O SHOW DOS "REIS" DA LOGĂSTICA LXXXVIII...
LOGISTICA BICICLETA-CARRINHO-DE-BEBĂ-ECOLĂGICA (BABY ON WHEELS)
English: http://www.taga.nl/intro.asp
A fim de fornecer ainda mais evidĂȘncia de que o futuro serĂĄ do pedal, a marca holandesa Taga lançou uma bicicleta-carrinho-de-bebĂȘ-ecolĂłgica. A tecnologia Ă© tal que atravĂ©s de um simples click o veĂculo pode virar de carrinho a bicicleta em apenas 20 segundos. A cadeira de criança pode ser reclinada para que ela possa dormir e tem ainda uma capota e uma proteção contra chuva. O Taga pode ser adquirido em lojas no continente europeu e na Inglaterra, onde o preço Ă© de 1695 libras esterlinas.
Fonte: Tam Nas Nuvens - Ano 2 - NĂșmero 20.
O site da Taga: http://www.taga.nl/intro.asp
BETA GAMMA SIGMA
Confraria Beta Gamma Sigma, a mais renomada sociedade de estudantes de negĂłcio do mundo. A instituição de nome pomposo surgiu em 1913, nos Estados Unidos, para premiar o bom desempenho acadĂȘmico. Apenas 10% dos melhores alunos de escolas selecionadas podem se tornar "Beta Gammas". Hoje, o grupo nem Ă© tĂŁo seleto assim -- sĂŁo 625 000 membros espalhados por 160 paĂses. Cerca de 370 deles moram no Brasil e todos eles foram aceitos por cursos feitos fora do paĂs.
SĂ©rgio RebĂȘlo, NatĂĄlia Cabrini e Pablo Yanez sĂŁo os primeiros a entrar no clube por meio de uma instituição brasileira, a Fundação Getulio Vargas.
Fonte: Exame - Edição 951.
Beta Gamma Sigma - http://www.betagammasigma.org/
FGV - http://www.fgv.br/
ENDEAVOR
O Endeavor Ă© um site que pretende promover o desenvolvimento sustentĂĄvel do Brasil, por meio do apoio a empreendedores inovadores e do incentivo Ă cultura empreendedora. Atuando em duas frentes â geração de exemplos e disseminação do conhecimento â o portal tem um banco de casos inspiradores que compartilha com o pĂșblico em geral. VĂdeos, artigos, boletins eletrĂŽnicos e calendĂĄrio de eventos, sĂŁo algumas pĂĄginas deste portal.
Confira: http://www.endeavor.org.br/.
Fonte: Revista Brasileira de Administração â Ano XIX â NĂșmero 71.
VIAGEM Ă LUA NO SĂCULO 15
Trezentos anos antes que Neil Armstrong colocasse os pĂ©s na Lua, um cientista de renome planejou levar o homem ao espaço. O britĂąnico John Wilkins (1614-1672) chegou a desenhar carruagens voadoras, que carregariam seres humanos ao satĂ©lite da Terra. Cada nave levaria 20 pessoas â que nĂŁo sentiriam fome e respirariam o ar puro dos anjos. Os estudos de Wilkins foram relançados na Inglaterra.
Tiago Cordeiro â Fonte: Aventuras na HistĂłria â Edição 74.
TURĂSMO MĂDICO
1 milhĂŁo de dĂłlares Ă© quanto o JapĂŁo vai gastar para entrar na briga pelos doentes do mundo. O governo quer colocar o paĂs na rota do Turismo MĂ©dico, que deve atrair mais de 780 milhĂ”es de pessoas nos prĂłximos 3 anos - ou 1 em cada 10 pessoas do mundo. NĂŁo vai ser fĂĄcil. Os japoneses terĂŁo concorrentes de peso, como Ăndia, Cingapura e atĂ© Brasil, que jĂĄ atraem a clientela estrangeira - principalmente europeus e americanos - em busca de tratamento barato. Como nĂŁo pode competir em custo, o JapĂŁo tem outra estratĂ©gia: o foco em nichos, como combate ao cĂąncer e anĂĄlise genĂ©tica.
Fonte: Super Interessante - Edição 269.
UNESP E CĂSPER ABREM INSCRIĂĂO
EstĂŁo abertas as inscriçÔes para os vestibulares da Unesp e da Faculdade CĂĄsper LĂbero, de SĂŁo Paulo. Na Unesp, que realiza pela primeira vez o processo seletivo em duas fases, o prazo vai atĂ© 2 de outubro, pelo site http://www.vunesp.com.br/.
A taxa Ă© de R$ 110. Para alunos da rede pĂșblica estadual, a inscrição custa R$ 27,50. A primeira fase estĂĄ marcada para 8 de novembro. Classificados nessa etapa realizam provas em 20 e 21 de dezembro.
Na Cåsper, as inscriçÔes podem ser feitas até 30 de outubro, no site http://www.facasper.com.br/. A taxa é de R$ 115 e a prova acontece em 6 de dezembro.
Fonte: Folha de S.Paulo â 08/09/09.
DAAD OFERECE BOLSAS DE PĂS
O DAAD (Serviço AlemĂŁo de IntercĂąmbio AcadĂȘmico) oferece bolsas de especialização na Alemanha nas ĂĄreas de mĂșsica, artes plĂĄsticas e design. As inscriçÔes vĂŁo atĂ© 19 de outubro. InformaçÔes em http://rio.daad.de/shared/pos_graduacao.htm.
Fonte: Folha de S.Paulo - 06/09/09.
PHILIPS COMEĂA SELEĂĂO EM 11 ĂREAS
A Philips do Brasil abre vagas de estĂĄgio para quem tem previsĂŁo de se formar entre junho e dezembro de 2011. Interessados devem se inscrever no site www.philips.com.br/carreiras atĂ© o dia 1Âș de outubro. O valor da bolsa Ă© de R$ 1.287, e o do vale-refeição, de R$ 374.
Fonte: Folha de S.Paulo - 06/09/09.
AES ABRE 20 VAGAS EM DOIS SEGMENTOS
A AES Brasil estå com inscriçÔes abertas para trainees nos segmentos de geração e distribuição de energia e soluçÔes em telecomunicaçÔes. Quem concluiu a graduação entre julho de 2007 e dezembro de 2009 pode se inscrever em www.grupofoco.com.br/aesbrasil, até 20/9.
Fonte: Folha de S.Paulo - 06/09/09.
C&A ABRE VAGAS PARA VAREJO E PRODUTO
Graduados entre julho de 2006 e dezembro de 2009 nos cursos de administração, comĂ©rcio exterior, arquitetura, ciĂȘncias contĂĄbeis, comunicação, economia, engenharia, marketing e moda podem se inscrever no site www.cea.com.br, de 8 de setembro a 30 de outubro.
Fonte: Folha de S.Paulo - 06/09/09.
TRAINEES ANGLO AMERICAN
A mineradora Anglo American (www.angloamerican.com.br) inscreve atĂ© o dia 27/9 para 13 vagas nas ĂĄreas de engenharia e geologia. Ă preciso ter concluĂdo a graduação entre dezembro de 2007 e dezembro de 2009 e ter disponibilidade para viagens e para morar em CatalĂŁo (GO), NiquelĂąndia (GO), Barro Alto (GO) ou CubatĂŁo (SP).
Fonte: Folha de S.Paulo - 06/09/09.
VERDADEIROS SELF-MADE MEN
Distante das capas de revistas especializadas em negĂłcios, os brasileiros que se arriscam a virar empreendedores tĂȘm um longo histĂłrico de dificuldades enfrentadas nas Ășltimas dĂ©cadas. Em alguns momentos, eles foram vĂtimas destacadas das encrencas macroeconĂŽmicas em que o PaĂs se meteu. Foi assim no famigerado Plano Collor, no inĂcio da dĂ©cada de 90, quando milhares de empreendimentos de pequeno porte foram Ă falĂȘncia por absoluta falta de caixa para continuar rodando o negĂłcio.
Na sequĂȘncia, tiveram de enfrentar as elevadĂssimas taxas de juro vigentes ao longo da dĂ©cada de 90 e atĂ© poucos anos atrĂĄs. Ăquela altura, conviviam ainda com uma tributação pesada decorrente de um cipoal de impostos e contribuiçÔes, mais os custos contĂĄbeis e trabalhistas, que obrigavam muitos empresĂĄrios a fechar as portas ou partir para a informalidade.
Nos Ășltimos cinco anos, em que pesem as muitas barreiras a transpor, a situação mudou para melhor, afirmam os especialistas. Tanto Ă© assim que um dos principais indicadores capazes de medir a saĂșde mĂ©dia das pequenas e microempresas do PaĂs tem melhorado significativamente. Segundo o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio Ă s Micro e Pequenas Empresas), ao longo da dĂ©cada de 90, aproximadamente 40% das empresas de pequeno porte encerravam as suas atividades ainda no primeiro ano de vida. Atualmente, a taxa de mortalidade caiu a 27%, com indicação de que poderĂĄ manter a tendĂȘncia de queda nos prĂłximos anos, a depender dos desdobramentos da crise financeira global. Em um prazo mais longo, contudo, quando se verifica quantas fecharam nos primeiros cinco anos de atividade, a taxa cresce a preocupantes 67%. Nesse caso, no entanto, os indicadores ainda nĂŁo refletem completamente a nova realidade vivida por esse segmento da economia desde 2006, quando foi aprovada no Congresso a Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, que instituiu o sistema Simples de tributação, com alĂquotas de 6% a 8%.
Com as alteraçÔes ocorridas no fim do ano passado, estima-se que atĂ© dezembro prĂłximo mais 200 mil empresas devem aderir Ă tributação simplificada. O ritmo de crescimento Ă© mais acelerado no caso das micro e pequenas empresas ligadas ao setor de serviços, cuja taxa anual de incremento Ă© de 6,6%, de acordo com o Sebrae â no caso dos serviços ligados Ă informĂĄtica, a taxa chega a 12,5%. No comĂ©rcio, o crescimento registrado em relação ao ano passado Ă© de 5,2%, enquanto a indĂșstria, cada vez menos procurada, registrou um avanço de apenas 2,5%.
Alguns outros indicadores demonstram a importùncia crescente dos negócios pequenos para a economia nacional. Destaca-se aà a capacidade de absorção de mão de obra. Do total de brasileiros economicamente ativos, 67% estão empregados em micro e pequenas empresas.
Uma boa parcela das pessoas que decidiram optar por um negĂłcio foi, porĂ©m, motivada pela perda de emprego em uma empresa de porte mĂ©dio ou grande. Ou ainda porque muitos começaram a perceber que, mesmo empregados, enfrentavam gradualmente uma piora nas condiçÔes de trabalho. âCada vez mais as pessoas se dĂŁo conta de que os empregos em grandes corporaçÔes jĂĄ nĂŁo sĂŁo como antigamenteâ, diz o professor da Fundação Getulio Vargas de SĂŁo Paulo Tales Andreassi, coordenador do Centro de Empreendedorismo e Novos NegĂłcios da faculdade. âAs empresas investiam mais em treinamento e as condiçÔes eram mais satisfatĂłrias, tanto que muitos ficavam no mesmo emprego atĂ© se aposentar. Hoje, as jornadas sĂŁo muito mais extensas, os quadros foram reduzidos e, paralelamente a isso, começam a surgir os grandes exemplos de sucesso de empreendedorismos ligados Ă internetâ, diz Andreassi.
Nos meses finais de 2008 e no inĂcio deste, por sinal, as pequenas puderam vislumbrar o que poderia ser um indesejĂĄvel flash-back dos tempos mais duros. No desenrolar da crise, muitas ficaram sem crĂ©dito para operar, posto que em geral trabalham com pouquĂssima folga de caixa, como consequĂȘncia de que os prĂłprios bancos de menor porte (os que sobreviveram Ă onda de fusĂ”es e aquisiçÔes da Ășltima dĂ©cada) tambĂ©m tiveram de ser socorridos pelo governo para nĂŁo quebrar.
A repentina mudança nos humores do sistema financeiro alterou a estrutura do crĂ©dito privado, Ă medida que os bancos privados de grande porte optaram por emprestar preferencialmente Ă s companhias igualmente grandes, cujo risco Ă©, em tese ao menos, menor. O resultado dessa histĂłria foi o crescimento acelerado da participação do crĂ©dito dos bancos pĂșblicos â como Banco do Brasil, Caixa EconĂŽmica Federal, Nossa Caixa, Banco do Nordeste do Brasil e mesmo o BNDES, este Ășltimo por meio do seu cartĂŁo de crĂ©dito com taxas reduzidas para a compra de mĂĄquinas, equipamentos e outros bens durĂĄveis como veĂculos.
âApesar do susto, o crĂ©dito Ă s pequenas continuou aumentando, ainda que a uma taxa menor do que a verificada atĂ© a falĂȘncia do Lehman Brothers. Pela primeira vez em dĂ©cadas, o Brasil enfrentou uma crise externa sem que ela resultasse em uma crise fiscalâ, afirma o economista Luiz Fernando de Paula, professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj). âHoje, o maior problema que ainda enfrentamos Ă© a deterioração das expectativas dos empresĂĄrios. E, no caso das pequenas empresas, o fato de vĂĄrios bancos de atuação regional terem sido incorporados por outros de abrangĂȘncia nacional, o que tambĂ©m criou dificuldades operacionaisâ, afirma.
Na avaliação do economista, o maior problema Ă© a distĂąncia a separar os empresĂĄrios no interior do PaĂs e mesmo em capitais distantes do Sul e Sudeste dos chamados centros decisĂłrios das principais instituiçÔes bancĂĄrias. âA experiĂȘncia internacional demonstra que a consolidação bancĂĄria tende a rarear o crĂ©dito para as menores, o que faz com que a concentração creditĂcia seja ainda maior do que a econĂŽmica. E essa situação Ă© ainda mais grave no caso dos estados mais pobres.â
DaĂ a importĂąncia, dizem especialistas, de iniciativas como a do Banco do Nordeste do Brasil, que decidiu alguns anos atrĂĄs concentrar a sua atuação justamente nesse segmento. Criou uma linha de crĂ©dito especĂfica para abrir as portas para quem operou por dĂ©cadas fora dos limites da lei, a Crediamigo, voltada a pessoas fĂsicas que atuam como autĂŽnomas e poderĂŁo, mais adiante, constituir a prĂłpria firma. E decidiu aumentar sua participação no crĂ©dito Ă s micro e pequenas empresas do Nordeste. Ao longo do primeiro semestre, na esteira da retirada dos bancos privados, concedeu 935 milhĂ”es de reais em emprĂ©stimos â crescimento de 54% em relação ao mesmo perĂodo de 2008 â e um total de 46 mil operaçÔes realizadas por 15 mil clientes.
âAlĂ©m de aproveitar uma oportunidade de mercado, o banco tambĂ©m segue o ritmo dos negĂłcios na regiĂŁo. E o fato Ă© que, se a crise foi relativamente branda no Brasil como um todo, foi ainda mais no caso do Nordesteâ, afirma StĂ©lio Gama Lyra JĂșnior, superintendente do banco. âAs pequenas e microempresas nordestinas faturam praticamente tudo no mercado interno, sĂŁo menos globalizadas, o que, ao menos neste caso, foi positivo.â
Lyra menciona algumas microrregiĂ”es do Nordeste cujo ritmo de crescimento tem superado a mĂ©dia regional. No Sul da Bahia, com a maior presença do agronegĂłcio, a partir da produção de soja, que tem aberto vĂĄrias oportunidades para os empresĂĄrios menores, por exemplo, como fornecedores da indĂșstria alimentĂcia que desponta por ali.
O mesmo vale para a indĂșstria de confecção na regiĂŁo de Caruaru, mais especificamente na pequena Toritama, conhecida como a capital nacional do jeans. Segundo Lyra, a cidade convive hĂĄ um bom tempo com o âpleno empregoâ. Nesse caso, a explicação para o bom desempenho estĂĄ associada Ă melhora na renda disponĂvel ao consumo das fatias de renda mais baixa, impulsionadas pelo Bolsa FamĂlia e o aumento real do salĂĄrio mĂnimo.
E ainda a regiĂŁo do Vale do SĂŁo Francisco que se dedica Ă fruticultura, prejudicada pela crise internacional que atingiu em cheio a demanda proveniente de paĂses asiĂĄticos, europeus e dos EUA. Ou o arranjo produtivo local criado em parceria pelo Sebrae e o MinistĂ©rio do Desenvolvimento localizado no Sul do PaĂs, com apoio do BNDES.
No inĂcio do ano, a Finep, ligada ao MinistĂ©rio de CiĂȘncia e Tecnologia, lançou outra iniciativa que parece promissora. Criou um programa voltado especificamente para fomentar empresas nascentes dispostas a investir em produtos e processos inovadores, intensivos em conhecimento.
Batizado de Prime (Primeira Empresa Inovadora) e com orçamento de 230 milhĂ”es em 2009, o programa estĂĄ no momento finalizando o processo de seleção de aproximadamente 1,8 mil projetos, com o apoio de 17 agĂȘncias de inovação ligadas Ă s universidades. Cada um dos empreendedores escolhidos receberĂĄ 120 mil reais a fundo perdido para investir na contratação de consultorias que permitam viabilizar o negĂłcio. Eles tambĂ©m receberĂŁo, em alguns casos, um prĂł-labore, algo inĂ©dito no PaĂs, jĂĄ que se trata de empresas que sequer saĂram do papel. âEste Ă© o programa de maior capilaridade que jĂĄ criamos. Em sua fase inicial, 3.300 empresas se candidataram, todas com atĂ© dois anos de existĂȘncia, originadas em mais de 300 cidades do PaĂsâ, afirma Gina Paladino, superintendente da Ărea de Pequenas Empresas Inovadoras da Finep. âO Prime pretende incentivar as empresas nascentes que apostamos terem potencial de se tornar protagonistas relevantes em dez ou vinte anos.â
Luiz Antonio Cintra - Fonte: Carta Capital - Edição 562.
Prime (Primeira Empresa Inovadora) - http://www.finep.gov.br/programas/prime.asp
OS GARGALOS A ENFRENTAR
No Brasil existem 5,6 milhĂ”es de micro e pequenas empresas formais e estima-se que hĂĄ 11 milhĂ”es de empreendimentos informais. Isso Ă© bom ou ruim? Num primeiro momento, a resposta deverĂĄ ser sempre positiva, jĂĄ que o nĂșmero superlativo demonstra a atitude empreendedora dos brasileiros, a sua criatividade e iniciativa.
A importĂąncia das micro e pequenas para a economia brasileira Ă© cada vez mais reconhecida pela sociedade e pelos governantes, e o ambiente para que esses negĂłcios possam prosperar estĂĄ visivelmente mais amigĂĄvel. Se hĂĄ dez anos a luta era por um tratamento diferenciado em termos legais e tributĂĄrios, desde 2006, quando a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa foi sancionada pelo presidente Lula, essa distinção ficou mais prĂłxima e provĂĄvel. Agora a batalha Ă© pela sua regulamentação em estados e municĂpios, para que apresente os resultados prĂĄticos a que se propĂ”e.
Com um ambiente mais propĂcio aos negĂłcios, a metade do caminho estĂĄ conquistada, mas falta um longo percurso para afirmarmos que Ă© bom sermos um paĂs de milhĂ”es de empreendedores. Mercado nĂŁo nos falta. AliĂĄs, foi a proporção desse mercado a responsĂĄvel, em grande medida, pela crise financeira internacional nĂŁo ter tido efeitos tĂŁo devastadores aqui. Ter mercado, por si sĂł, nĂŁo basta. Ă preciso ser competitivo; Ă© necessĂĄrio ter acesso a serviços financeiros para sobreviver a percalços; Ă© fundamental ter informação. E esses sĂŁo os principais gargalos hoje enfrentados pelos empreendedores.
Inovação Ă© condição essencial Ă competitividade. Uma constatação que jĂĄ se tornou mantra para empresĂĄrios de negĂłcios de qualquer porte, mas longe da realidade da esmagadora maioria das pequenas e tambĂ©m para muitos empreendimentos mais robustos. Ă o que demonstra a pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM), realizada hĂĄ nove anos no PaĂs pelo Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP) e que tem o Sebrae como um dos parceiros.
Entre os paĂses que realizaram a pesquisa em 2008, o Brasil possui uma das mais baixas taxas de lançamento de produtos novos (desconhecidos para o consumidor) e de uso de tecnologias disponĂveis hĂĄ menos de um ano. Em uma lista de 43 paĂses, considerando os empreendimentos iniciais (atĂ© trĂȘs anos e meio no mercado), o Brasil ocupa o 42Âș lugar no ranking.
A terceira e Ășltima Pesquisa de Inovação TecnolĂłgica divulgada pelo IBGE em 2007, referente aos anos de 2003 a 2005, demonstra que apenas um terço das empresas brasileiras registrou alguma inovação no perĂodo e, mais uma vez, quanto menor o porte da firma, menor a taxa de inovação.
Se as pesquisas mostram que a realização de atividades inovadoras ainda Ă© restrita aqui, o acesso aos serviços financeiros para esse fim tambĂ©m carece de ampliação. Nos prĂłximos anos, os bancos de desenvolvimento precisam estar preparados para atender Ă crescente demanda de pessoas jurĂdicas de pequeno porte por crĂ©dito para promover a inovação e o acesso a novas tecnologias.
Essa Ă© uma tendĂȘncia do mercado e os bancos, tanto pĂșblicos como privados, precisam de produtos mais adequados, canais de distribuição mais prĂłximos e processos de anĂĄlise mais simples para atender a este novo cliente.
No que diz respeito Ă informalidade, a criação do Empreendedor Individual traz benefĂcios para a economia. A formalização acompanhada de polĂticas de fomento e o apoio de instituiçÔes como o Sebrae, que podem levar capacitação e conhecimento, poderĂĄ ser um divisor de ĂĄguas.
O mais importante, no entanto, Ă© que os milhĂ”es de empreendedores tenham conhecimento do que jĂĄ estĂĄ disponĂvel e nem sempre Ă© utilizado. Existe um marco legal para o apoio Ă inovação no Brasil que criou um conjunto de instrumentos para incentivar estratĂ©gias inovadoras nas empresas. Bancos e agĂȘncias de fomento estĂŁo se mobilizando e a Lei Geral, que jĂĄ trouxe inĂșmeros benefĂcios â jĂĄ sĂŁo mais de 3,2 milhĂ”es de empresas no Super Simples. A informação e o conhecimento sĂŁo palavras-chave. Ă o que vai abrir mercados e trazer inovação.
Paulo Okamotto *Diretor-presidente do Sebrae Nacional - Fonte: Carta Capital - Edição 562.
Sebrae Nacional - http://www.sebrae.com.br/paginaInicial
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