FM - Faculdade Mental

FORMANDOS & FORMADOS - 25/09/2010

O SHOW DOS "REIS" DA LOGÃSTICA

LOGÃSTICA ECOLÃ“GICA (T.25)

English:
http://www.netcarshow.com/gordon_murray/2010-t.25_concept/
Gordon Murray:
http://www.gordonmurraydesign.com/
http://www.gordonmurraydesign.com/t25.php
Mobilidade urbana... Carro sem portas leva 3...
Criador do carro da McLaren com o qual Ayrton Senna conquistou seu primeiro tÃtulo na FÃ³rmula 1, o projetista Gordon Murray desenvolveu um veÃculo ecolÃ³gico feito com materiais reciclados que ocupa um terÃ§o do espaÃ§o convencional. O T 25 leva trÃªs passageiros tem 2,4 m de comprimento e 1,3 m de largura, atinge a velocidade de 145 km/h e custa em torno de US$ 9.000. O T 25 seria um soluÃ§Ã£o para o trÃ¢nsito.
Etc - Interessa - Fonte: O Tempo - 22/09/10.
Mais detalhes:
http://www.netcarshow.com/gordon_murray/2010-t.25_concept/
Gordon Murray:
http://www.gordonmurraydesign.com/
http://www.gordonmurraydesign.com/t25.php

REDES ESTRANGEIRAS E O ENSINO SUPERIOR
O ensino superior brasileiro, apÃ³s um longo perÃodo de estagnaÃ§Ã£o e um crescimento mÃ©dio, atÃ© 1996, de cerca de 1,3% ao ano, passou por amplo processo de crescimento, chegando a atingir 17% em 2000. Esse perÃodo se caracterizou pela ampliaÃ§Ã£o do setor privado.
Ao contrÃ¡rio do que fizeram, por exemplo, os EUA (que criaram centenas de faculdades regionais pÃºblicas, chamadas de community colleges), o sistema pÃºblico brasileiro cresceu em duas direÃ§Ãµes: as universidades de pesquisa (nem sempre fazendo jus Ã denominaÃ§Ã£o) e os centros de formaÃ§Ã£o tecnolÃ³gica (como alternativa profissionalizante, atendendo Ã populaÃ§Ã£o menos favorecida, em geral).
O sistema pÃºblico nÃ£o quis atuar no setor das profissÃµes tradicionais, com cursos mais baratos, noturnos, poucos professores titulados e prioritariamente em tempo parcial. As instituiÃ§Ãµes privadas, a maioria particular, acabaram por assumir, com esse modelo, a formaÃ§Ã£o superior, suprindo demanda academicamente menos preparada, em geral, e financeiramente mais frÃ¡gil.
Esse mercado se tornou promissor para grupos, alguns com capital internacional, que viram aÃ uma oportunidade para expandir fortemente suas fronteiras.
Embora a expansÃ£o do ensino superior tenha se reduzido significativamente a partir de 2007-o que pareceria desaconselhar novos investimentos na Ã¡rea-, para esses grupos as condiÃ§Ãµes ainda se mantÃªm atraentes.
Isso porque sua expansÃ£o em altos Ãndices vem sendo mantida pela compra de universidades e de faculdades regionais, muitas vezes familiares e/ou com gestÃ£o pouco profissionalizada.
O ensino superior de massa torna-se negÃ³cio atrativo para as grandes redes pela possibilidade de ganhos de escala, com incremento do nÃºmero de alunos, atraÃdos pelos preÃ§os da mensalidade e do material didÃ¡tico, localizaÃ§Ã£o e investimentos em marketing agressivo.
O mesmo se deu, por exemplo, com as redes de supermercado que se expandiram, sem necessariamente se expandir o mercado consumidor, se bem que lojas de especiarias permaneÃ§am vivas, o que no ensino superior corresponde Ã s instituiÃ§Ãµes focadas, com mensalidades altas, tecnologia de ponta, professores bem pagos e marcas muito valorizadas.
Cabe buscar a resposta a uma pergunta importante: esse grande mercado de massa que o Brasil precisa formar em nÃvel superior (nÃ£o em universidades de pesquisa!) deve ser atendido basicamente por este novo modelo de organizaÃ§Ã£o de grandes redes, sejam elas criadas e mantidas, ou nÃ£o, com apoio dos fundos de "private equity"?
Se a resposta for sim, deverÃamos ser capazes de provar a seguinte tese: a busca de reduÃ§Ã£o sistemÃ¡tica de custos e a alta remuneraÃ§Ã£o do capital permitem um ensino de qualidade. A partir daÃ, precisamos explicar por que o setor pÃºblico gasta tanto para atender a tÃ£o poucos e nÃ£o cria suas prÃ³prias redes nesses moldes.
Se nÃ£o, precisamos apontar soluÃ§Ãµes, com urgÃªncia, para evitar as consequÃªncias nefastas para o futuro da qualidade e da abrangÃªncia do ensino superior, pois, diferentemente do que ocorre na produÃ§Ã£o de bens ou na prestaÃ§Ã£o de outros serviÃ§os, seus resultados demoram a aparecer e nÃ£o Ã© possÃvel devolver o "produto que apresentar defeito de fabricaÃ§Ã£o".

MARIA BEATRIZ DE CARVALHO MELO LOBO, psicÃ³loga, Ã© vice-presidente do Instituto Lobo para o Desenvolvimento da EducaÃ§Ã£o, da CiÃªncia e da Tecnologia. Foi vice-reitora da Universidade de Mogi das Cruzes.
ROBERTO LEAL LOBO E SILVA FILHO, engenheiro, professor titular aposentado e ex-reitor da USP (1990-1993) e da Universidade de Mogi das Cruzes (1996-1999), foi diretor do CNPq e Ã© presidente do Instituto Lobo para o Desenvolvimento da EducaÃ§Ã£o, da CiÃªncia e da Tecnologia.

Fonte: Folha de S.Paulo - 24/09/10.
Instituto Lobo para o Desenvolvimento da EducaÃ§Ã£o, da CiÃªncia e da Tecnologia - http://www.institutolobo.org.br/instituto/default.asp
Universidade de Mogi das Cruzes - http://www.umc.br/intro/

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