O SHOW DOS "REIS" DA LOGĂSTICA
LOGĂSTICA ESTRELAR (PROJETOS PARA IR ĂS ESTRELAS)
English:
http://www.nytimes.com/2011/10/18/science/space/18starship.html?pagewanted=all
Darpa: http://www.darpa.mil/
Icarus Interstellar - http://www.icarusinterstellar.org/
Uma nave espacial sem um motor?
"O programa espacial, qualquer programa espacial, precisa de um sonho", disse o fĂsico Joseph Breeden. "Sem sonhadores, nunca chegaremos a lugar nenhum."
Breeden falava em Orlando, não muito longe do local de lançamento dos feitos mais triunfais do programa espacial dos EUA.
Ele estava entre centenas de pessoas que em setembro participaram de um simpĂłsio da Darpa (sigla em inglĂȘs da AgĂȘncia de Projetos de Pesquisa Avançada para a Defesa) a respeito do Estudo da Nave Espacial de 100 Anos.
Os participantes -uma eclĂ©tica mistura de engenheiros, cientistas, fĂŁs de ficção cientĂfica, estudantes e sonhadores- exploraram diversas ideias.
Entre elas, como organizar e financiar um projeto com duração de 100 anos; se a civilização iria sobreviver, jå que um motor que impulsione essa nave também poderia servir para destruir o planeta; e se a viagem deve ser tripulada.
As distĂąncias sĂŁo estonteantes. Em 10 mil anos, a velocidade dos humanos foi multiplicada por 10 mil, culminando com a viagem de volta da Apollo da Lua para a Terra.
Chegar às estrelas mais próximas num tempo razoåvel -décadas, não séculos- exigirå um salto de mais 10 mil vezes na velocidade.
Breeden, que recentemente concebeu equaçÔes que preveem os prejuĂzos dos bancos com emprĂ©stimos para o consumo, ofereceu a ideia de uma nave sem motor. Numa caĂłtica dança gravitacional, estrelas Ă s vezes sĂŁo ejetadas a altas velocidades, e o mesmo efeito, segundo ele, poderia impulsionar naves.
Primeiro, ache um asteroide numa Ăłrbita elĂptica, que passe perto do Sol. Segundo, ponha uma nave em Ăłrbita ao redor do asteroide. Se o asteroide puder ser capturado para uma nova Ăłrbita prĂłxima ao Sol, a nave seria atirada numa trajetĂłria interestelar, talvez com atĂ© um dĂ©cimo da velocidade da luz.
JĂĄ na dĂ©cada de 1950, os cientistas perceberam que os motores atuais -queimando querosene ou hidrogĂȘnio- "bebem" muito combustĂvel.
Eles projetaram motores nucleares que usam reatores para aquecer o hidrogĂȘnio lĂquido atĂ© criar um fluxo acelerado de gĂĄs. A Nasa tinha motores desse tipo preparados para uma hipotĂ©tica missĂŁo tripulada a Marte, depois dos pousos na Lua.
Hoje, a agĂȘncia espacial retomou esse trabalho, começando com estudos sobre um combustĂvel ideal para um reator espacial, e novos motores nucleares podem estar prontos atĂ© o final da dĂ©cada. Quanto Ă s preocupaçÔes com a radioatividade, os reatores sĂł seriam ligados ao chegarem ao espaço.
"O espaço Ă© um lugar maravilhoso para usar a energia nuclear, porque jĂĄ Ă© radioativo", disse Geoffrey Landis, cientista do Centro de Pesquisas Glenn, da Nasa, em Ohio (e autor de ficção cientĂfica).
Motores nucleares mais avançados poderiam gerar campos elĂ©tricos que fariam a propulsĂŁo acelerando Ăons. EntĂŁo motores a fusĂŁo -produzindo energia pela combinação de ĂĄtomos de hidrogĂȘnio- poderiam finalmente ser suficientemente potentes para as viagens interestelares.
O fĂsico James Benford defendeu outra abordagem. Velas gigantes sobre a nave poderiam se inflar com feixes de fĂłtons emitidos a partir da Terra por lasers ou antenas gigantes. "Eis um caso em que conhecemos a fĂsica, e a engenharia parece factĂvel", disse ele.
O estudo de US$ 1,1 milhão -US$ 1 milhão da Darpa, US$ 100 mil da Nasa- vai culminar com a concessão de US$ 500 mil a uma organização que receberå o bastão para prosseguir as atividades.
A Darpa, por definição, se envolve em projetos sem uso militar imediato. (Na dĂ©cada de 1960, a agĂȘncia estabeleceu os fundamentos da internet.)
"Eles querem que as pessoas pensem em um tĂłpico e o propaguem muito sutilmente", disse Gregory Benford, tambĂ©m fĂsico e autor de ficção cientĂfica (e irmĂŁo gĂȘmeo de James Benford)."Querem que isso saia do orçamento atĂ© o começo do ano que vem."
Alguns oradores opinaram que a primeira meta para o próximo século deveria ser a colonização do Sistema Solar, começando por Marte.
Richard Obousy, presidente da Icarus Interstellar, uma organização de voluntĂĄrios que jĂĄ dedicou anos a projetos de naves, deixou clara a sua preferĂȘncia com o seguinte lema: "Para as estrelas! Os covardes miram em Marte".
Por Kenneth Chang - Fonte: Folha de S.Paulo - 10/11/11.
Reportagem original em inglĂȘs:
http://www.nytimes.com/2011/10/18/science/space/18starship.html?pagewanted=all
Darpa: http://www.darpa.mil/
Icarus Interstellar - http://www.icarusinterstellar.org/
EDUCAĂĂO: FARRA DO DIPLOMA
A Universidade Federal da ParaĂba criou uma regra prĂłpria para validar diplomas de medicina emitidos no Exterior. Se onde a pessoa se formou a grade curricular Ă© 85% igual Ă da UFPB, o recĂ©m-formado recebe aval que lhe permite trabalhar no Brasil. O critĂ©rio Ă© um sucesso. Da noite para o dia, 583 pessoas pediram OK da universidade para seus certificados. O Conselho Federal de Medicina acha tudo estranho e pediu ao MPF que apure se nesse angu tem caroço.
Ricardo Boechat - Fonte: Isto à - Edição 2192.
Universidade Federal da ParaĂba - http://www2.ufpb.br/
Conselho Federal de Medicina - http://portal.cfm.org.br/
GRATUITO: CURSO PARA MULHERES
EstĂŁo abertas atĂ© 14 de dezembro as inscriçÔes para o Programa 10.000 Mulheres da FGV (Fundação Getulio Vargas). As 35 empresĂĄrias selecionadas pelo desempenho de seus negĂłcios ganharĂŁo curso de capacitação gratuito de trĂȘs meses, com temas como finanças, planejamento, RH e marketing.
Podem participar mulheres que tenham empresa própria em funcionamento e que não sejam ex-alunas da FGV. Mais informaçÔes no site http://www.10000mulheres.com.br/.
Fonte: Folha de S.Paulo - 13/11/11.
PENSAR A USP
As reaçÔes ao que ocorreu na USP demonstram como, muitas vezes, Ă© difĂcil ter uma discussĂŁo honesta e sem ressentimentos a respeito do destino de nossa maior universidade. Se quisermos pensar o que estĂĄ acontecendo, teremos que abandonar certas explicaçÔes simplesmente falsas.
Primeiro, que o epicentro da revolta dos estudantes seja a FFLCH, isto nĂŁo se explica pelo fato de a referida faculdade estar pretensamente "em decadĂȘncia". Os que escreveram isso sĂŁo os mesmos que gostam de avaliar universidades por rankings internacionais.
Mas, vejam que engraçado, segundo a QS World University Ranking, os Departamentos de Filosofia e de Sociologia da USP estĂŁo entre os cem melhores do mundo, isso enquanto a prĂłpria universidade ocupa o 169Âș lugar. Ou seja, se a USP fosse como dois dos principais departamentos da FFLCH, ela seria muito mais bem avaliada.
Segundo, nĂŁo foram alunos "ricos, mimados e sem limites" que provocaram os atos. Entre as faculdades da USP, a FFLCH tem o maior percentual de alunos vindos de escola pĂșblica e de classes desfavorecidas. Isso explica muita coisa.
Para alunos que vieram de HigienĂłpolis, a PM pode atĂ© significar segurança, mas aqueles que vieram da base da pirĂąmide social tĂȘm uma visĂŁo menos edulcorada.
Eles conhecem bem a violĂȘncia policial de uma instituição corroĂda por milĂcias e moralmente deteriorada por ser a Ășnica polĂcia na AmĂ©rica Latina que tortura mais do que na Ă©poca da ditadura militar.
Não hå nada estranho no fato de eles rirem daqueles que gritam que a PM é o esteio do Estado de Direito. Não é isso o que eles percebem nos bairros periféricos de onde vieram.
Terceiro, a revolta dos estudantes nada tem a ver com o desejo de fumar maconha livremente no campus. A descriminalização da maconha nunca foi uma pauta do movimento estudantil.
Infelizmente, o incidente envolvendo trĂȘs estudantes com um cigarro de maconha foi a faĂsca que expĂŽs um profundo sentimento de nĂŁo serem ouvidos pela reitoria em questĂ”es fundamentais. Era o que estava realmente em jogo. AtĂ© porque, sejamos claros, mesmo se a maconha fosse descriminalizada, ela nĂŁo deveria ser tolerada em ambientes universitĂĄrios, assim como nĂŁo se tolera a venda de bebidas alcoĂłlicas em vĂĄrios campi.
Quando ocorreu a morte de um aluno da FEA, vårios grupos de estudantes insistiram que a vinda da PM seria uma måscara para encobrir problemas sérios na segurança do campus, como a iluminação deficiente, a parca quantidade de Înibus noturnos, a concentração das moradias estudantis em só uma årea e a falta de investimentos na guarda universitåria. Isso talvez explique porque 57% dos alunos dizem que a presença da PM não modificou em nada a sensação de segurança.
Vladimir Safatle - Fonte: Folha de S.Paulo - 15/11/11.
USP - http://www5.usp.br/
FFLCH - http://fflch.usp.br/
QS World University Ranking - http://www.topuniversities.com/university-rankings/world-university-rankings
FEA - http://www.fea.usp.br/
MEC REPROVA 683 FACULDADES
Ensino superior: InstituiçÔes com notas baixas serão submetidas à supervisão do governo federal.
O MinistĂ©rio da Educação (MEC) reprovou a qualidade de 37,4% das instituiçÔes de ensino superior avaliadas na edição de 2010 do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade). Das 1.826 unidades que obtiveram nota na avaliação do ministĂ©rio, que calcula o Ăndice Geral de Cursos (IGC), 683 receberam menção 1 e 2, as mais baixas numa escala que vai atĂ© 5. Entre elas, hĂĄ 85 instituiçÔes que ficam em Minas Gerais.
O ministĂ©rio tambĂ©m divulgou o Conceito Preliminar (CPC) de 2.988 cursos submetidos ao exame. Nessa avaliação, 694, ou 23,2%, foram reprovados, segundo o mesmo critĂ©rio de corte. Os dois Ăndices sĂŁo calculados mediante a avaliação do corpo docente, das instalaçÔes fĂsicas, do projeto pedagĂłgico e das notas dos alunos no Enade. Ou seja, o IGC Ă© a nota da instituição e o CPC a do curso.
No IGC, 27 instituiçÔes (1,47% das avaliadas) tiraram a nota måxima. Entre elas, estão as universidades federais do Rio de Janeiro (UFRJ), de Minas Gerais (UFMG) e do Rio Grande do Sul (UFRGS). O grupo seleto também inclui a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que nunca havia participado da avaliação.
As instituiçÔes com notas baixas vão passar por supervisão do governo federal e podem ser alvo de medidas que variam do arquivamento de pedidos de abertura de novos cursos até o descredenciamento.
Por outro lado, as 158 instituiçÔes bem-avaliadas (IGC 4 ou 5) que tĂȘm algum pedido de abertura de novos cursos em tramitação no MEC poderĂŁo ter autorização automĂĄtica, sem necessidade de visitas. Entre as 12 universidades pĂșblicas que obtiveram a nota mĂĄxima do IGC, estĂŁo cinco mineiras - as universidades federais de Lavras (Ufla), de Minas Gerais (UFMG), de Viçosa (UFV), do TriĂąngulo Mineiro (UFTM) e de ItajubĂĄ (Unifei).
Foram 14 as ĂĄreas do conhecimento avaliadas no CPC. Dos cursos de enfermagem e de odontologia, quatro tiraram a nota mĂĄxima em cada ĂĄrea. Em agronomia, dez obtiveram nota mĂĄxima. E em farmĂĄcia, dois cursos obtiveram esse desempenho. Nenhum curso de medicina obteve nota 5 no CPC.
SupervisĂŁo Ă© extendida a outras ĂĄreas
Pela primeira vez, o MEC decidiu fazer a supervisĂŁo em todos os cursos com conceitos ruins. AtĂ© entĂŁo, as ĂĄreas que haviam merecido esse cuidado eram apenas direito, medicina e pedagogia. O aumento constante de cursos nas ĂĄreas de ciĂȘncias exatas, no entanto, levou Ă adoção da supervisĂŁo desses cursos. "A metodologia que desenvolvemos com direito, medicina e pedagogia vai ser empregada agora em todas as ĂĄreas para corrigir ofertas abusivas e sem qualidade", afirmou o ministro Fernando Haddad (Educação).
Punição: Curso com conceito ruim perderå vaga
O MinistĂ©rio da Educação vai cortar 50 mil vagas de cursos nas ĂĄreas de ciĂȘncias mĂ©dicas, administração e ciĂȘncias contĂĄbeis que obtiveram conceitos ruins no Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior (Sinaes).
A medida jå vale para o próximo ano, e os cortes representarão 20% do que é oferecido hoje nos processos seletivos, mas pode chegar a 65% nos casos das instituiçÔes com maiores problemas. Os cursos de medicina terão 446 vagas cortadas.
Mais de 300 instituiçÔes tambĂ©m passarĂŁo por um processo de supervisĂŁo porque tiveram, nos Ășltimos trĂȘs anos, conceitos ruins como um todo. Entre elas, estĂŁo uma universidade, sete centros universitĂĄrios e mais de 300 faculdades isoladas. As instituiçÔes terĂŁo suas vagas congeladas e, no caso dos centros e da universidade, perderĂŁo o direito de criar cursos e aumentar a oferta sem autorização anterior do ministĂ©rio.
Fonte: O Tempo - 18/11/11.
MEC - http://portal.mec.gov.br/index.php
NĂŁo deixem de enviar suas mensagens atravĂ©s do âFale Conoscoâ do site.
http://www.faculdademental.com.br/fale.php