O SHOW DOS "REIS" DA LOGĂSTICA LVIII...
LOGĂSTICA ALTERNATIVA
See more photos of logistics "solutions" for the planet:
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(Colaboração: Geller)
VAGAS NA FILARMĂNICA DE MINAS GERAIS
A Orquestra FilarmĂŽnica de Minas Gerais realiza seleção de novos mĂșsicos. Desde o Ășltimo dia 2 estĂŁo abertas as inscriçÔes para sete vagas nos cargos de chefe de naipe de harpa, chefe de naipe de tĂmpanos, violoncelo seção, violino seção (2 vagas), trompa V (UtilitĂĄrio) e clarinete IV (UtilitĂĄrio). As inscriçÔes acontecem atĂ© dia 2 de março, e as audiçÔes sĂŁo a partir do dia 13 de março, em Belo Horizonte. A remuneração mensal para os cargos oferecidos varia entre R$ 5.000 e R$ 6.000 mais os benefĂcios previstos em lei. Maiores informaçÔes no site http://www.filarmonica.art.br/site/home.html.
Fonte: O Tempo - 14/02/09.
SALA DE AULA
O instituto Acende Brasil estå inaugurando uma nova frente de atuação: a årea de cursos. O primeiro serå "Fundamentos do Setor Elétrico Brasileiro", ministrado por professores da USP. A expectativa é que a primeira turma seja formada até abril.
Mercado Aberto - Guilherme Barros - Fonte: Folha de S.Paulo - 12/02/08.
instituto Acende Brasil - http://www.acendebrasil.com.br/site/secoes/home.asp
BILHĂES DE BURGUESES
A nova "Economist" (http://www.economist.com/specialreports/displayStory.cfm?story_id=13063298&source=hptextfeature) vem com especial sobre "As novas classes mĂ©dias nos mercados emergentes", tĂtulo geral dos mais (http://www.economist.com/specialreports/displaystory.cfm?story_id=13063314) de dez textos (http://www.economist.com/specialreports/displaystory.cfm?story_id=13063322). A introdução traz a foto e descreve a cena de uma multidĂŁo diante da loja das Casas Bahias na favela de ParaisĂłpolis. "Esta Ă© a nova classe mĂ©dia dos emergentes indo Ă s compras." O texto saĂșda, em destaque, que "pela primeira vez na histĂłria mais de metade do mundo Ă© classe mĂ©dia, graças ao crescimento nos emergentes". No editorial (http://www.economist.com/opinion/displaystory.cfm?story_id=13109687) "Mais dois bilhĂ”es de burgueses", a revista avalia que "a ascensĂŁo da nova classe mĂ©dia mudou o mundo", mas: "E se eles mergulharem de volta na pobreza?". Alerta para o efeito de um "crash" sobre "o progresso feito recentemente em direção Ă democracia e Ă estabilidade polĂtica".
Toda MĂdia - Nelson de SĂĄ - Fonte: Folha de S.Paulo - 13/02/08.
O GĂNIO DA NEGOCIAĂĂO
Negociar bem não é um dom nato, e sim um processo de aprendizagem årduo, que implica conhecer as técnicas certas e utilizå-las no momento oportuno, visando um bom acordo para ambas as partes.
Essas premissas integram o livro "O GĂȘnio da Negociação", escrito pelos professores da Harvard Business School Deepak Malhotra e Max H. Bazerman. A obra foi lançada no mĂȘs passado pela editora Rocco.
Segundo os autores, entre os principais elementos que o leitor deve ter em mente em uma negociação estão saber tirar o melhor proveito dos documentos que se tem em mãos, prevenir-se em relação às informaçÔes não obtidas e não cair em "armadilhas psicológicas", como preconceitos.
De acordo com o livro, os "gĂȘnios da negociação" nĂŁo se desencorajam quando encontram incompatibilidade entre as partes. Eles tentam descobrir os interesses ocultos delas.
Assim, as tĂĄticas de entendimento, que ajudam desde o executivo atĂ© o diretor de campanha polĂtica, permitem que os negociadores sejam mais criativos para satisfazer os participantes.
PrĂĄtica
Os professores afirmam que a negociação passou a ser considerada "o mecanismo mais pråtico para alocar recursos, equilibrar interesses competitivos e resolver conflitos".
Dividido em trĂȘs partes -as ferramentas do negociador, a psicologia da negociação e como negociar em um mundo real-, o tĂtulo traz casos prĂĄticos, que apresentam diversos problemas e as soluçÔes encontradas para cada um deles.
Apesar de demonstrar algumas tĂ©cnicas, os autores sĂŁo claros em afirmar que, para ser um efetivo "gĂȘnio da negociação", Ă© necessĂĄrio exercer uma prĂĄtica criteriosa, que se aprende apenas com a experiĂȘncia.
O GĂȘnio da Negociação
DEEPAK MALHOTRA E MAX H. BAZERMAN
Editora: Rocco;
Quanto: R$ 49 (408 pĂĄgs.)
Maria Carolina Nomura - Fonte: Folha de S.Paulo - 08/02/09.
Editora Rocco - http://www.editoras.com/rocco/
PORTEIRO DO PUTEIRO
Pelo tĂtulo, pode parecer apenas uma piada, mas Ă© uma sacudida em nossas vidas, Ă s vezes apenas mornas. Vamos aprender nas adversidades: NĂŁo havia, no povoado, pior ofĂcio do que "Porteiro do Puteiro". Mas que outra coisa poderia fazer aquele homem? O fato Ă© que nunca tinha aprendido a ler nem escrever, nĂŁo tinha nenhuma outra atividade ou ofĂcio. Um dia, entrou como gerente do puteiro um jovem cheio de idĂ©ias, criativo e empreendedor, que decidiu modernizar o estabelecimento. Fez mudanças e chamou os funcionĂĄrios para as novas instruçÔes.. Ao porteiro disse: - A partir de hoje, o Senhor, alĂ©m de ficar na portaria, vai preparar um relatĂłrio semanal onde registrarĂĄ a quantidade de pessoas que entram e seus comentĂĄrios e reclamaçÔes sobre os serviços.
- Eu adoraria fazer isso, Senhor - balbuciou - mas eu nĂŁo sei ler nem escrever! - Ah! Quanto eu sinto! Mas se Ă© assim, jĂĄ nĂŁo poderĂĄ seguir trabalhando aqui.
- Mas Senhor, nĂŁo pode me despedir, eu trabalhei nisto a minha vida inteira, nĂŁo sei fazer outra coisa.
- Olhe, eu compreendo, mas nĂŁo posso fazer nada pelo Senhor. Vamos dar-lhe uma boa indenização e espero que encontre algo que fazer. Eu sinto muito e que tenha sorte. Sem mais nem menos, deu meia volta e foi embora. O porteiro sentiu como se o mundo desmoronasse. Que fazer? Lembrou que no prostĂbulo, quando quebrava alguma cadeira ou mesa, ele a arrumava, com cuidado e carinho. Pensou que esta poderia ser uma boa ocupação atĂ© conseguir um emprego. Mas sĂł contava com alguns pregos enferrujados e um alicate mal conservado. Usaria o dinheiro da indenização para comprar uma caixa de ferramentas completa. Como o povoado nĂŁo tinha casa de ferragens, deveria viajar dois dias em uma mula para ir ao povoado mais prĂłximo para realizar a compra. E assim o fez. No seu regresso, um vizinho bateu Ă sua porta:
- Venho perguntar se vocĂȘ tem um martelo para me emprestar. - Sim, acabo de comprĂĄ-lo, mas eu preciso dele para trabalhar ... jĂĄ que.... - Bom, mas eu o devolverei amanhĂŁ bem cedo.
- Se Ă© assim, estĂĄ bom. Na manhĂŁ seguinte, como havia prometido, o vizinho bateu Ă porta e disse:
- Olha, eu ainda preciso do martelo. Porque vocĂȘ nĂŁo o vende para mim?
- NĂŁo, eu preciso dele para trabalhar e alĂ©m do mais, a casa de ferragens mais prĂłxima estĂĄ a dois dias mula de viagem. - Façamos um trato - disse o vizinho. Eu pagarei os dias de ida e volta mais o preço do martelo, jĂĄ que vocĂȘ estĂĄ sem trabalho no momento. Que lhe parece? Realmente, isto lhe daria trabalho por mais dois dias...aceitou. Voltou a montar na sua mula e viajou. No seu regresso, outro vizinho o esperava na porta de sua casa.
- OlĂĄ, vizinho. VocĂȘ vendeu um martelo a nosso amigo. Eu necessito de algumas ferramentas, estou disposto a pagar-lhe seus dias de viagem,mais um pequeno lucro para que vocĂȘ as compre para mim, pois nĂŁo disponho de tempo para viajar para fazer compras. Que lhe parece? O ex-porteiro abriu sua caixa de ferramentas e seu vizinho escolheu um alicate, uma chave de fenda, um martelo e uma talhadeira. Pagou e foi embora. E nosso amigo guardou as palavras que escutara: "nĂŁo disponho de tempo para viajar para fazer compras". Se isto fosse certo, muita gente poderia necessitar que ele viajasse para trazer as ferramentas. Na viagem seguinte, arriscou um pouco mais de dinheiro trazendo mais ferramentas do que as que havia vendido. De fato, poderia economizar algum tempo em viagens.
A notĂcia começou a se espalhar pelo povoado e muitos, querendo economizar a viajem, faziam encomendas. Agora, como vendedor de ferramentas, uma vez por semana viajava e trazia o que precisavam seus clientes. Com o tempo, alugou um galpĂŁo para estocar as ferramentas e alguns meses depois, comprou uma vitrine e um balcĂŁo e transformou o galpĂŁo na primeira loja de ferragens do povoado.. Todos estavam contentes e compravam dele. JĂĄ nĂŁo viajava, os fabricantes lhe enviavam seus pedidos. Ele era um bom cliente.
Com o tempo, as pessoas dos povoados vizinhos preferiam comprar na sua loja de ferragens, do que gastar dias em viagens. Um dia ele lembrou de um amigo seu que era torneiro e ferreiro e pensou que este poderia fabricar as cabeças dos martelos. E logo, por que não, as chaves de fendas, os alicates, as talhadeiras, etc.. E após foram os pregos e os parafusos... Em poucos anos, nosso amigo se transformou, com seu trabalho, em um rico e próspero fabricante de ferramentas. Um dia decidiu doar uma escola ao povoado.
Nela, alĂ©m de ler e escrever, as crianças aprenderiam algum ofĂcio. No dia da inauguração da escola, o prefeito lhe entregou as chaves da cidade, o abraçou e lhe disse:
- Ă com grande orgulho e gratidĂŁo que lhe pedimos que nos conceda a honra de colocar a sua assinatura na primeira pĂĄgina do Livro de atas desta nova escola.
- A honra seria minha - disse o homem. Seria a coisa que mais me daria prazer, assinar o Livro, mas eu nĂŁo sei ler nem escrever, sou analfabeto..
- O Senhor?!?! - disse o prefeito sem acreditar. O Senhor construiu um império industrial sem saber ler nem escrever? Estou abismado. Eu pergunto:- O que teria sido do Senhor se soubesse ler e escrever?
- Isso eu posso responder - disse o homem com calma. Se eu soubesse ler e escrever... ainda seria o PORTEIRO DO PUTEIRO!!!
Geralmente as mudanças sĂŁo vistas como adversidades. As adversidades podem ser bĂȘnçãos. As crises estĂŁo cheias de oportunidades. Se alguĂ©m lhe bloquear a porta, nĂŁo gaste energia com o confronto, procure as janelas. Lembre-se da sabedoria da ĂĄgua: "A ĂĄgua nunca discute com seus obstĂĄculos, mas os contorna." Que a sua vida seja cheia de vitĂłrias, nĂŁo importa se sĂŁo grandes ou pequenas, o importante Ă© comemorar cada uma delas.
"Não hå comparaçÔes entre o que se perde por fracassar e o que se perde por não tentar."
Andrea Pavlovitsch Psicoterapeuta.
(Colaboração: A.M.B.)
A VIDA VIRTUAL
O jornal impresso Ă© uma mĂdia fĂsica. E, como todas as mĂdias fĂsicas, corre sĂ©rio perigo. Nem o tubarĂŁo australiano Rupert Murdoch quer mais "imprimir sobre ĂĄrvores mortas", como ele ingratamente disse. O jornal do futuro serĂĄ um celular a ser levado na palma da mĂŁo, inclusive para o banheiro, que sempre foi o melhor lugar para ler jornal.
O livro tambĂ©m Ă© uma mĂdia fĂsica. E, como tal, igualmente estĂĄ com as barbas de molho. Para o seu lugar, jĂĄ existe o (por enquanto, sĂł nos EUA) Amazon kindle, um leitor de livros eletrĂŽnicos do estoque invisĂvel da Amazon, a famosa loja virtual. A engenhoca "baixa" milhares de tĂtulos, do pioneiro "Le morte d'Arthur", de 1485, ao Ășltimo escritor afegĂŁo, irlandĂȘs ou africano inventado pelas editoras.
O CD tambĂ©m Ă© uma mĂdia fĂsica, e jĂĄ quase em estado ectoplĂĄsmico. NinguĂ©m mais pensa em comprar discos. Com dois toques num aparelhinho, a mĂșsica que vocĂȘ quer surge de uma discoteca no espaço e penetra para sempre no seu iPod, indo fazer companhia Ă s 180 horas de mĂșsica que vocĂȘ jĂĄ armazenou e que, um dia, pretende ouvir, todas de uma vez.
E o DVD Ă© outra mĂdia fĂsica em avançado estĂĄgio de decomposição. Assim como se "baixam" mĂșsicas, "baixam-se" filmes, legal ou ilegalmente -de "A Vida de Cristo", de 1904, ao Ășltimo Woody Allen, que ele ainda nem terminou de filmar-, para ser vistos numa telinha de trĂȘs polegadas. Se vocĂȘ for monoglota, o pirata "baixa" as legendas em portuguĂȘs, e estamos conversados.
De repente, concluo que, como o jornal, o livro, o CD e o DVD, eu tambĂ©m sou uma mĂdia fĂsica. Donde, como eles, candidato Ă extinção. Talvez um dia me transforme num espĂrito puro, virtual. Mas, se puder escolher, vou preferir impuro -nĂŁo sei se a vida apenas virtual tem essa graça toda.
Ruy Castro - Fonte: Folha de S.Paulo - 14/02/09.
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