ser humano, esse impoluto, diria até que no mundo existe mais falcatrua do que falca. E do que trua. Sugeriria até legalizar ambas, pra colocar o mundo numa realidade mais real.
Olha em volta; irmĂŁo, os caras, nas grandes empresas, tĂŁo falsificando o leite! A gente reclama como se o pobre e nobre leiteiro, antigamente Ă nossa porta, nĂŁo colocasse tambĂ©m ĂĄgua nesse mesmo leite. Como se o assalto do pobre-diabo que pĂ”e a mĂŁo na balança (daĂ vem o carcamano, carica la mano, sabia?) nĂŁo fosse emulado, na outra ponta, pelo ser humano mais sofisticado do atual pedaço tecnolĂłgico â o hacker. Ou como se o assalto externo a todo e qualquer banco, com pouco lucro, ocasional prejuĂzo, e muito risco, nĂŁo tivesse um resultado melhor, em assalto e lucro, e nenhum risco, feito pelos prĂłprios bancos.
Por que falo nisso? Porque acabei de ler O Colapso e Armas, Germes e Aço, de Jared Diamond (me foram presenteados por Fernandinha Torres, minha fornecedora de livros transcendentais, sorry, periferia), e voltei a pensar na sacrossanta ciĂȘncia. Onde a fraude sempre comeu solta, com conivĂȘncia, com cumplicidade, e atĂ© participação, de pessoas as mais inesperadas, mais conceituadas e bem posicionadas. Pra sĂł falar disso, o Elo Perdido, "descoberto" em 1912, por Dawson, uma fraude no mĂnimo grosseira, foi compartilhado por Conan Doyle (Ă©, o do Sherlock), que andava sempre por ali, em Piltdown, onde a falcatrua foi premeditada e feita. Mas Doyle era chegado a um misticismo que o levaria a romper com o extraordinĂĄrio Houdini (que proclamava publicamente que todos os seus feitos de ilusionismo eram truques) quando este desmoralizou uma "vidente" protegida dele, Doyle. E, mais assustador ainda, Teilhard de Chardin, o grande mĂstico, teĂłlogo, antropĂłlogo, e o catzo, de fama invejĂĄvel, tambĂ©m participou da trama.
Pois eu, aqui onde me vĂȘem (lĂȘem), imbele e fraco, por essas e outras, durante muito tempo deixei de acreditar em cavadores, buracos cientĂficos e carcaças reveladoras da histĂłria humana. Arqueologia, o nome.
Bem, mas quando a falcatrua de Piltdown foi feita, cumpre dizer, nĂŁo havia nem mesmo o carbono 14, certidĂŁo de idade de qualquer passado, homem ou animal. O C14 sĂł foi oficializado nos anos 50.
Agora, vejam (leiam) como as coisas mudam. E vocĂȘ com elas. Quando se encontrou o corpo do careta morto nas geleiras do Tirol â abrindo uma briga entre ItĂĄlia e Ăustria pela posse â que aos primeiros indĂcios os "especialistas" afirmavam que era um italiano desaparecido no gelo havia quarenta anos, logo a aparelhagem cientĂfica moderna verificou que o personagem tinha 5 300 anos. Quase diziam o dia e a hora do nascimento. Talvez atĂ© o CPF. Uma preciosidade.*
Pois Ă©, eu ainda estava descrente, quando Fernandinha me mandou os dois livros de Jared Diamond, Colapso e Armas, Germes e Aço, miletantas pĂĄginas, pra ser exato 1 257 pĂĄginas. AtravĂ©s dos livros de Jared, com brilho Ășnico e credibilidade absoluta, a ciĂȘncia moderna â a geografia, a biologia evolutiva e tudo o que minha ignorĂąncia engloba como arqueologia â nos dĂĄ um retrato fascinante de para onde o mundo caminha (ou nĂŁo) e afasta mais de mim, definitivamente, a desconfiança de que todos os estudos de cavernas, esfinges, pedaços de estĂĄtuas, restos de caveiras, era tudo pseudociĂȘncia. Agora, quando Jared Diamond, nestes livros â universais pelo escopo e alcance global â acompanhando e acompanhado por ciĂȘncia e cientistas em todo o mundo, de repente me exibe uma semente encontrada hĂĄ um milhĂŁo de anos e, atravĂ©s dela, me explica como, na Ă©poca e no local, os seres humanos viviam, eu acredito em tudo.
Assim, apesar de viver num momento de tecnologia maravilhosa e sempre surpreendente, deixo de me interessar por isso, pelas promessas do futuro, e todo dia acordo. Aguardando com ansiedade as Ășltimas novidades do passado.
*Uma revista gay da Alemanha revelou que a mĂșmia era gay. Os cientistas negaram. Bem, mas a ciĂȘncia ainda estĂĄ bem atrĂĄs da fofoca.
"SATISFAĂĂO ABSOLUTA, OU SEU DINHEIRO DE VOLTA: Estranham que nessa orgia de gastos "corporativos" nĂŁo tenha aparecido nenhuma despesa com gestantes e garotas de programa. A explicação Ă© simples â elas nĂŁo aceitam cartĂŁo de crĂ©dito."
MillÎr - Fonte: Veja - Edição 2048.
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